Produção chega a 12 mil sorvetes
DUAS FÁBRICAS DE PAULO JACINTO ABASTECEM MUNICÍPIOS DO AGRESTE ALAGOANO
A cidade de Paulo Jacinto tem duas fábricas de sorvestes artesanais: São Miguel e Nossa Senhora das Graças. Os proprietários dos dois estabelecimentos juram que trabalham com a receita original que receberam de Zé Chaves, o criador do picolé de biscoito na região. Juntas, as duas fabricam mais de 12 mil sorvetes por semana, abastecem parte do mercado do Agreste, geram empregos, aquecem a economia informal, vivem cheias o dia inteiro e conseguem impedir que as grandes indústrias de sorvetes entrem neste mercado nas cidades pequenas. O picolé custa 50 centavos ao consumidor. Para os revendedores, a depender da quantidade, sai pela metade do preço. Prejuízo, só quando o tempo esfria. A produção cai mais de 50%.
A sorveteria São Miguel garante o emprego direto a dois ajudantes industriais – Dário Holanda de Almeida e José Jamesson Carnaúba –, das atendentes Ambrosina Barbosa e Maria do Carmo, além de revendedores autônomos. “Os picolés de maçã e o de biscoito são os mais procurados”, disse Maria do Carmo, sobrinha da proprietária da sorveteria.
A pequena fábrica pertence ao casal Francisco Pereira Figueiredo e Leonilda Barbosa de Figueiredo, que mantém o negócio há quase 40 anos. A produção diária abastece cidades como Viçosa, Pindoba, Mar Vermelho, Palmeira dos Índios e Estrela de Alagoas.
José Jamesson e Dário mostraram todo o processo de fabricação, inclusive parte da matéria-prima. A fabricação é artesanal. A máquina de congelar garante a produção de 300 picolés por hora. O tempo quente provoca aumento de demanda, a produção passa de mil picolés/dia. O comerciante Francisco Pereira e a mulher mantêm a supervisão da fabricação a fim de assegurar o respeito à receita original. “A minha mulher tem a receita original dos picolés que eram fabricados no tempo do Zé Chaves e o sucesso das vendas está no respeito à receita”, justificou Francisco, sem revelar como ela conseguiu a receita original.
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