Após reestruturação, Onofre inicia nova fase
Depois de fechar 12 lojas, rever a estrutura da área de vendas e focar em reformulação da gestão, a norte-americana CVS Health volta à ativa e quer ser referência em e-commerce daqui para frente
São Paulo – Desde que foi comprada pela norte-americana CVS Health, em 2013, a drogaria Onofre passou por um processo extenso de reestruturação. Com a conclusão da etapa, a rede inicia agora nova fase, focada na expansão do negócio e baseada em três pilares: e-commerce, reforma das lojas para o novo conceito e 'crescimento sustentável' da operação.
"Acabamos o momento de 'apagar incêndios', e nosso trabalho este ano será muito voltado para a evolução do negócio, pensando no desempenho", afirma a diretora geral da Onofre, Elizangela Kioko. A executiva assumiu o comando no final do ano passado, depois de atuar desde abril de 2015 como diretora comercial e de operações.
A frente da empresa, o plano de Elizangela para 2017 engloba a inauguração de sete unidades (duas já foram abertas), a adaptação das operações atuais ao novo conceito de loja e o investimento massivo no comércio eletrônico, com o lançamento, em novembro, de uma nova plataforma da Oracle e de um aplicativo para a venda. A expectativa com as ações é um aumento de cerca de 20% no faturamento, frente ao resultado visto no ano passado.
A estratégia vem depois da rede ter fechado 12 unidades só em 2016 e feito uma verdadeira revolução na estrutura da companhia. "Nos últimos dois anos o que fizemos foi profissionalizar a empresa. Mudamos realmente tudo: de pessoas a cultura, processos e operações. Foi uma transformação completa na estrutura."
Com apenas 37 unidades em funcionamento, o foco, em termos de lojas físicas, será principalmente na adaptação das operações atuais ao novo conceito, testado pela primeira vez na unidade inaugurada na Rua Oscar Freire, em São Paulo.
Desde o ano passado até agora, onze lojas já foram reformadas e mais duas devem passar pela adaptação até o final do ano. De acordo com Elizangela, as mudanças vão desde a implementação de um atendimento mais intuito, até uma reformulação completo do portfólio de produtos oferecidos. Em termos de faturamento, a reforma tem gerado, em média, um incremento de 20% no desempenho da loja.
Sobre o ritmo da expansão daqui para frente, a executiva afirma que será um crescimento sustentável. "O ritmo deve aumentar um pouco nos próximos anos, mas de maneira sustentável. Então, se vamos abrir sete unidades ao longo deste ano, devemos abrir entre 15 e 20 lojas em 2018", afirma.
Comércio eletrônico
Com a inauguração da nova plataforma de e-commerce, um dos objetivos da Onofre, segundo Elizangela, é integrar a operação física e on-line, em termos de estoque e atendimento – mudança que não era possível com o sistema anterior. A partir do lançamento, a ideia é oferecer, por exemplo, a possibilidade de comprar no e-commerce e retirar nas lojas físicas. A plataforma deve garantir também uma navegação mais rápida e segura.
Atualmente, as vendas delivery (que englobam o comércio eletrônico e televendas) representam cerca de 40% do faturamento total da rede. Com as mudanças, a perspectiva é que a fatia ultrapasse os 50% nos próximos dois anos.
"Vamos focar cada vez mais na questão da omnicanalidade e na melhoria da experiência do nosso consumidor, tanto nas lojas físicas quanto no on-line", finaliza a executiva.
Pedro Arbex
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