Polo Cervejeiro nasce para organizar setor e ampliar cultura da cerveja artesanal na região de Campinas

Estima-se que haja 15 microcervejarias na RMC, e união dos produtores visa fortalecer mercado em expansão.

Por Paula Ribeiro, G1 Campinas e região

01/08/2017 10h00

Ter um canal único de comunicação com o poder público, a iniciativa privada e a imprensa. Este é o principal objetivo do Polo Cervejeiro da Região Metropolitana de Campinas (RMC), formado por 10 microcervejarias e cujo lançamento está previsto para o mês de agosto.

“O mundo das microcervejarias começou a se organizar de cima para baixo. Já temos alguns dados nacionais e estaduais, mas ainda não locais. Por isso, estamos criando o polo, para poder nos organizar. Atualmente o que vemos são iniciativas isoladas em um setor pequeno. A ideia é unificar as informações e o diálogo, além de ajudar quem está sozinho ou pretendendo começar”, explica Samuel Mendonça, presidente do Polo.

Estima-se que na RMC haja 15 cervejarias com plantas, ou seja, com um local fixo para a produção de cerveja. Mas há muitas marcas conhecidas como “ciganas”, que existem, são registradas, pagam impostos, mas produzem sua cerveja na capacidade ociosa das cervejarias maiores.

Há ainda as que não possuem nomenclatura de tão inovadoras: as que compram seus insumos, possuem equipamentos, arrendam cervejarias e produzem e vendem a própria cerveja. Entre essas, as ciganas e as com plantas ainda não se sabe o número exato na RMC.

Para Ladir Almada Neto, sócio-proprietário de uma microcervejaria de Campinas, uma das grandes vantagens do polo é ter um selo que mostra a região onde a cerveja é produzida. “Como a ideia da cerveja artesanal é se manter na sua área, talvez o consumidor se interesse em prezar a sua região na hora de escolher o produto entre outros da prateleira”, afirma.

No Brasil já são 450 as microcervejarias, ou seja, as que produzem cerveja artesanal. Elas representam entre 0,7% e 0,9% do mercado. Os outros 99% estão nas mãos das cervejas industrializadas. Para se ter ideia, nos Estados Unidos, onde a cerveja artesanal já possui uma cultura consolidada, a fatia das micro é de 15%.

No Estado de São Paulo são 64 microcervejarias com ou sem plantas. “Nossa ideia como polo não é ser contra as grandes, mas sim apoiar as pequenas”, ressalta Samuel.

Carga tributária

Uma luta já vencida pela Associação Brasileira das Microcervejarias (Abracerva) é a questão da carga tributária onde as micro poderão, a partir de 2018, declarar seu imposto de renda pelo Simples Nacional, o que deve diminuir para até 40% a carga tributária que hoje chega a 60%. Poderão usar o Simples Nacional, as microcervejarias que faturarem até R$ 4,8 milhões anuais (antes era R$ 3,6 milhões).

A medida deve aquecer ainda mais o mercado, que teve um "boom" nos últimos cinco anos e cresceu 40% em 2016 com a criação de 50 novas plantas de microcervejarias, de acordo com a Abracerva.

Para o consumidor que se animou acreditando que esse benefício possa baratear o preço final do produto, uma má notícia: é bem difícil que isso aconteça. “A cadeia pode absorver esse lucro no meio do caminho ou a própria cervejaria pode optar por não repassar e reinvestir nela mesma. O que faz o preço baixar é o livre comércio e a concorrência”, aponta Samuel.

As 10 microcervejarias envolvidas na criação do Polo Cervejeiro da RMC:

Landel
Nuremberg
Toca da Mangava
CampinasTabuas
DaoravidaCrazy
RockerKalango (Americana)
Berggren (Nova Odessa)
Mafiosa (Valinhos)

Queda nos preços do cacau deve impulsionar indústria do chocolate

DO "FINANCIAL TIMES"

30/07/2017 02h00

As vendas mundiais de chocolate estão perto de uma retomada, com o estímulo que a inovação do setor e a queda nos preços do cacau estão propiciando ao setor, prevê o presidente-executivo da maior fornecedora mundial de chocolate e derivados.

Antoine de Saint-Affrique, presidente da suíça Barry Callebaut, disse que as vendas se aceleraram nos últimos meses e vão voltar ao "ritmo normal" de crescimento.

"Do ponto de vista da dinâmica do mercado, estou absolutamente convencido de que o pior já passou."

Os fabricantes mundiais de doces e chocolates, muitos dos quais são clientes da Barry Callebaut, foram prejudicados nos últimos anos pela tendência da alimentação saudável e pela alta do cacau.

O mercado global de chocolate para uso industrial sofreu queda de volume de 1,5% em 2015 e 0,4% em 2016, diz a consultoria Euromonitor.

Agora, os preços do cacau caíram 40% em 12 meses após boas safras nos principais produtores.

"Estamos repassando as altas e as quedas de preços aos nossos clientes", disse Saint-Affrique, embora deva levar tempo para que o consumidor sinta a mudança no bolso. "Por isso digo que me sinto bastante otimista."

Ele espera que os fabricantes de chocolates ofereçam mais descontos e promoções para "incendiar" o mercado. "Devemos retomar o ritmo de crescimento que era normal, de entre 1% e 2% ao ano."

As quedas de preços seriam apenas um dos fatores que promovem a recuperação. A inovação seria outro: por exemplo barras de cereais recobertas de chocolate. Neste mês, a Nestlé anunciou a inauguração de uma nova fábrica no Japão para expandir a produção das barras de chocolate KitKat em sabores como pistache e amoras.

A Barry Callebaut expandiu a produção de chocolate "resistente ao calor", visando países mais quentes.

Os fabricantes de chocolates também podem se expandir a novos mercados, disse Saint-Affrique. "Ainda há muitos lugares onde as pessoas estão no estágio de descoberta do chocolate."

Jean-Philippe Bertschy, analista da Vontobel, disse que a projeção de crescimento feita por Saint-Affrique era "um tanto agressiva". "É claro que existe potencial de crescimento significativo nos mercados emergentes, mas a China vem sendo um mercado muito desafiador até agora."

Tradução de PAULO MIGLIACCI

Leite orgânico ganha espaço entre grandes e pequenos produtores

EVERTON LOPES BATISTA
DE SÃO PAULO

31/07/2017 02h03

O leite também pode ser orgânico. Sua produção exige vacas que passeiam livres em pastos sem pesticidas e recebem até remédios florais para acalmar os ânimos.

É um novo mercado aqui, que cresce e convence de pequenos produtores a grandes empresas como a Nestlé.

Desde maio deste ano a companhia toca um plano de incentivo para que os seus fornecedores em Araraquara, interior de São Paulo, passem a produzir o leite orgânico.

Já são 18 propriedades parceiras da Nestlé no início do processo de conversão do sistema convencional para o alternativo.

O pasto sem químicos e aditivos não é a única diferença em relação à produção leiteira convencional.

A instrução normativa que regulamenta a produção sem aditivos ainda prevê que as vacas tenham a dieta complementada com ração orgânica -pelo menos 85% do total de toda a alimentação deve ser especial- e a saúde, tratada com fitoterapia.

O processo de transição, que leva até dois anos, impõe uma série de restrições, além de insumos que podem ser até 40% mais caros do que os tradicionais, segundo André Novo, chefe de transferência de tecnologia da Embrapa Pecuária Sudeste, que trabalha em parceria com a Nestlé. "Por outro lado, a produção é mais sustentável, remunera melhor o produtor e é benéfica para o ambiente", afirma ele.

Os parceiros da Nestlé recebem um valor mais alto pelo leite desde o início do processo de transição e têm as despesas com a certificação, feita pelo IBD, cobertas.

A empresa, que não divulga os valores pagos aos produtores nem o investimento, quer alcançar a marca dos 30 mil litros por dia até 2019 -o dobro da produção orgânica atual no Brasil.

Hoje, o leite dessas propriedades é misturado ao convencional, mas o plano é vendê-lo separadamente no futuro.

"Após consolidar a produção do leite sem químicos em Araraquara, queremos levar para outras regiões", diz Rachel Muller, gerente de Lácteos da Nestlé Brasil.

VIABILIDADE

Produzir leite orgânico por aqui é viável e vale a pena, de acordo com João Paulo Guimarães Soares, zootecnista e pesquisador da Embrapa Cerrados.

Para isso, o preço pago ao produtor precisa ser 70% maior do que o valor pago pelo leite convencional, segundo ele, que estuda o tema há quase 20 anos.

O preço ao consumidor final aumenta também, podendo ser até 50% maior. "Mas levantamentos indicam que ele está disposto a pagar mais por produto de melhor qualidade", afirma.

Estudo publicado em 2012 na revista científica britânica "Journal of the Science of Food and Agriculture" revelou que índices de alguns nutrientes, como proteínas e ômega 3, são maiores no leite orgânico.

"A dieta dos animais baseada no pasto também colabora para que o leite tenha mais gordura de boa qualidade", diz Soares.

O ator Marcos Palmeira, que é dono da fazenda orgânica Vale das Palmeiras, em Teresópolis (RJ), usa o leite para produção de queijos e iogurtes.

"Estou entregando para o consumidor um produto livre de resíduos e feito com respeito pelo ambiente", diz.

Conforme o ator, as 40 vacas da propriedade geram hoje cerca de 600 litros de leite por dia. Mas, no começo, foi difícil conseguir o domínio técnico para produzir dentro desse modelo.

A solução, diz Palmeira, foi entrar em contato com outros criadores de vacas e "aprender juntos".

Treinar produtores para o sistema do leite orgânico é um dos focos do CPRA (Centro Paranaense de Referência em Agroecologia), em Pinhais, no Paraná.

Ali são mantidas 58 vacas que produzem 300 litros do produto por dia. Como nesse sistema os bezerros se alimentam com o leite materno por um tempo, mães e filhotes são tratados com florais para ajudar a passar pelo período desmame.

Na visão do veterinário Evandro Richter, do CPRA, essa forma de produção não é uma inovação, mas um retorno ao modelo que era utilizado há 40 anos.

"Esse leite, hoje, é jogado na vala comum, misturado ao convencional para a venda, mas com o fomento da cadeia a realidade pode mudar", afirma Richter.
Vai pastar

Como funciona a produção do leite orgânico

PRATO FEITO

A alimentação dos animais deve ser baseada no pasto e complementada com pelo menos 85% de produtos orgânicos

Saem os aditivos para crescimento, estimulantes de apetite e qualquer alimento transgênico

PLANO DE SAÚDE

As vacinas determinadas pela lei são mantidas, mas o tratamento de saúde é feito preferencialmente com fitoterapia e homeopatia

Ficam de fora os antibióticos, hormônios e vermífugos; se há necessidade de tratar a vaca com antibióticos, ela deve ser tirada da produção

CASOS DE FAMÍLIA

Na produção orgânica, os bezerros mamam na mãe nas primeiras semanas. O processo de desmame, no CPRA (Centro Paranaense de Referência em Agroecologia), é auxiliado por florais, que acalmam mães e filhos

Os florais também são dados para as vacas que têm dificuldade para socializar com os outros animais

SPA RURAL

Os animais devem permanecer livres no pasto pelo maior tempo possível -o mínimo estabelecido pela regulamentação é de seis horas por dia

Sombra e água precisam estar sempre disponíveis

No CPRA, as vacas têm um momento de relaxamento com a escovação dos pelos

Fontes: Lei 10.831/03, CPRA (Centro Paranaense de Referência em Agroecologia) e João Paulo Guimarães Soares (Embrapa Cerrados)

Loetz: Empresa de Jaraguá do Sul planeja investir R$ 400 milhões até 2020

Líder nacional na fabricação de aromas e ingredientes para a indústria de alimentos e bebidas, Duas Rodas fará aquisições e ampliará unidades

Claudio Loetz
claudio.loetz@an.com.br

A Duas Rodas, líder nacional na fabricação de aromas e ingredientes para a indústria de alimentos e bebidas, coloca em prática, no segundo semestre deste ano, dois projetos do seu plano de expansão, que conta com investimentos planejados de R$ 400 milhões até 2020.

Os recursos serão direcionados a aquisições, ampliação de fábricas, automação e tecnologia. Serão duas frentes de obras, que começam em agosto: uma no Brasil e outra na Colômbia. O projeto nacional vai reforçar a atual estrutura da companhia, voltada à inovação, pesquisa e desenvolvimento, que já conta com um innovation center e sete laboratórios de pesquisa e desenvolvimento em suas unidades da América Latina.

Virá agora a construção de um centro de tecnologia e inovação junto à unidade de São Bernardo do Campo (SP). Unidade-satélite da estrutura de pesquisa, desenvolvimento e inovação localizada na Duas Rodas de Jaraguá do Sul, o espaço tem o objetivo de aproximar a empresa dos seus clientes na região Sudeste.

O centro de tecnologia e inovação contará também com laboratórios de pesquisa, desenvolvimento e aplicação de aromas, produtos de confeitaria e panificação. A previsão é de inaugurar o espaço no primeiro semestre de 2018.

No exterior, serão iniciadas as obras das novas instalações na Colômbia, investimento que permitirá dobrar a capacidade de produção daquela unidade. A iniciativa reforça a estratégia de crescimento no mercado latino-americano. A empresa já fez a inauguração de novas instalações físicas na Argentina (2015) e no Chile (em abril deste ano).

– A Duas Rodas demonstra, com estes dois projetos, a prioridade no seu plano de expansão, focado na inovação, pesquisa e desenvolvimento, e na ampliação de seus negócios no mercado global. Isto vem para reforçar as nossas ações em busca dos objetivos em 2018 — afirma o presidente Leonardo Fausto Zipf.

A empresa investe anualmente em torno de 5% de seu faturamento em pesquisa e desenvolvimento. Os dois projetos terão um aporte inicial de mais de R$ 11 milhões.

Itaipava investe em embalagens retornáveis

Pela primeira vez, marca desenvolve campanha exclusiva para embalagens retornáveis.

Itaipava informa que aposta nas embalagens retornáveis.

“O volume de cervejas em embalagens retornáveis cresceu 11,2% dentro dos lares brasileiros, de acordo com pesquisas do instituto Kantar Worldpanel. Sentimos e previmos essa mudança desde 2013. Com a volta da prática, todos saem ganhando: o consumidor paga menos pelo líquido, a indústria aproveita melhor os insumos e o meio ambiente recebe menos dejetos”, explica Eliana Cassandre, gerente de propaganda.

De acordo com os dados de mercado, os preços por litro das cervejas vendidas em embalagens retornáveis são até 20% mais baratos em relação às descartáveis, dependendo das negociações comerciais e regiões.

“No último ano, 50% do volume de embalagens retornáveis que entraram nos lares eram de 1 litro – uma representação de 81% do volume de retornáveis de Itaipava dentro dos lares. Sendo assim, as embalagens retornáveis cresceram em volume, aproximadamente, 91%”, afirma Eliana. “O bom trabalho e boa execução no ponto de venda garantiram à Itaipava, nos últimos anos, os melhores números de vendas do segmento de cervejas. Somos a marca que mais cresce nos supermercados”, complementa.
Para promover a ação, a marca informa que acaba de lançar sua primeira campanha exclusiva com este foco. Desenvolvida em parceria com a agência Y&R, a plataforma será veiculada nacionalmente nos meios TV e digital, e foi especialmente pensada para impulsionar o consumo de embalagens retornáveis dentro dos lares. A criação é de Rafael Pitanguy, com direção de criação de Celso Alfieri. Produção do filme Prodigo Films, com direção de cena de Laga Villanova.

Alimento Seguro, Jul/17. Com Agência B9B – viviane@agenciab9b.com.br

Vigilância Sanitária interditou fábricas de azeite.

Cinco fábricas foram interditadas pela Secretaria de Estado da Saúde por induzirem o consumidor ao erro. Localizadas na Grande São Paulo e no litoral sul paulista

29 de julho, 2017

Cinco fábricas foram interditadas pela Secretaria de Estado da Saúde por induzirem o consumidor ao erro. Localizadas na Grande São Paulo e no litoral sul paulista, elas comercializavam óleo de soja ou óleo misto como se fosse azeite de oliva virgem ou extra virgem.

Além do óleo, foram interditados outros produtos das fábricas para o consumo em razão de irregularidades na linha de produção verificadas pela Vigilância Sanitária Estadual. Os produtos comercializados pelas empresas incluem palmitos em conserva, azeitonas, champignon molhos, geleias, frutas em calda e condimentos, entre outros.

A fraude foi descoberta após denúncias feita à Vigilância Sanitária Estadual em relação às marcas de azeite fabricadas pela Olivenza Indústria de Alimentos, localizada em Mongaguá, no litoral sul paulista. A fábrica é responsável pelos produtos Torre de Quintela, Malaguenza, Olivenza, Oliveira D’ouro, Estrela da Beira e Coliseu.

O Instituto Adolfo Lutz, instituição vinculada à Secretaria da Saúde, analisou os produtos da Olivenza e comprovou que os azeites eram, na verdade, óleo de soja. A Vigilância Sanitária interditou o estabelecimento ao constatar que a empresa não cumpria os requisitos mínimos de Boas Práticas de Fabricação de Alimentos.

O caso culminou em mais inspeções no mercado de azeites. A vigilância estadual foi analisar outras cinco fábricas na Grande São Paulo: Natural Óleos Vegetais e Alimentos, em Cajamar; Olima Indústria de Alimentos, em Itaquaquecetuba; Paladar Importação Comércio e Representação de Produtos Alimentícios e La Famiglia Alimentos; ambas de Santana do Parnaíba; e Super Via Distribuidora de Alimentos e Transportes, de Guarulhos.

Várias irregularidades foram flagradas durante as inspeções e todas as empresas foram totalmente interditadas, bem como os produtos por elas fabricados e comercializados.

Foi constatado que os produtos eram fabricados sem as mínimas condições de Boas Práticas de Fabricação, não havia nenhum procedimento que garantisse a rastreabilidade e qualidade das matérias-primas e sequer havia equipamentos adequados para assegurar que a quantidade de mistura entre óleo e azeite era, indicada nos rótulos.

Além das irregularidades apontadas, os estabelecimentos ainda importavam azeite de oliva virgem do tipo lampante, que é impróprio para consumo, e não havia nenhuma evidência de que providenciassem o refino antes da utilização, como manda a lei. Também se constataram casos em que o refino era feito em indústrias não licenciadas pela vigilância sanitária.

Após se adequarem às Boas Práticas de Fabricação de Alimentos, três fábricas foram desinterditadas (Olivenza, Natural e Olima), mas os lotes dos produtos por elas fabricados antes das adaptações exigidas pela vigilância sanitária não podem voltar a ser comercializados. As três se comprometeram a não usar mais a palavra “azeite” nos rótulos e sim “óleo composto”.

Outros nove estabelecimentos produtores de azeite no Estado de São Paulo ainda seriam vistoriados pela vigilância.

Fonte: Governo do Estado de São Paulo

Indústria diversifica produtos para impulsionar crescimento

Um total de 260 pessoas trabalham na fábrica da Adel Coco

29.07.2017

A despeito de dificuldades climáticas e econômicas, as indústrias do coco e derivados com atuação no Ceará projetam crescimentos da ordem de até 10% para este ano e de até 15% para 2018. O setor aposta no consumidor sedento por produtos saudáveis para alavancar o avanço nos próximos anos, com lançamentos como chips e leite de coco pronto para beber, mas investindo também nos produtos tradicionais, sobretudo a água de coco, que continua conquistando o brasileiro e o estrangeiro.

A Adel Coco, com fábrica e uma das fazendas em Trairi, a 124,5 km da Capital cearense, vem mantendo o mesmo faturamento anual desde 2014, mas espera retomar o crescimento em 2018. A expectativa da empresa é avançar 15% em comparação a 2017.

Parte do otimismo da empresa, fundada por Adelino Terra, atual sócio majoritário, é explicado pela retomada das chuvas no Ceará para o patamar da média histórica neste ano. "Neste ano de 2017, nossas novas fazendas começaram a produzir mais, resultado de investimentos em 2012 e 2013. As nossas novas fazendas são todas irrigadas, mas a chuva ajuda bastante", destaca o diretor operacional da Adel Coco, Mariano Omar.

No avanço da empresa, diz Omar, terão papel fundamental os produtos da linha natural, como óleo virgem e extra virgem, chips e água, todos provenientes do coco. O segmento de itens, que hoje representa cerca de 5% do faturamento da Adel Coco, no período de um ano terão peso de 20% e 25%, projeta o diretor.

Os chips de coco, pedaços crocantes da fruta, são produzidos para terceiros desde 2011, mas começaram a ser fabricados com marca própria da empresa neste ano. E Mariano Omar adianta qual deve ser o próximo lançamento: "Estamos desenvolvendo leite de coco em pó". Atualmente, a Adel Coco produz apenas a versão líquida do produto, para uso culinário.

Como consequência da seca, um dos principais entrave que vem sendo enfrentado pelo setor no Ceará, segundo Omar, é no fornecimento do coco seco, sobretudo no período de entressafra, que já se aproxima do fim. "Tivemos que importar muita matéria-prima para nos mantermos. Se houvesse água suficiente, haveria um panorama bem diferente", diz.

A Adel Coco tem hoje "40 colaboradores na fazenda e 260 na fábrica. Esse número com certeza daqui a 60 dias será em torno de 300, 320 colaboradores devido ao período de safra (do coco seco)", destaca o diretor.

Leite de coco para beber

Enquanto a Adel Coco aposta nos chips e no leite de coco em pó, a Ducoco, tem como último lançamento o leite de coco pronto para beber. Diferentemente do líquido tradicional, que costuma ser utilizado em receitas, o produto da Ducoco busca ser uma alternativa ao leite de vaca para os que tem alergia ao alimento ou intolerância à lactose.

"É um lançamento pioneiro no mercado. É uma bebida naturalmente zero lactose, e que promete ser mais um driver de crescimento da companhia", destaca Gilberto Sampaio, diretor de marketing da Ducoco. "Certamente as inovações não irão parar o por aí, em breve, queremos sim ampliar nossa atuação no mercado de saudáveis", acrescenta o diretor.

Com fábricas em Itapipoca, a 147,3 km de Fortaleza, e em Linhares (Espírito Santo), sete fazendas próprias no Ceará, três centros de distribuição (Itapipoca, Linhares e Barueri, em São Paulo), e um escritório em São Paulo, a Ducoco emprega cerca de 1.500 funcionários. Sem detalhar números, Gilberto Sampaio afirma que a companhia "vem apresentando números expressivos de crescimento, apesar do cenário econômico do País".

Assim como no mercado nacional, as exportações "seguem em franco crescimento", garante o diretor . "Somos os maiores produtores de água de coco do mundo, produzindo inclusive a Vita Coco, marca líder do mercado americano, e outras marcas de terceiros", afirma.

Avanço contínuo

A Dicoco, com fábricas em Paraipaba, no Litoral Oeste do Ceará, e Petrolândia (Pernambuco) também comemora avanços obtidos nos últimos seis anos. "Temos tido crescimento anual superior a 10%. Firmamos parceria com outros clientes e planejamos continuar esse nível de crescimento que temos tido ano a ano", destaca o CEO da empresa, Raimundo Dias.

Hoje, a Dicoco emprega 200 pessoas nas duas unidades e produz coco ralado, além de óleo e água derivados do fruto. "Eu vejo potencial de crescimento nos três setores, principalmente pelo benefício que esses produtos oferecem para vida das pessoas", salienta Dias.

Com rescisão, abre rede que produz 500 mil salgados/dia e fatura R$ 3,5 mi

Posted by Nação Ruralista on

O gerente comercial Luis Belentani perdeu o emprego em uma grande empresa do segmento de saúde, em 2014. Com o dinheiro da rescisão e da venda de uma moto, ele conseguiu juntar R$ 35 mil e abriu o seu próprio negócio em São José do Rio Preto (438 km a noroeste de São Paulo): a Tia Sô Minidelícias.
A empresa vende quatro produtos diferentes: coxinha, quibe, bolinha de queijo e churros. Atualmente, são produzidos até 500 mil unidades por dia. Segundo o empresário, as receitas são de sua mulher, Solange Ferrari Belentani, 58, que também é sócia do negócio. O filho Luis Matheus, 30, integra a diretoria da empresa e cuida da expansão das lojas.

A empresa virou franquia desde 2015 e está presente nos Estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais. Atualmente, a rede tem 41 lojas, sendo quatro próprias (em São José do Rio Preto, Bauru, Campinas e Americana), além de uma fábrica e dois centros de distribuição (em São José do Rio Preto e Campinas).

O negócio, que começou com pai, mãe e filho, hoje tem 186 funcionários (36 nas lojas próprias, fábrica e centro de distribuição, e 150 nas lojas franqueadas). No ano passado, a rede faturou R$ 3,5 milhões. O lucro não foi revelado.
Copo com 15 unidades custa a partir de R$ 3
Os produtos são vendidos em copos com 15 unidades (de R$ 3 a R$ 3,50) ou 40 unidades (de R$ 7 a R$ 8), ou em caixas com 90 (de R$ 14 a R$ 16) ou 300 unidades (de R$ 42 a R$ 48). Os preços variam conforme a região e o Estado. Os minissalgados e churros são produzidos na fábrica em São José do Rio Preto e distribuídos para as lojas da rede.
A coxinha tem recheio de frango, carne, calabresa, pizza, palmito ou legumes (neste caso, a massa é integral). O minichurro pode ser recheado com chocolate, doce de leite, goiabada, morango, maracujá ou abóbora com coco.
Franquia custa a partir de R$ 60 mil
A empresa virou franquia em janeiro de 2015. Confira os dados, fornecidos pela rede, para abrir uma unidade:
Investimento inicial: a partir de R$ 60 mil (o valor inclui capital de giro, taxa de franquia e custo de instalação) Faturamento médio mensal: a partir de R$ 20 mil Lucro médio mensal: a partir de R$ 5.000 (25% do valor do faturamento) Retorno do investimento: em até 12 meses Mesmo com crise, setor de alimentação está em alta
Henrique Romão, consultor do Sebrae-SP (Serviço de Apoio as Micros e Pequenas Empresas) afirma que, mesmo em períodos de crise, o setor de alimentação sempre oferece oportunidade para se abrir um negócio. "Geralmente, acaba sendo uma das primeiras opções que as pessoas avaliam quando perdem o emprego ou querem mudar de área."
Ele afirma que o setor de minissalgados tem bastante opção de maquinário disponível para começar a produção e baixo custo. "Também permite fazer produtos acessíveis para a realização de eventos, por exemplo."
Romão diz, no entanto, que a concorrência é grande. "A empresa precisa investir em marketing e na construção da sua imagem porque vai concorrer com grandes empresas
Uol

Queijo artesanal da Serra da Mantiqueira

Pesquisa contribui para caracterização do produto

A Embrapa Gado de Leite (MG), em parceria com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG) e a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), estruturou projeto de pesquisa para levantar dados que fundamentem a regulamentação do queijo de Alagoa (MG), município das terras altas da Serra da Mantiqueira. O Brasil produz um milhão de toneladas de queijo por ano, e um quinto desse total é feito artesanalmente, com leite cru – que não passou pelo processo de pasteurização. Boa parte do queijo artesanal brasileiro é vendido informalmente, pois falta ao produto o registro nos serviços de inspeção sanitária, seja municipal, estadual ou federal. É o caso do queijo artesanal produzido em Alagoa, principal fonte de renda da cidade e uma iguaria apreciada por consumidores de Minas, Rio de Janeiro e São Paulo.

Com a regulamentação, o produto estará apto a receber o selo de inspeção estadual emitido pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA). Segundo a pesquisadora Maria de Fátima Ávila Pires, coordenadora do projeto, que envolveu 25 profissionais, o primeiro passo foi caracterizar o sistema de produção. Os pesquisadores da Embrapa selecionaram 30 produtores, identificando-os do ponto de vista econômico e social. “Traçamos o perfil do produtor alagoense e resgatamos os aspectos históricos e culturais da produção do queijo no município”, conta.

Entre as contribuições do trabalho está a de estabelecer um protocolo de maturação para o queijo, que ainda não conta com um prazo definido para essa etapa de produção. Os pesquisadores também fizeram diversos estudos que envolveram o solo e a água da região (aspectos físicos, químicos e microbiológicos), a alimentação das vacas e as análises do leite e do queijo.

Esses estudos incluíram o levantamento de informações sobre o processo de produção do leite e a fabricação do queijo, caracterizando o “saber fazer” da comunidade, ou seja, como os alagoenses construíram as tradições que resultaram no modo próprio de fazer seu queijo artesanal. “Reunir essas informações em um documento é uma das exigências do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) para a regulamentação do queijo artesanal”, explica a laticinista da Emater-MG Marciana de Souza Lima. O trabalho da Embrapa e da Emater já está sendo útil para que a prefeitura de Alagoa conceda aos produtores o Selo de Inspeção Municipal (SIM), mas essa certificação permitirá a venda do produto apenas no município.

O escritório da Emater-MG na cidade trabalha para que as queijarias de Alagoa sejam regularizadas no IMA para que possam obter, posteriormente, o registro de Indicação de Geográfica (IG), como já ocorre com os queijos do Serro, Canastra, Salitre e Campos das Vertentes. No entanto, a legislação mineira sobre o assunto ainda necessita ser regulamentada. A lei estadual de 2002 (Lei 14.185), que tratava do Queijo Minas Artesanal, foi revogada em 2012 por outra lei (Lei 20.549), que aguarda regulamentação. Os técnicos afirmam que a nova lei possui pontos questionáveis e carece de modificações.

Do tipo parmesão – Município de 2.700 habitantes, a 447 quilômetros da capital mineira, Alagoa é conhecida como a “terra do queijo parmesão.” Tal designação, no entanto, é incorreta. “Parmesão” é um tipo de queijo italiano, com Denominação de Origem Protegida (DOP). Para ser considerado parmesão, o queijo tem que ser produzido nas regiões de Parma, Régia Emília, Módena, Bolonha ou Mântua. Por possuir algumas similaridades com o queijo italiano, o de Alagoa pode ser considerado como “do tipo parmesão”. Ambos são produtos artesanais, feitos com leite cru e a massa passa por um processo semelhante de aquecimento na produção. Mas as semelhanças param por aí. No parmesão, o período de maturação, também chamado de “cura”, por exemplo, precisa durar no mínimo 12 meses (alguns ultrapassam dois anos). Já o queijo alagoense não possui um padrão de maturação, alguns são vendidos após apenas cinco dias de cura, o que interfere na qualidade do sabor. “Essa é uma prática que tem que ser mudada. É preciso estabelecer um padrão de maturação”, afirma o técnico da Emater-MG Júlio César Seabra. Esse é, também, um dos focos da pesquisa.

Estabelecer padrões é como a tradição, leva tempo. O queijo parmesão precisou de 800 anos para conquistar a fama que tem hoje em todo mundo, mas o produto alagoense caminha para isso e está perto de completar 100 anos. A fabricação de queijos surgiu em Alagoa nos anos 20 do século passado, quando um italiano de nome Paschoal Poppa chegou à cidade e abriu o primeiro laticínio. Popa viu no queijo curado, característico da região de Parma, o produto ideal para aquela cidade no alto das montanhas, cujo clima lembrava o da Itália. Por ser um tipo de queijo menos perecível, ele se adequava aos períodos em que a cidade ficava isolada. O produto era transportado no lombo de burros, em formas de bambu, e na época das chuvas era praticamente impossível descer pelas precárias estradas da região para levar a produção até os mercados urbanos.

Apesar das diversidades, o negócio foi prosperando. Poppa trouxe um queijeiro de fora do estado para trabalhar no laticínio. Esse queijeiro acabou se casando com a filha de um coronel da região, Porfírio Mendes Filho, que, por influência do genro, investiu na abertura de cinco laticínios. Os agricultores da região migraram para a pecuária de leite, atendendo à demanda das queijarias. Passado algum tempo, os grandes laticínios fecharam, mas os pecuaristas já haviam assimilado a cultura das queijarias e passaram a produzir, eles mesmos, o próprio queijo. É nessa época que o fermento, o que dá o sabor diferenciado do queijo da região, segundo os alagoenses, foi compartilhado entre os produtores.

Produção familiar – A pesquisa da Embrapa contabilizou 130 queijeiros produzindo o “parmesão alagoense.” Os produtores são de base familiar, com a produção variando de cinco a 50 quilos de queijo por dia. As fazendas são pequenas, com cerca de 18 hectares, e o relevo acidentado da Serra da Mantiqueira limita o uso de pastagem. Capim verde picado, cana-de-açúcar, silagem de milho e concentrado representam boa parte da alimentação das vacas. O rebanho é predominantemente mestiço (Holandês/Gir Leiteiro), com ordenha média de 15 litros por vaca/dia. A produção média de leite em Alagoa é de 150 litros/dia/propriedade.

Em um dos pontos mais altos da cidade (1.700 metros de altitude), fazendo divisa com o Parque Estadual Serra do Papagaio, está o Sítio do Garrafão. O proprietário, Darci Lopes de Menezes, é um dos queijeiros mais antigos da região. Menezes guarda na memória boa parte da história do município e é uma referência para qualquer pesquisa sobre a evolução do queijo alagoense. Com problemas de saúde, Menezes transferiu a produção para o filho Marcos Rodrigues. São 15 vacas no rebanho, responsáveis por uma produção média de dez quilos de queijo por dia. Marcos e a mulher, Rita de Cássia, cuidam de todas as tarefas da propriedade e ainda sobra um tempo para construir a casa do casal, que já está quase pronta. Ele diz que, assim que terminar a construção, sobrará um pouco de dinheiro para investir mais na queijaria.

Com produção maior (40 quilos de queijo/dia), o Sítio Mato Dentro fica no lado oposto ao Garrafão. São 27 vacas, responsáveis por 400 litros/dia. O espaço pertence a Francisco Antônio de Barros, tataraneto do coronel Porfírio, o pioneiro do “parmesão alagoense”. Barros toca o sítio com a mulher, Priscila Almeida Mendes de Barros, e os três filhos do casal, de 18, 14 e 12 anos. A produção diária de 40 quilos de queijo é toda vendida para mercados e empórios do Sul de Minas e São Paulo. Como os demais queijeiros da região, Barros nunca fez cursos de laticínio. Todo o conhecimento foi herdado dos pais e avós.

Aos poucos, o “parmesão alagoense” vai se enriquecendo com a tradição. A pesquisa agropecuária incorpora os conhecimentos científicos, fundamentando os legisladores, que constroem as bases legais para tirar o produto da clandestinidade. Mas a lei costuma demorar, assim como a formação de uma tradição, e os consumidores não esperam. O “parmesão alagoense” é vendido pelo produtor a um preço que varia de R$ 15 a R$ 30 o quilo. Já o parmesão de verdade, feito na Itália, chega a custar mais de R$ 100. A legalização pode melhorar o preço pago ao produtor e será um passo importante para que o queijo das terras altas da Mantiqueira conquiste um dia a Indicação Geográfica, como já ocorre com o legítimo parmesão italiano.

Alimento Seguro, Jul/17. Com Embrapa Gado de Leite – cnpgl.imprensa@embrapa.br

Vulcano Energy Drink lança embalagens do filme Liga da Justiça

Bebida energética lança em agosto parceria com Warner e DC

Por Guilherme Dearo

28 jul 2017, 12h23

São Paulo – O filme “Liga da Justiça” só chega em novembro por aqui, mas os fãs brasileiros já podem, a partir de agosto, promover um “esquenta”.

A marca Vulcano Energy Drink lança, no mês que vem, coleção de latas e garrafas colecionáveis com a temática do filme da DC Entertainment.

Desenhos e temas dos personagens Super-Homem, Batman, Mulher Maravilha, Flash, Aquaman e Cyborg virão em latas de 250mL, 473mL e em garrafas pet de 250mL e 500mL. Há versões normais e sem açúcar.

A fabricante Sol Bebidas espera aumentar as vendas em 20% com a parceria com a Warner Bross Consumer Products.