Danone toma 2º lugar da Lactalis em ranking de maiores empresas de lácteos
A liderança do setor continua sendo da suíça Nestlé; lista é elaborada pelo Rabobank.
Por Estadao conteudo
13/07/2017 14h29
A francesa Danone saiu de terceiro para o segundo lugar no ranking das maiores companhias de lácteos do mundo, segundo classificação do Rabobank com as 20 principais companhias do setor em 2017, com base no faturamento apurado entre 1º de janeiro e 30 de junho deste ano.
A empresa ocupou o lugar da também francesa Lactalis, que agora está em terceiro. A liderança do setor continua sendo da suíça Nestlé. Como um todo, o relatório reforçou que as empresas do setor começaram a se recuperar depois de dois anos negativos.
O Rabobank destacou que, na medida em que os preços começaram a subir e os volumes entregues de leite se tornaram mais limitados, as empresas começaram a focar menos no aumento da produção e mais no valor agregado das atividades.
"Para muitas empresas, a questão agora tem sido quando se mover para fora ou dentro de um setor adjacente", informa o Rabobank, no relatório. "Para cooperativas, a resposta tem sido consolidar o núcleo de lácteos e alienar o restante".
Na contramão, outras companhias listadas diversificaram seus portfólios para atividades fora do setor de lácteos (como a Danone comprando a WhiteWave Foods e a Dean Foods adquirindo uma fatia minoritária da startup Good Karma Foods e da companhia de sucos Uncle Matt's Organic).
"Isso pode refletir, em tempos de estoques apertados de leite, a necessidade de cooperativas de focar no aprimoramento das margens de lácteos. Para as companhias privadas, com a opção de fazer tal mudança, elas procuram agora melhores margens em setores com menos problemas de estoque".
Para o restante do ano, o Rabobank relatou que espera uma retomada do crescimento orgânico das empresas, com a ampliação dos estoques de leite no nordeste dos EUA.
"Ao mesmo tempo, a mitigação de riscos deve se tornar um fator principal, na medida em que as companhias vão reconsiderar suas posições diante de futuros riscos causados pelo Brexit, potenciais anúncios de mudanças nos acordos comerciais e futuras mudanças no ambiente de negócios".