Médicos do Hospital de Clínicas de Curitiba reclamam da falta de medicamentos para os pacientes

Eles também reclamam que não há equipamentos suficientes para garantir bom atendimento.

Por RPC Curitiba

15/08/2017 23h19

Funcionários do Hospital de Clínicas reclamam da falta de remédios e equipamentos

Médicos e funcionários do Hospital de Clínicas (HC) de Curitiba estão reclamando que faltam remédios e equipamentos para garantir o atendimento aos pacientes. De acordo com eles, os problemas geram adiamentos de procedimentos médicos, como cirurgias e exames, por exemplo.

Em um grupo de médicos, numa rede social, eles reclamam da falta de remédios que evitam a coagulação de sangue. De acordo com o sindicato dos médicos, faltam medicamentos também para o controle de hipertensão, problemas cardíacos e antibióticos. A entidade afirma que até materiais básicos, como esparadrapos e seringas não estão disponíveis.

"A falta de material, a falta de medicamentos, a falta de uma melhor condição de trabalho para atender o paciente. É óbvio que isso é muito grave. Mas o principal é o risco que esse paciente passa, na sua integridade física, na sua saúde", diz o presidente do sindicato, Darley Rugeri Wolkmann.

O HC é o maior hospital do Paraná. Por mês são realizadas cerca de 30 mil consultas, 1,3 mil internamentos e quase 900 cirurgias. O hospital era administrado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) até outubro de 2014, quando passou a ser gerido pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), uma autarquia federal que cuida de todos os hospitais públicos administrados pela União.

Para os médicos, a nova administração, que prometia melhorar as deficiências do hospital, ainda não foi capaz de acabar com velhos problemas. "A expectativa era de que com a criação dessa empresa muitas das distorções anteriores fossem solucionadas, especialmente em relação à gestão de recursos humanos e da gestão de material no Hospital de Clínicas da UFPR. O que se vê é que essa expectativa não foi contemplada", afirma o membro do sindicato dos médicos, Mário Ferrari.

A superintendente do hospital, Cláudia Regianni, nega que a situação seja crítica. "As faltas que possam ocorrer são faltas pontuais. Essas faltas muitas vezes não dependem do hospital. Isso não atrapalha o andamento, o bom atendimento, porque podem ser substituídos por outros produtos, desde medicamentos, outros equipamentos que podem ser substituídos", afirma.

O paciente Sérgio Mascarenhas é um dos que sofrem com o problema. Vítima de uma doença na retina, ele já se preparava para fazer uma cirurgia neste mês de agosto. No entanto, com a falta de remédios, o procedimento foi remarcado e deve ficar só para novembro. "Eles marcaram hoje a consulta de retorno para 30 de outubro, e o exame agendaram hoje para 24 de outubro. Teoricamente, eu vou fazer essa cirurgia só lá em novembro", conta ele, que teme perder a visão até a data da cirurgia.

Procurada a Ebserh informou que dispõe de diversos projetos para manter a excelência dos atendimentos por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

PG lança projeto para acabar com falta de remédios

O prefeito de Ponta Grossa, Marcelo Rangel (PPS), lançou nesta terça-feira (15) o programa ‘Remédio Garantido’. A expectativa do chefe do Executivo é que a proposta “revolucione” a área da saúde ao garantir o oferecimento dos remédios que cabem ao município no atendimento público no setor. O lançamento do projeto contou com a participação de grande parte do secretariado na coletiva de imprensa.

De acordo com o que foi exposto por Rangel, a proposta prevê o fim da falta de remédios para quem busca atendimento na área pública da saúde. O projeto normatiza que, quando o cidadão consultar em um posto de saúde ou em qualquer unidade do setor público do atendimento, e o remédio indicado pelo médico não estiver disponível nos estoques do município, o medicamento poderá ser retirado em uma farmácia conveniada.

Com um documento emitido na unidade de saúde pública que contará com o carimbo do médico e da unidade, o cidadão poderá buscar o medicamento nas farmácias conveniadas e o município arcará com a despesa. Segundo o prefeito, o pagamento do valor do medicamento levará em conta uma tabela do SUS (Sistema Único de Saúde) e a previsão é que o orçamento anual do programa seja de R$ 300 mil.

Segundo o prefeito, a proposta é conseguir superar os entraves da administração pública na compra de medicamentos. “Muitas vezes por problemas com os fornecedores ou com dificuldades em licitações, a população ficava desassistida por muito tempo. Com o programa ‘Remédio Garantido’ vamos revolucionar a área da saúde e fazer com que a frase “hoje não tem remédio” se torne passado em Ponta Grossa”, garantiu o prefeito.

Os estudos para a implementação da iniciativa vinham sendo realizados desde o começo do ano. Segundo Robson Xavier, secretário adjunto de Saúde, os medicamentos que cabem ao município no setor de saúde são destinados ao tratamento de doenças como hipertensão e diabetes, por exemplo, além dos medicamentos para gestantes. “Remédios como paracetamol e omeprazol estarão na lista dos medicamentos que integram o projeto”, explicou Xavier.

Durante o lançamento da iniciativa, Rangel agradeceu o empenho dos profissionais da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), entre eles a secretária Ângela Pompeu e o secretário adjunto, Luiz Antonio Delgobo. “O projeto é simples, mas envolveu uma negociação burocrática muito delicada entre a Secretaria de Saúde e as farmácias e na prática vai representar uma mudança essencial no setor”, contou Marcelo.

Secretária defende “resolução de problema crônico”

Presente no lançamento do projeto, a secretária Ângela Pompeu ressaltou que a iniciativa deve representar a resolução de um “problema crônico”. A secretária lembrou que muitas vezes entraves jurídicos e contratuais, além das disputais judiciais entre laboratórios e fornecedores, acabam representando o desabastecimento de remédios básicos. “Com esse projeto, vamos ter uma alternativa quando problemas burocráticos prejudicarem o fornecimento de remédios”, explicou Ângela.

Programa só vai atender demanda do setor público

O programa ‘Remédio Garantido’ irá atender apenas as demandas emitidas em hospitais e unidades de saúde do setor público. Desta forma, o cidadão que tiver uma receita obtida em um consultório particular, por exemplo, não poderá usufruir da iniciativa. “Temos um controle muito preciso no nosso sistema e podemos auditar os pedidos feitos pelos médicos que atuam no sistema público de saúde antes de realizar o pagamento às farmácias”, contou o secretário adjunto, Robson Xavier.

Profarma Registra Prejuízo de R$ 24,8 Mi no 2º Tri

A Profarma Distribuidora de Produtos Farmacêuticos registrou prejuízo líquido de R$ 24,8 milhões no segundo trimestre de 2017, invertendo o sinal em relação ao lucro líquido de R$ 8,5 milhões apurado no segundo trimestre de 2016, informou a companhia nesta segunda-feira (14). Segundo a empresa, a última linha do balanço foi impactada pela aquisição dos 50% remanescentes da rede Tamoio em dezembro de 2015 e pela aquisição da rede Rosário em dezembro de 2016, além de aportes de capital de giro. A receita líquida no segundo trimestre de 2017 foi de R$ 1,045 bilhão, alta de 4,5% sobre o R$ 1,000 bilhão no 2º trimestre de 2016. Já o lucro operacional da companhia recuou 74,4% no período, para R$ 12,7 milhões, ante os R$ 49,5 milhões registrados um ano antes. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) caiu 64,1%, para R$ 19,4 milhões, ante R$ 54,1 milhões um ano antes.

Hospitais públicos de SC estão com 10 antibióticos em falta

14/08/2017- 20h35min  –  Atualizada em 14/08/2017- 20h40min

Por
Karine Wenzel

Pelo menos 10 antibióticos estão em falta em hospitais públicos de SC de gestão estadual, como o Hospital Regional de São José e o Celso Ramos. Os medicamentos são essenciais para o tratamento de infecções e ainda não há previsão para normalização dos estoques.

Em nota, a Secretaria de Saúde de SC informa que, destes 10 antibióticos em falta, seis aguarda-se a entrega pelo fornecedor, três o fornecedor alega falta na indústria farmacêutica e um está em falta em todo o país. "A SES está a par da falta de antibióticos nos hospitais públicos da pasta e está fazendo o possível para que o fornecimento desses medicamentos seja restabelecido o quanto antes", diz.

Faltam antibióticos nos hospitais da rede pública em SC

O médico infectologista Pablo Sebastian Velho explica que nenhum antibiótico é exclusivo para uma situação, mas ter opções é importante para o tratamento:

— O médico acaba achando alternativa, mas o ideal é ter o leque de antibióticos para fazer a melhor escolha. É importante ter opções terapêuticas para permitir o escalonamento do tratamento.

O médico explica que entre os medicamentos em falta há alguns mais básicos, como o sulfametoxazol com trimetoprima, que são para germes sensíveis e sem muita dificuldade de tratamento. São os chamados antibióticos de primeira linha. Para os casos mais difíceis, ou bactérias resistentes a outros tratamentos, a solução pode ser a piperacilina com tazobactan.

— No caso da tigeciclina, ela é um antibiótico para última linha, é para uma infecção hospitalar e que já é favorável à resistência e a gente precisa um antibiótico desse tipo. O substituto pode ser a polimixina, mas ela tem problema com o uso, podendo levar à insuficiência renal.

A médica infectologista Regina Valim reforça que a a falta impacta no trabalho dos médicos:

— Atrapalha ou porque tem que prescrever uma opção que vai encarecer o tratamento ou como na falta de apresentação de comprimido teria que substituir por uma apresentação parenteral e com isso aumento de custos e risco para o paciente, pois vai ter que ter acesso venoso.

Ela destaca que a falta de piperacilina com tazobactan, por exemplo, preocupa porque são antimicrobianos que frequentemente fazem parte do arsenal terapêutico em pacientes graves com infecções por bactérias resistentes. Só desse medicamento são 5,6 mil unidades utilizadas mensalmente em SC.

Medicamentos em falta

Benzilpenicilina Potassica 5 milhões UI, pó liófilo inj. frasco
Uso: tratamento de sífilis congênita, neurossífilis e meningites
Consumo Mensal: 229
Situação: Matéria prima em falta no mercado farmacêutico (está em falta em todo o Brasil)

Cefepima 1G IV, pó liófilo injetável, frasco ampola
Uso infecções respiratórias, sanguíneas e do sistema nervoso central
Consumo Mensal: 463
Substitutos: Cefepime 2G
Situação: aguardando entrega do fornecedor

Claritromicina, 500mg pó liof.p/sol. inj. frasco/ampola
Uso: infecções respiratórias e de pele. Importante no tratamento das microbacterioses não tuberculosas.
Consumo mensal: 769
Situação: fornecedor solicitou cancelamento da ata devido falta do medicamento na indústria farmacêutica. A SES está realizando compra direta do medicamento.

Sulfadiazina de prata micronizada creme 1% (pote 400 a 500g)
Uso: infecções de pele associadas a queimaduras
Consumo Mensal: 60
Situação: aguardando entrega do fornecedor

Piperacilina + Tazobactan 2,25g,pó liófilo inj.,fras.amp.
Uso: infecções causadas por germes resistentes aos antibióticos de primeira linha, podendo ser respiratória, urinária ou intra-abdominal
Consumo Mensal: 870
Situação: fornecedor solicitou cancelamento do aditivo da ata, alegando falta do medicamento.

Piperacilina + Tazobactan 4,5g, pó liófilo inj.frasco-amp
Uso: infecções causadas por germes resistentes aos antibióticos de primeira linha, podendo ser respiratória, urinária ou intra-abdominal
Consumo Mensal: 4.798
Substituto: ampicilina+sulbactam e piperacilina+tazobactan 2,25g
Situação: fornecedor alega falta no laboratório fabricante Eurofarma, previsão de regularização do fornecimento na segunda quinzena de agosto.

Ceftazidima 1G, pó liófilo inj., frasco-ampola
Uso: germes com algum grau de resistência, infecções respiratórias, de sistema nervoso central e de corrente sanguínea
Consumo Mensal: 522
Substitutos: outras cefalosporinas padronizadas (ceftriaxona, cefepime)
Situação: aguardando entrega do fornecedor

Sulfametoxazol 400mg + Trimetoprima 80mg
Uso: infecções de pele, urinária e intestinal. Importante como profilaxia em pacientes com HIV
Consumo Mensal: 2.691
Substituto: sulfa+trim ampola
Situação: aguardando entrega do fornecedor

Tigeciclina,50mg. pó liófilo inj., frasco-ampola
Uso: infecções abdominais causadas por germes multirresistentes
Consumo Mensal: 139
Substituto: polimixina B
Situação: aguardando entrega do fornecedor

Ertapenen Sódico 1G, pó liofilizado, solução injetável fr-am
Uso: infecções respiratórias e abdominais causadas por germes resistentes
Consumo Mensal: 48
Substituto: outros carbapenemicos (meropenem e imipenem)
Situação: aguardando entrega do fornecedor

Lote de nimesulida da Brainfarma é interditado

Interdição do lote B16k 1609 da nimesulida da Brainfarma foi motivada por reprovação em teste do Instituo Adolfo Lutz.

Por: Ascom/Anvisa
Publicado: 14/08/2017 14:32
Última Modificação: 14/08/2017 14:38

A Anvisa interditou um lote do medicamento nimesulida da empresa Brainfarma Indústria Química e Farmacêutica. A interdição atinge o lote B16k 1609 da Nimesulida (nimsesulida), suspensão oral, 50mg/ml.

O medicamento foi interditado após ser reprovado em dois testes: teor de princípio ativo e teste de gotejamento, na avaliação do Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo.

O teor de princípio ativo avalia se a quantidade de medicamento, sua concentração, está correta. Se o teor for maior ou menor que o indicado na embalagem, o tratamento do paciente pode acabar sendo afetado.

Já o teste de gotejamento mede a quantidade de gotas que devem ser utilizadas para atingir a dose que o médico recomentou. Quando isto não está correto o paciente pode acabar tomando um pouco mais ou um pouco menos que a quantidade recomendada, o que também pode afetar a qualidade do tratamento.
O que devo fazer se precisar deste medicamento?

A interdição cautelar, determinada pela Resolução – RE n° 2.165, de 11 de agosto de 2017, é preventiva e tem validade de 90 dias para que seja feita uma contraprova para confirmar ou descartar o resultado.

Durante o período da interdição, o lote em questão não deve ser comercializado ou utilizado. Outros lotes da nimesulida deste laboratório ou de outros fabricantes estão liberados.

Terminal de ônibus terá Central de Medicamentos

O espaço oferecerá 81 dos 84 remédios disponíveis nos postos de saúde. Ficam de fora da lista os injetáveis

01:00 · 15.08.2017 por Vanessa Madeira – Repórter

A partir de amanhã (16), usuários dos postos de saúde de Fortaleza poderão retirar remédios disponibilizados pela rede pública na primeira Central de Distribuição de Medicamentos no Terminal da cidade. Criado para reduzir os problemas de abastecimento nas unidades básicas, o espaço funcionará como projeto-piloto no Terminal do Antônio Bezerra e deve ser estendido para todos os equipamentos da Capital até o fim do ano. No local, pacientes atendidos nos postos que também utilizam o transporte coletivo municipal terão a possibilidade de adquirir medicamentos em falta nas farmácias da atenção primária.

Em coletiva de imprensa realizada na tarde de ontem (15), a secretária de Saúde de Fortaleza, Joana Maciel, explicou que a Central deverá atuar como uma extensão das farmácias dos 109 postos de saúde da cidade, dando suporte em casos de ausência de medicamentos. O espaço oferecerá 81 dos 84 remédios disponíveis nas unidades. Ficam de fora da lista os injetáveis, por necessitarem da presença de um profissional para aplicação. A relação de todos os remédios pode ser consultada nos postos de saúde ou na Central.

Gargalo

A medida, conforme destacou Joana, é uma das estratégias do órgão para melhorar a logística de distribuição de remédios aos usuários da rede pública, etapa citada por ela como principal gargalo para o abastecimento adequado dos postos. "Ao fazer um estudo, percebemos que o maior desafio era o processo logístico de distribuição, por conta da característica da nossa cidade tanto de ter número elevado de postos como de eles estarem em distâncias bem grandes uns dos outros", afirmou a secretária.

A gestora ressaltou que a Central não substituirá os postos de saúde. Somente poderão utilizar o serviço pessoas que já sejam usuárias dos terminais da Capital e que tenham passado, primeiramente, pelo atendimento nas unidades básicas. Apenas nos casos de falta dos medicamentos no próprio posto, os pacientes poderão requisitar a retirada na Central. Para isso, terão de fazer um cadastro no sistema da Secretaria e reservar o remédio, o qual poderá ser coletado em até 48 horas após a consulta.

"Nossa ideia não é substituir o posto. Pelo contrário, vamos continuar trabalhando para não faltar. É garantir que não falte para o paciente de forma nenhuma", salienta Joana.

Ampliação

A priori, o serviço do terminal do Antônio Bezerra será disponibilizado a usuários de dez postos de saúde da Capital, quatro situados na Regional I e seis na Regional III. À medida que outras Centrais forem inauguradas, todos os pacientes das unidades básicas devem ser contemplados. A previsão é que, até dezembro, os sete terminais de Fortaleza tenham uma Central. No próximo mês, será inaugurado o espaço no terminal do Conjunto Ceará. Em seguida, virão os do Siqueira (outubro), Lagoa e Parangaba (novembro), e Papicu e Messejana (dezembro).

Joana Maciel afirma que a primeira Central começará a funcionar com estoque suficiente para dois meses de distribuição. O número de medicamentos a serem disponibilizados foi calculado com base na demanda dos dez postos atendidos. A secretária garantiu que o espaço não ficará desabastecido.

"Fizemos uma estimativa com base no que foi utilizado e no que vinha faltando nos últimos seis meses, mas vamos acompanhar isso semanalmente", observou.

Abastecimento

Além da implantação da Central, a Secretaria tem desenvolvido desde o início do ano ações para regularizar o abastecimento nas farmácias dos postos. Dentre elas, está a informatização do sistema de gestão das unidades, que, segundo Joana Maciel, facilitará o monitoramento dos estoques e o combate ao uso indevido por parte dos pacientes e a fraudes. "Com sistema 100% informatizado, não tem como o mesmo paciente receber o medicamento duas vezes", disse.

Mais informações

Central de Distribuição de Medicamentos do Terminal do Antônio Bezerra. Horário de funcionamento: de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h.

Anvisa informa que há, ao menos, seis medicamentos que substituem Buscopan Composto

Fabricante interrompeu produção de medicamento por problema com teste que determina a validade

por O Globo
11/08/2017 12:34 / Atualizado 11/08/2017 13:00

RIO – A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informa que há, ao menos, três produtos similares e três genéricos, com a mesma fórmula do Buscopan Composto (Butilbrometo de Escopolamina + Dipirona Monoidratada) à venda no país que podem substituir o medicamento que teve a sua produção interrompida. De acordo com a Anvisa, esses medicamentos têm preços semelhantes, mas a orientação é que o consumidor faça pesquisa e, ainda mais importante, que consulte o farmacêutico para garantir que o remédio que vai usar para substituir o Buscopna é de fato idêntico ao original.

O laboratório Boehringer Ingelheim informou esta semana a suspensão da fabricação do Buscopan Composto solução oral (gotas), de 10ml e de 20ml. Segundo o fabricante, foram identificados problemas no teste de estabilidade acelerada que serve para definir a validade do produto.

A Anvisa ressalta, no entanto, que os lotes do medicamento que estão no mercado estão liberados para uso. E que se trata de uma interrupção programada, explica a agência, sem previsão de retorno para a produção do medicamento.

Teste rápido para dengue e chikungunya passa a ser oferecido pelo SUS

Pessoas de qualquer idade que apresentem os sintomas e tenham o cartão SUS poderão realizar o teste que, além de permitir o diagnóstico precoce, vai oferecer mais precisão aos dados epidemiológicos

Paula Felix, O Estado de S. Paulo

11 Agosto 2017 | 09h40

SÃO PAULO – O teste rápido para detecção de dengue e chikungunya passou a integrar os procedimentos do Sistema Único de Saúde (SUS), de acordo com portaria publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira (10). Transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, as doenças podem ser confundidas por terem sintomas semelhantes, como febre alta, dor de cabeça e dores musculares.

Os Estados e municípios vão receber dois milhões de testes rápidos para detectar dengue e um milhão para detecção de chikungunya. Pessoas de qualquer idade que apresentem os sintomas e tenham o cartão SUS poderão realizar o teste que, além de permitir o diagnóstico precoce, vai oferecer mais precisão aos dados epidemiológicos sobre a circulação dos vírus no País.

Para o vírus da zika, o teste rápido já está disponível no SUS e é voltado para gestantes e crianças de até 1 ano de idade. O procedimento verifica se o paciente está com o vírus em atividade ou se ele já foi infectado em algum momento da vida. O resultado sai em 20 minutos.

Casos. Entre 1º de janeiro e 24 de junho deste ano, foram registrados 192.123 casos prováveis de dengue e 57 óbitos foram confirmados no País, segundo o Ministério da Saúde.

De chikunkunya, foram 131.749 casos prováveis, dos quais 66.576 foram confirmados, e 51 óbitos foram confirmados por exames laboratoriais. Outros 34 ainda estão em investigação. Em todo o ano passado, foram registrados 1.483.623 casos prováveis de dengue e 230.410 de chikungunya.

Prefeitura amplia acesso à informação sobre remédios gratuitos

Objetivo é facilitar o acesso para o cidadão e também para os médicos

A Prefeitura de Indaiatuba está ampliando o acesso à visualização dos medicamentos padronizados dispensados nas unidades de saúde e farmácias vinculadas à Secretaria Municipal de Saúde. Agora, além de visualizar a listagem completa, em ordem alfabética, de todos os medicamentos, inclusive os de alto custo, disponibilizados pela Secretaria de Estado da Saúde, clicando no nome do remédio, o cidadão poderá conferir em quais farmácias ou unidades de saúde ele pode ser retirado.
A lista pode ser conferida na página oficial da prefeitura na internet (indaiatuba.sp.gov.br), na opção secretarias e órgãos, acessando o ícone “saúde”, em seguida “padronização de medicamentos”, à direita na tela. Já a lista dos Medicamentos do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (CEAF), conhecidos como medicamentos de Alto Custo, cujo link está disponível ao final da página, está detalhada com a especificação da doença atendida e o CID (Classificação Internacional de Doenças).
Segundo a coordenadora da Assistência Farmacêutica em Indaiatuba, Melina Pansonatto Pereira, o objetivo é facilitar o acesso para o cidadão e também para os médicos, que poderão visualizar quais doenças são tratadas pelo CEAF, e medicamentos dispensados. “O próprio médico poderá imprimir o formulário de solicitação para que o paciente preencha e dê entrada ao processo para a obtenção de determinado medicamento”, explicou.
Melina lembra que a Secretaria de Estado da Saúde é bastante criteriosa na dispensação dos remédios de alto custo, que somente são autorizados após avaliação de uma comissão técnica. “Se toda a documentação e requisitos estiverem de acordo com as especificações, o paciente começa a receber a medicação cerca de 40 dias após a abertura do processo”, disse.
Para a retirada de medicamentos padronizados pela Assistência Farmacêutica de Indaiatuba nas unidades de saúde e farmácias vinculadas à Secretaria Municipal de Saúde, basta apresentar a receita médica original (validade menor que seis meses), cartão do SUS original, comprovante de endereço, RG e CPF. A lista dos documentos necessários para a obtenção dos medicamentos de Alto Custo pode ser visualizada emhttps://goo.gl/NNGp2h.
A divulgação da relação de medicamentos disponibilizados pela Assistência Farmacêutica da Secretaria Municipal de Saúde na internet está de acordo com Lei Municipal nº 6.729, de autoria do vereador Luiz Alberto Pereira, Cebolinha (PMDB), de junho de 2017.

Falta de medicamentos em Votorantim

da assessoria do deputado Raul Marcelo

O deputado Raul Marcelo recebeu nas últimas semanas reclamações por parte dos moradores de Votorantim sobre a falta de medicamentos nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e no Ambulatório de Especialidades. Diante disso, o mandato questionou o Departamento Regional de Saúde (DRS, unidade 16 de Sorocaba) e descobriu que a prefeitura de Votorantim "não pactuou com o programa Dose Certa", do governo estadual. Segundo o DRS, a administração pública votorantinense preferiu ter acesso aos recursos financeiros em vez de receber os medicamentos distribuídos pela gestão do Estado de São Paulo.

O mandato tem recebido reclamações sobre a falta de remédios nas UBSs e também no Ambulatório de Especialistas. De acordo com os moradores da cidade, os medicamentos que estão em falta são: fluoxetina, Polaramine, sertralina, AD-Til, metronidazol, Calcitriol, simeticona, Noex e prednisolona.