Cervejaria investe R$ 2 milhões para abrigar produção de terceiros

Modelo resulta em ganho de competitividade do setor
Mara Bianchetti

A cervejaria reúne cerca de 40 produtores e mais de 100 rótulos produzidos no mesmo local

Assim como outros segmentos, as microcervejarias também têm encontrado nas parcerias uma alternativa para o ganho de competitividade e elevação do faturamento em um mercado que não para de crescer. A chamada “produção cigana” tem ganhado cada vez mais espaço entre as fábricas já estruturadas existentes em Minas Gerais e garantido uma importante fatia do mercado entre as gigantes do setor.

Este é o caso, por exemplo, da Cervejaria Capim Branco, produtora da cerveja Artesamalte. Localizada no município de mesmo nome, na região Central do Estado, a microcervejaria realizou recentemente um investimento de R$ 2 milhões, com parte do capital privado e parte proveniente de financiamento, visando abrir o parque fabril a produtores que não tivessem onde produzir suas cervejas.

E o resultado não poderia ser melhor. De acordo com o sócio-proprietário da marca, Augusto Viana de Melo Figueiredo, hoje já são cerca de 40 produtores e mais de 100 rótulos produzidos no mesmo local, com matéria-prima importada e água direto da fonte.
Melo aponta que as parcerias trazem competitividade em um mercado muito desigual, por conta da elevada carga tributária. “Juntos temos força para comprar e para vender, uma vez que rateamos os custos com insumos e mão de obra. Somente assim, conseguimos entrar nesse mercado complexo, mas tão promissor”, explicou.

Ele se refere às grandes marcas e à complexa e elevada tributação do mercado de bebidas alcoólicas. “A carga tributária já é elevada, quando falamos de um produto diferenciado o peso fica ainda maior. Para piorar, as grandes cervejarias vendem um produto tradicional como se fosse artesanal e intitulam suas cervejas como ‘Premium’ ou ‘Puro Malte’, mesmo sabendo que não são”, completou.

Justamente diante desses desafios que os sócios-proprietários da Artesamalte resolveram ampliar o negócio e abrir a produção para terceiros. “Vimos na produção cigana uma maneira de conseguir viabilizar o nosso próprio negócio. Montamos uma espécie de cooperativa de produtores, investimos, potencializamos o que tínhamos em mão e hoje produzimos cerca de 25 mil litros de cervejas para terceiros por mês”, contou.

E a cervejaria ainda tem espaço para crescer. Conforme Figueiredo, com a compra de novos tanques e ampliação da fábrica a capacidade fabril da Cervejaria Capim Branco foi ampliada para 80 mil litros mensal. O investimento de R$ 2 milhões contemplou ainda a criação de um museu.

Expectativas – Com tantos números positivos, a expectativa é encerrar 2017 com crescimento de 20% sobre o ano passado. O desempenho deverá acompanhar a média alcançada nos últimos exercícios. Tanto sucesso, mesmo em meio ao cenário turbulento da economia nacional, é atribuído pelo empresário ao momento vivido pelo setor de cervejaria artesanal, que tem crescido em todo o País.

“A área tem ganhado cada vez mais espaço, com cartas em restaurantes e preços acessíveis nas redes de supermercados. Além disso, com a crise, as pessoas têm trocado os vinhos pelas cervejas artesanais, justamente por possuírem um preço mais acessível e uma qualidade igualmente superior às demais”, concluiu.

Coca-Cola leva unidade operativa para Betim

A estrutura, com aplicações de R$ 900 mil, tem capacidade de armazenamento 51% superior à de Contagem

Ana Amélia Hamdan

A UO de Betim, que está em operação desde 1º de julho, atenderá 54 cidades, incluindo Sete Lagoas e Conselheiro Lafaiete

Um novo centro de distribuição da Coca-Cola Femsa Brasil está em funcionamento, desde o mês passado, no Distrito Industrial de Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). A unidade operativa (UO) – como é denominado o centro de distribuição – substitui a de Contagem, também na RMBH, que já estava saturada. A capacidade inicial de armazenamento da estrutura de Betim é 51% superior à de Contagem e atende à projeção de crescimento da empresa, evitando gargalos entre produção e distribuição.

De acordo com o gerente territorial de operações da Coca-Cola Femsa Brasil em Minas, Cláudio Monteiro, o município de Betim foi apontado por estudo de malha viária encomendado pela empresa como melhor ponto para receber a unidade operativa. “Os altos investimentos na fábrica de Itabirito (inaugurada em 2015) vão garantir aumento produtivo e a mudança e ampliação da unidade operativa vão auxiliar na fluidez da produção”, disse Monteiro.

A UO de Betim está em operação desde 1º de julho e tem capacidade de ampliação. O investimento foi de R$ 900 mil, para adequações em área alugada. O objetivo num futuro próximo, segundo Monteiro, é que seja adquirida área própria. “Pode ser ou não no atual local. Mas sabemos que será em Betim devido às pesquisas que apontaram a cidade como o melhor ponto para a unidade”, disse.

Ainda conforme Monteiro, o novo centro proporciona ganhos de quilômetros, melhorando o atendimento do mercado. Como o de Contagem estava saturado, havia certos pontos que estavam mais próximos dessa cidade, mas que estavam sendo atendidos pelo centro de distribuição localizado em Belo Horizonte. De imediato, 19 rotas que eram feitas pela Capital já passaram para Betim.

A unidade operativa vai distribuir todos os produtos da empresa – refrigerantes, chás, sucos de frutas, suco de soja e cerveja. O refrigerante vem da fábrica de Itabirito e os demais de outras unidades industriais.

Segundo a assessoria de imprensa da Coca-Cola Femsa Brasil, o espaço de 44 mil m² terá capacidade inicial de armazenamento de cerca de 4 mil paletes e 600 mil caixas médias. A nova UO vai atender 54 cidades, entre elas, Contagem, Betim (RMBH), Conselheiro Lafaiete e Sete Lagoas (Central).

O armazém principal tem área de 12 mil m², com área de picking, destinada à separação e montagem de pedidos, e de stage, local para colocar os pedidos e carregá-los no caminhão. O espaço para carregamento possui seis docas para caminhões de rota, destinados aos pontos de venda; e duas docas para carretas que trazem produtos para abastecer as unidades ou transferi-los para outras UOs. A estrutura tem ainda estacionamento de caminhões com 102 vagas. No local trabalham 446 funcionários.

Regionais – Betim e Belo Horizonte têm os dois maiores centros de distribuição da Coca-Cola Femsa Brasil em Minas. Na Capital, a UO está localizada na antiga fábrica da Cola-Cola, às margens do Anel Rodoviário. “São unidades consideradas de médio para grande porte”, disse Monteiro.

No Estado, há 11 unidades operativas, divididas em quatro regionais: Regional Belo Horizonte; Regional Betim (antiga Regional Contagem); Regional Sul, com sede em Divinópolis; Regional Norte, em Ipatinga.

As UOs instaladas em Minas atendem exclusivamente ao Estado, que responde por 15% do total do volume do mercado nacional da Coca-Cola Femsa Brasil.

Empresa cria linha de bebidas com ingredientes amazônicos para conquistar estrangeiros

A AMAZ entra no mercado californiano neste mês com 3 diferentes receitas de bebidas com propósitos antioxidantes, relaxantes e energéticos
03.08.2017|Por Vitória Batistoti

A AMAZ irá adentrar ao mercado com 3 receitas de bebidas funcionais: It's All Good, Here We Go e Take it Easy

A praia de Maresias, no litoral paulista, foi o cenário em que os amigos paulistanos Demian Salomão Moraru, 43, e Gustavo Nader, 46, iniciaram uma conversa que iria alterar o rumo de suas carreiras. Naquela paisagem tropical, o publicitário Moraru e o economista Nader perceberam que ambos estavam desmotivados profissionalmente e com vontade de empreender em alguma coisa que fosse desafiadora, nova e que gerasse impacto social positivo. E foi assim, então, que eles germinaram a ideia da AMAZ, marca de alimentos feitos com produtos da Amazônia e voltada para o mercado estrangeiro.

A alimentação saudável já fazia parte da rotina dos dois. Concomitantemente, Nader já tinha tido contato com a dinâmica da indústria de alimentos em um viagem à Califórnia (EUA) e percebeu que esse era um nicho interessante para se empreender. “Pensávamos em empreendedorismo sustentável e algo que pudesse agregar algum benefício para sociedade, além do lucro ao nosso bolso. Queríamos priorizar também o que o Brasil tinha de melhor, mas que era sub explorado e pouco valorizado”, completa o economista.

Com seus mais de 5 milhões e meio de quilômetros quadrados, a floresta Amazônica apareceu como uma inspiração para os dois empreendedores. Exuberante em sua biodiversidade de flora e abundância de frutos, a região saltou aos olhos de Moraru e Nader, que passaram a estudar a área e conhecer as agroflorestas (sistema ecológico que se baseia em culturas agrícolas junto às culturas florestais do ecossistema).

Neste mês de agosto, a AMAZ entra no mercado estrangeiro com 3 receitas de bebidas funcionais feitas a partir de frutas, sementes, raízes e folhas amazônicas. “Mapeamos os maiores problemas da sociedade de hoje e vimos que as pessoas andam muito estressadas, bebem muito café para ter energia”, afirma o publicitário Moraru. Para “curar” essas mazelas sociais, eles desenvolveram as bebidas It’s All Good (com cupuaçu e graviola na receita e com princípios antioxidante), a Take it Easy (maracujá e flor de maracujá para relaxar) e o rótulo Here We Go (guaraná e cajá para dar vitalidade).

Além de natural em seus produtos, o propósito da AMAZ é também ter um modelo de negócio sustentável e ecofriendly. “Compramos de produtores que realizam o sistema de agrofloresta, pois já se sabe dos problemas que a monocultura traz aos ecossistemas. Essa é uma maneira economicamente viável”, conta Nadar. Somado a esse valor da marca, 10% das vendas brutas das bebidas AMAZ serão revertidas para o projeto de produção comunitária sustentável de sementes nativas da Rede Sementes do Xingu.

Ainda que 100% brasileira, a estreia da marca, no entanto, acontecerá em território norte americano, no estado da Califórnia, nos Estados Unidos. “Identificamos que ali há um mercado muito receptivo a novos sabores e começar por ali também será um grande desafio, já que a Califórnia tem um dos mercados mais competitivos do mundo”. Em terras estadunidenses, os produtos serão distribuídos em pontos físicos e por e-commerce pela LA Libations, incubadora que faz parte da Coca Cola VEB e devem custar $ 3,99 dólares (cerca de R$ 12,50).

Já os planejamentos para o futuro da AMAZ é continuar pesquisando novos sabores de bebidas e, quem sabe, até outros tipos de produto. Além de, é claro, trazer a marca ao Brasil em alguma oportunidade.

“Queremos divulgar o que o Brasil tem de melhor para o mundo e ajudar a desenvolver projetos que melhores a vida de pessoas, como as agroflorestas. Podemos fazer mais do exportar commotidies agrícolas, temos potencial e talento para deixar um legado positivo”, afirma Nader.

Clandestina Craft Beer inaugura sua unidade produtiva em Novo Hamburgo

Junte um engenheiro de computação com um engenheiro eletrônico, para em seguida, adicionar um físico. O resultado dessa mistura? Empreendedorismo. No próximo sábado, 5, inaugura em Novo Hamburgo a Clandestina Craft Beer, a microcervejaria tocada pelos agora empresários Rafael Morello, Diego Marcel de Souza e Rafael Lima (foto). Com seis rótulos fixos de diferentes tipos de cerveja, os três amigos chegam ao mercado buscando ser uma referência em cerveja artesanal.

Antes de serem sócios, Morello, Diego e Lima foram colegas de trabalho em uma empresa especializada em sistemas de automação. De colegas passaram a amigos, depois parceiros de brasagens nos fundos da casa dos pais de Diego, até que por fim, resolveram investir na paixão por produzir cervejas de excelência.

Tudo começou como um passatempo. Em 2008, Morello começou a fazer suas próprias cervejas, inicialmente no salão de festas do prédio onde morava. “Naquele momento em todo lugar que se ia haviam sempre as mesmas cervejas. Não podia ser só aquilo, então comecei a pesquisar outros tipos, passei meses estudando, comprando os equipamentos básicos, até que comecei a produzir pequenas quantidades”, explica.

As quantidades foram aumentando gradualmente, e parte das garrafas eram levadas para o trabalho, para que os colegas pudessem provar o resultado das receitas. No início de 2012, Lima e Diego resolveram se juntar ao colega, e a produção passou de Porto Alegre para Novo Hamburgo. Em dois anos passaram de 150 litros produzidos por mês para 500 litros. “Nesse período aprendemos muito sobre os estilos e o processo. Trabalhávamos a semana toda, e fazíamos três brasagens em 15 horas de trabalho aos sábados”, conta Lima.

Dos fundos da casa dos pais de Diego, a produção foi levada para um pavilhão alugado em parceria com dois outros grupos de cervejeiros caseiros em 2014. Nesse momento, o que era um passatempo começava a se tornar um projeto de negócio e a passagem pelo prédio durou dois anos. “O prédio onde estávamos não nos dava condições de implementar uma cervejaria, e por isso iniciamos um estudo para encontrar um local adequado para que buscássemos todos os registros. No final do ano passado chegamos ao endereço atual, agora sozinhos”, explica Diego.

Após a montagem de um planejamento financeiro, nascia então, de fato, a Clandestina, microcervejaria sediada no bairro Vila Nova, em Novo Hamburgo, que busca sabores autênticos em cervejas inovadoras. Os últimos meses foram de investimentos em novos equipamentos e na busca por ter todos os registros necessários, incluindo o registro da cervejaria e do produto no MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento). “É um processo longo e bastante burocrático, com todos os processos e padrões bem descritos, mas hoje podemos comercializar a Clandestina”, lembra Morello.

Lançamento
A abertura oficial da cervejaria será no próximo sábado, a partir das 15 horas, na sede da Clandestina. Todos os seis estilos de cerveja da Clandestina poderão ser degustados. Haverá show da Automations Band, banda Tribah e do DJ Negro P. As comidas ficam por conta do Ogro Burger, Doda Pizza e Florinda’s Doceria. A entrada é gratuita, e haverá tour guiado para conhecer as instalações da cervejaria.

Serviço
O quê: Abertura oficial Clandestina Craft Beer
Quando: 5/8, a partir das 15h
Onde: Rua Santos, 424, bairro Vila Nova, Novo Hamburgo
Quanto: Entrada franca

Águas de coco de caixinha não são “100% naturais” como afirmam uns rótulos

Do UOL

03/08/2017 16h05

O coco e seus derivados voltaram com tudo para a rotina alimentar do brasileiro. Mas é sempre bom se atentar para os riscos dos produtos industrializados. Apesar de se tratar de um líquido com baixo teor de açúcar –a água de coco de caixinha geralmente é uma opção mais saudável do que outras bebidas adoçadas, como refrigerantes e sucos–, em uma análise recente, a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste) afirmou ter encontrado irregularidades nos rótulos de algumas marcas de água de coco comercializada em caixinha.

As marcas analisadas foram: Do Bem, Kero Coco, Obrigado, Coco do Vale, Sococo e Ducoco. Todas atenderam aos padrões de higiene e pH previstos em lei e apresentaram baixos teores de açúcar. Porém, a rotulagem de algumas marcas apresentou problemas. Alguns produtos não são 100% naturais como dizem e trazem mais sódio em sua composição do que anunciam em seus rótulos.

A marca Coco do Vale, por exemplo, apresentou 60% a mais de sódio e 31% de potássio na amostra do que o informado no rótulo; a Ducoco continha um teor de potássio 37% maior que o descrito em sua embalagem; e a Sococo, traz a maior variação de sódio entre todas as analisadas: 64% acima do valor indicado na caixinha.

Além disso, algumas informações presentes nos rótulos são proibidas por lei. Alegações como "100% coco praiano", "Sem conservadores" e "Sem adição de açúcar" podem confundir o consumidor, uma vez que substâncias como sacarose e potássio estão presentes na lista de ingredientes. O modo de conservação, previsto em lei, também foi omitido.

Procuradas pelo o UOL, as marcas disseram:

Ducoco

Ao declarar que a água de coco é um produto 0% gordura e colesterol temos a intenção de informar ao consumidor os benefícios desta bebida. Como manda a legislação, inclusive com o tamanho de fonte recomendado, afirmamos na embalagem que esta é uma característica inerente ao produto.

A água de coco Ducoco é um produto natural, não existe manipulação, ou seja: não adicionamos e nem retiramos sódio ou potássio. Apesar das variações do fruto, trabalhamos sempre de acordo com a legislação.

Acrescentamos ainda que a Ducoco preza pela alta qualidade, os produtos da empresa são aprovados pelo FDA (Food and Drugs Administration), possuem as certificações ISO 14001, ISO 9001, ISO 22.000, FSSC 22.000 e selo Kosher, além da certificação Rainforest Alliance, que visa através da promoção e incentivo do manejo florestal e agrícola, ambientalmente corretos e economicamente viáveis, contribuir para a preservação da biodiversidade e justiça social para que pessoas e meio ambiente prosperem juntos

Kero Coco

A PepsiCo segue todas as diretrizes e regulamentações exigidas pelos órgãos de fiscalização no Brasil, bem como assegura a qualidade dos processos adotados na produção de KERO COCO. KERO COCO é pioneira no envase de água de coco no Brasil e há mais de 20 anos utiliza 100% de coco verde brasileiro como principal insumo do produto.

Obrigado

A água de coco Obrigado informa que segue a legislação e todas as regras de segurança na fabricação de seus produtos. Quanto aos dados apontados pela Proteste, a marca afirma que a informação sobre a data de fabricação, apesar de não ser legalmente necessária, já está em análise para que seja implementada em seus produtos. Sobre as instruções do modo de conservação, a marca deixa claro no rótulo que após aberto, o produto deve ser consumido em até três dias, e deve ser conservado na temperatura de 1°C a 8°C, observando o prazo de validade impresso na embalagem. A informação será complementada com os possíveis riscos à saúde nos próximos lotes da água de coco.

Com apenas dois anos no mercado brasileiro, a Obrigado já é reconhecida pela proposta única de seus produtos. Uma água de coco extraída sem exposição à luz e ao oxigênio, sem adição de açúcares, conservantes e com o menor teor de sódio do mercado.

Do Bem

As caixinhas da água de coco da Do Bem™ já trazem informações sobre como armazenar o produto para aproveitá-lo com todo o seu sabor: basta proteger a bebida do sol e do calor, em local seco e arejado, além de consumir a água em até três dias após sua abertura. A do bem esclarece que o único quesito apontado pela Proteste – sobre a informação no rótulo sobre possíveis riscos do armazenamento inadequado – já está em processo de ajuste. A mensagem será complementada nos próximos lotes da água de coco.

Sococo

Quanto ao comentário “vendida como um produto natural”, a rigor não procede, a expressão impressa no rótulo da água de coco SOCOCO é “NATURALMENTE REFRESCANTE”, transmitindo a ideia de frescor da bebida. A água de coco SOCOCO é produzida exclusivamente a partir de água de coco “in natura”, sem qualquer uso de concentrado e sem adição de água potável, não fazendo, portanto, nenhum tipo de reconstituição. Assim sendo, apenas na lista de ingredientes, consta a procedência da matéria prima utilizada (água de coco natural).

A sacarose utilizada é exclusivamente para padronização do brix do produto e em quantidade inferior a 1%, conforme estabelecido na legislação vigente (IN nº 27/09- Art 4º, item I) e se encontra devidamente declarada na lista de ingredientes.

A variação no teor de sódio na água de coco é uma característica natural inerente ao fruto, reconhecida pelo próprio PIQ – Padrão de Identidade e Qualidade da água de coco, que admite uma variação de 2 a 30mg/100ml (IN nº 27, de 22 de julho de 2009). O valor de sódio encontrado pela PROTESTE foi de 5,3mg/100ml, muito abaixo do valor máximo legalmente estabelecido. Evidencia-se ainda que, tanto o valor de sódio apontado pela PROTESTE quanto o constante na tabela nutricional do rótulo da água de coco SOCOCO, encontram-se abaixo de 2% do Valor Diário de Referência que é de 2400 mg (RDC 360/03 do MS). Quanto à diferença apontada entre os valores referidos pela PROTESTE e os valores indicados na embalagem da água de coco SOCOCO, justifica-se pela grande variação apresentada nos teores de sódio do próprio fruto, tendo a SOCOCO, por segurança, optado por informar o valor mais alto detectado em suas análises.

A conservação da água de coco SOCOCO é assegurada por tratamento térmico em Sistema UHT (Ultra High Temperature). A quantidade de metabissulfito de sódio 50 ppm (partes por milhão) utilizada é mínima, servindo apenas como antioxidante, conforme estabelecido pela própria legislação de aditivos alimentares na categoria de água de coco (RDC nº 8, de 06/03/2013) e não como conservador. O antioxidante utilizado está devidamente declarado na lista de ingredientes.

No tocante aos demais tópicos elencados (falta de data de fabricação e falta de dados sobre conservação), a matéria veiculada pela PROTESTE não aponta qualquer não conformidade para o produto água de coco SOCOCO.

Por oportuno, a SOCOCO informa que está avaliando a necessidade de alterar os dizeres de rótulo dos próximos lotes de água de coco SOCOCO.

Agradecemos a oportunidade oferecida para prestar os devidos esclarecimentos, ao tempo em que parabenizamos as iniciativas em prol da melhoria continua da qualidade.

?Coco do Vale

?A marca ainda não se posicionou sobre o assunto.

Sealed Air adquire empresa brasileira de embalagem de alimentos

A Sealed Air Corporation anunciou a aquisição da Deltaplam Embalagens Indústria e Comércio Ltda (Deltaplam), uma empresa familiar brasileira, fabricante de embalagens flexíveis. Fornecendo soluções para clientes da indústria de alimentos em todo o mercado brasileiro, a empresa utiliza alta tecnologia de extrusão para fornecer sacos termoencolhíveis de superior barreira e recicláveis, filmes multicamadas, laminados e pouches.

“Somado à expertise global da Sealed Air e às atuais soluções de embalagem, esta aquisição fortalece nossa posição na América Latina, incrementa o portfólio de produtos mais sustentáveis e ecológicos e nos permite oferecer ainda mais inovações aos nossos clientes”, disse Karl R. Deily, presidente da divisão Food Care da Sealed Air. “Este investimento também amplia nosso alcance de mercado com novas aplicações e segmentos”.

A Deltaplam, criada em 1994, está sediada em Londrina, Paraná, e emprega hoje mais de 100 pessoas. A Sealed Air tem presença no Brasil há mais de 55 anos e emprega mais de 3 mil colaboradores em toda América Latina.

Os termos da transação não foram divulgados.

Oreo perde mercado com demanda por alimentos saudáveis

Mondelez tem novo comando global, com mudança de marca e ciclo de renovação dos negócios da empresa

Por: Tatiane Vaz Data: 03 de Agosto de 2017

A partir de novembro, a Mondelez terá um novo comando global: depois de 117 anos no cargo, Irene Rosenfeld passará o posto para Dirk Van de Put, atualmente executivo-chefe da fabricante canadense de alimentos congelados McCain Foods.

O anúncio oficial foi feito pela companhia na noite de quarta-feira e é embalado pela estagnação das vendas da empresa, em meio ao aumento da demanda por alimentos mais saudáveis, ainda que feitos de forma industrial, no mundo todo.

No trimestre, as vendas globais da Mondelez caíram 5% para 6 bilhões de dólares, com a baixa procura por algumas de suas principais marcas, como o leite Cadbury Dairy Milk, o chocolate Milka e os biscoitos Oreo, especialmente na América do Norte.

Ainda assim, o lucro da segunda maior empresa mundial do ramo atingiu 500 milhões de dólares, incrementado pelos esforços de cortes de custos e despesas nas operações.

A mudança de presidência marca o ciclo de renovação dos negócios que a Mondelez deve passar a partir de agora.

Rosenfeld trabalhou por 11 anos na companhia, primeiro como CEO da Kraft e depois como CEO da Mondelez, comprada da Kraft em 2012.

Van de Put trará as experiências acumuladas em 30 anos de mercado e passagens pela Coca-Cola, Mars e Danone.

Quem é a mexicana Lala, nova dona da Vigor

No Brasil, aquisição é o primeiro negócio da companhia mexicana que tem fábricas espalhadas pelo México, Estados Unidos e América Central
Por Karin Salomão
3 ago 2017, 18h09 – Publicado em 3 ago 2017, 16h41

São Paulo – A partir de hoje, a Vigor tem um novo dono. A holding J&F, dona da JBS, passou o controle da empresa de laticínios para o Grupo Lala.

A venda, fechada no dia 1º, passa a valer a partir de hoje. O negócio também inclui a participação que a Vigor tem na Itambé.

Fundada em 1917, a Vigor tem mais de 7.600 funcionários, 11 centros de apoio, 31 centros de distribuição e 14 fábricas. Com produtos como queijos, iogurtes e outros alimentos lácteos, a Vigor é dona das marcas Vigor, Danubio, Faixa Azul, Serrabella, Leco, Amelia e Carmelita.

A Lala fatura alto, 53,5 bilhões de pesos mexicanos em 2016, cerca de 3 bilhões de dólares, com mais de 600 produtos diferentes, encontrados em mais de 500 mil pontos de venda. Com 22 fábricas espalhadas pelo México, Estados Unidos e América Central, o grupo tem mais de 34 mil funcionários.

A aquisição da Vigor é a primeiro feita pela companhia no Brasil e ocorre em um momento de expansão para a mexicana, que tem a expectativa de incrementar as receitas com a entrada no mercado brasileiro – estratégia adotada também em outros países.

As vendas líquidas globais da empresa cresceram 11% no ano passado, depois de aquisições na Nicarágua, na Costa Rica e nos EUA.
Comprar e crescer

Aquisição, por sinal, tem sido a marca da empresa desde sua criação, em 1950, como La Pasteurizadora Laguna. O nome Lala vem de “La laguna”, região no norte do México próxima ao lago Mayran. Em 1977, a Pasteurizadora Laguna se une à Pasteurizadora Nazas, criada em 1956.

Ela entrou nos Estados Unidos em 2008, com a compra de uma manufatura em Omaha, no Nebraska. No mesmo ano, também passou a operar na Guatemala com uma aquisição. Entrou na Nicarágua, recentemente, seguindo a mesma estratégia.

Nas últimas décadas, comprou diversas companhias e marcas menores e passou a atuar em todas as regiões do México até chegar, agora, ao Brasil.
Sentido inverso

Já a J&F, holding controladora da JBS, faz atualmente o caminho inverso. A venda da Vigor faz parte do plano de levantar 8 bilhões de reais com vendas de ativos, para pagar multas e acordos de leniência.

O processo de desinvestimento começou após os irmãos Wesley e Joesley Batista terem fechado acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF). As denúncias dos empresários envolveram políticos como o presidente Michel Temer e o senador Aécio Neves.

Ela já vendeu a Alpargatas para o fundo Cambuhy, por 3,5 bilhões de reais, e as operações de carne na América do Sul por 300 milhões de dólares para o frigorífico Minerva.

Há outros ativos sendo negociados, como a Eldorado Celulose – que está em negociações exclusivas com a Arauco – e a fabricante de produtos de higiene e limpeza Flora.

Mondelez replica no Nordeste experiência aprovada na Índia

Dona de marcas como Bis, Lacta e Sonho de Valsa pretende entregar aos consumidores chocolates sem deformações por conta do calor da região

Salvador Strano
3 de agosto de 2017 – 12h55

A Mondelez Brasil, dona de marcas como Lacta, Bis e Sonho de Valsa, está expandindo o projeto Adegas, no Nordeste Brasileiro. Na região, a empresa entregou aos varejistas mais de 400 refrigeradores para que os chocolates não percam o aspecto original do produto, por conta do calor que faz na região quase o ano inteiro.

A ação começou a ser estudada em 2011 e, dois anos depois, a primeira geladeira foi entregue no Recife. A iniciativa é uma adaptação do que foi feito na Índia, onde o projeto já está consolidado.

Segundo Paula Ciqueira, gerente de marketing comercial para o Norte e Nordeste da MondelÄ“z, “o resultado foi um aumento de 53% na venda dos produtos para o consumidor final, em apenas 12 meses das geladeiras nos mercados”. Ciqueira explica que a ação é focada em “estabelecimentos pequenos, com cinco a nove check outs (caixas) , e sem nenhuma refrigeração”.

Para um futuro próximo, a empresa pretende levar os refrigeradores também ao Norte do País, com foco em Manaus e Belém.

Desde 2014, quando a crise econômica começou, cerca de 2,3 milhões de postos de trabalho foram fechados no Brasil, segundo dados da Pnad Contínua, 69% desses desempregados estão na região Nordeste. Para Paula, a MondelÄ“z conseguiu atingir mesmo o público de baixa renda porque “o portfólio da empresa é amplo, e tem produtos que cabem em todos os tipos de faixa de renda”.

Linha Instagrãos Low Glúten é nova aposta da Grings Alimentos Saudáveis

Quinta, 03 Agosto 2017 15:32 Escrito por Charles Mendes
Produtos são indicados para quem faz dieta de restrição de glúten apenas por opção, por isso trazem baixíssimo teor dessa proteína

A Grings Alimentos Saudáveis lança a linha Instagrãos, que reúne mix de grãos, sementes e sabores prontos para o consumo, composto por ingredientes como amaranto, chia, gergelim, sementes de abóbora e de girassol. Essa linha é LOW GLUTEN, ou seja, é ideal para as pessoas que não são celíacas, mas optam por não consumir a proteína.

Disponível em embalagens de 120 gramas, os produtos são apresentados em seis versões: Picante, Mix, Coco, Gergelim Mix, Melado e Mostarda, e também Girassol, Abóbora e Sal Rosa. Os Instagrãos podem ser adicionados em pratos quentes ou frios, sobremesas, iogurtes, receitas de bolos ou podem ser consumidos como um snack no melhor estilo “on the go”, ou seja, podem servir de lanche no caminho do trabalho para casa, por exemplo.

Práticos e saborosos, os Instagrãos são ideais para as pessoas que procuram consumir alimentos saudáveis e nutritivos, sendo excelentes opções para os lanches entre as refeições. Confira abaixo, alguns benefícios encontrados nos grãos e sementes que compõem a linha Instagrãos:

Amaranto: rico em proteínas, fibras, antocianinas, flavonoides, polifenóis, tocoferóis e vitamina C, possui ação antioxidante, e propriedades que reduzem os níveis de colesterol e glicose no sangue, melhora do sistema imunológico, anemia, ajuda a controlar a pressão arterial e contribui para inibir o surgimento de câncer.

Chia: possui propriedades que aumentam a resistência física, é uma fonte natural de ácidos graxos, ômega-3, fibras e proteínas, além de ter componentes fenólicos, como ácido cafeico e ácido clorogênico, por isso é considerada uma fonte natural de antioxidantes.

Gergelim: fonte de proteínas vegetais, possui triptofano, importante aminoácido que ajuda a manter o bom humor. É rica em fibras e gorduras poli-insaturadas e monoinsaturadas, minerais e vitaminas como cálcio, zinco, ferro, fósforo, manganês, cobre, magnésio, tiamina, folato e vitamina B6.

Semente de abóbora: ajuda a reduzir os níveis de colesterol no sangue, por conter quantidade elevada de proteínas e de gorduras poli-insaturadas. As sementes são ricas em fibras e substâncias antioxidantes como arotenoides, tocoferóis e compostos fitosteróis e fenólicos.

Semente de girassol: fonte de proteínas e rica de vitamina E, possui propriedades antioxidantes e anti-inflamatória, que reduzem os sintomas de algumas doenças como artrite reumatoide, asma, osteoartrite e outras, além de contribuir para retardar o envelhecimento da pele. Além disso, possui fitoesteroides, que contribuem para reduzir o colesterol ruim (LDL) e também o magnésio, que auxilia no controle da pressão arterial. Ambos ajudam a reduzir o risco de doenças cardiovasculares.

Preço médio sugerido: R$ 21,80

Sobre a Grings Alimentos Saudáveis

Fundada em abril de 1995, a Grings Alimentos Saudáveis vem crescendo junto com a procura da população por uma alimentação mais adequada, por meio de produtos de alta qualidade, elaborados cuidadosamente com as melhores matérias-primas do mercado.

A Grings tem como proposta tornar-se referência no que diz respeito a alimentos naturais e funcionais e, para isso, está atenta ao mercado, sempre trazendo novidades no que se refere à alimentação saudável. Além disso, tem como conceito oferecer produtos saborosos, práticos e de rápido preparo.

http://www.grings.com.br/