Cervejarias artesanais do estado de São Paulo se reúnem com governador para pleitear isonomia tributária

Quarta, 02 Agosto 2017 15:32 Escrito por Flavia Rocha

Na última segunda-feira, dia 31 de julho, por intermédio da ACI e da Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto, representantes das cervejarias que compõe o Polo Cervejeiro de Ribeirão Preto, estiveram com o Governador Geraldo Alckmin no Palácio dos Bandeirantes para pleitear isonomia tributária para o setor das artesanais no Estado de São Paulo, tipo de benefício fiscal que já é concedido por outros estados do país.

Estiveram presentes o prefeito de Ribeirão Preto, Duarte Nogueira, o presidente da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto, Dorival Balbino, o presidente da Câmara Municipal de Ribeirão Preto, Rodrigo Simões, o Governador Geraldo Alckmin, o vice governador Márcio França, o secretário da Fazenda do Estado, Helcio Tokeshi, Secretário da Agricultura, Arnaldo Jardim, o presidente da ABRACERVA, Rodrigo Silveira, o presidente do Polo Cervejeiro de Ribeirão Preto, Augusto Balieiro, o contabilista Marcos de Senzi, o advogado tributarista Aguinaldo Biffi e representantes das cervejarias da cidade.

Rodrigo Silveira, diretor da Cervejaria Invicta e presidente da ABRACERVA, teve como último desafio em seu final de mandato na associação, conseguir algo para o estado de São Paulo. “Não é de hoje que a gente vem batalhando por esta competitividade no cenário nacional. Temos uma carga tributária maior em comparação aos demais estados, o que tem nos impedido de crescer. Durante meu mandato como presidente da ABRACERVA, conseguimos várias vitórias em vários estados que passaram a ter benefícios e por isso mesmo não conseguimos mais vender nesses estados como Goiás, Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná porque os nossos produtos chegam a preços muito superiores lá. Em contrapartida, cervejarias de outros estados vem ocupando cada vez mais as nossas prateleiras, chegando ao consumidor a preços menores que os nossos”, explica Rodrigo Silveira.

O setor das cervejarias artesanais vem crescendo a passos largos. O Estado de São Paulo tem hoje 122 Microcervejarias, e 10 delas estão localizadas em Ribeirão Preto. No entanto, a demanda tem ficado estagnada devido ao alto valor do produto. “A produção diária no Brasil é de 40 milhões de litros enquanto uma microcervejaria pode chegar a 5 milhões de litros/ano. Hoje, menos de 5% das Micros estão perto deste volume, com tratamento fiscal sendo praticamente o mesmo”, explica o presidente da ABRACERVA.

Ao final da reunião, o governador se comprometeu a analisar detalhadamente o documento levado pelo Polo Cervejeiro e relatou que fará algo pelo setor, o que deixou os representantes presentes na reunião muito otimistas com essa possibilidade de conseguir esse pleito e voltar a crescer.

Doçuras à beira-mar

A produção do cacau destaca a cidade de Ilhéus como referência nacional na produção de chocolate. Visitantes podem fazer tours por fazendas que trabalham com o fruto e conhecer o processo

» Álef Calado*

Publicação: 02/08/2017 04:00

Quando você pensa na fabricação de chocolate, qual a primeira cidade brasileira que vem à sua cabeça? Muitos devem pensar, quase que instantaneamente, na charmosa, pacata e extremamente fria Gramado, na serra gaúcha, Rio Grande do Sul. O que pouca gente sabe é que vem de um estado bem mais quente, há quase 3 mil km da terra do chimarrão, mais de 70% da principal matéria prima para a fabricação do doce.

O clima agradável e o solo fértil foram essenciais para que o cultivo do cacau se estabelecesse extremamente bem no litoral sul da Bahia. Segundo dados da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), no ano passado, das 146,9 mil toneladas do fruto produzidas no Brasil, 101,3 mil cresceram em lavouras na região baiana. Um dos pontos cacaueiros mais importantes do estado é a cidade turística de Ilhéus, onde o fruto desembarcou em meados dos anos 40 e faz parte da história do município.

Quase tão bom quanto degustar os chocolates ilheenses é conhecer, de pertinho, a fabricação da guloseima. Para isso, grande parte das fazendas responsáveis pela colheita do cacau montam programações especiais para visitantes. Mas antes, um aviso: ainda no hotel, certifique-se de estar com tênis confortáveis, preparado para pisar na lama, e de levar repelente, protetor solar e um boné; itens quase obrigatórios para sobreviver nas plantações.

Um dos destinos mais procurados é a Fazenda Yrerê, na Rodovia Jorge Amado. Quem recepciona os turistas é a Amora, uma Fox Paulistinha extremamente dócil que faz questão de um cafuné. Com mais de 200 anos de história — 140, só de plantio de cacau — o rancho é uma antiga sesmaria doada aos primeiros donos pela coroa portuguesa. Antes do fruto, a principal atividade comercial do local era a extração de madeira; então, o visitante encontra exemplares de praticamente todas as espécies de árvores.

O bolo de chocolate da dona Dadá, na fazenda Yrerê, é imperdível

Na hora de conhecer a plantação, além da Amora, quem acompanha os visitantes é o fazendeiro Gérson Marques, proprietário do local. Explicações sobre o plantio e a extração do cacau, assim como histórias da fazenda e a prova in natura do fruto fazem parte do tour. Saindo do mato, conhecemos a barcaça, onde os grãos de cacau secam ao sol.

Subindo de volta para a sede, um local que encanta pelos detalhes e chama a atenção pela beleza, o melhor momento do passeio: a degustação. Não deixe de experimentar o incrível bolo de chocolate caseiro da dona Dadá. Para acompanhar, jarras do mais puro suco de cacau, uma iguaria deliciosa da região. Tanto a amêndoa quanto o nibs — pedaços tostados do grão — e até mesmo alguns chocolates fabricados com o fruto de Yrerê também estão disponíveis para degustação.

* Estagiário sob supervisão de Taís Braga

Cuidado com a Santa!
Quando Gerson e Dadá resolveram investir no potencial histórico do sítio, eles optaram por mudar o nome da fazenda, que se chamava Nossa Senhora de Fátima. Com medo de irritar a Santa, eles chamaram uma mãe de santo para fazer um trabalho diplomático e garantir que estava tudo bem.

J&F negocia venda da Vigor e metade da Itambé para grupo mexicano Lala

A transação está na dependência da aprovação do conselho de administração do Grupo Lala, que deve discutir o assunto na quinta-feira.

Por Karina Trevizan, G1

01/08/2017 20h37

A J&F informou nesta terça-feira (1) que "está em um processo avançado de negociações" para vender toda sua participação na Vigor ao Grupo Lala a Vigor Alimentos, do México, incluindo também sua participação de 50% da Itambé Alimentos. Em nota, o Grupo Lala informou que que "concluiu o processo de negociação destinado a completar a aquisição".

Segundo as empresas, a celebração dos acordos relacionados à transação está sujeita à aprovação do conselho de administração do Grupo Lala, que irá discutir o assunto na quinta-feira (3). O Grupo Lala informou que a operação depende ainda de "autorizações governamentais, acordos de acionistas e outras condições contratuais".

A Vigor, tem 7,6 mil funcionários, 11 centros de coleta de leite e 14 plantas de produção. Os produtos são comercializados sob marcas como Vigor, Danubio, Faixa Azul, Leco entre outros. A participação da J&F na composição da Vigor representa 19% de suas ações. Os outros acionistas da Vigor são a FB Participações (72%) e Arla Foods (8%).

Já a Itambé é composta por 50% das ações pertencentes à Vigor (que estão em processo de negociação de venda ao Grupo Lala) e outros 50% que correspondem à Cooperativa Central dos Produtores Rurais de Minas Gerais (CCPR).

O Grupo Lala, que tem ações negociadas na bolsa de valores mexicana, é o maior grupo industrial de lácteos do México, segundo a J&F, fundado há mais de 60 anos e com atuação nos mercados do México, EUA e América Central.

Venda de ativos

Esta é a segunda venda de ativos da J&F após a eclosão do escândalo de corrupção envolvendo o nome do grupo, controlador da JBS. Em junho, foi fechado acordo pela venda da Alpargatas à Cambuhy.

"A alienação da Vigor elevará a liquidez financeira da J&F e fortalecerá sua estrutura de capital", disse a J&F em nota nesta terça, sem divulgar o valor das negociações.

As vendas ocorrem após a J&F fechar acordo de leniência com o Ministério Público Federal (MPF). A empresa se comprometeu a pagar multa de R$ 10,3 bilhões em 25 anos. A negociação bilionária assegurará o fim das investigações da Polícia Federal (PF) e do MPF contra as empresas do grupo J&F nas operações Greenfield, Sepsis, Cui Bono, Bullish e Carne Fraca.

No entanto, o acordo de leniência não tem relação direta com a delação premiada fechada pelos executivos da J&F, entre os quais os empresários Joesley e Wesley Batista.

Itambé lança produtos para o foodservice

1 de agosto de 2017

A Itambé, uma das maiores empresas nacionais do setor lácteo, lançou na Fipan 2017 cinco novos produtos: os Compostos Lácteos Panificação, Culinário, Fortificado e Sorveteria, além do Doce de Leite Bag.

Os produtos lançados pela Itambé na Fipan são versáteis, possuem diversas aplicações e podem render ao mercado de food service bons resultados nos negócios por conta de suas características. Os Compostos Lácteos, por exemplo, têm aplicação em sorvetes e picolés; doces e pão de queijo; pães, bolos, biscoitos, cremes, massas de pizza e salgados; tortas, vitaminas, sobremesas e molhos à base de leite e chocolate e nutrição esportiva.

O Composto Lácteo Culinário traz benefícios como reduzir o custo da receita sem perder a qualidade do produto; proporcionar sabor lácteo; padronizar as receitas; otimizar o estoque e menor oscilação de preço/ custo. O Composto Lácteo Panificação, o Fortificado e o Sorveteria, substituem 100% do leite; auxiliam na coloração e crocância do produto após a preparação, além de terem também as atribuições do Culinário. Já o Doce de Leite Bag é ideal para bolos, sobremesas, recheios, coberturas e tem aplicação na cozinha industrial, na panificação, na confeitaria e sorveteria.

Fonte: Portal revista Distribuição

Conceito de cerveja artesanal ainda divide opiniões no Brasil; entenda

Não há legislação para definir ou regulamentar produção no País; mestres cervejeiros alegam que critérios como matéria-prima, área de distribuição e tempo de preparo devem ser levados em conta.

Por Paula Ribeiro, G1 Campinas e região

01/08/2017 10h30

Segundo o dicionário, artesanal é aquilo que é feito à mão; sem recursos ou técnicas elaboradas ou industriais. Quando se fala de cerveja, uma definição aceita por boa parte dos produtores artesanais é aquela dada pelo sommelier de Campinas (SP) Maurício Beltramelli em seu site: “aquela cerveja bem cuidada, com produção restrita (não necessariamente pequena), que leva a produtos com resultados finais muito interessantes e diversificados."

O que define cerveja artesanal no Brasil, no entanto, ainda é um conceito muito primário. Por aqui, ainda não há legislação para definir ou regulamentar a produção da bebida.

No documento da Associação Brasileira das Microcervejarias (Abracerva), microcervejaria brasileira é a empresa com sede no Brasil, de capital predominantemente nacional (mais que 50%), detentora de registro de estabelecimento produtor junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA, que produza as próprias marcas, ou marcas de terceiros sob encomenda, podendo ou não comercializar no próprio local e que produz até 100.000 (cem mil) hectolitros de cerveja anuais (um milhão de litros), ou seja, só é levado em conta o volume e a participação societária.

Para alguns mestres cervejeiros, esse conceito deixa muito a desejar. Em outros países, a matéria-prima, os ingredientes, a área de distribuição e o tempo de maturação são alguns dos critérios levados em conta, além de outros mais subjetivos.

Para Alfeu Júlio, mestre cervejeiro e engenheiro de alimentos, outros fatores deveriam ser levados em consideração como, por exemplo, o tempo de maturação, já que muitos produtores utilizam um acelerador do processo. Ele também é contra a filtragem e a pasteurização da cerveja dita artesanal.

“Acho que a cerveja deixa de ser artesanal se é filtrada, pasteurizada ou se aditivos são utilizados em sua fórmula. Alguns produtores utilizam estabilizador de espuma, acelerador de fermentação, etc., o que para mim sai do conceito de artesanal. Mas isso ainda é bem utópico”, lamenta.

Em países conhecidos pela tradição da cultura cervejeira como Alemanha e Bélgica, muda-se de cidade e se muda também a marca da cerveja porque os produtores prezam por atender a demanda local.

“Acho que a cerveja artesanal deveria ser vendida no máximo a 100 km de sua produção. Também acredito que o que deveria contar é se os produtores estão levando em conta o que cada estilo de cerveja exige para ser preparado. Por exemplo, não deveria existir uma cerveja lager preparada em menos de 40 dias, que é o tempo que ela demora para ficar pronta. Mas tem gente que faz em 25…”, compara Júlio.

Para Ladir Almada Neto, sócio-proprietário de uma microcervejaria de Campinas, o conceito de volume também não é o correto porque uma cervejaria pode crescer e manter seu conceito de produto artesanal, como muitas americanas, que não deixaram de priorizar a matéria-prima e a receita original. “O que não pode acontecer é mudar o conceito de cerveja para reduzir o custo”, define. “O conceito de cerveja artesanal é muito subjetivo”.

Empresários aumentam faturamento com venda de cerveja artesanal da África do Sul

Por Flávia Denone – Brasil Econômico | 01/08/2017 11:38Fundado no ano passado, a Sunset Brew é licenciadora e produtora exclusiva da Darling Brew. Em breve, mais uma marca passa a fazer parte da indústria

A paixão pela cerveja artesanal aliada a um setor com potencial de crescimento fez surgir à marca Sunset Brew. Fundada em 2016 por três sócios e um cervejeiro com experiência em criar rótulos diferenciados, a Sunset dribla a crise ao apostar nas vendas de cerveja estrangeira, por meio de licenciamento, de forma exclusiva aqui no Brasil.

Em entrevista ao Brasil Econômico, o sócio fundador Eduardo Petry, afirmou que a marca escolhida para agregar o portfólio da marca brasileira foi a cerveja artesanal Darling Brew, com o rótulo Modern Saison. Oriunda da África do Sul, ela já está sendo produzida em solo nacional e não precisou de alterações para o gosto do brasileiro.

“O brasileiro que consumir a Darling Brew aqui e o que consumir a produzida na África do Sul não verá diferença”, explicou ele. Essa é a primeira parceria da Sunset Brew e segundo o empresário, no primeiro semestre do ano que vem, uma nova marca passará a fazer parte dos seus rótulos. “Estamos analisando outras marcas e a estimativa é que isso se concretize no primeiro semestre do ano que vem”.

Ao lado dos sócios – Giovana Petry e Sheldon Cole e do especialista na produção das bebidas James Jimenez, a Sunset atua em um segmento tímido, representando apenas 0,7% do setor cervejeiro no País, segundo do Instituto da Cerveja. Isso não intimida o empresário que afirmou em entrevista que o crescimento deste nicho no mercado é um caminho sem volta. “Acompanhamos o mercado europeu de cervejas especiais e ele continua em crescimento. Aqui no Brasil ele também tem muito potencial de crescimento”, explicou.

Para estruturar sua a operação, Petry e seus sócios investiram R$ 5 milhões para implantar a fábrica, que fica localizada em Tijucas, Santa Catarina. “Minha sócia mora em Londres há anos e lá conheci como o mercado funciona. Replicamos o modelo aqui, com pequenas adaptações, e em janeiro começamos a comercializar os nossos rótulos”.

Lançamentos

Sunset tem atualmente cinco estilos de cerveja que são permanentes em sua produção: American India Pale Ale, American Pale Ale, American Lager, Light Lager, Russian Imperial Stout, Imperial IPA e a internacionalmente e nacionalmente premiada Modern Saison. Em breve, será lançado um novo rótulo, que segundo Petry foi sucesso quando comercializada em barril. "É uma cerveja de cacau e coco, que está nos levando a um novo patamar".

Para atender essa demanda e começar a comercializar esse novo rótulo – Russian Imperial Stout – em sua loja anexa à fábrica e em supermercados de Santa Catarina, a Sunset finaliza a embalagem que vai abrigar o conteúdo. “Estamos nos últimos ajustes para o lançamento da cerveja de cacau e coco em garrafa”, enfatizou ele.
Crescimento

Por ser um produto sensível a mudanças climáticas e a longos percursos, a expansão da marca de cerveja artesanal se concentra no Sul e Sudeste. “Alguns rótulos são enviados para o Norte e o Nordeste, mas estrategicamente essa expansão será no Sul e no Sudeste”, disse Petry.

Refresco da Bioleve une propriedades estimulantes do Açaí e do Guaraná

Bebida é produzida com água mineral, na fábrica da empresa em Lindóia, interior de São Paulo.

Autor: DINO

Data de Publicação: 01/08/2017

A Bioleve se consolidou como uma das maiores engarrafadoras de água mineral do Brasil e tem crescido em outros segmentos graças à diversificação de seus produtos.

Em seu portfólio, a Bioleve conta com refrigerantes, isotônicos, energéticos, chás, água de coco, bebidas de frutas, água com colágeno e refrescos.

Uma das novidades em refrescos é o Açaí e Guaraná, que compõe a linha ao lado dos sabores Abacaxi e Hortelã, Acerola e Laranja e Guaraná.

O refresco de Açaí e Guaraná une as propriedades estimulantes desses dois frutos.

É produzido utilizando polpa natural do açaí, que é rica em antioxidantes essenciais ? as antocianinas, que são ricas em flavonóides que previnem o envelhecimento precoce, as doenças do coração e alguns tipos de câncer.

O refresco ainda combina ao Açaí os benefícios do Guaraná, proporcionando vigor físico e mental. É rico em vitamina C, que potencializa os efeitos antioxidantes do açaí, colaborando com a imunidade e a saúde da pele.

O novo refresco traz uma característica comum a todos os produtos da Bioleve. ?A exemplo do que ocorre com todas as nossas bebidas, o Açaí e Guaraná contém água mineral em sua composição?, explica Frederico dos Santos, diretor da empresa.
O refresco está disponível em copos de 290 ml e agora na embalagem de 390 ml.

Sobre a Bioleve

Fundada em 1994, a Bioleve é uma das cinco maiores empresas de água mineral do país. Conta com a mais moderna tecnologia de produção e envasamento, equiparada às melhores fábricas brasileiras e mundiais desse segmento.
A empresa possui, desde 2004, a Certificação de Qualidade da Certificadora norte-americana NSF (National Sanitation Foundation). Isso atesta que a bioleve obedece às exigências do FDA – Food and Drug Administration – e da OMS – Organização Mundial da Saúde.
www.bioleve.com.br

Website: http://www.bioleve.com.br

ITABUNA: NESTLÉ desativa linha de produção e demite 28 operários

Com informações do Pimenta

Da Redação , Salvador | 01/08/2017 às 12:02

A unidade da Nestlé em Itabuna desativou uma das três linhas de produção do achocolatado Nescau e demitiu 28 trabalhadores, no início da noite de ontem (31). A linha de alta performance produzia, por hora, 24 mil litros de Nescau líquido em caixinha. A empresa alegou ter sido afetada pela queda no consumo em todo o país.

A notícia levou preocupação a vários setores da economia. Já em 2014, a multinacional de alimentos encerrou a produção de leite em pó Ninho em Itabuna, que produzia média de 60 mil litros de leite em pó, diariamente. A unidade foi transferindo para Minas Gerais. A multinacional demitiu 180 funcionários nos últimos quatro anos em Itabuna, conforme o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação (SindAlimentação).

O diretor regional da entidade, Eduardo Sodré, cobra maior envolvimento dos governos estadual e municipal para evitar que a unidade itabunense “feche de vez”. Desde 2014, a partir das pressões do sindicato e dos funcionários, foram realizadas audiências públicas e reuniões no Governo da Bahia. “Sem a mobilização dos governos, Itabuna perderá de vez a unidade da Nestlé”, afirmou Sodré em entrevista ao PIMENTA.

Com o desmanche da linha de produção itabunense, diz Sodré, fica difícil não pensar no pior. O dirigente sindical lembra ter buscado apoio governamental e político para tentar frear as demissões na unidade, mas critica prefeitura e governo do estado pela falta de empenho. E alerta: “Se não houver interesse público em todas as esferas, a fábrica não levará muito tempo para o desfecho final”, lamenta.

As demissões ocorrem mesmo com a unidade contando com vários incentivos governamentais. Um dos incentivos é o desconto de 75% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços.

De acordo com Sodré, a unidade da multinacional contava com 343 trabalhadores, quantidade que caiu para menos de 170 com as demissões registradas ao final de ontem.

OUTRO LADO

A Nestlé Brasil confirmou ao PIMENTA a desativação da linha de produção do achocolatado, “para adequar o volume de produção à atual demanda do mercado”. A desativação, reforça, é por tempo indeterminado. Porém, negou que haja intenção de encerrar as atividades em Itabuna.

Ainda segundo a empresa, “a decisão foi tomada em função da consistente retração da categoria de Achocolatados Líquidos que, nos últimos 3 anos, apresenta retração acima de 15%, de acordo com dados apurados pela Nielsen no Brasil. A diminuição das vendas desse tipo de produto tem sido ainda mais relevante no Norte e Nordeste, impactando diretamente a unidade de Itabuna, responsável pelo abastecimento dessas duas regiões”.

A Nestlé disse que cumprirá com todas a suas obrigações com os colaboradores e familaires e “oferecerá suporte e pacotes com benefícios adicionais” aos demitidos.

Corantes à base de frutas

Victor Correia*

Publicação: 02/08/2017 04:00

Tão importante quanto o sabor de um alimento é a sua aparência. Característica fundamental de um produto, a cor pode determinar se ele será ou não consumido. Daí o uso em larga escala de corantes. Porém, pigmentos artificiais — muito usados atualmente — podem trazer grandes riscos, como o desenvolvimento de alergias e cânceres. A tendência mundial é restringir o uso desses produtos, substituindo-os por corantes naturais, como os desenvolvidos, agora, pela Embrapa Agroindústria de Alimentos, no Rio de Janeiro. Os pesquisadores criaram corantes em pó ricos em antocianinas, um pigmento solúvel em água presente em frutas como morangos, amoras e uvas.

A equipe criou as substâncias ao desidratar e moer jabuticabas, jambos e jamelões. Nesse primeiro processo, as cascas dos frutos passam por um processo de secagem simples, que pode ser usado mesmo para a produção em pequena escala. O resultado final é rico em antocianinas. “São pigmentos hidrossolúveis com atividade antioxidante”, explica Renata Borguini, pesquisadora da Embrapa e colíder do estudo. Segundo ela, os pigmentos estão mais presentes em frutas roxas, muito escuras, como a amora.

O corante produzido a partir da jabuticaba foi considerado o mais estável e com cor mais atraente para o uso em alimentos, além de a fruta ser facilmente encontrada no Brasil. Para testar a aprovação do corante natural, foram realizados testes nos quais o pigmento foi aplicado em iogurtes e em maioneses de azeitona preta. Entre 71% e 82% dos consumidores que provaram os iogurtes aprovaram a cor do produto. Já a cor da maionese teve aprovação de 91%, mesmo após o alimento ser conservado em refrigeração por 30 dias.

A aposta da Embrapa é de que o corante natural se firme como uma alternativa viável aos artificiais. “Em alguns países, alguns corantes, como o vermelho, são proibidos”, afirma Borguini, referindo-se à eritrosina, suspeita de causar a formação de tumores de tireoide em ratos. “Lá fora, é muito mais comum o uso de corantes naturais. Mas no Brasil estamos começando, alguns iogurtes usam o vermelho cochonilha, extraído de um inseto. Eu acho que essa é uma tendência”, complementa a pesquisadora.

Borguini ressalta que a quantidade do corante usada nos alimentos é muito pequena para que seja sentido algum benefício direto das antocianinas. “Mas ele pode ser benéfico só por não usar o corante artificial”, enfatiza. Uma pequena quantidade do corante é necessária para dar cor ao alimento e pode até reduzir a necessidade de outros ingredientes. No caso da maionese usada no experimento, o uso do pigmento diminui em 30% a quantidade de azeitonas pretas utilizadas para obter a mesma cor.

* Estagiário sob a supervisão de Carmen Souza

15 toneladas de capeletti por mês

A procura pelo produto típico italiano cresceu 80% em relação a 2016

São 26 pessoas envolvidas no fechamento dos capelettis, usados na elaboração da sopa nas casas DiPaolo e vendidos congelados sob a marca DiPaolo Alimentos

Silvana Toazza
silvana.toazza@pioneiro.com

Por mês, a Família Bellé, de Bento Gonçalves, produz 15 toneladas de capeletti (ou agnolini), vendidas sob a marca DiPaolo Alimentos, tanto nos 11 restaurantes da rede quando em 54 estabelecimentos comerciais do Estado (como supermercados) e em alguns municípios de Santa Catarina e Paraná.

São 26 pessoas envolvidas no fechamento dos capelettis, também usados na elaboração da sopa nas casas DiPaolo. A procura pelo produto típico italiano cresceu 80% em relação a 2016. A parceria entre a família Geremia, dona da rede de restaurantes, e a Bellé avança os 20 anos na produção de massas, molhos e caldos para as galeterias.

Mas há menos de dois anos essa dobradinha transformou-se em novo filão de mercado, com alimentos vendidos congelados para os frequentadores saborearem em casa sob a marca Di Paolo Alimentos.