Cássio cobra do Ministério da Saúde compra de medicamentos de alto custo

Da Redação | 08/05/2018, 18h25 – ATUALIZADO EM 08/05/2018, 18h29

O senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) fez um apelo em Plenário nesta terça-feira (8) para que o Ministério da Saúde tome providências para aquisição de medicação de alto custo, sob risco de mais pacientes morrerem por falta de tratamento no país.

Cássio citou o caso de Patrick Teixeira Dorneles Pires, gaúcho que vive na Paraíba, portador de MPS, doença rara, e que está sem medicação há três semanas.

— Sensação terrível de impotência que sinto em ser vice-presidente do Senado Federal, senador da República pela Paraíba, e não ter a capacidade de, conhecendo um caso concreto como tantos outros, agir no sentido de adotar providências para que essa medicação chegue — lamentou o senador, explicando que sempre que entra em contato com o ministério, as respostas são incompletas devido a uma licitação que não é finalizada.

O senador contou que Patrick fez uma publicação nas redes sociais dizendo que acordou com dor de cabeça, dor no corpo, sem conseguir respirar direito.

— Não é possível que não se tome uma providência, não apenas em relação ao caso específico de Patrick, que conheço de perto, mas de dezenas, centenas de outros brasileiros que estão sem a medicação por um problema burocrático.

Cássio ainda sugeriu que, se for preciso, a licitação para compra dos remédios de alto custo seja dispensada e justificada perante o Tribunal de Contas da União e que a compra seja feita. Ele alertou que os pacientes já estão há três semanas sem remédio e, quando o tratamento é interrompido, as sequelas são inevitáveis.

— Não há mais o que esperar.

O senador José Medeiros (Pode-MT) acrescentou que a burocracia está matando pessoas e que a vida é um direito acima de todos os outros.

— Se nós estamos falando de remédios sem os quais as pessoas irão morrer, como é que podem estar enganchados em simples papelada, em simples burocracia? Se formos procurar e puxar o fio da meada, é possível que tenha até ações judiciais no meio. Esse é o terreno em que nós estamos vivendo.

Agência Senado

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