Colorado mira o mercado cervejeiro do Nordeste
Uma verdadeira alquimia que surge da combinação da cevada e do malte com mel, rapadura, café, e até mandioca, dá corpo ao portfólio de cervejas artesanais da Colorado. De origem paulista, mais precisamente de Ribeirão Preto/SP, a cervejaria completa 21 anos oferecendo um produto sensível ao paladar apurado e jovem, focada em desenvolver bebidas que tenham o DNA brasileiro. Em 2017, a companhia completa dois anos sob a operação da Ambev (Companhia de Bebidas das Américas), que adquiriu a marca com o propósito de promover o avanço do segmento de cervejas artesanais. De lá pra cá, as coisas só melhoraram. De acordo com Marcelo
Carneiro, fundador da Colorado, a multinacional expandiu a atuação da marca para novas praças. “Sempre fomos muito fortes no Sudeste, mas chegamos a um momento em que a distribuição das cervejas precisava de uma qualificação maior. Então, a Ambev surgiu com essa expertise e vimos o consumo de Colorado aumentar exponencialmente”, diz ele.
Na sua opinião, o boom do consumo das cervejas artesanais veio da Colorado? Em minha opinião, a Colorado contribuiu muito para esse processo. Em primeiro lugar, é uma empresa com muita persistência. Atingir 20 anos de mercado no Brasil não é fácil. O País passa por uma fase de baixa autoestima, mas a gente precisa usar esse produto para ajudar o brasileiro a se animar. O consumo de cervejas artesanais é de 2% em relação à categoria geral de cervejas, mas ainda há muita oportunidade e muito campo para crescer.
O que mudou para a Colorado depois de sua venda para a Ambev? Agora eu posso expandir a marca com qualidade e regularidade. Uma pequena indústria não poderia fazer isso. Quando a Colorado foi associada à Ambev, começamos a praticar um preço mais baixo do que os preços cobrados pela maioria do mercado. Nossa produção aumentou em cinco vezes nesses dois últimos anos. A partir deste mês, a Colorado já pode ser considerada a maior microcervejaria do Brasil, com uma produção de mais de meio milhão de litros por mês. Estou tendo muita liberdade para criar receitas novas e continuo à frente da marca.
Quais são os próximos passos da cervejaria? Vamos focar agora no avanço da marca no varejo nordestino, além da exportação. Manteremos uma competição de ganha-ganha com o restante do mercado. O Brasil é o terceiro maior produtor de cervejas do mundo e podemos inventar nossas cervejas. Um dia chegamos na lata, eventualmente vamos entrar nesse formato de embalagem.