Itaipava investe em embalagens retornáveis

Pela primeira vez, marca desenvolve campanha exclusiva para embalagens retornáveis.

Itaipava informa que aposta nas embalagens retornáveis.

“O volume de cervejas em embalagens retornáveis cresceu 11,2% dentro dos lares brasileiros, de acordo com pesquisas do instituto Kantar Worldpanel. Sentimos e previmos essa mudança desde 2013. Com a volta da prática, todos saem ganhando: o consumidor paga menos pelo líquido, a indústria aproveita melhor os insumos e o meio ambiente recebe menos dejetos”, explica Eliana Cassandre, gerente de propaganda.

De acordo com os dados de mercado, os preços por litro das cervejas vendidas em embalagens retornáveis são até 20% mais baratos em relação às descartáveis, dependendo das negociações comerciais e regiões.

“No último ano, 50% do volume de embalagens retornáveis que entraram nos lares eram de 1 litro – uma representação de 81% do volume de retornáveis de Itaipava dentro dos lares. Sendo assim, as embalagens retornáveis cresceram em volume, aproximadamente, 91%”, afirma Eliana. “O bom trabalho e boa execução no ponto de venda garantiram à Itaipava, nos últimos anos, os melhores números de vendas do segmento de cervejas. Somos a marca que mais cresce nos supermercados”, complementa.
Para promover a ação, a marca informa que acaba de lançar sua primeira campanha exclusiva com este foco. Desenvolvida em parceria com a agência Y&R, a plataforma será veiculada nacionalmente nos meios TV e digital, e foi especialmente pensada para impulsionar o consumo de embalagens retornáveis dentro dos lares. A criação é de Rafael Pitanguy, com direção de criação de Celso Alfieri. Produção do filme Prodigo Films, com direção de cena de Laga Villanova.

Alimento Seguro, Jul/17. Com Agência B9B – viviane@agenciab9b.com.br

Vigilância Sanitária interditou fábricas de azeite.

Cinco fábricas foram interditadas pela Secretaria de Estado da Saúde por induzirem o consumidor ao erro. Localizadas na Grande São Paulo e no litoral sul paulista

29 de julho, 2017

Cinco fábricas foram interditadas pela Secretaria de Estado da Saúde por induzirem o consumidor ao erro. Localizadas na Grande São Paulo e no litoral sul paulista, elas comercializavam óleo de soja ou óleo misto como se fosse azeite de oliva virgem ou extra virgem.

Além do óleo, foram interditados outros produtos das fábricas para o consumo em razão de irregularidades na linha de produção verificadas pela Vigilância Sanitária Estadual. Os produtos comercializados pelas empresas incluem palmitos em conserva, azeitonas, champignon molhos, geleias, frutas em calda e condimentos, entre outros.

A fraude foi descoberta após denúncias feita à Vigilância Sanitária Estadual em relação às marcas de azeite fabricadas pela Olivenza Indústria de Alimentos, localizada em Mongaguá, no litoral sul paulista. A fábrica é responsável pelos produtos Torre de Quintela, Malaguenza, Olivenza, Oliveira D’ouro, Estrela da Beira e Coliseu.

O Instituto Adolfo Lutz, instituição vinculada à Secretaria da Saúde, analisou os produtos da Olivenza e comprovou que os azeites eram, na verdade, óleo de soja. A Vigilância Sanitária interditou o estabelecimento ao constatar que a empresa não cumpria os requisitos mínimos de Boas Práticas de Fabricação de Alimentos.

O caso culminou em mais inspeções no mercado de azeites. A vigilância estadual foi analisar outras cinco fábricas na Grande São Paulo: Natural Óleos Vegetais e Alimentos, em Cajamar; Olima Indústria de Alimentos, em Itaquaquecetuba; Paladar Importação Comércio e Representação de Produtos Alimentícios e La Famiglia Alimentos; ambas de Santana do Parnaíba; e Super Via Distribuidora de Alimentos e Transportes, de Guarulhos.

Várias irregularidades foram flagradas durante as inspeções e todas as empresas foram totalmente interditadas, bem como os produtos por elas fabricados e comercializados.

Foi constatado que os produtos eram fabricados sem as mínimas condições de Boas Práticas de Fabricação, não havia nenhum procedimento que garantisse a rastreabilidade e qualidade das matérias-primas e sequer havia equipamentos adequados para assegurar que a quantidade de mistura entre óleo e azeite era, indicada nos rótulos.

Além das irregularidades apontadas, os estabelecimentos ainda importavam azeite de oliva virgem do tipo lampante, que é impróprio para consumo, e não havia nenhuma evidência de que providenciassem o refino antes da utilização, como manda a lei. Também se constataram casos em que o refino era feito em indústrias não licenciadas pela vigilância sanitária.

Após se adequarem às Boas Práticas de Fabricação de Alimentos, três fábricas foram desinterditadas (Olivenza, Natural e Olima), mas os lotes dos produtos por elas fabricados antes das adaptações exigidas pela vigilância sanitária não podem voltar a ser comercializados. As três se comprometeram a não usar mais a palavra “azeite” nos rótulos e sim “óleo composto”.

Outros nove estabelecimentos produtores de azeite no Estado de São Paulo ainda seriam vistoriados pela vigilância.

Fonte: Governo do Estado de São Paulo

Indústria diversifica produtos para impulsionar crescimento

Um total de 260 pessoas trabalham na fábrica da Adel Coco

29.07.2017

A despeito de dificuldades climáticas e econômicas, as indústrias do coco e derivados com atuação no Ceará projetam crescimentos da ordem de até 10% para este ano e de até 15% para 2018. O setor aposta no consumidor sedento por produtos saudáveis para alavancar o avanço nos próximos anos, com lançamentos como chips e leite de coco pronto para beber, mas investindo também nos produtos tradicionais, sobretudo a água de coco, que continua conquistando o brasileiro e o estrangeiro.

A Adel Coco, com fábrica e uma das fazendas em Trairi, a 124,5 km da Capital cearense, vem mantendo o mesmo faturamento anual desde 2014, mas espera retomar o crescimento em 2018. A expectativa da empresa é avançar 15% em comparação a 2017.

Parte do otimismo da empresa, fundada por Adelino Terra, atual sócio majoritário, é explicado pela retomada das chuvas no Ceará para o patamar da média histórica neste ano. "Neste ano de 2017, nossas novas fazendas começaram a produzir mais, resultado de investimentos em 2012 e 2013. As nossas novas fazendas são todas irrigadas, mas a chuva ajuda bastante", destaca o diretor operacional da Adel Coco, Mariano Omar.

No avanço da empresa, diz Omar, terão papel fundamental os produtos da linha natural, como óleo virgem e extra virgem, chips e água, todos provenientes do coco. O segmento de itens, que hoje representa cerca de 5% do faturamento da Adel Coco, no período de um ano terão peso de 20% e 25%, projeta o diretor.

Os chips de coco, pedaços crocantes da fruta, são produzidos para terceiros desde 2011, mas começaram a ser fabricados com marca própria da empresa neste ano. E Mariano Omar adianta qual deve ser o próximo lançamento: "Estamos desenvolvendo leite de coco em pó". Atualmente, a Adel Coco produz apenas a versão líquida do produto, para uso culinário.

Como consequência da seca, um dos principais entrave que vem sendo enfrentado pelo setor no Ceará, segundo Omar, é no fornecimento do coco seco, sobretudo no período de entressafra, que já se aproxima do fim. "Tivemos que importar muita matéria-prima para nos mantermos. Se houvesse água suficiente, haveria um panorama bem diferente", diz.

A Adel Coco tem hoje "40 colaboradores na fazenda e 260 na fábrica. Esse número com certeza daqui a 60 dias será em torno de 300, 320 colaboradores devido ao período de safra (do coco seco)", destaca o diretor.

Leite de coco para beber

Enquanto a Adel Coco aposta nos chips e no leite de coco em pó, a Ducoco, tem como último lançamento o leite de coco pronto para beber. Diferentemente do líquido tradicional, que costuma ser utilizado em receitas, o produto da Ducoco busca ser uma alternativa ao leite de vaca para os que tem alergia ao alimento ou intolerância à lactose.

"É um lançamento pioneiro no mercado. É uma bebida naturalmente zero lactose, e que promete ser mais um driver de crescimento da companhia", destaca Gilberto Sampaio, diretor de marketing da Ducoco. "Certamente as inovações não irão parar o por aí, em breve, queremos sim ampliar nossa atuação no mercado de saudáveis", acrescenta o diretor.

Com fábricas em Itapipoca, a 147,3 km de Fortaleza, e em Linhares (Espírito Santo), sete fazendas próprias no Ceará, três centros de distribuição (Itapipoca, Linhares e Barueri, em São Paulo), e um escritório em São Paulo, a Ducoco emprega cerca de 1.500 funcionários. Sem detalhar números, Gilberto Sampaio afirma que a companhia "vem apresentando números expressivos de crescimento, apesar do cenário econômico do País".

Assim como no mercado nacional, as exportações "seguem em franco crescimento", garante o diretor . "Somos os maiores produtores de água de coco do mundo, produzindo inclusive a Vita Coco, marca líder do mercado americano, e outras marcas de terceiros", afirma.

Avanço contínuo

A Dicoco, com fábricas em Paraipaba, no Litoral Oeste do Ceará, e Petrolândia (Pernambuco) também comemora avanços obtidos nos últimos seis anos. "Temos tido crescimento anual superior a 10%. Firmamos parceria com outros clientes e planejamos continuar esse nível de crescimento que temos tido ano a ano", destaca o CEO da empresa, Raimundo Dias.

Hoje, a Dicoco emprega 200 pessoas nas duas unidades e produz coco ralado, além de óleo e água derivados do fruto. "Eu vejo potencial de crescimento nos três setores, principalmente pelo benefício que esses produtos oferecem para vida das pessoas", salienta Dias.

Com rescisão, abre rede que produz 500 mil salgados/dia e fatura R$ 3,5 mi

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O gerente comercial Luis Belentani perdeu o emprego em uma grande empresa do segmento de saúde, em 2014. Com o dinheiro da rescisão e da venda de uma moto, ele conseguiu juntar R$ 35 mil e abriu o seu próprio negócio em São José do Rio Preto (438 km a noroeste de São Paulo): a Tia Sô Minidelícias.
A empresa vende quatro produtos diferentes: coxinha, quibe, bolinha de queijo e churros. Atualmente, são produzidos até 500 mil unidades por dia. Segundo o empresário, as receitas são de sua mulher, Solange Ferrari Belentani, 58, que também é sócia do negócio. O filho Luis Matheus, 30, integra a diretoria da empresa e cuida da expansão das lojas.

A empresa virou franquia desde 2015 e está presente nos Estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais. Atualmente, a rede tem 41 lojas, sendo quatro próprias (em São José do Rio Preto, Bauru, Campinas e Americana), além de uma fábrica e dois centros de distribuição (em São José do Rio Preto e Campinas).

O negócio, que começou com pai, mãe e filho, hoje tem 186 funcionários (36 nas lojas próprias, fábrica e centro de distribuição, e 150 nas lojas franqueadas). No ano passado, a rede faturou R$ 3,5 milhões. O lucro não foi revelado.
Copo com 15 unidades custa a partir de R$ 3
Os produtos são vendidos em copos com 15 unidades (de R$ 3 a R$ 3,50) ou 40 unidades (de R$ 7 a R$ 8), ou em caixas com 90 (de R$ 14 a R$ 16) ou 300 unidades (de R$ 42 a R$ 48). Os preços variam conforme a região e o Estado. Os minissalgados e churros são produzidos na fábrica em São José do Rio Preto e distribuídos para as lojas da rede.
A coxinha tem recheio de frango, carne, calabresa, pizza, palmito ou legumes (neste caso, a massa é integral). O minichurro pode ser recheado com chocolate, doce de leite, goiabada, morango, maracujá ou abóbora com coco.
Franquia custa a partir de R$ 60 mil
A empresa virou franquia em janeiro de 2015. Confira os dados, fornecidos pela rede, para abrir uma unidade:
Investimento inicial: a partir de R$ 60 mil (o valor inclui capital de giro, taxa de franquia e custo de instalação) Faturamento médio mensal: a partir de R$ 20 mil Lucro médio mensal: a partir de R$ 5.000 (25% do valor do faturamento) Retorno do investimento: em até 12 meses Mesmo com crise, setor de alimentação está em alta
Henrique Romão, consultor do Sebrae-SP (Serviço de Apoio as Micros e Pequenas Empresas) afirma que, mesmo em períodos de crise, o setor de alimentação sempre oferece oportunidade para se abrir um negócio. "Geralmente, acaba sendo uma das primeiras opções que as pessoas avaliam quando perdem o emprego ou querem mudar de área."
Ele afirma que o setor de minissalgados tem bastante opção de maquinário disponível para começar a produção e baixo custo. "Também permite fazer produtos acessíveis para a realização de eventos, por exemplo."
Romão diz, no entanto, que a concorrência é grande. "A empresa precisa investir em marketing e na construção da sua imagem porque vai concorrer com grandes empresas
Uol

Queijo artesanal da Serra da Mantiqueira

Pesquisa contribui para caracterização do produto

A Embrapa Gado de Leite (MG), em parceria com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG) e a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), estruturou projeto de pesquisa para levantar dados que fundamentem a regulamentação do queijo de Alagoa (MG), município das terras altas da Serra da Mantiqueira. O Brasil produz um milhão de toneladas de queijo por ano, e um quinto desse total é feito artesanalmente, com leite cru – que não passou pelo processo de pasteurização. Boa parte do queijo artesanal brasileiro é vendido informalmente, pois falta ao produto o registro nos serviços de inspeção sanitária, seja municipal, estadual ou federal. É o caso do queijo artesanal produzido em Alagoa, principal fonte de renda da cidade e uma iguaria apreciada por consumidores de Minas, Rio de Janeiro e São Paulo.

Com a regulamentação, o produto estará apto a receber o selo de inspeção estadual emitido pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA). Segundo a pesquisadora Maria de Fátima Ávila Pires, coordenadora do projeto, que envolveu 25 profissionais, o primeiro passo foi caracterizar o sistema de produção. Os pesquisadores da Embrapa selecionaram 30 produtores, identificando-os do ponto de vista econômico e social. “Traçamos o perfil do produtor alagoense e resgatamos os aspectos históricos e culturais da produção do queijo no município”, conta.

Entre as contribuições do trabalho está a de estabelecer um protocolo de maturação para o queijo, que ainda não conta com um prazo definido para essa etapa de produção. Os pesquisadores também fizeram diversos estudos que envolveram o solo e a água da região (aspectos físicos, químicos e microbiológicos), a alimentação das vacas e as análises do leite e do queijo.

Esses estudos incluíram o levantamento de informações sobre o processo de produção do leite e a fabricação do queijo, caracterizando o “saber fazer” da comunidade, ou seja, como os alagoenses construíram as tradições que resultaram no modo próprio de fazer seu queijo artesanal. “Reunir essas informações em um documento é uma das exigências do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) para a regulamentação do queijo artesanal”, explica a laticinista da Emater-MG Marciana de Souza Lima. O trabalho da Embrapa e da Emater já está sendo útil para que a prefeitura de Alagoa conceda aos produtores o Selo de Inspeção Municipal (SIM), mas essa certificação permitirá a venda do produto apenas no município.

O escritório da Emater-MG na cidade trabalha para que as queijarias de Alagoa sejam regularizadas no IMA para que possam obter, posteriormente, o registro de Indicação de Geográfica (IG), como já ocorre com os queijos do Serro, Canastra, Salitre e Campos das Vertentes. No entanto, a legislação mineira sobre o assunto ainda necessita ser regulamentada. A lei estadual de 2002 (Lei 14.185), que tratava do Queijo Minas Artesanal, foi revogada em 2012 por outra lei (Lei 20.549), que aguarda regulamentação. Os técnicos afirmam que a nova lei possui pontos questionáveis e carece de modificações.

Do tipo parmesão – Município de 2.700 habitantes, a 447 quilômetros da capital mineira, Alagoa é conhecida como a “terra do queijo parmesão.” Tal designação, no entanto, é incorreta. “Parmesão” é um tipo de queijo italiano, com Denominação de Origem Protegida (DOP). Para ser considerado parmesão, o queijo tem que ser produzido nas regiões de Parma, Régia Emília, Módena, Bolonha ou Mântua. Por possuir algumas similaridades com o queijo italiano, o de Alagoa pode ser considerado como “do tipo parmesão”. Ambos são produtos artesanais, feitos com leite cru e a massa passa por um processo semelhante de aquecimento na produção. Mas as semelhanças param por aí. No parmesão, o período de maturação, também chamado de “cura”, por exemplo, precisa durar no mínimo 12 meses (alguns ultrapassam dois anos). Já o queijo alagoense não possui um padrão de maturação, alguns são vendidos após apenas cinco dias de cura, o que interfere na qualidade do sabor. “Essa é uma prática que tem que ser mudada. É preciso estabelecer um padrão de maturação”, afirma o técnico da Emater-MG Júlio César Seabra. Esse é, também, um dos focos da pesquisa.

Estabelecer padrões é como a tradição, leva tempo. O queijo parmesão precisou de 800 anos para conquistar a fama que tem hoje em todo mundo, mas o produto alagoense caminha para isso e está perto de completar 100 anos. A fabricação de queijos surgiu em Alagoa nos anos 20 do século passado, quando um italiano de nome Paschoal Poppa chegou à cidade e abriu o primeiro laticínio. Popa viu no queijo curado, característico da região de Parma, o produto ideal para aquela cidade no alto das montanhas, cujo clima lembrava o da Itália. Por ser um tipo de queijo menos perecível, ele se adequava aos períodos em que a cidade ficava isolada. O produto era transportado no lombo de burros, em formas de bambu, e na época das chuvas era praticamente impossível descer pelas precárias estradas da região para levar a produção até os mercados urbanos.

Apesar das diversidades, o negócio foi prosperando. Poppa trouxe um queijeiro de fora do estado para trabalhar no laticínio. Esse queijeiro acabou se casando com a filha de um coronel da região, Porfírio Mendes Filho, que, por influência do genro, investiu na abertura de cinco laticínios. Os agricultores da região migraram para a pecuária de leite, atendendo à demanda das queijarias. Passado algum tempo, os grandes laticínios fecharam, mas os pecuaristas já haviam assimilado a cultura das queijarias e passaram a produzir, eles mesmos, o próprio queijo. É nessa época que o fermento, o que dá o sabor diferenciado do queijo da região, segundo os alagoenses, foi compartilhado entre os produtores.

Produção familiar – A pesquisa da Embrapa contabilizou 130 queijeiros produzindo o “parmesão alagoense.” Os produtores são de base familiar, com a produção variando de cinco a 50 quilos de queijo por dia. As fazendas são pequenas, com cerca de 18 hectares, e o relevo acidentado da Serra da Mantiqueira limita o uso de pastagem. Capim verde picado, cana-de-açúcar, silagem de milho e concentrado representam boa parte da alimentação das vacas. O rebanho é predominantemente mestiço (Holandês/Gir Leiteiro), com ordenha média de 15 litros por vaca/dia. A produção média de leite em Alagoa é de 150 litros/dia/propriedade.

Em um dos pontos mais altos da cidade (1.700 metros de altitude), fazendo divisa com o Parque Estadual Serra do Papagaio, está o Sítio do Garrafão. O proprietário, Darci Lopes de Menezes, é um dos queijeiros mais antigos da região. Menezes guarda na memória boa parte da história do município e é uma referência para qualquer pesquisa sobre a evolução do queijo alagoense. Com problemas de saúde, Menezes transferiu a produção para o filho Marcos Rodrigues. São 15 vacas no rebanho, responsáveis por uma produção média de dez quilos de queijo por dia. Marcos e a mulher, Rita de Cássia, cuidam de todas as tarefas da propriedade e ainda sobra um tempo para construir a casa do casal, que já está quase pronta. Ele diz que, assim que terminar a construção, sobrará um pouco de dinheiro para investir mais na queijaria.

Com produção maior (40 quilos de queijo/dia), o Sítio Mato Dentro fica no lado oposto ao Garrafão. São 27 vacas, responsáveis por 400 litros/dia. O espaço pertence a Francisco Antônio de Barros, tataraneto do coronel Porfírio, o pioneiro do “parmesão alagoense”. Barros toca o sítio com a mulher, Priscila Almeida Mendes de Barros, e os três filhos do casal, de 18, 14 e 12 anos. A produção diária de 40 quilos de queijo é toda vendida para mercados e empórios do Sul de Minas e São Paulo. Como os demais queijeiros da região, Barros nunca fez cursos de laticínio. Todo o conhecimento foi herdado dos pais e avós.

Aos poucos, o “parmesão alagoense” vai se enriquecendo com a tradição. A pesquisa agropecuária incorpora os conhecimentos científicos, fundamentando os legisladores, que constroem as bases legais para tirar o produto da clandestinidade. Mas a lei costuma demorar, assim como a formação de uma tradição, e os consumidores não esperam. O “parmesão alagoense” é vendido pelo produtor a um preço que varia de R$ 15 a R$ 30 o quilo. Já o parmesão de verdade, feito na Itália, chega a custar mais de R$ 100. A legalização pode melhorar o preço pago ao produtor e será um passo importante para que o queijo das terras altas da Mantiqueira conquiste um dia a Indicação Geográfica, como já ocorre com o legítimo parmesão italiano.

Alimento Seguro, Jul/17. Com Embrapa Gado de Leite – cnpgl.imprensa@embrapa.br

Rota da Cerveja tem variedade nas fábricas

Leonardo Volpato
do Agora

Amantes e simpatizantes da boa cerveja têm uma ótima opção de passeio em Pinhais, cidade localizada na região metropolitana de Curitiba, a 15 km da capita paranaense.

O circuito recebeu o nome de Rota da Cerveja e leva os visitantes para dentro de quatro fábricas, que produzem mais de 30 rótulos diferentes da bebida.

A visitação custa R$ 20 e dá direito a degustação e a um copo de brinde para quem completar a rota toda.

Márcio Mainardes, diretor do departamento de turismo de Pinhais, conta que o passeio pode ser feito de diversas maneiras.

"A pessoa pode fazer tanto a visita em grupos, com a ajuda de guias, como por conta própria. Para esta última opção, basta pegar o passaporte na primeira cervejaria que visitar. Ao conhecer cada uma, o visitante ganha selos e carimbos", afirma.

"Assim, dá para escolher entre provar os rótulos das cervejarias no mesmo dia ou deixar uma delas para o dia seguinte."

A Rota da Cerveja funciona o ano inteiro, mas as os dias mais tradicionais de visitação são as sextas-feiras e os sábados.

Lembre-se de que é preciso agendar as entradas antes de ir às cervejarias.

Lucro da Coca-Cola cai 60% no segundo trimestre

AFP26 de julho de 2017

A Coca-Cola anunciou uma queda de 60% dos seus benefícios no segundo trimestre. A empresa está migrando sua estratégia para bebidas com baixos níveis de açúcar e sem gás.

O lucro líquido caiu 60%, a 1,37 bilhão de dólares, um lucro por ação de 59 centavos de dólares, ante os 58 centavos os analistas esperavam.

As vendas de bebidas subiram em três de quatro categorias: sucos, laticínios e bebidas a base de plantas; água, água enriquecida e bebidas esportivas; e chás e cafés. O volume de refrigerantes ficou estagnado.

O CEO James Quincey disse que os esforços da Coca-Cola para atender a demanda do consumidor por bebidas mais saudáveis e sem açúcar estão dentro do previsto.

O volume de negócios no trimestre foi de 9,7 bilhões de dólares, queda de 16% em relação ao ano passado, mas superior aos 9,65 bilhões estimados por especialistas.

EUA: Lucro líquido da Hershey cresce 39% no 2º trimestre, para US$ 203,5 milhões

Estadão Conteúdo
26.07.17 – 09h45

São Paulo, 26/07 – A fabricante de alimentos norte-americana Hershey reportou lucro líquido de US$ 203,5 milhões (US$ 0,95 por ação) no segundo trimestre de 2017, alta de 39% se comparado com os US$ 145,96 milhões (US$ 0,68)reportados em igual trimestre do ano anterior. O lucro líquido por ação ajustado ficou em US$ 1,09, acima dos US$0,90 esperado por analistas.

A receita total da companhia aumentou 1,5% entre os trimestres, para US$ 1,66 bilhão. Analistas previam um avanço menor, para US$ 1,65 bilhão. O desempenho positivo do grupo foi influenciado pelo aumento das vendas, principalmente na América do Norte, que avançou 2,2%, para US$ 1,477 bilhão.

Na divisão internacional, entretanto, as vendas recuaram 3,6%, para US$ 186 milhões. O crescimento combinado das vendas líquidas, descontando os efeitos cambiais, no México, Brasil e Índia foi de cerca de 10%. Na contramão, as vendas líquidas na China diminuíram 31,2% em relação ao ano passado, ainda pressionadas pelo contínuo enfraquecimento da divisão de chocolates.

Para o fechamento do ano, a empresa espera um crescimento de 1% nas vendas totais, queda ante a projeção anterior entre 2% e 3%. A revisão foi influenciada pela perspectiva de desafios na indústria de varejo. Entretanto, este corte deve ser contrabalançado pela estimativa de aumento da margem bruta ajustada. Com isso, a empresa reafirmou sua orientação de lucro por ação ajustado entre US$ 4,72 e US$ 4,81.

Às 9h desta quarta-feira, 26 pelo horário de Brasília, as ações da Hershey na Bolsa de Nova York avançavam 2,28% no pré-mercado.

Nestlé ajusta estratégia no Brasil

A empresa direciona investimentos para categorias em que é mais forte e acelera lançamentos

Diante de tempos difíceis para o consumidor brasileiro, a Nestlé ajusta sua estratégia. A empresa direciona investimentos para categorias em que é mais forte, acelera o ciclo de inovação e passa a buscar novos segmentos de mercado. A novidade mais recente é a comercialização de grãos de café torrados e processados em máquinas, que serão fornecidos a supermercados, bares, restaurantes, lojas de conveniência, confeitarias e outros pontos de venda, como parte de uma nova linha de café espresso.

Juan Carlos Marroquín, presidente da operação brasileira da Nestlé desde 2012, diz que a inovação nunca foi tão necessária na indústria quanto agora, quando o País atravessa a pior crise de sua história.

"Em tempos de bonança, a Nestlé não faria em tão pouco tempo o desenvolvimento de uma nova categoria de café para uso profissional", afirmou o executivo durante evento no Museu do Café, em Santos (SP), onde apresentou a nova linha de Nescafé, com máquinas que moem os grãos na hora. Até então, a venda era feita por meio de misturas solúveis.

Marcelo Citrângulo, diretor da Nestlé Professional, diz que o projeto é exemplo da nova proposta do grupo, que quer ganhar velocidade ao responder às demandas do mercado. A Nestlé foi pioneira ao lançar o café solúvel, desenvolvido a pedido do governo brasileiro em 1938. No mundo, inaugurou o segmento de café em cápsula, com a marca Nespresso.

Novo posicionamento em chocolates
A Nestlé assumiu neste mês um novo posicionamento em chocolate, com a assinatura "Pare o mundo que eu quero Nestlé", com a intenção de se aproximar do público jovem. A campanha recebeu investimento de R$ 3 milhões. Entre as marcas consideradas importantes para a companhia na América Latina estão os chocolates Kit Kat, a ração úmida Purina e o mercado de cafés, incluindo a produção de cápsulas de Nescafé Dolce Gusto.

A matriz aprovou um orçamento de R$ 480 milhões no Brasil em 2017, para a melhoria operacional e tecnológica de parte de suas 31 fábricas e para a construção da segunda linha de produção dos chocolates na unidade de Caçapava (SP). Marroquín mantém a expectativa de um crescimento orgânico de 2% a 4% neste ano. A Nestlé investiu R$ 10 milhões na nova versão de café e espera vender 400 milhões de xícaras de espresso até 2020. Os grãos virão de Minas Gerais e serão processados na fábrica de Araras (SP).

Hoje, a Nestlé atua com 15 mil máquinas em pontos comerciais, um parque construído ao longo de 10 anos, em que predominam as vendas de bebidas com leite, como cappuccinos e achocolatados. Em três anos, o plano é instalar 10 mil novas máquinas, que oferecem 4 tipos de café e 8 bebidas cremosas.

Parecerias com varejo
A Nestlé cogita substituir parte do parque atual de máquinas de café, importadas da Itália e Suíça, mas essa não é a principal estratégia, segundo o diretor. A ideia é buscar a expansão adicionando novos estabelecimentos comerciais. Por isso, firmou parceria com a rede de docerias Sodiê e com a Coop, que vai instalar as máquinas de cafés em seus supermercados.

Fonte: Valor Econômico

Cresce mercado de orgânicos premium

Fenômeno deve ser visto como uma oportunidade para pequenos produtores e empreendedores

Imagem créditos: BIO BRAZIL FAIR
Por: Agrolink -Leonardo Gottems
Publicado em 26/07/2017 às 10:20h.

Os chamados “orgânicos premium” têm ganhado cada vez mais espaço e mercado no Brasil, aponta Sylvia Wachsner, coordenadora do Centro de Inteligência em Orgânicos (CI Orgânicos) da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA). Uma mostra disso é a abertura de mais feiras e mercados especializados em alimentos menos industrializados, isentos de aditivos químicos e com mais sabor e qualidade.

“O crescimento das feiras livres, que comercializam alimentos orgânicos e premium, com opções de gastronomia, artesanato e música, representa uma volta ao passado, onde eram comuns a troca de mercadorias e o contato mais dinâmico entre as pessoas. Hoje, há espaços alternativos que permitem o compartilhamento de valores de alimentação e saúde entre produtores e consumidores, característica que não vemos nos supermercados”, observa Sylvia.

A especialista aponta que esse fenômeno deve ser visto como uma oportunidade para pequenos produtores e empreendedores: “São produtos inovadores, com qualidades e características não encontradas nas grandes marcas. Abrem espaço para a criatividade e a inovação. Representa sair da mesmice e permitir que os consumidores conheçam alimentos diferenciados”.

Outra tendência destacada pela coordenadora é a expansão das feiras e lojas de orgânicos em centros comerciais: “Os shoppings contam com um maior número de pessoas circulando, e os feirantes atraem consumidores que possivelmente não conhecem seus produtos, nem suas marcas ou não costumam frequentar feiras municipais.”