Ambev vende menos cerveja, mas tem alta no lucro no 3º trimestre
Cervejaria registrou lucro líquido ajustado de R$ 3,236 bilhões no 3º trimestre de 2017, resultado 1,2% maior que o registrado no mesmo período de 2016
A Ambev, maior fabricante de cerveja e refrigerantes da América Latina, registrou lucro líquido ajustado de R$ 3,236 bilhões no 3º trimestre de 2017, resultado 1,2% maior que o registrado no mesmo período de 2016 (R$ 3,198 bilhões), segundo demonstração de resultados divulgada pela companhia na quinta-feira (26). O lucro líquido é o atribuído aos sócios da empresa controladora, base para a distribuição de dividendos.
A receita líquida da empresa teve crescimento de 9,6% em relação ao 3º trimestre de 2016 e ficou em R$ 11,362 bilhões. Segundo a empresa, esse resultado foi impulsionado pelo forte desempenho nas operações no Brasil (+9,7%), América Latina Sul (+21,3%) e América Central e Caribe (+7,5%).
A Ambev registrou alta de 15,8% no Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) no 3º trimestre deste ano em relação a 2016, somando R$ 4,551 bilhões. Segundo a empresa, o resultado é consequência do bom desempenho em praticamente todos os mercados de atuação da cervejaria.
Sem ajustes, o lucro líquido caiu 95,7%, para R$ 136,5 milhões.
Nos últimos trimestres, a empresa teve de lidar com a menor demanda e as variações nos preços das commodities, como o alumínio, grãos e açúcar. A concorrência no Brasil, seu principal mercado, também ficou mais dura, após a rival holandesa Heineken NV ter duplicado sua presença ao adquirir a operação local da Kirin Holdings.
No balanço, a empresa destacou que o "pior ficou para trás" e que "o Brasil, nosso maior mercado, está de volta à sua trajetória".
No Brasil
As operações da companhia no Brasil registraram um aumento no Ebitda de 17,4% no terceiro trimestre, para R$ 2,4 bilhões. Considerando apenas o segmento de cerveja no Brasil, o crescimento do Ebitda foi de 25,7%. O volume total de bebidas comercializado pela Ambev recuou 4%, para 24,7 milhões de hectolitros. A receita total no país subiu 9,7%, para R$ 6 bilhões.
Venda de cervejas cai
A venda de cervejas caiu no Brasil no período, mas a receita no segmento subiu. A queda no volume foi de 5,4% (de 19,5 milhões de hectolitros para 18,5 milhões de hectolitros). No entanto, o aumento da receita no segmento foi de 9,6% (de R$ 4,7 bilhões para R$ 5,2 bilhões).
A Ambev atribui a queda na venda pelo fraco resultado da indústria e pelo fato de os consumidores continuarem a ser pressionados pelo ambiente macroeconômico. Outro fator, segundo a companhia, foram os ajustes de preços ocorridos no 3º trimestre, diferente do ano anterior, quando foram feitos no 4º trimestre.
“Neste ano, fizemos o reajuste dos nossos preços no terceiro trimestre e não no quarto como no ano passado, o que torna a base de comparação mais difícil neste trimestre”, explica Ricardo Rittes, vice-presidente financeiro e de relações com investidores da Ambev.
Apesar do recuo entre julho e setembro, no acumulado do ano o volume de vendas de cerveja continua acima da média da indústria. “Para o resto do ano, seguimos cautelosamente otimistas com o mercado brasileiro de cerveja e já conseguimos ver sinais de melhora no cenário macroeconômico, em função do aumento da renda disponível dos consumidores e da redução do desemprego”, afirma Rittes.
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