Especialistas defendem critérios mais claros para a adoção de tratamentos pelo SUS

Da Redação | 24/08/2017, 16h03 – ATUALIZADO EM 24/08/2017, 16h25

O Brasil precisa adotar critérios de custo-efetividade no uso de novas tecnologias e medicamentos para o Sistema Único de Saúde (SUS), para maximizar os ganhos em saúde e minimizar os custos, disseram nesta quinta-feira (24) os participantes de audiência pública na Comissão de Assuntos Sociais (CAS).

Eles trataram do Projeto de Lei do Senado (PLS) 415/2015, que determina o uso e a divulgação do chamado indicador de custo efetividade (o Icer, na sigla em inglês) para esses processos decisórios. Para os especialistas, é preciso garantir transparência e justiça ao processo de inclusão de tratamentos para a população. Mas não pode seguir somente esse critério, afinal, são decisões de vida ou morte.

A matéria, do senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), estabelece regras claras aos processos de incorporação de novos tratamentos, tornando-os mais ágeis e evitando a intensa judicialização que tem ocorrenido no setor.

— Não é possível continuar com esta regra de judicialização sem que possamos aprimorar os tratamentos e as terapias que possam estar disponíveis para a população. É claro que fica sempre a discussão de caráter orçamentário, mas é uma discussão que pouco me sensibiliza, num país onde tantas pessoas morrem por falta de uma oportunidade — disse o senador.
Tipos de avaliação

Na opinião de Marcelo Queiroga, da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista, a proposta deve ser aprovada, pois regulamenta a lei que criou o SUS. A Lei 8.080/1990 determina que os medicamentos e terapias fornecidas pelo SUS deverão ser avaliados quanto à sua eficácia, segurança, efetividade e custo-efetividade para as diferentes fases evolutivas da doença.

— A lei é explícita, precisa se dizer à sociedade qual é o parâmetro de custo-efetividade que vai ser usado na saúde do Brasil. Não que seja o único, mas quando for utilizar, que se diga, qual é o valor e que isso fique claro e transparente — afirmou.

Gustavo Oliveira, representante da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), lembrou que o órgão já se baseia, para a aprovação de tratamentos a ser cobertos pelo sistema público, em quatro tipos de avaliações, entre elas custo e efetividade.

Segundo ele, os técnicos escolhem o melhor método, dependendo do tipo de tecnologia e tratamento a ser avaliado, para quantificar o benefício clínico. Eles podem considerar o custo-minimização, que compara duas tecnologias equivalentes; o custo-benefício, o menos usado de todos; o citado custo-efetividade, que quantifica benefícios clínicos por ano de vida ou percentual de cura; e o custo-utilidade, cujo parâmetro é a qualidade de vida.

— Tomar decisões com base exclusivamente na avaliação de custo-efetividade significa abrir mão de quaisquer outras informações importantes e necessárias para o julgamento e melhor decisão de saúde — afirmou.
Doenças raras

A especialista Carísi Polanczyk, pesquisadora do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Avaliação em Tecnologias em Saúde, disse ser preciso adotar um limiar de custo-efetividade (o Icer), mas ele não pode ser exclusivo e precisa ser diferente, por exemplo, para as doenças raras. A cientista também pediu que a Conitec seja mais clara sobre os critérios usados para incorporar ou não uma tecnologia: se foi pela segurança, pela efetividade ou pelo custo, mas que isso fique explícito nos resultados.

Outro ponto do projeto, a distribuição aleatória dos processos de incorporação aos núcleos de avaliação de tecnologia e saúde (parceiros da Conitec, órgão responsável pela aprovação), foi visto com ressalva pelos participantes. Para eles, a aleatoriedade — inserida no texto para evitar direcionamento nas decisões —poderia prejudicar a análise, pois um processo eventualmente seria enviado a algum núcleo com menos conhecimento técnico sobre o tema.

A sugestão de Marcelo Queiroga é que se inclua, no projeto, a exigência da aptidão sobre o assunto, associada à distribuição aleatória, para as análises técnicas sobre os tratamentos médicos a serem adotados no âmbito do SUS.

Agência Senado

Empresa que transporta medicamentos não precisa de registro no Conselho Regional de Farmácia

24/08/2017 15:52:12

Uma empresa catarinense que trabalha com transporte de medicamentos não é obrigada a manter registro no Conselho Regional de Farmácia de Santa Catarina (CRF/SC) e contratar um farmacêutico responsável. O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) determinou a inexigibilidade na última semana.

A empresa atua na área de transportes de cargas em geral e há alguns anos começou a transportar medicamentos. Desde então, o CRF/SC passou a cobrar a sua inscrição no conselho profissional e, ainda, a contratação de um farmacêutico. Temendo a aplicação de multa, a transportadora realizou a inscrição.

A empresa ajuizou ação pedindo a inexigibilidade das obrigações e a restituição dos valores já pagos ao conselho em taxas e anuidades, afirmando que a atividade exercida é apenas de transporte dos medicamentos direto do laboratório, sem relação com os serviços específicos de farmácias e drogarias.

A Justiça Federal de Florianópolis julgou o pedido procedente. O CRF/SC apelou ao tribunal, alegando ser necessária a presença de um farmacêutico para garantir que os medicamentos mantenham suas características durante sua distribuição e transporte.

A 4ª Turma do TRF4 decidiu, por unanimidade, acolher parcialmente o apelo. A relatora do caso, desembargadora federal Vivian Josete Pantaleão Caminha, entendeu não haver necessidade de registro no conselho nem a contratação de um farmacêutico, já que a empresa não explora as atividades técnicas da área. A magistrada afirmou, no entanto, não ser possível a restituição dos valores pagos ao CRF/SC, pois o fato gerador das anuidades é a existência de inscrição no conselho, ainda que por tempo limitado.

"O apelante alega que a empresa se inscreveu no CRF em 2012, recolhendo somente a anuidade referente ao exercício de 2013, deixando em haver as anuidades referentes aos exercícios de 2014, 2015 e 2016. Assim, considero válida a cobrança das anuidades relativas a 2012 em diante, e portanto, exigíveis, caso não tenham sido pagas, tendo em vista a ausência de pedido administrativo de cancelamento da inscrição junto ao CRF/SC", concluiu.

5003096-58.2016.4.04.7200/TRF

ATIVA CONTRATA NOVO GERENTE COMERCIAL DE LOGÍSTICA

Empresas

Agosto de 2017 – A Ativa Logística (www.ativalog.com.br), um dos maiores operadores logísticos dos setores de medicamentos e cosméticos do país, acaba de contratar o executivo Silas Gabriel Franco. Ele atuará como novo gerente comercial de logística da companhia, que reúne 18 unidades localizadas nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Curitiba no PR e Blumenau em SC. Ao todo, são 2.130 funcionários para garantir, com qualidade, as 150 mil entregas mensais em 2,5 mil municípios pelo país.

De acordo com Franco, seu desafio será ampliar a participação da empresa nos setores de saúde e cosméticos, fornecendo atendimento com alta performance e qualidade na armazenagem e transportes, além de ampliar o escopo de serviços oferecidos nas operações com o objetivo de atender as mais diversas demandas do mercado. ”Está em nosso DNA prover serviços logísticos completos, por isso estamos atentos às demandas dos clientes. As indústrias de beleza e de saúde. têm aumentado suas demandas na distribuição de produtos”, afirma o novo gerente.

Silas Gabriel é formado em Administração de Empresas pela Universidade São Francisco e possui mais de 20 anos dedicados ao setor de saúde, com trajetória na indústria farmacêutica, distribuição e operadores logísticos. O novo executivo da Ativa já passou pela Andreani Logística, Transportes Sensíveis, EAD Aurora, Audifar Distribuidora Farmacêutica, Grupo Luft e Farmasa Indústria Farmacêutica.

SOBRE A ATIVA LOGÍSTICA (www.ativalog.com.br)

Com 21 anos de história, a Ativa Logística (www.ativalog.com.br) é um dos maiores operadores logísticos de medicamentos e cosméticos no Brasil. Responsável pela movimentação de mais de 14 mil toneladas mensais em todo o território nacional, a Ativa Logística atende integralmente a todas as normas e resoluções da Anvisa para a armazenagem e o transporte de remédios, inclusive as constantes na portaria nº 344/98.

No início de 2016, para impulsionar ainda mais os negócios oferecendo agilidade no prazo de entrega aos parceiros do mercado farmacêutico, a empresa realizou a aquisição da Trans Model Air Express (www.transmodel.com.br). Para os próximos anos, com as necessidades e exigências do setor farmacêutico, a meta da empresa é se tornar líder neste segmento, em relação à prestação de serviços nos modais de logística, transporte rodoviário e aéreo.

Com uma frota de mais de 800 veículos, realiza operações para todo o Brasil, por meio de operador logístico e modal aéreo e pelas suas 18 unidades localizadas nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Curitiba no PR e Blumenau em SC. A companhia realiza, em média, 150 mil entregas mensais.

PREMIAÇÕES – Em 2017, a empresa conquistou o primeiro lugar na categoria Transporte de Medicamento e obteve menção honrosa em Armazenagem e Distribuição de Medicamentos no Prêmio Sindusfarma de Qualidade 2017. Também foi vencedora do Hyper Ouro no Programa Fox, da Hypermarcas, foi considerada uma das melhores fornecedoras de serviços das indústrias de higiene, perfumaria e cosméticos ao ganhar o selo e o troféu referente ao Programa de Qualificação de Fornecedores da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC).

Por coregroup.com.br

Peritos alertam sobre uso de anabolizantes

Em julho deste ano a Polícia Civil de Sergipe apreendeu em Aracaju cerca de 900 caixas de medicamentos utilizados como esteroides anabolizantes

Por: JornaldaCidade.Net

No início do mês de julho, policiais civis do Departamento de Narcóticos (Denarc) apreenderam em Aracaju 900 caixas de medicamentos utilizados como esteroides anabolizantes e prenderam dois homens que armazenavam em uma residência comprimidos e vitaminas líquidas que seriam distribuídas em academias em toda Aracaju.

Parte desses medicamentos foi encaminhada ao Instituto de Análises e Pesquisa Forense de Sergipe (IAPF), por meio de solicitação policial, para que fossem realizados testes que comprovassem para quais fins eles seriam utilizados, bem como quais substâncias estavam presentes no material apreendido.

De acordo com o perito Nailson Correia, esses medicamentos são minuciosamente analisados nos laboratórios do Instituto, para que sejam produzidos laudos que sirvam de provas materiais para conclusão de investigações e inquéritos. “Os medicamentos encaminhados para análise são inicialmente diluídos para que se descubra por quais substâncias são compostos os produtos, que em algumas situações chegam aqui sem rótulos de informação de composição”, declara o perito.

Foto ilustrativa

Esteroides anabolizante são drogas relacionadas ao hormônio masculino, a testosterona. Medicamentos como esses podem ser utilizados para finalidades clínicas. Uma delas envolve a síntese da proteína para reparação e crescimento do músculo, finalidade muito procurada por pessoas que querem mudar a aparência corporal. Na maior parte das vezes são utilizadas doses medicamentosas proibidas e de modo exacerbado, o que causa diversos efeitos colaterais.

As análises desenvolvidas pelo IAPF são desencadeadas com base em pesquisa de substâncias que podem apontar elementos de uso restrito à medicina veterinária, frequentemente utilizadas de forma injetável em humanos causando surgimento de feridas na pele, problemas nos rins e até mudanças na voz. “É importante destacar que o uso de qualquer medicamento sem prescrição médica pode trazer efeitos colaterais sérios, pode até levar um indivíduo a óbito. E isso é exatamente o que mais acontece nos dias atuais, onde muitas pessoas buscam o corpo perfeito”, alertou Nailson.

O trabalho que parte da solicitação de autoridades policiais e da justiça pode durar dias para ser concluído, já que é de primordial importância uma específica e minuciosa busca e verificação. “Nosso trabalho se inicia após a dissolução do produto com uso de reagentes químicos para que o líquido seja analisado em um cromatógrafo, máquina utilizada para identificar quais as possíveis substâncias que estão presentes e em quais doses medicamentosas, para que se conclua o que foi usado na composição e a partir daí são descobertos quais os efeitos colaterais que podem se manifestar com o uso de tais substâncias”, destacou o perito.

Além do trabalho da polícia aliada às pesquisas do Iapf, existe também a fiscalização do Conselho Regional de Educação Física de Sergipe (CREF 20ª região), que combate veementemente o uso indiscriminado de anabolizantes, desenvolvendo alertas por meio de campanhas de conscientização sobre os malefícios para quem usa esse tipo de medicação esperando obter com maior celeridade ganho de massa muscular.

De acordo com o presidente do CREF, Gilson Dória, o Conselho tem a função de fiscalizar as academias, seja com visitas periódicas ou via denúncias do exercício ilegal da profissão. Dessa forma, o Conselho se depara com situações em que há a venda ilícita de anabolizantes. “Quando o Conselho recebe alguma denúncia com relação à venda de anabolizantes, nós verificamos a veracidade e encaminhamos aos órgãos competentes. Um deles é a Polícia, devido ao fato de que os anabolizantes são substâncias cuja comercialização no Brasil, sem a prescrição médica, é proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)”, finalizou.

O uso de esteroides anabolizantes pode causar uma ampla gama de efeitos adversos no corpo e varia de consequências simples como acne para eventos graves que podem ser fatais. Enquanto muitos destes efeitos são reversíveis, outros podem ser permanentes, já que esteroides tem em sua composição o uso manipulado de hormônios, drogas tóxicas que utilizadas de modo exagerado podem levar um indivíduo a óbito. “Um dos sintomas mais frequentes do uso de anabolizantes é a falência ou deficiência dos órgãos, bem como o desenvolvimento de doenças hepáticas, por isso é importante consultar um médico especializado antes de ingerir qualquer medicamento”, concluiu Nailson.

6 passos para o gerenciamento eficiente de medicamentos

Por Domingos Gonçalves de Oliveira Fonseca• 24 de agosto de 2017

Cruzamento de informações

A checagem das informações do paciente com as do medicamento, pelo código de barras, deve ser realizada através da leitura das informações do atendente, paciente e medicação. Essa parte do processo assegura que os medicamentos sejam administrados de forma correta.

Logística reversa

Este processo de retorno dos insumos não utilizados pelo paciente ao centro de distribuição, almoxarifados ou farmácias, reduz desperdícios e preza pela sustentabilidade.

Domingos Fonseca, Presidente da UniHelth Logística Hospitalar

Vacinas contra rotavírus devem ser repostas somente em setembro na Capital

Com falta de vacinas contra o rotavírus em unidades básicas da Capital, a entrega de novas doses é esperada apenas para setembro. Essa é a expectativa da Secretaria Municipal da Saúde. Toda a rede de postos de Porto Alegre está sem lotes para a aplicação da vacina em bebês de até seis meses de vida.

O Ministério da Saúde não enviou novos lotes contra o rotavírus em agosto. O motivo não foi esclarecido, mas pode ter relação com a Semana Estadual de Multivacinação de Adolescentes, que envolve a aplicação de vacinas contra o HPV e não teve registro de falta de doses até o momento. Nas unidades básicas de saúde de Porto Alegre, já foram consumidas as vacinas restantes de julho.

De acordo com a Coordenadoria em Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal, a expectativa é pela retomada da imunização a partir de setembro. A Secretaria Estadual foi consultada, mas ainda não deu retorno à reportagem.

O problema da falta de doses é que existe idade limite para o início da imunização das crianças. O prazo máximo para a primeira dose é três meses e 15 dias sob risco de não efetividade da vacina. O rotavírus é o principal agente causador de diarreia em bebês. Em clínicas particulares, a dose custa, em média, R$ 200.

Compra do Ministério da Saúde sob investigação

por Clarissa Stycer
23/08/2017 06:05

O Ministério Público do Distrito Federal está investigando indícios de irregularidades na compra de medicamentos pelo Ministério da Saúde.

O procurador José Ricardo Teixeira, responsável pelo 5º Ofício de Combate à Corrupção, solicitou informações ao Ministério na semana passada. Considerou que a resposta foi insatisfatória, e fez novas perguntas.

A investigação mira a compra de imunoglobulina humana endovenosa do laboratório Blau. Em maio, outra transação com a empresa foi denunciada: a compra de alfapoetina, produzida em larga escala pela Fiocruz.

Portadores de lúpus pedem inclusão de novos medicamentos na cobertura de planos de saúde

Em audiência pública na Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara do Deputados, portadores de Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) afirmaram que a oferta de nova medicação pode retardar o avanço da doença e, consequentemente, evitar custos com internações e cirurgias.

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que regulamenta os planos de saúde no Brasil, respondeu que esses novos medicamentos não têm evidências científicas suficientes e que, pela legislação, não precisam constar da cobertura mínima dos planos particulares.

O presidente da Associação Nacional de Grupos de Pacientes Reumáticos (Anapar), Carlos Eduardo Tenório, que convive com lúpus há 31 anos, relatou que, além do diagnóstico tardio, não conseguiu os medicamentos pelo plano de saúde, o que o levou à deficiência física e à aposentadoria por invalidez.

"O Ministério da Saúde tem economizado, porém, outros ministérios, principalmente o da Previdência, tem pago essa economia porque, no meu caso, medicações não foram liberadas para o meu tratamento tanto pelo SUS quanto pela ANS, através das operadoras de saúde. A operadora economizou na época com essa medicação, mas gastou muito mais nas minhas internações e cirurgias", disse Carlos Eduardo Tenório.

Os medicamentos chegariam a custar R$ 30 mil durante dois ou três anos, mas agora a operadora de saúde precisa gastar R$ 50 mil por ano com o tratamento de Carlos.

A gerente-geral de Regulação Assistencial da ANS, Raquel Lisboa, ressaltou que a oferta desses medicamentos pode ser feita pelas operadoras, mesmo que não esteja prevista na cobertura mínima obrigatória estabelecida pela ANS, mas que a medicação ainda não foi incorporada porque ainda não há comprovação oficial da segurança e eficácia no tratamento.

Ainda segundo informações da agência, a população pode sugerir modificações para a lista de procedimentos, que é revista anualmente pelo órgão. "A primeira forma é por meio de solicitação a um comitê da ANS. A outra forma é que a norma do rol é colocada em consulta pública, que fica disponível no site da ANS para que toda a população possa se manifestar. Após a solicitação, essa nova tecnologia vai ser avaliada e poderá ser incorporada", disse Raquel Lisboa.

Tratamento adequado
Especialistas que estiveram presentes na audiência destacaram que o tratamento realizado no tempo certo pode evitar complicações irreversíveis às pessoas com lúpus, como explicou o médico Evandro Mendes.

"A doença pode ser muito branda, mas pode ser muito grave. E quando falamos em grave, estamos falando em morbidade, ou seja, de dano permanente: são pessoas que têm manchas no rosto que desfiguram, pessoas que têm lesões musculares que impossibilitam a marcha, pessoas que têm danos neurológicos em decorrência do lúpus, derrame, pessoas que infartam por causa do lúpus, pessoas vão a diálise por causa do lúpus. E o que diferencia, o que faz com que a gente tenha mais ou menos chance, é exatamente a oportunidade de um tratamento adequado", disse o médico.

O deputado Júlio Delgado (PSB-MG), que pediu a audiência, defendeu uma legislação que permita uma flexibilização da ANS para atendimento das pessoas com lúpus e doenças raras.

"Há um grande jogo de empurra. A ANS jogando responsabilidade para as empresas de plano de saúde, e as empresas de plano de saúde jogando responsabilidade para a ANS. E nós já temos um projeto de lei da deputada Laura Carneiro [PL 3796/04], pronto para a pauta do Plenário, para resolver a situação, mas falta vontade política. O argumento é que falta recurso, mas recurso para fundo eleitoral tem, recurso para saúde não tem, sendo que o dinheiro é o mesmo, é arrecadação", disse Júlio Delgado.

O lúpus é uma doença que, na maioria dos casos, afeta a população jovem, sendo 90% mulheres na idade fértil. Estudos de incidência em dois estados brasileiros indicam que a doença pode atingir de 100 a 200 mil pessoas no País.

Assista à íntegra da audiência, realizada na última terça-feira

Reportagem – Leilane Gama
Edição – Pierre Triboli

Prefeitura economiza mais de R$ 2,5 milhões na compra de medicamentos

Portal SCDN

A Prefeitura de São Carlos economizou R$ 2.696.389,12 na aquisição de medicamentos para o município. Dois processos de licitação foram realizados para a compra dos remédios que compõe a Relação Municipal de Medicamentos (REMUME) por um período de 12 meses, a economia gerada foi de mais de 40%, em relação ao valor estimado inicialmente, que era de R$ 4.659.463,97.

“Temos que comemorar. É uma economia de mais de dois milhões para os cofres públicos. Demonstra a eficiência do trabalho de todos os envolvidos, da Comissão Permanente de Licitação e do Departamento de Assistência Farmacêutica. Sobretudo, demonstra a confiança dos fornecedores na capacidade financeira e administrativa da Prefeitura, que apesar das dificuldades, tem honrado o pagamento dos seus fornecedores”, afirmou o prefeito Airton Garcia.

O pregão presencial 31/17 contou com a participação de 14 empresas. A previsão inicial era de R$ 3.639.463,97 para a compra de 26 medicamentos. O valor obtido foi de R$ 1.371.146,85, economia de 62,33%. Já no segundo pregão presencial 32/17, a economia foi de 41,98% na aquisição de 11 remédios. O previsto era R$ 1.019.665,00. A compra ficou em R$ 428.072,00.

Para o secretário de Saúde, Caco Colenci, a atual administração tem buscado a economia de recursos para a melhora na prestação de serviços. “Nós ampliamos as possibilidades de orçamento junto com a Secretaria da Fazenda e com a Comissão de Licitação. Aumentamos a disputa, demos mais transparência e a concorrência foi maior. Ao fazer a concorrência, no total nós conseguimos economizar quase 50%. Em tempos de crise, é importante comprar melhor, com preço mais adequado e mais justo. Assim, você pode comprar mais, abastecer as farmácias e evitar que a população padeça desse importante benefício que é a assistência farmacêutica na rede municipal de saúde”, afirmou Colenci.

Os pregões vão garantir o abastecimento das farmácias da rede por um período de 12 meses. Para receber os medicamentos na rede pública de saúde é necessário que o usuário apresente o receituário SUS.

Atraso de pagamentos deve durar 45 dias e comprometer comida e remédios nos hospitais do Rio

por Daniel Brunet
23/08/2017 17:18

O Movimento Nenhum Serviço a Menos, de funcionários da rede pública de Saúde do Rio, publicou, hoje, carta-protesto alertando que a decisão de prefeitura do Rio de adiar pagamentos às OS da Saúde vai comprometer o abastecimento de remédios e até de comida para pacientes. Na sexta passada, a secretária municipal de Fazenda do Rio Maria Eduarda Gouvêa Berto publicou resolução empurrando as datas de repasse de verbas para 15 de setembro. Acontece que alguns funcionários da rede municipal de saúde ainda não receberam o salário de julho. Hoje, teve protesto no Hospital Evandro Freire e no CER Ilha do Governador.

O movimento diz que a "manobra da Prefeitura" vai atrasar os pagamentos em 45 dias. O atraso de pagamento já causa reflexo em algumas unidades municipais de saúde. É que tem funcionário deixando de ir trabalhar.

O Movimento Nenhum Serviço a Menos, em sua carta, afirma que a "manobra da prefeitura" vai comprometer o abastecimento de alimentos e remédios.

Veja a carta na íntegra:

Manobra da Prefeitura atrasa salários em 45 dias e compromete abastecimento de medicamentos e alimentos para pacientes

A Prefeitura do Rio de Janeiro, através de decreto publicado no último dia 18, adiou a data dos repasses financeiros de contratos com as OS's responsáveis pela administração de unidades de saúde e de serviços de outras secretarias. Na prática, os salários referentes ao mês de julho de milhares de trabalhadores estão previstos para serem pagos somente a partir de 15 de setembro, totalizando 45 dias de atraso. E os salários referentes a agosto, de todos os funcionários que recebem via OS's e ONG's, sofrerão atrasos, sendo pagos no fim de setembro. Somando-se a isso, o abastecimento de alimentos e remédios ficará comprometido já nos próximos dias por conta do adiamento de repasses.

Sob a justificativa de "otimizar a gestão fiscal", segundo disse a Secretária de Fazenda do governo Crivella, à rádio CBN, opera-se uma manobra para adiar parte do rombo orçamentário da prefeitura de 2017 para 2018. Nos próximos dias, hospitais inteiros, clnicas da famlia, serviços de saúde mental estarão com funcionamento comprometido. Como os pacientes internados serão alimentados? Como a população ficará sem acesso aos medicamentos que não podem deixar de tomar? Como os trabalhadores sobreviverão sem seus salários?

Nós, trabalhadores e usuários do Sistema Único de Saúde do Rio de Janeiro, convidamos a toda a população à sair em defesa da saúde pública e dos demais serviços públicos da cidade. Que a prefeitura pague a conta da crise cortando de suas propagandas, dos privilégios de políticos e das isenções fiscais a grandes empresas. Jamais cortando verba da saúde, educação, cultura e desenvolvimento social!!!