Compêndio reúne legislação sobre distribuição de medicamentos

O compêndio “Legislação Sanitária Aplicada às Boas Práticas de Distribuição”, editado pelo Sincamesp, em parceria com o Sindusfarma, foi lançado na sexta-feira (24), em encontro no auditório da entidade.

Organizado pelo Prof. Lauro Moretto, presidente emérito da Academia Nacional de Farmácia, a obra reúne leis, decretos, resoluções e portarias, nas esferas federal, estadual e municipal, que disciplinam as atividades dos setores de distribuição de medicamentos e produtos para a saúde.

"Estamos felizes porque muita gente veio receber o livro para poder adotá-lo em suas empresas", disse Moretto.

Adicionalmente, o livro tem a finalidade de contribuir para o aperfeiçoamento das boas práticas de distribuição de fármacos, medicamentos e cosméticos, entre outros itens.

Dimensão continental

Participaram do evento Reinaldo Mastellaro, presidente do Sindicato do Comércio Atacadista de Drogas e Medicamentos, Correlatos, Perfumarias, Cosméticos e Artigos de Toucador no Estado de São Paulo (Sincamesp); e Nelson Mussolini, presidente executivo do Sindusfarma.

"A parceria entre o Sindusfarma e o Sincamesp é muito saudável; há o reconhecimento do trabalho das distribuídoras, que prestam serviço na distribuição de medicamentos num país de dimensão continental, que dispõe de aproximadamente 70 mil drogarias", disse Mastellaro.

Foz fica fora de programa para compra de medicamentos

On 24 novembro, 2017

Curitiba e Foz do Iguaçu são as únicas cidades do Paraná que ainda não estão consorciadas no programa Paraná Saúde do Governo do Estado. Com isso, a prefeitura não pode comprar medicamentos da assistência farmacêutica básica com desconto de até 40% no preço dos medicamentos.

Atualmente, 397 cidades paranaenses estão vinculadas ao consórcio, que liberou, R$ 38 milhões para compra de medicamentos. Neste ano, além de medicamentos e produtos para a saúde, a entidade iniciou a aquisição e distribuição de produtos médico-hospitalares. A logística de distribuição é feita através das 22 regionais de saúde do Estado.

O secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto, diz que a experiência inovadora iniciada em 1999 no Paraná é exemplo para outros estados e municípios. “Temos recebido comitivas de outros estados que vêm conhecer a solução adotada aqui”, explica Caputo.

“Além de otimizar os recursos da assistência farmacêutica, esse formato garante a autonomia dos municípios, que podem selecionar e quantificar os medicamentos necessários de acordo com a realidade local”, disse Caputo Neto.

Para o presidente do consórcio, Ernesto Alexandre Basso, a parceria com o Governo do Estado vai muito além do repasse de valores. “Sem a presença do Governo do Estado o consórcio não se viabilizaria”, afirma.

Segundo ele, além do financiamento estadual, toda a estrutura necessária para armazenamento e logística de distribuição é feita através da Secretaria da Saúde. “Esse apoio garante que nossos cidadãos tenham acesso a medicamentos gratuitos e de qualidade”, disse o prefeito.

Segundo Basso, somente dois municípios ainda não são consorciados: Curitiba e Foz do Iguaçu. Todos os demais podem usufruir da estratégia de compra centralizada, que tem garantido os menores preços de medicamentos do país e desafogado os prefeitos e secretários municipais na assistência farmacêutica municipal.

“A concepção do consórcio teve a intensa participação do atual secretário Caputo Neto, que tem se mostrado um grande aliado dos municípios. Só podemos agradecer a esse apoio fundamental para nossas cidades”, finalizou Basso.

Fonte: Foz.portaldacidade

Gestão Doria descarta remédios doados no mês do vencimento

Os medicamentos foram entregues pelos fabricantes com data próxima do vencimento, conforme a CBN mostrou em junho. O volume do descarte na atual gestão é quase cinco vezes maior que no ano passado.
On 24 novembro, 2017

Prefeitura de São Paulo joga fora até um terço de remédios doados em 90 dias /Crédito: divulgação

A prefeitura de São Paulo precisou jogar fora até um terço de remédios doados por laboratórios farmacêuticos em 90 dias. Os medicamentos foram entregues pelos fabricantes com data próxima do vencimento, conforme a CBN mostrou em junho. O volume do descarte na atual gestão é quase cinco vezes maior que no ano passado.

Os laboratórios doaram à gestão Doria 165 tipos de medicamentos. Metade foi entregue com menos de um ano de validade, conforme a CBN revelou em junho. Por lei, esses remédios não poderiam ser comercializados pelos fabricantes.

No meio do ano, o prefeito João Doria negou que os remédios perto de vencer estocados nas unidades de saúde teriam descartes significativos.

Mas o que era pra ser solução não saiu como planejado. A CBN teve acesso com exclusividade à lista dos comprimidos que precisaram ser descartados nos meses de junho, julho e agosto. Há entre eles antidepressivos, antipsicóticos, diuréticos e antibióticos.

O total de medicamentos jogados fora nestes meses é de quase três toneladas. Foram 157 mil comprimidos descartados contra somente 35 mil no mesmo período do ano passado, quase cinco vezes mais.

A aposentada Sueli Aparecida teve que jogar fora o remédio gástrico Omeprazol, que venceu em junho.

‘Chegou a vencer eu joguei, porque achei um absurdo. Se na farmácia não pode vender, por que eles podem dar? Minha mãe tem 86 anos, não vou dar uma coisa assim para minha mãe. Tive que jogar fora.’

A caixinha de Omeprazol da Sueli está entre as sete mil que não foram aproveitadas, 25% do total doado entre junho e agosto.

No caso do antidepressivo Clonazepam, do total de 19 mil frascos doados, quase sete mil, ou 35%, acabaram no lixo. No ano passado, só 52 unidades acabaram descartadas.

Já o diurético Espironolactona teve 58 mil comprimidos jogados fora em julho, 22% do total doado. No ano passado, apenas 354 unidades foram descartadas. A amtriptilina, um antidepressivo, teve 54 mil comprimidos que acabaram inutilizadas. No mesmo período de 2016, esse número não chegou a 1500.

Foram parar no lixo ainda 14 mil unidades do antibiótico Claritromicina e 6 mil do medicamento para hipertensão Anlodipino.

A prefeitura explica que há mais motivos para o descarte de remédios além do vencimento, como problemas na embalagem, condições de armazenamento ou recall dos produtos.

A gestão Doria alega que o descarte foi maior em 2017 na comparação com o ano passado pela escassez de remédios na administração anterior.

Mas, de acordo com o site  “Aqui Tem Remédio” da Prefeitura, no ano passado havia estoque desses medicamentos.

O coordenador do programa Remédio Rápido, Joel Formiga, avalia as doações como ‘um sucesso’:

‘Nós tivemos índices muito baixos de medicamentos. Nós temos 81 milhões de doses recebidas em doação e dessas foram descartadas 0,2%. Algumas têm nível um pouco mais alto, outros mais baixo em função da demanda. Tivemos um pouco mais em quantidade porque temos estoque. Você só descarta se tiver estoque. Isso mostra que o programa foi um absoluto sucesso.’

O prefeito João Doria, no entanto, admite que, se os remédios tivessem sido comprados, teria havido um critério maior para evitar o desperdício:

‘Não é bom mesmo sendo material doado para a Prefeitura.  Mas quando ele é comprado a orientação é ter muita precisão, e nesse caso você tem que descartar. Óbvio que nas compras tudo isso vai sendo feito de maneira mais precisa para evitar ter que descartar.’

O edital das doações pedia apenas que os remédios tivessem data de validade preferencialmente superior a seis meses. Na mesma publicação no Diário Oficial, vem determinada a compra de remédios somente com garantia de pelo menos um ano.

A estimativa da Prefeitura é que o dinheiro público usado para pagar a incineração dos medicamentos citados tenha sido de cerca de 60 mil reais.

Todas as empresas que doaram os produtos à prefeitura receberam isenção fiscal e se livraram dos custos do descarte.

Doria anunciou em fevereiro a doação de 120 milhões de reais em remédios. Só que até hoje, as unidades de saúde receberam somente 10% desse valor.

Segundo a gestão, isso acontece porque um laboratório que prometeu entregar os 90% restantes não doou os remédios. A prefeitura não informa qual é esse laboratório.

Mesmo após dez meses, o dado incorreto continua exibido no Portal da Transparência.

Fonte: CBN

Trocas entre medicamentos biológicos e biossimilares precisam ser analisadas

Buscando a segurança dos pacientes, estudos clínicos são realizados para comprovar a mudança

14:30 · 23.11.2017

Com a evolução da medicina, houve uma demanda de medicamentos mais completos que respondam com efetividade às necessidades da saúde. Conectados a esta reivindicação estão os medicamentos biológicos e os biossimiliares, produtos tecnológicos, cujo princípio ativo é extraído de microorganismos modificados geneticamente, de fluidos ou tecidos de origem animal.

Os biossimilares diferem dos medicamentos originadores no fato de serem fabricados por outra empresa, por meio de processos produtivos que podem ter etapas distintas. Para serem efetuadas trocas entre eles são necessárias avaliações clínicas.

Para o endocrinologista Dr. Domingos Malerbi, os medicamentos biológicos não conseguem ser reproduzidos identicamente de um fabricante para outro, isso porque cada produto tem sua identidade definida de acordo com a variedade biológica do sistema vivo utilizado e com o processo de fabricação. “O produto final é a consequência imediata desta técnica, envolvendo suas diversas etapas, bem como a matriz de onde se fez a coleta de células e a origem de sua matéria prima”, destaca o especialista.

Para o médico, ainda que sejam submetidos a testes de comparabilidade, os biossimilares não são iguais em sua totalidade ao medicamento biológico inovador, diferentemente do que acontece com os genéricos e seus medicamentos de referência. “São semelhantes, mas não são iguais”, enfatiza o endocrinologista.

Comparação

O rigoroso exercício de comparabilidade baseia-se na análise do medicamento biossimilar e do medicamento biológico de referência em termos de segurança, eficácia e qualidade, esta definida a partir do resultado de semelhança entre as estruturas moleculares e funcionalidades, e deve ser demonstrada mediante uma caracterização analítica detalhada, com estudos relevantes de ligação ao receptor e bio ensaios.

Dessa forma, para serem comercializados, os biossimilares precisam demonstrar perfis semelhantes (eficácia, segurança e qualidade) em relação ao biológico de referência, não é exigida a demonstração desses parâmetros em um cenário com múltiplas trocas entre o medicamento biológico inovador e seus biossimilares.

Mudança

No caso dos medicamentos biológicos, a comprovação de similaridade do biossimilar não pressupõe segurança na intercambialidade entre ele e seu produto de referência, por causa de potenciais efeitos imunogênicos e diversas implicações clínicas desconhecidas.

Para permitir as trocas alternadas (intercambialidade), são necessárias avaliações clínicas que demonstrem segurança e eficácia através de estudos com desenhos que contemplem o intercâmbio do produto teste e referência diversas vezes.

Entretanto, não há, atualmente, definições concretas sobre o desenho desses estudos, o que deixa os pacientes vulneráveis em caso de troca sem o consentimento do médico. Os riscos e oportunidades dos biossimilares devem ser discutidos entre os pacientes e seus médicos.

Atenção

A segurança do tratamento do paciente deve sempre prevalecer. Assim, é importante que não haja a ruptura do tratamento de pacientes já adaptados e bem controlados, sobretudo sem o conhecimento do médico, principal responsável por essa decisão. Hoje em dia os pacientes podem ter um papel de influência na hora da escolha do seu medicamento, pois têm acesso a informações que podem vir de diversas fontes, mas é importante ter em mente que sempre será o médico a indicar o tratamento mais conveniente e adequado, de acordo com a avaliação clínica de cada perfil de paciente.

Secretaria de Estado de Saúde debate os desafios da assistência farmacêutica

Durante o Congresso Mineiro de Gestão da Saúde Pública, subsecretário falou sobre a regionalização da assistência no contexto do Governo de Minas Gerais

Marcus Ferreira

O subsecretário de Políticas e Ações de Saúde da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Homero de Souza Filho, participou nesta quinta-feira (23/11), do "Congresso Mineiro de Gestão da Saúde Pública, evento que faz parte da Feira Expo-Hospital Brasil". O evento segue em andamento no Minascentro, em Belo Horizonte, até esta sexta-feira (24/11).

Na oportunidade, Homero ministrou uma palestra sobre a assistência farmacêutica no estado, a partir do tema "Regionalização da assistência farmacêutica e acesso a medicamentos: desafios e perspectivas para a agenda do SUS".

Além de apresentar um pequeno histórico da assistência, contando da sua evolução ao longo do tempo, o subsecretário pontuou as dificuldades, os avanços e as perspectivas da atualidade para esse segmento.

Para se ter uma ideia, em Minas Gerais, até 2015, o estado era responsável pela aquisição e distribuição de medicamentos básicos, de acordo com as demandas dos municípios. Os processos de compras eram centralizados e lentos; exigiam a manutenção de grandes almoxarifados e de um sistema de logística de distribuição, tornando as compras onerosas e não resolvendo o problema do desabastecimento nos municípios.

“A Regionalização da Assistência Farmacêutica foi uma das melhorias estabelecidas com o Programa Farmácia de Todos e consiste no novo modelo de aquisição e distribuição de medicamentos em Minas Gerais. No novo sistema o estado disponibiliza Atas de Registro de Preço, para que os municípios possam realizar suas compras. O modelo da Regionalização vem, justamente, para melhorar a logística de compra e distribuição de medicamentos”, explicou Homero.

Mais de 99% dos municípios mineiros já aderiram ao programa, representando grande economia para os cofres do estado e dos municípios. O sistema também aumentou o número dos itens disponíveis, uma vez que a regionalização permite a compra de medicamentos por preços menores.

“Temos avançado bastante, mas ainda enfrentamos muitas dificuldades. Há falta de recursos, uma crescente judicialização que impacta fortemente na assistência universalizada, consumo excessivo e uso desregulado de medicação com alta taxa de abandono de tratamento. Porém, a população não pode sentir os efeitos dessas dificuldades, é preciso atender às suas necessidades. O esforço é exatamente nesse sentido, melhorar a assistência por meio de uma gestão mais eficiente”, disse o subsecretário.

Criança toma 1ª dose de remédio de R$ 400 mil para tratar doença rara

Família começou campanha em fevereiro. Tratamento inicial é de R$ 2 milhões

Saúde Dinalva Fernandes, do R7 23/11/2017 – 06h00 (Atualizado em 23/11/2017 – 12h37)

Após nove meses de campanha, no próximo sábado (25) o pequeno Arthur Marcolino Schiavoni, de três anos, receberá a primeira dose de um medicamento que pode salvar sua vida. Portador de AME (Atrofia Muscular Espinhal) tipo 2, uma doença rara que causa perda dos movimentos do corpo, ele precisa tomar injeções por toda a vida. Só para iniciar o tratamento, a família precisava de  quase R$ 2 milhões para comprar o remédio. Após a arrecadação e até empréstimo bancário, os pais conseguiram parte do valor. 

A atrofia muscular espinhal é uma doença degenerativa rara, que paralisa os movimentos gradativamente até que paciente pare de respirar. A expectativa de vida é de dois anos, e a doença não tem cura. Com a proximidade do aniversário de três anos de Arthur em outubro, bateu desespero na família, pois o menino já perdeu os movimentos das pernas, dos braços e do pescoço.

De acordo com a mãe de Arthur, Tatiane Herrera, de 32 anos, conquista do valor é um misto de alívio e medo. Nesse início, o remédio servirá apenas para estagnar a doença.

— Não foi um alívio tão grande porque tenho medo. Iniciar o tratamento é muito importante, mas também é preciso seguir as recomendações de tomar quatro doses anuais. Temos medo de não conseguir o dinheiro suficiente nos demais anos. A gente espera que a primeira dose paralise a doença, mas só a partir da quarta dose que ele vai começar a apresentar melhoras, como força na mão e movimentos periféricos. Andar só depois de um ano e meio.

A mãe do menino lançou a campanha “Ame o Arthur” na internet em fevereiro deste ano para arrecadar dinheiro com objetivo de custear as primeiras doses do medicamento. Cada ampola do Nusinersen (Spinraza) custa U$ 125 mil (cerca de R$ 400 mil). O início do tratamento consiste na aplicação de cinco ampolas apenas no primeiro ano.

A família conseguiu arrecadar R$ 1,3 milhão — valor ainda distante do 1,9 milhão necessário. Porém, a Justiça concedeu duas liminares para isenção de impostos, que totalizaram R$ 386 mil. Por fim, decidiu recorrer a um empréstimo bancário de R$ 260 mil. Com R$ 1,5 milhão em mãos, os pais compraram as injeções importadas da Alemanha, e vão iniciar o tratamento. 

Família pede ajuda para seguir tratamento 

No sábado (25), Arhur irá receber a primeira das quatro doses consideradas de "ataque". As outras três devem ser tomadas nos próximos meses. Tatiane desabafa que não tem o dinheiro suficiente para comprar a quinta ampola do remédio. 

— Ainda não temos dinheiro para a quinta dose, que ele precisa tomar em maio.

Por isso, a campanha continua com várias frentes, como venda de joias, camisetas e bazares. Até agora, a família conseguiu R$ 127 mil. Para saber como ajudar o Arthur, basta entrar no site da campanha.

Famílias ainda apelam por doações para salvar filhos 

Remédio liberado no Brasil 

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) liberou o registro do Spinraza (nusinersena) no final de agosto. Porém, o medicamento ainda não pode ser comercializado no País, diz Tatiane.

— Depois desta primeira fase, ele volta a tomar as injeções em 2019, e torcemos para que até lá o medicamento esteja liberado para venda por aqui. Aí, serão três doses anuais de R$ 365 mil cada.

Discutido uso de canabidiol para tratamento de pacientes com microcefalia

Thiago Bastos / O Estado 24/11/2017

Até o momento, de acordo com a Liga Canábica, apenas cem pacientes no Maranhão possuem autorização para o uso do medicamento feito a partir da manipulação da maconha.

SÃO LUÍS – O uso do canabidiol, medicamento feito a partir da maconha para o tratamento de pacientes com microcefalia no Maranhão, foi o tema principal do debate intitulado Uso Medicinal da Cannabis, realizado na tarde de ontem no Centro Pedagógico Paulo Freire, no campus da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), em São Luís.

Durante o evento, a Liga Canábica – grupo local que defende a liberação do remédio para fins de tratamento de saúde – informou que, até o momento, apenas 100 pacientes no estado possuem autorização para o uso do medicamento.

O destaque do debate foi a exposição feita pela líder do Grupo de Pesquisa em Cannabis Medicinal da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Katy Lísias de Albuquerque. Ela mencionou os dados positivos de pacientes que usaram o canabidiol a partir de estudos feitos na Paraíba. Segundo ela, em 55% dos casos, não houve registro de efeitos colaterais. E em apenas 5% dos casos, foi registrado apenas um desconforto gástrico. “São resultados expressivos e que, portanto, nos levam a acreditar na eficácia do tratamento”, disse.

Validação

A representante da Liga Canábica no Maranhão, Mary Coely Tavares, informou que a meta da entidade é validar a pesquisa medicinal da maconha no território maranhense, evitando assim o uso – por parte de parentes de pacientes com microcefalia – de métodos considerados menos confiáveis. “Há o registro do uso, por exemplo, de medicamentos feitos a partir dos conhecimentos indígenas, cuja eficácia ainda não é comprovada. Logo, a ideia é autorizar o uso da maconha para este fim medicinal no Maranhão”, disse.

Segundo ela, na Paraíba – estado considerado referência nos estudos da maconha para fins de tratamento – a manipulação da maconha no tratamento de pacientes foi autorizada judicialmente. No Maranhão, a Defensoria Pública do Estado (DPE) acompanha o caso. “Tivemos reuniões na defensoria este ano para definir quais mecanismos precisamos seguir para, enfim, dar este alento às famílias com pacientes nestas condições”, frisou Mary.

Além da microcefalia, o canabidiol também é usado no tratamento de pessoas com mal de Parkinson e autismo. Enquanto que no Brasil a oferta do medicamento ainda é restrita, por questões legais, em outros países como nos Estados Unidos, o canabidiol é usado para intuitos medicinais como, por exemplo, nos cães no combate a dores nos ouvidos.

Mais

Em janeiro deste ano, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o registro do Mevatyl para o tratamento da esclerose múltipla. O medicamento, aprovado em cerca de 28 países, atua na minimização dos efeitos de rigidez muscular. No caso da microcefalia, a Anvisa informou que, no momento, o Mevatyl não pode ser usado pela possibilidade de agravamento das crises epilépticas, comuns nos pacientes.

Frase

“São resultados expressivos e que, portanto, nos levam a acreditar na eficácia do tratamento"

Katy Lísias de Albuquerque

Líder do Grupo de Pesquisa em Cannabis Medicinal da UFPB

Saúde divulga novos processos de compra de medicamentos

Remédios devem ser adquiridos através dos fornecedores

23/11/2017 17:45

Com o objetivo de informar a população sobre as compras de novos medicamentos, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) preparou uma lista com os nomes e quantidades de dezenas de insumos, que devem ser adquiridos através dos fornecedores que venceram as últimas licitações de 2017.

Apenas no último mês de outubro, a secretaria finalizou uma grande compra de remédios no valor de R$ 950.978,50. “Esta foi a quarta compra de medicamentos que fizemos este ano, e os números demonstram o crescente investimento. As outras compras foram nos valores de R$ 356 mil, R$ 293 mil e RS 406 mil, sucessivamente. Os novos processos de compras, já em andamento, atingem o valor aproximado de R$ 4 milhões, e devem suprir as faltas que ainda existem”, explicou a secretária Municipal da Saúde, Waneska Barboza.

De acordo com a Coordenação da Assistência Farmacêutica, a medicação Levomepromazina 25mg, receitada por alguns profissionais da Saúde de Aracaju, não faz parte da padronização da lista de medicamentos básicos do SUS. Já o Tioridazina 50mg, também requisitado para tratamento, está sendo licitado, através do Memorando 492/2017, emitido no último dia 06 de setembro, já em posse da Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplog).

Acompanhe a lista dos remédios, e suas respectivas quantidades, que estão sendo adquiridos pela SMS:

Metformina de 850mg – 1.500 comprimidos;
Nifedipino de liberação prolongada com 20mg – 260 mil comprimidos;
Losartana 50mg embalagem fracionável – 100 comprimidos;
Losartana 50mg – 2 milhões de comprimidos;
Sinvastatina 20mg – 2.803.000 comprimidos;
Amoxicilina 500mg – 500 mil comprimidos;
Amoxicilina 50mg/ml – 6 mil frascos;
Sulfametoxazol 400mg + trimetropina 80mg – 6.200 frascos, 14 mil comprimidos e 5 mil ampolas;
Enoxaparina 40mg em ampola com 0,4 ml – 2.500 ampolas;
Heparina em solução injetável com 5000 UI – 724 ampolas;
Fenitoína sódica em solução injetável com 50mg/ml – 1400 ampolas;
Clorpromazina 40mg/ml – 2.500 frascos;
Periciazina 4% 40mg/ml – 400 frascos;

Psicotrópicos

Carbonato de lítio 300mg – 100.050 comprimidos;
Risperidona 3mg – 300 mil comprimidos;
Clonazepan gotas – 4.500 frascos;
Fluoxetina 20mg/ml – 3.534 frascos;
Fluoxetina 20mg – 400 mil comprimidos;
Ácido Valproico 250mg – 400 mil comprimidos;
Ácido Valproico 50mg/ml – 61.600 frscos;
Clorpromazina com 25mg AMPLICTIL – 20 mil comprimidos;
Carbamazepina xarope – 4.250 frascos;

Fonte: PMA

Mais de 100 pacientes que fazem hemodiálise não recebem remédios para tratamento há 4 meses em MT

Pacientes esperam há mais de quatro meses para conseguir todos os remédios. Secretaria de Saúde abriu 18 processos contra as empresas que venceram as licitações, mas não entregaram os medicamentos.
G1 | 23/11/2017 09:57:06

Mais de 100 pacientes que fazem tratamento de hemodiálise, em Tangará da Serra, a 242 km de Cuiabá, não estão recebendo os remédios que são entregues pela prefeitura gratuitamente. A Secretaria de Saúde do município informou ter aberto 18 processos contra as empresas que deveriam fornecer os remédios.

Os pacientes que sofrem de insuficiência renal precisam tomar alguns remédios após realizar as sessões de hemodiálise e esses medicamentos são distribuídos gratuitamente para a população, no Centro Nefrológico do município.

O aposentado Celso da Cunha, que precisa fazer três sessões de hemodiálise por semana, explicou que há mais de quatro meses não consegue adquirir todos os remédios gratuitos que ajudam em sua recuperação. "Alguns remédios de pressão também não conseguimos, porque estão em falta", disse.
De acordo com o secretário de Saúde de Tangará da Serra, Itamar Bonfim, as empresas que ganham as licitações afirmam que não conseguem entregar os produtos.

"Essas empresas ganham as licitações, mas depois afirmam que não têm como enviar os medicamentos", contou.

Apenas neste ano, a prefeitura do município através da Secretaria de Saúde entrou com aproximadamente 18 processos contra as empresas que vencem a licitação, mas não enviam os remédios.

David Rios alerta sobre uso de remédios contra aneroxia

Com o objetivo de prevenir a anorexia – distúrbio alimentar que provoca perda

Com o objetivo de prevenir a anorexia – distúrbio alimentar que provoca perda de peso acima do que é considerado saudável para a idade e altura e que afeta cerca de 150 mil brasileiros por ano, principalmente as mulheres -, o deputado David Rios (PMDB) apresentou projeto de lei para a criação da Campanha Estadual de Conscientização ao Uso de Medicamentos “Anorexígenos”. A campanha será realizada sempre na primeira semana de abril.

“Atualmente, as drogas anorexígenas utilizadas no Brasil são a dietilpropiona (anfepramona), o fenproporex, fenfluramina, fenilpropanolamina e o manzidol. Dentre eles, o femproporex é o anorexígeno mais utilizado (60% das prescrições). Neste sentido, deve ser descrito que alguns desses medicamentes são capazes de atuar no sistema serotoninérgico, aumentando a liberação de dois importantes neurotransmissores: a noradrenalina e a dopamina. A biodisponibilidade aumentada desses neurotransmissores reduz o sono e a fome e provoca um estado de agitação psicomotora”, explica David Rios, que também é médico.

Segundo o parlamentar, somente o processo educativo pode quebrar o ciclo da desinformação acerca dos riscos a que os cidadãos estão sujeitos ao ingerir medicamentos anorexígenos e também confiar o tratamento da anorexia aos profissionais especializados como psicólogos e nutricionistas.
David Rios observa que pessoas com anorexia podem ter um medo intenso de ganhar peso, mesmo quando estão abaixo do peso normal, podendo, inclusive, abusar de dietas ou exercícios, ou usar outros métodos para emagrecer. A anorexia é uma doença com riscos clínicos, e devido à falta de nutrientes e calorias no organismo, a pessoa pode ficar desnutrida e desidratada de modo grave, levando à morte.

Publicado em: 24/11/2017 Setor responsável: ASSESSORIA COMUNICACAO SOCIAL