Paracetamol 500mg da Prati Donaduzzi tem lote suspenso

Lote suspenso foi reprovado em controle da própria empresa. A suspensão vale para o lote 16H12A do Paracetamol 500 mg 50 X 10. Por: Ascom/Anvisa

Publicado: 05/07/2017 10:40
Última Modificação: 05/07/2017 17:50

Um lote do medicamento Paracetamol 500 mg do laboratório Prati, Donaduzzi & Cia Ltda teve sua distribuição e comercialização suspensas por ter sido reprovado no ensaio de aspecto. A própria empresa identificou o problema e comunicou que fará o recolhimento voluntário do medicamento.

O lote suspenso é o 16H12A que foi reprovado no ensaio de aspecto, que avalia a aparência do medicamento e sua embalagem para saber se as características visuais e o aspecto do produto estão de acordo com o padrão de qualidade.

O que fazer?

O produto teve a suspensão da distribuição e comercialização. Pacientes que tenham o lote suspenso em casa podem entrar em contato pelo SAC do laboratório Prati Donaduzzi & Cia para saber como fazer a devolução do medicamento.

Os outros lotes da empresa continuam liberados. No Brasil existem medicamentos com paracetamol de várias marcas e de vários laboratórios.

A suspensão está na resolução RE 1.777/2017 publicada nesta segunda (3/7) no Diário Oficial da União.

Falta de remédios em Curitiba está perto de um final feliz

A esperança ressurgiu nesta quarta-feira (5) durante o Ato pelo Avanço da Saúde de Curitiba realizado pelo prefeito Rafael Greca

Por Raquel Derevecki

A falta de remédios básicos disponíveis nos 110 postos de saúde e nas oito Unidades de Pronto Atendimento espalhadas por Curitiba deve estar solucionada em 15 dias. A esperança ressurgiu nesta quarta-feira (5) durante o Ato pelo Avanço da Saúde de Curitiba realizado pelo prefeito Rafael Greca e a secretária municipal da Saúde, Márcia Huçulak. O evento aconteceu no Salão Brasil da Prefeitura e marcou o início do pagamento aos fornecedores de saúde que não haviam recebido na gestão anterior.

De acordo com a secretária, a ação foi possível devido à recente aprovação do Pacote de Ajuste Fiscal pela Câmara Municipal, que possibilitou a liberação de mais de R$ 7,8 milhões aos fornecedores de medicamentos, insumos e materiais da saúde, todos referentes a pagamentos atrasados de 2016.

“Nós fomos surpreendidos no início da gestão com um problema gravíssimo de dívidas. E, sem receber o valor devido, muitos fornecedores de medicamentos deixaram de entregar seus produtos este ano, o que fez com que a população ficasse sem os remédios que precisa”, explicou Márcia, que assumiu o cargo oficialmente nesta quarta-feira, após o afastamento de João Carlos Baracho para tratamento de saúde.

No início do ano, por exemplo, cerca de 50 dos 116 itens que compõem o almoxarifado da área seguiam em falta nos postos. Já na primeira quinzena de junho, ao menos 21 itens entre analgésicos, antitérmicos e medicamentos para refluxo, gastrite, pressão arterial e diabetes continuavam em déficit no estoque.

Em sua campanha, o prefeito Greca se comprometeu a colocar ordem nessa situação durante os primeiros 180 dias de governo. “Eu queria que o primeiro ato de recuperação de Curitiba fosse um ato de recuperação da saúde. Não queremos que nada falte e que a população seja bem servida”, afirmou.

O prazo estabelecido pelo prefeito terminou no dia 30 de junho, mas a secretária Márcia garante que a regularização está prestes a se concretizar. “Nós já fizemos o pagamento, firmamos um compromisso com os representantes das grandes empresas e temos recebido entregas de remédios diariamente. Então, acreditamos que até 20 de julho já teremos toda a Farmácia Curitibana em pleno funcionamento e nosso almoxarifado abastecido”, garantiu, em entrevista à Tribuna.

No entanto, ter os estoques restabelecidos não significa 100% das dívidas pagas, pois, segundo ela, ainda existem despesas com fornecedores que a gestão anterior não documentou. “Essas dívidas não foram empenhadas, mas nosso compromisso é quitá-las aos poucos”, prometeu.
Outras metas

Além disso, a secretária adianta que investirá em novos projetos para promoção e prevenção da saúde. “Esse é nosso grande desafio a partir de agora, pois não adianta apenas oferecer um bom tratamento. Nós precisamos trabalhar ações que incentivem mudanças no estilo de vida da população para evitar doenças como diabetes e hipertensão, por exemplo”.

Remédio para inalação está em falta na rede de saúde de Ribeirão Preto

Em postos, funcionários têm feito “vaquinha” para compra; Secretaria da Saúde diz que aguarda entrega de fornecedores

Leonardo Santos 05 Jul 2017 11h04

Na época do ano com mais casos de doenças respiratórias, o inverno, um medicamento utilizado justamente no tratamento desse problema está em falta em algumas Unidades Básicas de Saúde (UBDS) de Ribeirão Preto. É o Ipratrópio, principio ativo do Atrovent, utilizado na aplicação de inalação.

O problema foi denunciado por funcionários das UBDS’s, que contam que, em algumas unidades, eles mesmos têm se organizado para comprar o medicamento e aplicar nos pacientes.

“Estão deixando de atender coisas básicas. Mas não podemos comprar o que falta, mesmo que por dó dos pacientes”, afirmou Jaqueline Baraldi, funcionária da UBDS Central, em audiência da Comissão Especial de Estudos (CEE) da Câmara Municipal, realizada na terça-feira, 4, para discutir o fechamento desta unidade. No local, deve ser instalado um Ambulatório Médico de Especialidades (AME).

A Secretaria Municipal da Saúde confirma que o medicamento Ipratrópio, o princípio ativo do Atrovent, está em falta em algumas unidades, mesmo com dois pedidos para fornecedores diferentes, os laboratórios Dimaci e Prati-Donazzi.

“Nenhum deles entregou o item e a compra para abastecimentos das UBDS foi feita com verba de adiantamento”, afirma a secretaria em nota, que ainda diz que o medicamento em questão é padronizado na rede para usos interno na unidade, mas que ainda está disponível para uso inalatório um outro broncodilatador, o Fenoterol.

Em abril, a Prefeitura de Ribeirão Preto iniciou o pagamento de uma dívida de R$ 3.884.577,37 com fornecedores de medicamentos. No ano passado, a Prati-Donazzi foi uma das empresas que ficaram sem receber do município uma quantia de R$ 183,5 mil.

Anvisa suspende dez lotes de Captopril 25mg

Meidcamento fabricado pelo laboratório Lafepe tem problemas com princípio ativo

por O Globo
04/07/2017 12:52 / Atualizado 04/07/2017 13:03

RIO – Problema no teor do princípio ativo do Captopril, de de 25mg, do laboratório Lafepe, levou a suspensão de dez lotes do medicamento pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O problema no remédio, indicado para tratamento de pressão alta, foi identificado durante testes de controle de qualidade feito agência reguladora.

Segundo a Anvisa, o resultado do teste de estabilidade, que avalia a qualidade do medicamento, mostrou que a quantidade do princípio ativo, o dissulfeto de captopril, nos compridos estava diferente do padrão. O princípio ativo, ressalta a agência, é a substância que dá a identidade do medicamento e faz ele agir no corpo do paciente.

Medicamentos e produtos terapêuticos devem ser retirados de mercado na PB

MP-Procon divulgou lista com 72 medicamentos e 35 produtos que podem oferecer riscos.

Por G1 PB

04/07/2017 14h40

Uma lista com 72 medicamentos e 35 produtos que devem ser retirados do mercado na Paraíba foi divulgada nesta terça-feira (4) pelo Programa de Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério Público da Paraíba (MP-Procon). 'Bicarbonato de sódio', 'Amoxicilina', 'Dornasol', 'Floxicam', 'Hidroclorotiazida', 'soro antitetânico' e 'Gynera' que integram a lista de produtos que têm lotes com problemas e devem ser retirados do mercado por oferecer riscos aos pacientes.

Confira a lista de alvos do recall do MP-Procon, que contém remédios e produtos com supostos fins terapêuticos.

A divulgação foi feita durante audiência em que foi expedida a recomendação conjunta aos representantes do Sindicato das Empresas do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos e do Sindicato das Empresas Distribuidoras de Medicamentos.

De acordo com o promotor Francisco Glauberto Bezerra, a recomendação diz que os estabelecimentos deverão fazer a logística reversa para viabilizar o recolhimento dos medicamentos que apresentaram problemas, nos últimos seis meses, de acordo com avaliação da Anvisa.

“A primeira coisa que o consumidor que tiver qualquer um desses medicamentos deve fazer é suspender imediatamente o uso. Depois, ele deve voltar à farmácia onde fez a compra para devolver o produto e receber seu dinheiro de volta. Se houver qualquer dificuldade para fazer isso, a pessoa deve procurar os órgãos de defesa do consumidor”, orientou o diretor do MP-Procon.

Ação pede informações sobre falta de medicamentos oncológicos no TO

A Sesau informou que foi ingressada pelo Estado uma ACP contra 16 laboratórios que se recusavam a fornecer, injustificavelmente, medicamentos oncológicos

04/07/2017 17:21

Redação

A Defensoria Pública do Estado do Tocantins (DPE) realizou manifestação na Ação Civil Pública (ACP) pedindo a regularização dos medicamentos oncológicos no Tocantins, que estão em falta há mais de dois anos. Em setembro do ano passado uma ação foi deferida pela Justiça, exigindo a regularização do fornecimento.

Conforme a DPE, o órgão pede a intimação do Estado do Tocantins, por meio da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), para que prestem informações sobre quais os fornecedores dos medicamentos para que os mesmos informem o motivo do não fornecimento dos fármacos, bem como os valores necessários ao pagamento dos medicamentos, com base no artigo 772, III do Novo Código de Processo Civil.

“A manifestação requer também a intimação do secretário Estadual de Saúde, Marcos Musafir, para que informe nos autos quais os medicamentos fornecidos por cada empresa e a quantidade necessária dos fármacos para atender os pacientes”, informou.

O documento, segundo a DPE, foi protocolado na 4ª Vara da Fazenda e Registros Públicos nesta terça-feira, 4, assinado pelos defensores públicos Felipe Cury, coordenador do Nusa, e Arthur Luiz Pádua Marques, da 30ª Defensoria Pública da Saúde.

Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde esclareceu que até esta terça-feira, 4, recebeu os medicamentos Megestrol (Laboratório Bergamo), Tretinoina (Laboratório Roche), Fluoruracila (Laboratório Accord), Melfalana (Laboratório Aspen/Glaxo), Clorambucila (Laboratório Aspen/Glaxo), Mercaptopurina (Laboratorio Aspen) e Tioguanina (Laboratório Aspen) em atendimento a Ação Civil Pública ingressada pelo Estado contra 16 laboratórios que se recusavam a fornecer, injustificavelmente, medicamentos oncológicos para o Tocantins.

“O Estado continua tomando as providências cabíveis para garantir que os demais medicamentos sejam entregues o mais breve possível”, informou.

Saúde amplia quadro de farmacêuticos e todos os postos poderão distribuir medicamentos

4/7/2017

A partir desta quinta feira, 6, todas as 26 Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Umuarama poderão contar com a dispensação de medicamentos para os pacientes.
Na última semana, a Secretaria Municipal de Saúde contratou cinco profissionais farmacêuticos, elevando o quadro de quatro para 10 profissionais, e para 15 o número de postos com atendimento farmacêutico para a população.
Nas unidades que ainda não foram contempladas com o profissional, o atendimento será prestado por auxiliares de farmácia, o que acontece apenas em quatro das 26 UBS.
A secretária de Saúde do município, Cecília Cividini, apresentou os novos profissionais ao prefeito Celso Pozzobom durante reunião na última semana. O chefe da Divisão Farmacêutica da secretaria, Jader Caldas Ferraz, explicou que antes havia farmacêuticos em apenas 15% das UBS de Umuarama.
“Agora essa cobertura chega a quase 60%. As demais unidades estão sendo abastecidas e recebendo mobiliário, enquanto caminhamos para a meta estabelecida pelo prefeito, que é levar o plano de assistência farmacêutica a 100% das unidades”, disse.
Entre as 26 UBS, incluindo distritos, Pronto Atendimento Municipal e a Central Farmacêutica, havia 8 unidades que não dispensavam medicação. “A partir desta semana, em todos os nossos postos o paciente poderá receber o medicamento. Aos poucos estamos reestruturando a saúde de Umuarama, investindo em todas as áreas. A população já percebe a diferença e as melhorias serão constantes para termos uma saúde cada vez melhor para os usuários”, comentou o prefeito Celso Pozzobom.
A secretária Cecília Cividini informou que a administração tem um cuidado especial com os postos de saúde, que recebem reformas, manutenção em dia e melhorias, dentro das possibilidades orçamentárias.
“Mais de 6 mil pacientes buscam medicamentos na farmácia central a cada mês. São cerca de 280 atendimentos por dia, em média, e a grande maioria é atendida. Essa nova estruturação e a ampliação da assistência farmacêutica possibilitarão, em um futuro próximo, podermos dispensar medicamentos controlados e antibióticos também nas unidades básicas, evitando que os usuários precisem se deslocar até a central farmacêutica”, completou.

A Anvisa suspendeu lotes do medicamento Captopril, indicado para pacientes com hipertensão arterial

Fernanda Baldini 03/07/2017

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) suspendeu nesta segunda-feira (03) 10 lotes do medicamento Captopril 25 mg, do Laboratório Lafepe, indicado para pacientes com hipertensão arterial. O órgão identificou problemas no controle de qualidade dos produtos.

O teste de estabilidade, que avalia a qualidade do medicamento pronto, mostrou que a quantidade de princípio ativo dissulfeto de captopril nos comprimidos estava diferente do padrão. A substância é responsável por dar a identidade do medicamento e faz agir no corpo do paciente.

Está proibido o comércio, distribuição e uso do medicamente. Portanto, os pacientes que estejam utilizando algum dos lotes suspensos devem fazer a troca do medicamento.

Os outros lotes do produto produzido pelo Lafepe continuam liberados.

Os lotes suspensos

15081401 (validade: agosto/2017), 15081402 (validade: agosto/2017), 15081403 (validade: agosto/2017), 15090230 (validade: setembro/2017), 15090231 (validade: setembro/2017), 15090232 (validade: setembro/2017), 15121446 (validade: dezembro/2017), 16030251 (validade: março/2018), 16030254(validade: março/2018) e 16030255(validade: março/2018).

A doença

A hipertensão arterial, também chamada de pressão alta, é uma doença crônica que afeta cerca de um terço da população mundial. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, existem cerca de 13 milhões de pessoas com a doença, que atinge principalmente adultos com mais de 60 anos. Um dos fatores que têm contribuído para o aumento dos casos de hipertensão é o estilo de vida moderno, que envolve maus hábitos alimentares, sedentarismo obesidade e estresse. Muita gente nem sabe que tem a doença, até que ela provoque lesões nos órgãos vitais como o coração, os rins e no cérebro.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a pressão alta é uma das principais causas de infarto do miocárdio, insuficiência renal e AVC (Acidente Vascular Cerebral). Descubra aqui como se desenvolve, como realizar o diagnóstico e o que fazer para prevenir e tratar a hipertensão arterial.

O diagnóstico da HAS (Hipertensão Arterial Sistêmica), nome científico da doença, só pode ser feito por meio do cálculo regular da pressão sanguínea. Quem tem pressão arterial acima de 18/12 é considerado pressão alta.

Principais causas

Em cerca de 90% dos casos, a hipertensão não tem causas definidas chegando a se considerar o fator genético como forte fator de risco para o desenvolvimento da doença. Essa propensão ataca homens e mulheres de forma igualitária e preocupante. De acordo com a Sociedade Brasileira de Hipertensão, 1 em cada 4 pessoas adultas é considerada hipertensa no Brasil.

Ou seja, se alguém da sua família (mãe, pai, avô ou outro parente próximo) tem problema de pressão alta, há boas chances de você também ter. Apenas de 5 a 10 % dos casos é decorrente de outras doenças como insuficiência renal, hipotireoidismo, apneia do sono e Diabetes Melitus. Por isso,é muito mais seguro considerar não as causas, mas os fatores de risco da pressão alta e agir na prevenção.

Mais de 100 medicamentos deverão ser retirados do mercado, diz recomendação do MP-Procon que será expedida nesta terça-feira

Detalhes Publicado: 03 Julho 2017

Mais de cem tipos de medicamentos de diversos laboratórios deverão ser recolhidos do mercado, de acordo com a recomendação que será expedida nesta terça-feira (4) pelo Programa de Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério Público da Paraíba (MP-Procon/MPPB), Vigilâncias Sanitárias do Estado e do Município de João Pessoa, Conselhos Regionais de Medicina e Farmácia, Comissão de Defesa do Consumidor da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PB) e Procons da Capital, Bayeux e Cabedelo. A recomendação conjunta será expedida às 9h, na sede do MP-Procon, localizada no Parque Solón de Lucena, em João Pessoa aos Sindicatos das Farmácias e Distribuidoras de Medicamentos.

De acordo com o 1° promotor de Justiça de Defesa do Consumidor da Capital e diretor do MP-Procon, Francisco Glauberto Bezerra, a recomendação diz que os estabelecimentos deverão fazer a logística reversa para viabilizar o recolhimento dos medicamentos que apresentaram problemas, nos últimos seis meses, de acordo com avaliação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “A primeira coisa que o consumidor que tiver qualquer um desses medicamentos deve fazer é suspender imediatamente o uso. Depois, ele deve voltar à farmácia onde fez a compra para devolver o produto e receber seu dinheiro de volta. Se houver qualquer dificuldade para fazer isso, a pessoa deve procurar os órgãos de defesa do consumidor”, orientou.

Ainda segundo o promotor de Justiça, a negativa do recolhimento por parte de farmácias e distribuidoras pode resultar em sanções que vão de multa à prisão. A lista completa com os 144 medicamentos, laboratórios, lotes e motivos para o recolhimento será divulgada amanhã.

Dossiê

Desde que foi criado, em 2015, o MP-Procon realiza um monitoramento das publicações da Anvisa no Diário Oficial da União sobre medicamentos com determinações de recolhimento. O trabalho faz parte do 'Programa Permanente de Prevenção de Acidentes de Consumo', desenvolvido pelo órgão ministerial paraibano e pela Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor de João Pessoa.

De acordo com os dados levantados pelo MPPB, em apenas dois anos, a Anvisa determinou o recolhimento de mais de 160 medicamentos do mercado por falta de qualidade. Na Capital, a Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor já instaurou 44 inquéritos civis públicos para investigar 42 laboratórios. “A comercialização de medicamentos fora dos padrões de qualidade expõe os consumidores a situações que colocam em risco a saúde, em decorrência da ingestão de produtos fora dos padrões sanitários”, alertou Glauberto.

Dentre as principais causas que ocasionam o recolhimento de medicamentos no Brasil estão o resultado insatisfatório nos ensaios de aspecto e descrição da amostra (27%); problemas na embalagem, como erros de impressão e trocas de informação (21%); resultado de inspeção sanitária insatisfatório (11%) e presença de corpo estranho no medicamento (10%).

Dos 44 inquéritos civis públicos instaurados pela Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor de João Pessoa, atualmente encontram-se ativos 37, investigando 35 laboratórios. Os demais foram arquivados, sendo que seis inquéritos foram arquivados em 2015, porque ficou constatado documentalmente que não houve a comercialização dos produtos objetos da determinação do recolhimento no Estado da Paraíba e um foi arquivado em 2016, porque a Anvisa revogou a suspensão do funcionamento da empresa Infan Indústria Química e Farmacêutica Nacional S.A..

Subnotificação e controle no pós-registro dos medicamentos

Um problema que preocupa o MP-Procon é a subnotificação dos medicamentos alvos de recolhimento, que pode estar sendo provocada por uma mudança na metodologia de comunicação por parte da Anvisa à Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça (Senacon/MJ). Em 2013, a Senacon recebeu informações sobre problemas na qualidade de 3,5 milhões de unidades de medicamentos; em 2015, foram comunicados problemas em apenas 45,6 mil unidades de medicamentos. A queda pode ser explicada porque apenas produtos com problemas considerados graves pela Anvisa passaram a ser comunicados. Para o MP-Procon, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária deve comunicar à Secretaria Nacional todos os problemas relacionados a medicamentos – não apenas os classificados como mais nocivos à saúde e segurança do consumidor – para que seja feita uma investigação.

Outro problema que preocupa os órgãos de defesa do consumidor está respaldado em um acórdão do Tribunal de Contas da União (TCU) de 2016, onde o tribunal concluiu que a Anvisa não tinha o controle adequado sobre os medicamentos após o registro do produto feito pelos laboratórios. Na ocasião, o TCU recomendou ao órgão que apresentasse, no prazo de 90 dias, um plano de ação com providências para adequar o sistema para que haja um maior controle nesse sentido.

Supremo dá celeridade à ação sobre cannabis para uso medicinal

por Lauro Jardim
03/07/2017 09:20

Rosa Weber, relatora no STF da ação de insconstitucionalidade que questiona a proibição da cannabis para fins medicinais e de bem-estar terapêutico no Brasil, resolveu dar mais celeridade à discussão.

Determinou que se abrevie o rito da causa: pediu que Presidência da República, Senado, Câmara e Anvisa se manifestem no prazo de 10 dias.

A ação, proposta pelo PPS e na qual atuam os advogados Maurício Sullivan Guedes e Renato Galuppo, visa a “assegurar o plantio, cultivo, colheita, guarda, transporte, prescrição, ministração e aquisição de Cannabis para fins medicinais e de bem-estar terapêutico, mediante notificação de receita, conforme as normas de saúde pertinentes, sem que tais condutas sejam consideradas crimes".

Somente no final do ano, entretanto, a ação deve ser julgada pelo Supremo.