Vigilância Sanitária apreende meia tonelada de medicamentos em Belém

Operação flagrou a venda irregular de medicamentos, farmácias sem farmacêutico, condições precárias de higiene e falta de licença de funcionamento.

Por G1 PA, Belém

09/08/2017 19h34

Cerca de meia tonelada de produtos e medicamentos foi apreendida pela Delegacia de Vigilância Sanitária (Devisa), nesta quarta-feira (9), em Belém. A operação "Efeito Colateral" flagrou a venda irregular de medicamentos, farmácias sem farmacêutico, condições precárias de higiene e falta de licença de funcionamento. Quatro estabelecimentos foram interditados.

O chefe da Divisão de Drogas e Medicamentos do Devisa, Randolfo Coelho, informou que um processo administrativo deve ser aberto para que os proprietários tomem medidas necessárias para regularizar os estabelecimentos, além de serem aplicadas advertências e multas.

Coelho disse ainda que um dos locais interditados foi uma perfumaria no centro comercial de Belém, que funcionava com ponto de venda e laboratório de produção sem licença de funcionamento. Ele informou que agentes municipais encontraram mercadorias irregulares e produtos sem registro da Agência Nacional da Vigilância Sanitária (Anvisa) e do Ministério da Saúde.

O gerente da perfumaria, de acordo com a Devisa, disse que vai providenciar as medidas para regularizar o negócio.

Segundo a Devisa, duas farmácias foram interditadas, no bairro da Sacramenta, por não possuir licença, informações sobre os medicamentos e presença de farmacêutico. Agentes encontraram medicamentos vencidos e venda de antibióticos sem retenção de receitas.

"Em uma das farmácias havia condições sanitárias para apenas bloquearmos os produtos. Já a segunda não apresenta nenhuma condição de preservação dos produtos, oferecendo bem mais risco para a população", disse o farmacêutico e técnico do Devisa, Rui Moraes.

A operação também apreendeu medicamentos em feira livre e fechou estabelecimento de cosméticos no bairro da Terra Firme.

A ação teve início em 2013, em Belém, e já apreendeu cerca de três toneladas de medicamentos. Denúncias de irregularidades podem ser feitas na sede do Devisa, na travessa Feb, em São Brás.

Justiça autoriza bloqueio de contas do governo do AP para compra de remédios contra o câncer

Ação do Ministério Público traz relação de medicamentos em falta na Unacon. Secretaria de Saúde informou que fornecedores atrasaram entrega e devem ser notificados.

Por Jorge Abreu, G1 AP, Macapá

09/08/2017 17h51

Justiça do Amapá bloqueia R$ 315 mil do governo para comprar remédios

A pedido do Ministério Público do Amapá (MP-AP), o juiz Ernesto Colares, da 3ª Vara Cível e de Fazenda Pública de Macapá, concedeu, na terça-feira (8), autorização para o bloqueio de aproximadamente R$ 315 mil das contas do Governo do Amapá. A medida deve garantir a compra de medicamentos aos pacientes em tratamento contra o câncer na Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon).

Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) esclareceu que "irá acatar a decisão judicial, uma vez que os itens faltosos não foram entregues dentro do prazo legal por parte das empresas que venceram o Processo de Compra Emergencial. A Sesa vai notificar as empresas garantindo que elas cumpram o contrato."

Apontando falta de medicamentos e de estrutura no único setor da rede pública do Amapá destinado ao tratamento de câncer, a Promotoria de Defesa da Saúde chegou a apresentar, em audiência realizada no dia 27 de julho, uma lista de medicamentos indisponíveis na farmácia da Unacon, no Hospital de Clínicas Alberto Lima (HCal).

Chegou a ser solicitado que a Sesa apresentasse uma lista dos remédios quimioterápicos em falta; fornecedores e valores praticados no mercado. Mas, o MP-AP teria providenciado essa pesquisa e apresentado ao juiz, para agilizar a tomada de decisão.

O MP pediu o bloqueio de R$ 314.493,70 das contas do governo, conforme planilha juntada pela Promotoria da Saúde, para aquisição, relativa a um mês, de medicamentos pela Sesa e Central de Abastecimento Farmacêutico (CAF). Em outra ação, o Ministério Público chegou a pedir o bloqueio de R$ 5 milhões.

“[…] Esperamos que o governo do estado providencie a compra imediatamente [dos medicamentos] e não aguarde nova decisão judicial para agir. Tememos que haja novamente a descontinuidade nos tratamentos”, disse a promotora Fábia Nilci.

De acordo com o juiz Ernesto Colares, a administração teve tempo para resolver, pelo menos, parte da situação atual que é considerada grave. Ao final da sentença, o magistrado adiantou que, havendo necessidade, novos bloqueios mensais serão deferidos futuramente.

“Razão assiste ao MP para obter o resultado útil do processo, que se arrasta há quase sete anos; considerando que o Estado já teve tempo mais do que suficiente para dar cumprimento à sentença, enquanto os portadores de câncer morrem ou têm o quadro de doença agravado”, destacou Colares.

Segundo o MP, a Unacon deve prestar tratamento ambulatorial especializado 24 horas, atendendo, inclusive, casos de emergência. O desabastecimento contínuo e frequente dos medicamentos quimioterápicos leva a uma interrupção no tratamento oncológico, o que causa prejuízo de forma decisiva no prognóstico e no resultado desses tratamentos, podendo piorar a situação dos pacientes ou levar a morte.

VC no G1 AP ou por Whatsapp, nos números (96) 99178-9663 e 99115-6081.

Doença de Parkinson terá nova opção de tratamento no SUS

09/08/2017 Redação do Paranashop Vida e Saúde

A Teva, uma das principais empresas farmacêuticas do mundo, teve seu medicamento mesilato de rasagilina (Azilect® ) aprovado pelo Ministério da Saúde e o atual protocolo de tratamento da Doença de Parkinson no Sistema Único de Saúde (SUS) será atualizado.

A doença de Parkinson é um distúrbio neurológico que afeta o sistema motor causando tremores, rigidez, lentidão nos movimentos e alterações de equilíbrio. De caráter progressivo, crônico e degenerativo, a doença pode estar ainda associada a sintomas como alucinações e confusão, além de problemas no trato urinário e intestinal1. De acordo com as estimativas da Organização Mundial de Saúde, cerca de 200 mil pessoas sofrem com a doença no Brasil2.

Mesilato de rasagilina auxilia no aumento e manutenção de níveis de dopamina no cérebro, substância química envolvida no controle do movimento, minimizando com isso os sintomas desta doença. O tratamento da Doença de Parkinson geralmente requer a associação de vários medicamentos ao longo da vida, dificultando com isso a aderência dos pacientes ao tratamento. O mesilato de rasagilina pode ser usado conjuntamente com a levodopa ou em monoterapia, e apresenta administração descomplicada com apenas um comprimido via oral ao dia3.  

Após a publicação no Diário Oficial da União (DOU) no último dia 03 de agosto, com a decisão de incorporar o mesilato de rasagilina no SUS, o Ministério da Saúde terá 180 dias de prazo para disponibilizar o medicamento na rede pública, com isso estima-se que o medicamento esteja disponível aos pacientes em Fevereiro de 2018. A próxima etapa importante do processo contempla agora a atualização do Protocolo de tratamento da Doença de Parkinson na rede pública. 

“O protocolo de Doença de Parkinson no SUS não era atualizado desde 2010 e a aprovação de mesilato de rasagilina pela CONITEC e Ministério da Saúde é, sem dúvida nenhuma, uma grande notícia para milhares de pessoas que vivem com esta doença no Brasil, pois permitirá o acesso a uma tecnologia inovadora e já consagrada no mundo todo”, afirma o diretor de acesso ao mercado e relações governamentais da Teva Brasil, André Vicente. 

O principal foco de pesquisa da Teva está na identificação e desenvolvimento de soluções médicas para necessidades não atendidas. “A Teva oferece produtos para tratar pacientes com doenças neurológicas e neurodegenerativas em vários países do mundo e queremos que esses medicamentos também estejam disponíveis para os brasileiros”, diz o diretor médico da Teva Brasil, Dr. Tony Piha. Estão em andamento planos de ampliação do portfólio de produtos para incluir tratamentos para distúrbios do movimento, soluções inovadoras em cefaléia, enxaqueca, e outros distúrbios.

Sobre a Teva

A Teva é uma das maiores empresas globais no setor farmacêutico e oferece soluções com alta qualidade voltadas para a melhora da qualidade de vida dos pacientes. Com sede em Israel, a Teva é o maior produtor de medicamentos genéricos do mundo, valendo-se de um portfólio com mais de 1.800 moléculas para produzir uma ampla gama de produtos genéricos para quase todas as áreas terapêuticas. Além disso, a Teva tem uma posição de liderança mundial em tratamentos inovadores para doenças do sistema nervoso central, incluindo a dor, bem como um forte portfólio de produtos para a área respiratória. A divisão de Pesquisa e Desenvolvimento da Teva integra medicamentos genéricos e de marca, criando novas formas de abordagem para as diferentes necessidades dos pacientes combinando o desenvolvimento de novas drogas com dispositivos, serviços e tecnologias. No Brasil desde 2006, a empresa oferece produtos para Saúde Feminina, Oncologia, Respiratória, Neurologia, Hematologia e Infectologia. A receita líquida global da Teva totalizou US$ 21,9 bilhões em 2016.

Fontes:

1. Academia Brasileira de Neurologia (ABNEURO) – http://abneuro.org.br/clippings/detalhes/150/conheca-os-sintomas-do-mal-de-parkinson. Acessado em 27/03/2017.

2. Portal Brasil – http://www.brasil.gov.br/saude/2014/10/conheca-os-sintomas-do-mal-de-parkinson. Acessado em 27/03/2017.

3. Bula Azilect®

(willian.lopes@tinocomunicacao.com.br)

Pacientes de outras cidades não podem mais retirar medicamentos em São Carlos

Mudança na rede pública passou a valer nesta segunda-feira (8) para reduzir custos

9/8/2017 14:06 ACidadeON ACidade ON

Medicamentos deixarão de ser fornecidos para pacientes de outras cidades

Pacientes que não residem em São Carlos não podem mais retirar medicamentos na rede pública a partir de segunda-feira (8). De acordo com a administração, o objetivo é reduzir os custos de aproximadamente R$ 700 mil mensais. A Secretaria Municipal de Saúde constatou, a partir de uma informatização no sistema, que cerca de 3 mil pacientes de cidades da região retiravam medicamentos no município, um custo que a Prefeitura afirma não poder mais arcar.

“Como a responsabilidade de fornecimento do medicamento é de cada município, nós entendemos que deveríamos dar prioridade para os munícipes da cidade de São Carlos. Estamos gastando R$ 700 mil de medicamentos mês e se continuar nós não conseguiremos suprir a necessidade da nossa população”, justificou o secretário de Saúde, Carlos Eduardo Colenci.

As unidades que forneciam os medicamentos tiveram 30 dias para avisar aos pacientes a respeito da mudança. Com a alteração, as farmácias poderão fornecer remédios apenas para os residentes comprovados de São Carlos. Para isso, o usuário deve, a partir de agora, apresentar o título de eleitor, conta de água ou luz em seu nome ou de seu dependente de forma a comprovar sua residência. No caso dos dependentes, é preciso apresentar certidão de nascimento, RG, tutela ou outro tipo de documento que comprove o vínculo.

Para atendimentos clínicos como consultas e exames, os pacientes de outras cidades continuarão sendo atendidos normalmente.

SUS inclui medicamento de alto custo para pacientes em metástase do câncer de mama

De acordo com mastologista, trastuzumabe dobra sobrevida de pacientes; dose do remédio custa cerca de R$ 10 mil.

Por Carolina Dantas, G1

08/08/2017 05h00

Em circulação há mais de 15 anos, o medicamento trastuzumabe é usado para o tratamento de um tipo específico de câncer de mama e pode dobrar a sobrevida de pessoas em metástase — quando a doença já atinge outras áreas do corpo. O Sistema Único de Saúde (SUS), por meio do Ministério da Saúde, passou a abranger este público e irá fornecer a droga num prazo de 180 dias.

A decisão foi publicada pelo Diário Oficial da União na última quinta-feira (3). Em 2012, o governo havia liberado o uso para pacientes com o câncer, mas excluía os metastáticos. Hoje, mais de 3 mil pessoas com câncer de mama inicial e localmente avançado fazem o uso do trastuzumabe pelo SUS. Organizações como a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) e a Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama) reivindicavam a ampliação para acesso do medicamento a todos os tipos de pacientes.

No mercado, a droga custa cerca de R$ 10 mil a dose. Ela é usada no tratamento do câncer de mama do subtipo HER2+, o mais agressivo e que atinge um quinto das mulheres com tumor no seio. A célula cancerígena expressa o gene que leva o mesmo nome da doença, e o remédio bloqueia a ação desse gene, o que evita a proliferação.

"Estamos muito atrasados com essa aprovação. É uma droga fundamental para o tratamento deste tipo de câncer em qualquer fase e pode dobrar a sobrevida. O tratamento era feito com quimioterapia e sem ter alvo específico para o tipo da doença. Agora, vamos conseguir controlar melhor e por mais tempo", avaliou a mastologista e presidente da Femama, Maira Caleffi.

De acordo com a Femama, a droga "mudou a forma como o câncer é tratado no mundo". O trastuzumabe consta na lista básica para combater o câncer, criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para guiar governos nas escolhas de oferta em suas políticas de saúde.

Estado supre 85% de abastecimento de materiais e medicamentos destinados às unidades de saúde

O governador Marcelo Miranda acompanhado do secretário de Estado da Saúde, Marcos Musafir, e comitiva estiveram durante toda a manhã desta terça-feira, 8, visitando unidades da Secretaria Estadual da Saúde. Um dos locais visitados e vistoriados pelo governador foram os prédios do Estoque Regulador do Estado, onde ficam armazenados materiais e medicamentos destinados a atender as unidades de saúde. Atualmente, o Estoque Regulador supre 85% de abastecimento de materiais e medicamentos necessários nas unidades hospitalares.

“Nós já estivemos aqui antes e a situação era bem diferente. Hoje o que vemos é resultado de planejamento e de comprometimento de toda equipe da Saúde. Nos próximos meses a meta é chegar a 90% de abastecimento e isso é motivo para nos alegrar, porque tudo resulta no bom atendimento ao paciente. Aproveito para convidar as pessoas para virem conhecer o estoque, saberem como funciona, e verem como a realidade hoje é outra”, disse o governador.

Em 2015, o governador Marcelo Miranda determinou a implantação de um sistema de padronização de medicamentos, que por meio da série histórica do consumo de cada hospital possibilita a compra correta. O superintendente de Aquisições, Estratégia e Logística da Secretaria de Saúde, Afonso Piva de Santana, destacou o trabalho de reorganização do serviço e informou que a Padronização de Medicamentos da Rede Hospitalar Estadual no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) tem reduzido custos na aquisição de medicamentos e de manutenção, simplificado as rotinas de aquisição e possibilitado maior controle de estoque na Secretaria de Estado da Saúde.

“O nosso principal trabalho foi reorganizar o estoque por endereçamento e adequar a logística. O estoque controla se o hospital está utilizando corretamente os medicamentos por meio de nuvem e ferramentas de informatização. Hoje temos 85 % do estoque abastecido e somos referência no que diz respeito a controle. Todo pedido é feito via sistema, o que garante economia aos cofres públicos e segurança para o paciente”, explicou.

Mais 96 leitos

No Hospital Geral de Palmas (HGP), o governador vistoriou as obras do 3º piso onde serão instalados mais 96 leitos de internação e as obras de ampliação de mais quatro leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Adulto e dois leitos de UTI Pediátrica. Atualmente o hospital já dispõe de 26 leitos de UTI adulto e oito pediátricos. A previsão de entrega desta obra é para este semestre.

“Hoje o governador veio verificar a obra, pois a preocupação constante dele é proporcionar uma saúde digna e mais humanizada para a população, inclusive com boas condições de trabalho para que os profissionais de saúde possam atender melhor. São 96 leitos que serão entregues ainda neste mês e que vão fazer exatamente isso: contribuir para uma saúde mais humanizada”, disse o secretário de Estado da Saúde, Marcos Musafir.

Os novos leitos vão se juntar aos outros 96 leitos que já foram entregues pelo governador no último mês de maio. A entrega destes leitos dispostos em 48 enfermarias de dois leitos mais confortáveis e com banheiros amplos e adaptados acolheu os pacientes que antes ficavam no Anexo Provisório do hospital, uma tenda que era utilizada para internação desde o ano de 2013.

Na ocasião, Marcelo Miranda destacou o trabalho que vem sendo feito na Saúde e os avanços que vem acontecendo na área.  “Quem está trabalhando em prol da Saúde merece nosso respeito e admiração. Esses leitos que serão entregues mostram que não estamos acomodados. O secretário Marcos Musafir, médicos, enfermeiros, operários, toda equipe da Saúde, estes que se dedicam no dia a dia têm minha gratidão. As coisas estão acontecendo, temos que melhorar mais e vamos melhorar. O que vimos hoje é uma prova”, disse.

A promotora de justiça, Maria Roseli Pery, que acompanhou parte a visita no HGP ressaltou o saldo positivo para a população. “A ampliação do HGP vem não só atender aquilo que é responsabilidade do Estado, que é garantir o direito a saúde, mas também, em parte, as demandas judiciais que já existem. O abastecimento de medicamentos já esteve ruim, mas melhorou muito, temos ainda enfrentado algumas situações, mas numa escala bem inferior. A gestão está evoluindo gradativamente, até porque existem medidas que necessitam de médio e longo prazo para que se efetive em definitivo a garantia do direito a saúde para todos”, destacou. 

Vigilância em Saúde do Estado

Durante a manhã, a comitiva também esteve no prédio onde funciona a Vigilância em Saúde, que passou por adequação estrutural. No novo espaço agora há um mezanino que amplia a área onde estão localizados o Laboratório de Informática e o Núcleo de Informação de Vigilância em Saúde.

“Neste espaço são trabalhadas as informações de saúde, conseguimos ampliar o acesso dos municípios a informação, e a Secretaria de Saúde consegue monitorar melhor os agravos e trabalhar na prevenção de várias doenças, contribuindo ainda mais para a qualidade de vida da população tocantinense”, disse a diretora estadual de Gestão da Vigilância em Saúde, Luciana Ferreira.

Com a adequação feita no prédio, cada área técnica, agora, fica em um específico andar, o que melhora o fluxo de trabalho e consequentemente as condições de trabalho para aperfeiçoamento das ações de saúde.

Medicamento Trimbow é autorizado para o tratamento de DPOC

08/08/2017 Redação do Paranashop Vida e Saúde

Grupo Chiesi, uma companhia internacional de saúde focada em inovação e pesquisa, anunciou hoje que a Comissão Europeia concedeu autorização de comercialização de Trimbow® para o tratamento da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) em pacientes adultos. Como resultado, o Trimbow® está agora aprovado para uso nos 31 países europeus abrangidos pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA).

A DPOC é uma doença crônica incapacitante que atinge mais de 200 milhões de pessoas no mundo e aproximadamente 7 milhões de pessoas no Brasil, gerando custos indiretos como morte prematura e absenteísmo no trabalho que nos Estados Unidos, por exemplo, chegaram em 2002 à ordem de US$ 14,1 bilhões3.

Trimbow® é uma combinação de um Corticoide Inalatório (CI) com um Beta-2-Agonista de Longa durA ção (LABA) e um Antagonista Muscarínico de Longa durAção (LAMA) respectivamente dipropionato de Beclometasona (BDP), fumarato de Formoterol (FF) e brometo de Glicopirrônio (GB), administrados como uma dose fixa duas vezes ao dia em inalador pressurizado dosimetrado (pMDI) em formulação extrafina.

“A autorização de comercialização de Trimbow® pela União Europeia é um avanço significativo para o tratamento de pacientes com DPOC e reforça a liderança do Grupo Chiesi na área respiratória” comenta Alessandro Chiesi, Head da Região Europeia do Grupo Chiesi. “Trimbow® é a primeira terapia de combinação tripla fixa em um único inalador aprovada para o tratamento da DPOC, uma doença que envolve as pequenas vias aéreas. O uso de um inalador único deve simplificar a administração da terapia, e, portanto pode melhorar a adesão ao tratamento. Nosso objetivo é disponibilizar este medicamento aos pacientes o mais rápido possível.”

Dois dos 12 estudos clínicos sobre o Trimbow® , envolvendo mais de 7000 pacientes, foram publicados recentemente na The Lancet – uma das mais prestigiadas revistas médicas internacionais:
TRILOGY2 é o estudo publicado na edição especial da The Lancet durante congresso da  Sociedade Europeia de Doenças Respiratórias (ERS) e apresentado no congresso da mesma sociedade  em 2016 na cidade de Londres. O estudo, que durou 1 ano,  forneceu pela primeira vez evidências de que a combinação tripla fixa de partículas extrafinas de CI/LABA/LAMA, Trimbow® , é superior a terapia de dose fixa de CI/LABA (uma das terapias padrões de tratamento para DPOC) em uma série de parâmetros clínicos, incluindo exacerbações, demonstrando um perfil de segurança comparável entre os dois tratamentos.

TRINITY3, publicado na The Lancet online em 3 de Abril de 2017, é o estudo que demonstra pela primeira vez a superioridade do Trimbow® em comparação a um LAMA (Tiotrópio), outro padrão de tratamento para DPOC, novamente em vários parâmetros de eficácia, incluindo exacerbações.

Para acessar o sumário da União Europeia sobre as características do medicamento Trimbow® , visite o site  http://ec.europa.eu/health/documents/community-register/html/newproc.htm

Sobre a DPOC

A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é uma doença respiratória caracterizada pela obstrução brônquica persistente, associada à  inflamação crônica das vias aéreas em resposta a partículas e gases nocivos. Os sintomas clássicos da DPOC incluem dispneia, tosse crônica e a produção crônica de secreção (escarro). Em alguns casos, uma piora aguda dos sintomas mencionados podem ocorrer desencadeando uma exacerbação. Dois fatores compõem a obstrução crônica em pacientes com DPOC: de um lado  ocorre a inflamação das pequenas vias aéreas juntamente com o espessamento de suas paredes somado ao aumento da resistência ao fluxo de ar. Do outro lado, ocorre a destruição progressiva do parênquima pulmonar (enfisema) associada à perda de retração elástica do pulmão. É importante ressaltar que ambos os mecanismos podem coexistir, levando a uma redução significativa do fluxo de ar em todo o pulmão.

Sobre o Trimbow®

Trimbow® é a primeira combinação tripla de dose fixa em formulação extrafina de Corticoide Inalatório (CI) / Beta-2-Agonista de Longa Ação (LABA) / Antagonista Muscarínico de Longa Ação (LAMA) que contém dipropionato de Blecometasona (BDP), fumarato de Formoterol (FF) e brometo de Glicopirrônio (GB). Trimbow® estará disponível em inalador pressurizado dosimetrado (pMDI) para ser comercializado com aprovação indicada para tratamento de manutenção em pacientes adultos com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) que não estão adequadamente tratados pela combinação de um corticoide inalatório e um agonista beta-2 de longa ação.

Sobre o Grupo Chiesi

Com sede em Parma, na Itália, a Chiesi Farmacêutica é um Grupo de Pesquisa Internacional focado em cuidados de saúde, com mais de 80 anos de experiência na indústria, presente em 26 países, um deles o Brasil, onde a companhia está presente com operação comercial e planta industrial há mais de 40 anos. A Chiesi desenvolve e comercializa medicamentos  inovadores para doenças  respiratórias, neonatologia e na área de doenças raras. Sua organização de pesquisa e desenvolvimento (P&D) está sediada em Parma, na Itália, e está integrada com outros seis centros  de P&D na França, EUA, Reino Unido, Suécia e Dinamarca, para avançar em programas pré-clínicos, clínicos e de registro da Chiesi. Globalmente a Chiesi emprega cerca de 5.000 colaboradores.

Referências
National Heart, Lung, and Blood Institute.Morbidity and mortality chartbook on cardiovascular, lung and blood diseases. Bethesda, Maryland: US Department of Health and Human Services, Public Health Service, National Institutes of Health. Accessed at:http://www.nhlbi.nih.gov/resources/docs/cht-book.htm; 2004

2 Singh D, Papi A, Corradi M, Montagna I, Francisco C, Cohuet G, Vezzoli S, Scuri M, and Vestbo J. Single inhaler triple therapy versus inhaled corticosteroid plus long-acting Î²2 agonist for chronic obstructive pulmonary disease (TRILOGY): a double-blind, parallel group, randomised controlled trial. Lancet. 2016; 3;388(10048):963-73. doi: 10.1016/S0140-6736(16)31354-X

3 Vestbo J, Papi A, Corradi M, Blazhko V, Montagna I, Francisco C, et al. Single inhaler extrafine triple therapy versus long-acting muscarinic antagonist therapy for chronic obstructive pulmonary disease (TRINITY): a double-blind, parallel group, randomised controlled trial. Lancet. 2017; 389(10082):1919-1929. doi: 10.1016/S0140-6736(17)30188-5. Publicado online em 3 de April de 2017.

<giovanna.feltrin@imagemcorporativa.com.br>

População sofre com falta de médicos e remédios em Centros de Saúde na capital

08/08/2017 18h37
Por Bruna Aidar

Edição 2195

Jornal Opção visitou duas unidades, no São Judas Tadeus e no Parque Atheneu, e registrou várias pessoas tentando conseguir atendimento e vacinas sem sucesso

A recepcionista do Centro de Saúde da Família (CSF) do Bairro São Judas Tadeu é categórica ao responder os questionamentos sobre a situação da unidade na tarde desta terça-feira (8/8): não faltam médicos, vacinas ou medicamentos e o atendimento está normalizado. Na porta do centro, no entanto, a população diz outra coisa.

Em alguns minutos, a reportagem viu duas pessoas entrarem e saírem em poucos minutos da unidade, sem conseguir atendimento. A aposentada Silvanei Paiva foi com duas netas para tentar vacinar a mais nova e, pela quarta vez, voltou pra casa frustrada.

“Por duas vezes, não tinha vacina. Na outra, ela estava vacinando uma menina e, como já eram quase quatro horas, não quis atender dizendo que já estava encerrando o horário. E hoje disseram que a prefeitura recolheu a vacina ontem”, contou ela. A recomendação foi pra que ela procurasse o Cais do Guanabara para tentar vacinar a criança, mas só no dia seguinte, já que, lá, a sala de vacinação também fecha às 16 horas.

Ela também reclama da marcação de consultas, que considera muito complicada. Segundo Silvanei, é preciso ir bem cedo à unidade para tentar agendar um horário com o médico, ou seja, a população não pode fazer isso em qualquer momento do dia ou pelo telefone. Depois, é preciso voltar para realizar a consulta propriamente dita.

Com um bebê de colo, Erica Araújo também vem enfrentando este problema. Desde a última semana, ela tenta marcar horário para uma consulta de rotina da filha, mas a resposta é sempre a mesma: não há médicos.

Em outro ponto da cidade, no Parque Atheneu, a mesma situação. No PSF do bairro falta médicos e vários medicamentos e, como no São Judas Tadeu, o atendimento com um clínico geral – não há especialistas – é feito apenas com hora marcada.

A dona de casa Rayanne Oliveira buscava uma consulta para conseguir receita para comprar remédio controlado para a mãe, que está em tratamento de depressão. A orientação dos atendentes foi para que ela procurasse marcar pelo 0800 da prefeitura o que, conta ela, não é um processo simples.

“É complicado e demora para atender, precisei de um alergista para minha filha, por exemplo, e não consegui. Agora, tem que tentar pra ver se consegue marcar o da minha mãe. Então vamos de unidade em unidade para conseguir a receita”, declarou.

A jovem, aliás, já tem como estratégia buscar o medicamento antes que ele acabe porque, garante, é sempre a mesma coisa. “Não sei se tem quatro ou cinco meses que trocou de médico e ele já saiu de novo.”

Prefeitura vai informar remédios em falta e laudos médicos via internet

Propostas de lei foram aprovadas pelo prefeito

Joaquim Padilha

O prefeito Marquinhos Trad (PSD) sancionou nesta terça-feira (8) dois projetos de lei, que permitem que os usuários da rede municipal de saúde pública da Capital consultem resultados de exames laboratoriais e listas de medicamentos disponíveis nos postos pela internet.

O primeiro projeto dispõe que a Prefeitura poderá disponibilizar, em formato digital, os laudos dos exames laboratoriais feitos na rede de saúde pública de Campo Grande. 

Para isso, cada paciente receberá, após a realização dos exames, uma senha individual para o acesso e a impressão dos resultados das avaliações médicas via online. A Prefeitura terá 90 dias para regularizar a proposta da Lei.

Já o segundo projeto obriga que sejam divulgadas relações de medicamentos existentes e em falta na rede municipal de saúde, no site oficial da Prefeitura e em todas as unidades de saúde.

As listas deverão estar em "local visível e de fácil acesso à leitura", e deverão informar também onde os medicamentos podem ser encontrados na rede municipal de saúde.

Ainda segundo o projeto, a Prefeitura deverá disponibilizar um banner atualizado no topo da página do site oficial do órgão, escrito "Medicamentos de Uso Contínuo em falta – Veja a relação". A proposta deve entrar em vigor em 60 dias.

Aprovado tratamento para pacientes com hemofilia A

Medicamento é destinado para o tratamento e a profilaxia de hemorragias em pacientes com hemofilia A.

Por: Ascom/Anvisa
Publicado: 07/08/2017 11:17
Última Modificação: 07/08/2017 15:34

A Anvisa aprovou nesta segunda-feira (7/8) o registro inédito do medicamento Zonovate (alfaturoctocogue). O produto biológico novo é indicado para o tratamento e profilaxia de hemorragias em pacientes com hemofilia A. O registro foi publicado no Diário Oficial da União (DOU)l.

Para que serve o Zonovate?

O medicamento Zonovate é usado para o tratamento e prevenção de episódios de hemorragias em pacientes com hemofilia tipo A. Apresentado no formato de solução para injeções, o Zonovate (alfaturoctocogue) contém o fator de coagulação VIII recombinante humano, que está ausente ou não funciona em doentes com hemofilia A.

Como funciona o Zonovate?

O Zonovate contém como substância ativa o fator de coagulação VIII, que no sangue é necessário para formar coágulos e parar sangramentos. Tal medicamento substitui o fator VIII ausente e é utilizado para o tratamento e prevenção de hemorragia em pacientes com hemofilia A; podendo inclusive ser utilizado em todas as faixas etárias. Além disso, o Zonovate é preparado sem a utilização de componentes derivados de humanos ou animais.