Bão de Minas é grande aposta da Maricota
Produção da marca cresceu 22%
Thaíne Belissa
Das 1.500 toneladas de alimento produzidos por mês na fábrica da Maricota, 400 toneladas são da marca Bão de Minas
Criada há quatro anos como uma opção de primeiro preço da Maricota, empresa de alimentos sediada em Luz, no Centro-Oeste de Minas Gerais, a marca Bão de Minas tem se mostrado uma aposta acertada. Prova disso são os resultados de venda da marca em 2017, que superam muito os números de desempenho da marca-mãe, Maricota.
De acordo com o diretor da Bão de Minas, Ronaldo Evelande, a produção da marca de primeiro preço cresceu 22% em 2017 em relação ao ano anterior, enquanto que, nesse mesmo período, a fabricação da Maricota cresceu 2%. A expectativa do executivo é de que, até o fim de 2018, a Bão de Minas represente 50% das vendas da empresa.
De acordo com Evelande, a criação da marca foi uma estratégia da Maricota para fugir da crise que já se desenhava em 2014. O objetivo era oferecer ao consumidor final uma opção de marca com custo mais baixo. “Começamos com o pão de queijo com uma formulação mais simples, pensando em um público C e D, e deu muito certo. Em 2016, ampliamos a linha com a inclusão de pizza e lasanha congeladas e, em 2017, adicionamos os salgados e empanados. Este ano, queremos lançar as linhas de panqueca e escondidinho”, destaca.
Segundo o executivo, a expectativa é de que os lançamentos de 2018 aconteçam em maio, durante a feira da Associação Paulista de Supermercados (Apas), em São Paulo. Ele explica que a produção da Bão de Minas é feita dentro da fábrica da Maricota, localizada em Luz, no Centro-Oeste de Minas. Das 1.500 toneladas de alimento produzidos por mês na fábrica, 400 toneladas são da marca Bão de Minas, o que significa uma representatividade de 26%. Na produção do pão de queijo – carro-chefe da empresa – a representatividade é ainda maior: 30%. Das 900 toneladas de pão de queijo produzidas na fábrica, 280 são para a marca de primeiro preço. A expectativa do executivo é de que, até o fim de 2018, a Bão de Minas represente 50% das vendas da empresa.
O executivo acredita que a estratégia foi acertada justamente por oferecer uma opção mais acessível ao consumidor em um momento em que o País viveu crise econômica e a população teve seu poder de compra diminuído. Além disso, ele destaca o crescimento dos estabelecimentos de atacarejo no Estado, que têm foco em produtos com custo mais baixo.
A prova do sucesso da estratégia são os números relativos à produção em 2017 sobre 2016. Nesse período, a Bão de Minas cresceu 22%, enquanto a Maricota cresceu 2%. Para 2018, a perspectiva é de crescimento nas duas marcas, sendo de 20% a 22% na marca de primeiro preço e de 12% na marca-mãe.
De acordo com Evelande, o crescimento da Bão de Minas se dará tanto com a inclusão de novos produtos no portfólio quanto na expansão de distribuição. Hoje, a marca está presente em Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Brasília e Goiás. Em 2018, a aposta será, principalmente, no Norte e no Nordeste do País, onde a empresa identificou demanda pelo perfil da marca.
O executivo afirma que, apesar do desempenho de destaque da Bão de Minas, o clima é de otimismo também na Maricota. Ele lembra que, mesmo com a crise, a marca faturou R$ 143 milhões em 2017. Segundo ele, a marca já está preparando novos projetos, lançamentos e se estruturando comercialmente para chegar a mais mercados. “Além disso, a economia está melhorando e já estamos sentido melhora no consumo”, comemora.