A Minerva Foods uma das líderes na América do Sul na produção e comercialização de carne in natura, gado vivo e seus derivados e que atua também no segmento de alimentos industrializados na Argentina e no Brasil, comercializando seus produtos para mais de 100 países, com 26 unidades de abate de bovinos no Brasil, Paraguai, Argentina, Uruguai e Colômbia, anuncia os resultados referentes ao quarto trimestre de 2017 (4T17) e ao ano de 2017.
Entre os destaques, a receita líquida da companhia no 4T17 cresceu 55,1% sobre o 4T16, um recorde histórico para o período de um trimestre, totalizando R$ 3,96 bilhões. No acumulado do ano, a receita líquida foi de R$ 12,1 bilhões (26,5% acima de 2016); consideradas as receitas proforma das unidades adquiridas no Mercosul em 1º de agosto de 2017, a receita líquida do ano atingiu R$ 14 bilhões, em linha com o guidance da empresa para os 12 meses a partir de julho de 2017, no intervalo de R$ 13 bilhões a R$ 14,4 bilhões – com base neste resultado proforma, a Minerva afirma que este guidance está mantido. O Ebitda do 4T17 foi de R$ 363,4 milhões (também um recorde histórico; 45,4% superior ao do 4T16), com margem Ebitda de 9,2%; o Ebitda proforma no ano considerando os ativos adquiridos atingiu R$ 1,26 bilhão, com margem de 9%.
Outro destaque é que a Minerva se tornou a maior exportadora de carne bovina da América do Sul ao atingir 22% das exportações do continente nos últimos cinco meses de 2017. Para a companhia, a diversificação geográfica alcançada pela aquisição das unidades no Mercosul a possibilitou arbitrar seu modelo de produção e se tornar ainda mais resiliente às sazonalidades e às volatilidades do mercado. Neste cenário, a empresa informa que o desafio da integração destas novas unidades, que permitiram um aumento de 50% da capacidade de abate, segue em estágio avançado e atende ao seu plano de negócios, já sendo percebidos maior participação destas plantas no resultado e o surgimento de novas oportunidades comerciais, atendidas pelos canais de distribuição, tradings e escritórios internacionais da empresa. Exemplos disso são o aumento do volume das exportações do Paraguai (a companhia atingiu participação de mercado acima de 40%); a liderança em receita nas exportações da Argentina quando atingiu 15% de participação de mercado no segundo semestre de 2017; e a alta de 7% do volume de produtos processados da marca Swift provenientes da Argentina no segundo semestre do ano sobre igual período de 2016, sendo que a participação de mercado de hambúrgueres atingiu mais de 30%.
Sobre o sucesso da integração das novas plantas no Mercosul, a empresa chama a atenção para a implantação do “Modelo Minerva”, que envolve o emprego de programas de eficiências operacional e comercial e também de padronização de processos, embasados nos pilares de gestão de risco que a companhia tem praticado ao longo dos últimos anos em suas unidades de negócio. Desta forma, o avanço desta etapa permite à Minerva projetar maiores ganhos de sinergia e das suas vantagens competitivas, especialmente em um período de oferta mundial restrita de carne e demanda em contínua elevação.
Ainda entre os destaques do 4T17, a Minerva informa que foi concluída em dezembro a emissão no mercado internacional de US$ 500 milhões em notas com vencimento em 2028 e juros anuais de 5,875% com objetivo de alongamento do perfil e redução do custo da dívida consolidada pela troca das Notas 2023, com juros anuais de 7,750%. A posição de caixa em 31 de dezembro era de R$ 3,8 bilhões, 1,7 vez superior aos vencimentos de curto prazo. A alavancagem financeira no final do 4T17, medida por meio do múltiplo dívida líquida/Ebitda ajustado dos últimos 12 meses, ficou em 4,6 vezes. E o consumo de capital de giro seguiu em linha com o crescimento sequencial da receita, resultado da integração das novas unidades, sendo que o ciclo de conversão de caixa se manteve estável em comparação aos últimos trimestres, ao redor de 28 dias, o que demonstra a eficiência no processo de integração.
Minerva, a mais diversificada plataforma de produção de carne da América do Sul
O presidente da Minerva, Fernando Galletti de Queiroz, destaca a aquisição das novas unidades no Mercosul como um dos grandes momentos do ano ao citar o aumento de 50% da capacidade de abate e a ampliação do eixo de produção para outros países da América do Sul como fatores importantes para a companhia assumir a liderança na exportação de carne bovina no continente; neste processo, destaque também para a empresa ter se tornado a maior exportadora de carne bovina do Paraguai no segundo semestre. “Após a conclusão desta aquisição, as operações brasileiras da Minera passaram a representar 45% da capacidade total da companhia, enquanto 21% estão no Paraguai, 19% na Argentina, 12% no Uruguai e 3% na Colômbia. Com isso, podemos afirmar que, atualmente, somos uma empresa sul-americana, com mais da metade da nossa capacidade produtiva localizada fora do Brasil, e que possuímos um dos parques industriais mais modernos e diversificados da região, com os melhores indicadores operacionais do setor”, afirma Queiroz.
O executivo ressalta ainda que, embasada nos pilares estratégicos de foco, disciplina e consistência de execução, a Minerva foi ágil nas tomadas de decisões para esta aquisição e antecipou um movimento que demoraria cinco anos para executar. “Entendemos que o passo dado estava alinhado aos nossos pilares e à nossa estratégia de crescer de maneira equilibrada na América do Sul, região que tem as maiores vantagens competitivas para a produção de carne bovina no mundo. A maior diversificação geográfica é fundamental para elevar a eficiência, a rentabilidade e, principalmente, aprimorar a gestão de risco de nossas operações. Após concluído o processo de integração das novas unidades, o foco agora é a desalavancagem financeira da companhia”, informa.
Com relação ao mercado externo para este ano, Queiroz espera um crescimento expressivo da participação sul-americana no mercado mundial pela maior penetração em mercados já atendidos, pela abertura de novos mercados, como Indonésia, e pela reabertura dos Estados Unidos para a carne brasileira e abertura do Japão para a carne do Uruguai. “Ao longo dos próximos anos, esperamos que os países produtores de carne bovina na região, em conjunto, tenham acesso irrestrito aos principais mercados consumidores do mundo”, comenta.
Nos mercados domésticos da região, o executivo observa recente crescimento no consumo de carne bovina no Brasil, Argentina, Paraguai, Chile e Colômbia, em linha com a perspectiva de melhorias macroeconômicas destes países. Neste cenário, ele informa que a Minerva continuará a centrar seus esforços em executar o seu plano de negócios, que prevê maior penetração comercial nos mercados internos e externos, maior diversificação geográfica na venda de produtos próprios e de terceiros, contínuo aperfeiçoamento dos programas de eficiências operacional e comercial e gestão eficiente de riscos, fundamentada no processo de desalavancagem financeira e na geração de retorno consistente em longo prazo.
Fonte: Minerva Foods