Marca Perdigão já está livre de todas as restrições

A partir de hoje (3/7), a BRF pode relançar pratos prontos com a marca

Depois de cinco anos, a marca Perdigão está livre de todas as restrições impostas pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) para aprovar o surgimento da BRF, criada em 2011 com a união de Sadia com Perdigão.

A partir de hoje (3/7), a BRF pode relançar pratos prontos com a marca Perdigão. Nos próximos dias, as gôndolas dos supermercados devem receber o retorno da lasanha Perdigão, afirmou a diretora de marcas da BRF, Cecília Mondino.

Dessa vez, a empresa quer evitar os erros cometidos em 2015, quando venceu o prazo de suspensão da marca Perdigão nas categorias de presunto e linguiça defumada. Naquela ocasião, o retorno da Perdigão não significou a esperada evolução de sua participação de mercado, mas a canibalização com a Sadia, a marca 'premium' da BRF. Além disso, também não estancou a perda de participação para a Seara, da JBS.

"Preparamos o retorno da Perdigão com a certeza de que íamos dar um grande salto em market share. Isso não aconteceu. Culpa de quem? Nossa. É hora de olhar para o espelho, e não pela janela", afirmou o presidente do conselho de administração da BRF, Abilio Diniz, em entrevista ao Valor em janeiro.

É depois de olhar no espelho, portanto, que a BRF relança a lasanha da Perdigão. No Brasil, o mercado de lasanhas prontas movimenta cerca de R$ 740 milhões anuais. Antes das restrições do Cade, a Perdigão detinha 25% dessa categoria.

De acordo com a diretora de marcas da BRF, o aprendizado com os relançamentos anteriores fez a empresa ressaltar o diferencial entre Sadia e Perdigão. "A direção é ganhar espaço adicional, e não entrar na lojas para substituir. Só vai vender Perdigão se vender Sadia [nas lojas]".

Também há diferenças de tamanhos e sabores entre as duas marcas. Enquanto a Perdigão é mais voltada para as famílias e explora o "apelo da indulgência", a Sadia foca na "saudabilidade" – com 30% de sódio a menos. No caso das lasanhas, exemplificou Cecília Mondino, a diferença entre as duas marcas pode ser evidenciada pelo item de 1 quilo a ser lançado pela Perdigão e pelo lançamento da lasanha sabor frango com bacon. "A Sadia não tem frango com bacon e não tem de 1 quilo", explicou Cecília.

A executiva da BRF também ressaltou a diferença de preço entre as duas marcas da companhia. "Conseguimos ter Perdigão na média do mercado e fazendo volume, e Sadia fazendo [preço] premium", disse ela.

Na prática, a Perdigão quer se estabelecer como concorrente da Seara. Cecília não comentou, mas desta vez o ambiente concorrencial é mais favorável para a BRF devido ao momento delicado da JBS após a delação premiada dos irmãos Batista.

Fonte: Valor Econômico

Danone anuncia venda da Stonyfield à Lactalis por US$ 875 milhões

Estadão Conteúdo
03.07.17 – 10h04

Paris, 3/7 – A francesa Danone anunciou, nesta segunda-feira, 3, que fechou acordo para vender a Stonyfield por US$ 875 milhões à Lactalis, multinacional francesa. A medida faz parte das exigências do Departamento de Justiça dos EUA para que a Danone possa fechar a compra da WhiteWave.

A venda da Stonyfield é estimada para ser concluída no terceiro trimestre deste ano, mas ainda precisa ser aprovada pelo Departamento de Justiça dos EUA. A Lactalis, baseada em Laval, é uma companhia de capital fechado fabricante de produtos como queijos e leite e emprega 75 mil pessoas em 85 países. Entre as marcas do grupo estão a President e Bridel.

Em abril, a Danone anunciou que concluiu a aquisição da companhia de alimentos embalados e bebidas WhiteWave Foods, dos EUA, em um negócio de US$ 10,4 bilhões. As duas companhias vão combinar suas atividades na América do Norte e operar como uma unidade estratégica de negócios sob o nome DanoneWave.

Um pouco antes disso, no fim de março, a francesa anunciou que planejava vender a Stonyfield, companhia de iogurtes orgânicos, para conseguir a aprovação de órgãos antitruste dos EUA para a fusão.

Juntas, a Danone e WhiteWave são donas de uma fatia significativa do mercado de iogurtes, com marcas consagradas como Dannon, Oikos, Actimel, Silk, Wallaby e Horizon Organic. A concentração despertou receio em órgãos antitruste de um possível risco à concorrência no mercado de lácteos após a fusão. Fonte: Dow Jones Newswires.

Cadeia do setor de alimentos se reúne nesta sexta-feira em Goiânia, durante o 5º Fórum Brasileiro da Indústria de Alimentos

"A internacionalização da indústria de alimentos brasileiros" será o tema de abertura do 5º Fórum Brasileiro da Indústria de Alimentos, promovido pelo Lide, Lide Agronegócios e Lide Goiás, na próxima sexta-feira, dia 9, em Goiânia. Os palestrantes serão Christian Lohbauer, diretor de Assuntos Corporativos e Governamentais da Bayer; José Botafogo Gonçalves, ex-embaixador do Brasil na Argentina; e João Luis Rossi, diretor de Acesso a Mercados e Competitividade do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O ex-ministro do Mapa; Francisco Turra, atual presidente da ABPA – Associação Brasileira de Proteína Animal será o moderador.

O segundo painel terá como tema "A Alta qualidade dos produtos brasileiros", cujo palestrante será Luis Madi, diretor geral do ITAL – Instituto de Tecnologia de Alimentos, de Campinas, com debates de Maurício França, professor da Universidade Tuiuti do Paraná e Ellen Lopes, presidente e diretora executiva da IRSFD – Food Design Consultants. O presidente da ABIA – Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação, Edmundo Klotz, atuará como moderador.

O último tema do dia será "Inovação e agregação de valor: desafio do Brasil", abordado por Antonio Calcagnotto, vice-presidente de Assuntos Corporativos da Unilever, por Antonio Carlos Tadiotti, sócio-diretor da Predilecta e Marcia Barcelos, diretora do CEPA. O moderador será Luiz Fernando Furlan, chairman do Lide. Ao final do evento, será entregue o Prêmio Lide para as indústrias que se destacaram no segmento alimentício. Também será feita uma homenagem especial ao presidente da Mabel, Nestore Scodro.

O Lide é comandado pelo ex-ministro da Indústria e Comércio Exterior Luiz Fernando Furlan; o Lide Agronegócios é liderado pelo ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues e o Lide Goiás está sob a liderança do empresário e presidente do SIFAEG, André Rocha. Eles estarão à frente do 5º Fórum Brasileiro da Indústria de Alimentos, no Hotel Mercure de Goiânia. O governador de Goiás, Marconi Perillo, confirmou presença na abertura do evento.

Fonte: Assessoria de Imprensa

Hard Rock Cafe terá cervejas curitibanas

Por Beatriz Vilanova em 03/07/17 – 17:54

O Hard Rock Cafe em Curitiba acaba de lançar uma novidade que une o empreendimento ainda mais às terras nacionais: através de uma parceria com a premiada cervejaria paranaense Way Beer, passarão a ser servidas cervejas artesanais fabricadas em próprio solo curitibano.

Inicialmente serão quatro rótulos servidos em chope, que são destaques da linha comercial da Way Beer: American Pale Ale, Die Fizzy Yellow IPA, Red Ale e Avelã Porter. O menu deve mudar com frequência, sempre trazendo novidades aos moradores e turistas de Curitiba, a única cidade do país a ter uma unidade da marca Hard Rock em operação.

Empreendimento, no Brasil, só existe em Curitiba.

“É muito gratificante ver um empreendimento do porte do Hard Rock Cafe valorizando e difundindo cervejas artesanais. Mais legal ainda é ver isso começando aqui em nossa cidade. Temos muito orgulho de fazer parte desse projeto e temos certeza que ele marcará uma nova fase em nossa história. Teremos a oportunidade de mostrar um pouco mais do nosso trabalho para o público curitibano e, também, para turistas de todo o mundo”, comenta Alejandro Winocur, sócio proprietário da Way Beer.

Alimentação cresce 5,5%, revela 11ª Pesquisa Food Service da ABF

São Paulo – Mesmo enfrentando o terceiro ano consecutivo de desaquecimento da economia, o segmento Alimentação apresentou um crescimento de 5,5% em seu faturamento e a variação do ticket médio das redes de alimentação foi de 7,9% entre 2015 e 2016. Os dados fazem parte da 11ª Pesquisa Setorial de Food Service divulgada hoje pela ABF – Associação Brasileira de Franchising. Único estudo desse mercado no Brasil, o levantamento encomendado pela entidade à ECD Food Service foi apresentado durante o Seminário Setorial de Food Service e Pós-NRA ABF 2017 que abriu a ABF Franchising Week, evento que vai até o dia 24 no Expo Center Norte, em São Paulo.

Feita por amostragem, a pesquisa reflete os esforços das redes de alimentação e do próprio setor de franquias para manter resultados positivos. “Esses dados revelam que o segmento de Alimentação, a exemplo do franchising como um todo, mostrou resiliência nesse período difícil da economia brasileira, trabalhando fortemente na gestão de custos e das unidades de forma geral, e nos ganhos de eficiência, com maior produtividade”, avalia Altino Cristofoletti Junior, presidente da ABF.

Estratégias e tendências

A pesquisa da ABF apontou algumas tendências e estratégias do segmento de Alimentação. No que diz respeito à saudabilidade, 60,8% das redes pesquisadas incluem em seu cardápio alimentos lights, 52,7% integrais e vegetarianos, e 51,4%, diets.

Outra tendência sinalizada no estudo é a crescente utilização de aplicativos delivery pelas marcas, adotados por 55,4% da amostra. Já entre aquelas que ainda não utilizam, 75% delas afirmaram que pretendem disponibilizar para seus clientes.

O levantamento indicou, ainda, que entre 2015 e 2016 houve um aumento de unidades franqueadas, cuja variação positiva foi de 2,9% – passando de 20.457 para 21.046 pontos de venda –, em detrimento do número de unidades próprias, que variou negativamente em 11,9% nesse período (de 2.862 para 2.520). Já o número total de unidades do segmento Alimentação teve uma ligeira alta, de 1,1%, somando 31.064 pontos de venda no País.

De acordo com João Baptista Junior, coordenador do Comitê de Food Service da ABF, “observamos que estrategicamente os franqueadores investiram na melhoria da gestão do ponto de venda, buscando maior eficiência; na redução de custos, aumentando assim a rentabilidade das unidades, além de atentarem às questões tributárias, em que as unidades franqueadas, diferentemente das próprias, são enquadradas no regime do Supersimples, na grande maioria”.

Desde o ano passado, o estudo da ABF tem uma nova classificação dos subsegmentos de Alimentação (12 no total), por tipo de culinária e de serviço, que permite avaliar qual o comportamento das redes.

Entre as marcas pesquisadas predomina o serviço rápido tradicional. Já o delivery é mais utilizado pelas redes de culinária japonesa, chinesa e outras asiáticas (40%), seguido de massas e pizzas (20%) e brasileira, variada e gastrobar (9,1%), único subsegmento que utiliza quatro dos cinco tipos de serviços para atender aos seus clientes (veja no gráfico):

“O varejo de alimentação está sendo muito influenciado pela mudança de comportamento do consumidor. Um exemplo é o uso dos aplicativos de food service, próprios das redes ou de terceiros”, comenta Baptista.

Para Enzo Donna, diretor geral da ECD Food Service, “a pesquisa demonstra que, de uma maneira geral, os grandes desafios do segmento de Alimentação concentram-se na pressão dos custos de aluguel, mão de obra e, principalmente, na questão tributária. As diferentes alíquotas de impostos entre os estados é um dos exemplos nesse aspecto, que podem dificultar a gestão das operações”, afirma.

Metodologia
A Pesquisa Setorial ABF Food Service 2017 envolveu uma amostra representativa do segmento de Alimentação. Participaram do estudo 74 marcas, correspondendo a 27,21% da representação da base de associados do segmento Alimentação, com 9.670 unidades (41,03% do total de pontos de venda das redes associadas do segmento) e receita de R$ 15,755 bilhões. O valor corresponde a 45,88% do faturamento das 272 marcas associadas do segmento Alimentação em 2016, que totalizou R$ 34,338 bilhões. Este total equivale a 85% da receita de R$ 40,391 bilhões registrada pelas 765 redes de alimentação atuantes no País ano passado.

Envolvendo o mercado como um todo, inclusive não associados, os números do desempenho do setor de franchising são apurados em pesquisa por amostragem, cruzados com levantamentos feitos por entidades representantes de setores correlatos ao sistema de franquias – tais como ABRASCE E SBVC – órgãos de governo como o IBGE e CNC, instituições parceiras como SEBRAE e instituições de ensino como ESPM e Fundação Dom Cabral. Auditados por empresa independente, os dados divulgados pela ABF são referência para órgãos governamentais de diversas esferas, entidades internacionais do franchising, como World Franchise Council (WFC), Federação Ibero-americana de Franquias (FIAF) e instituições financeiras.

Cerveja artesanal é destaque entre minicursos de julho na 69ª Reunião Anual da SBPC

A UFMG sediará a Reunião Anual da SBPC entre os dias 16 e 22 de julho. As inscrições para os minicursos vão até o dia 3 julho

Um curso teórico de produção de cerveja artesanal, oferecido por pesquisadores do Laboratório da Cerveja do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG (assista ao vídeo), está na lista dos mais de 50 minicursos previstos na programação da 69ª Reunião Anual da SBPC, que a UFMG vai sediar de 16 a 22 de julho, como uma das atividades dos 90 anos da instituição.

Este foi um dos primeiros cursos a terem as vagas esgotadas, mas a lista de atividades com inscrições abertas inclui compostagem e reaproveitamento de resíduos orgânicos, física para poetas e até a ciência por detrás dos vulcões. O preenchimento das vagas é por ordem de inscrição e as aulas serão ministradas por professores de instituições de todo o País.

Cada minicurso tem duração de oito horas. Para obter o certificado, é preciso alcançar, no mínimo, 75% de presença. As atividades ocorrerão simultaneamente, por isso só é possível matricular-se em uma delas.

As inscrições para os minicursos vão até o dia 3 julho. Para participar, os interessados devem, antes, fazer a inscrição para a programação completa da Reunião.

Uai, com informações da Agência de Notícias da UFMG

Alta nas vendas de produtos com baixo teor de lactose aumenta investimentos

Indústria aposta na pesquisa e na ampliação da linha de itens para buscar novos clientes

Cíntia Marchi

As vendas de leite com baixo teor de lactose (açúcar do leite) cresceram 40% em 2015 e mais 40% em 2016, revelaram dados da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas). A comercialização desta variedade já corresponde a 5% do mercado de leite no Rio Grande do Sul.

• Produtores de Carlos Barbosa preparam queijo colonial com baixo teor de lactose

• Produção de leite "não-alérgico" é aposta para o mercado

Em contrapartida, o volume de vendas do tradicional leite longa vida caiu 5% do final de 2014 ao final de 2016. De olho na forma como o alimento tem transitado na mesa dos gaúchos, as indústrias se movimentam para atenuar o enfraquecimento das vendas e aproveitar as oportunidades que surgem com um novo nicho de mercado.

Diante da equação, os laticínios atuam em pelo menos três frentes. Em uma delas buscam ampliar o portfólio de produtos. Em outra tentam desfazer os mitos criados em torno do leite longa vida para que o consumo do “carro-chefe” volte a crescer. E na terceira apostam na área de pesquisa para atender as novas exigências dos consumidores, que são crescentes (na página 2, conheça o projeto de produção de leite sem a proteína causadora de alergia).

Levantamento do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat/RS) mostra que há potencial para fomentar o consumo no País. O brasileiro ingere, em média, 178 litros por ano. Os vizinhos argentinos e uruguaios consomem 203 e 242 litros, respectivamente. A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) recomenda o consumo anual de 220 litros por pessoa. 

O aumento do consumo, contudo, depende da melhoria do poder de compra dos gaúchos impactados pela crise econômica, da reconquista da confiança perdida pelas fraudes de adulteração do leite reveladas nos últimos anos e também da disseminação de mais informações sobre o alimento, que é fonte barata de diversos nutrientes. “De tempos em tempos, aparecem informações sobre vilões da alimentação, como já ocorreu com o ovo e com o glúten. Agora, a vilã da vez é a lactose.

Mesmo sem um diagnóstico, as pessoas ouvem falar da intolerância à lactose e da alergia à proteína do leite de vaca e acabam restringindo o leite das suas dietas”, observa o médico alergista Gil Bardini Alves, integrante da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia.

Para a professora da área de Tecnologia de Leite e Derivados da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Neila Richards, dois terços das pessoas que preferem o leite com baixo teor de lactose são influenciados por “moda” e não por necessidade. “O aumento exagerado do consumo do leite com baixo teor de lactose chega a ser um problema porque o organismo daquelas pessoas que não têm intolerância, quando fica muito tempo sem ingerir nada com lactose, começa a perder a enzima que tinha a função de quebrar o açúcar do leite”, alerta.

A veterinária Roberta Züge, participante do Conselho Científico Agro Sustentável, recomenda que as pessoas busquem conhecer melhor os benefícios do leite. “Muitas vezes, circulam informações contrárias ao leite que são totalmente prejudiciais para aqueles que deixam de ingeri-lo. A conta vem com o tempo”, adverte. Segundo a FAO, o leite contém proteínas, calorias, cálcio, magnésio, selênio, riboflavina e vitaminas A, B5, B12, C e D.

Valor agregado

Se a lactose é motivo para uma parcela de consumidores refutarem o tradicional leite longa vida, ela também abre oportunidades de mercado para os laticínios. O presidente do Sindilat e do Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do Estado (Conseleite), Alexandre Guerra, afirma que grande parte das indústrias já tem em seus portfólios produtos especiais. Para elaborá-los, as indústrias reduzem os níveis de lactose do leite, mas preservam todos os outros nutrientes.

Segundo Guerra, em 2016, uma parcela de 2,5% do total de leite processado no Brasil era destinada às linhas especiais, sobretudo para a de baixo teor de lactose. Em 2017, o percentual passou para 3,3%. “É uma oportunidade que existe para as indústrias e para os produtores. Quando uma empresa lança um novo produto, ela consegue agregar valor, ter uma margem diferenciada de lucro e remunerar melhor o fornecedor da matéria-prima”, ressalta Guerra, que também é diretor administrativo e financeiro da Cooperativa Santa Clara. Em 2014, a empresa disponibilizou ao mercado o leite zero lactose e, na sequência, queijos, nata e doce de leite.

Atenta às tendências de consumo, a Cooperativa Piá também embarcou nesse mercado. De dois anos para cá, lançou leite, iogurte, requeijão, doce de leite e, mais recentemente, o achocolatado, tudo voltado para o público que restringe lactose na alimentação.

O presidente da Piá, Jeferson Smaniotto, diz que o mercado desse tipo de produto cresce na ordem de dois pontos percentuais ao ano. Segundo o executivo, os itens da linha especial saem da indústria com valor maior porque é necessário considerar os custos de produção mais elevados, bem como o tempo de fabricação, já que se inclui no processo industrial a etapa do uso da lactase, enzima que transforma a lactose em glicose.

O assessor de Política Agrícola da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag), Márcio Roberto Langer, confirma que o produtor de leite consegue ser melhor remunerado na medida em que surgem novos produtos no mercado. No entanto, vai depender muito da região onde ele está inserido. “As marcas atentas às tendências estão muito concentradas no Vale do Taquari, na Serra e no Norte do Estado. Lá, há uma disputa mais acirrada pelo leite dos produtores, principalmente aqueles com melhor qualidade”.

Segundo Langer, há um esforço da Fetag e outras entidades para se chegar a uma fórmula de formação de preço e de remuneração mais justa aos produtores, levando em consideração as mudanças no mix de produtos na área do leite nos últimos anos.

Temporada de cervejas de inverno

Faz algum tempo que cerveja de supermercado deixou de ser sinônimo de cerveja qualquer. A oferta variada firmou (com oscilações, especialmente nas redes maiores, como Pão de Açúcar). Quem se interessa por cerveja mas não a ponto de se deslocar até uma loja especializada pode explorar uma parte desse território enquanto faz as compras da semana.
De rótulos das gigantes cervejeiras – Ambev e Heineken – a garrafas de cervejarias artesanais, dá até para montar uma seleção de supermercado com cara de inverno (as escuras bem adocicadas, tipo Malzbier, Caracu, Petra, são boas só para cozinhar mesmo – ficam ótimas em ensopados de carne).

Cuidados especiais

Por mais que as cervejarias cuidem, a cerveja no supermercado sofre um bocado. Pode ficar no estoque no calor, pode fazer aniversário na gôndola, portanto as chances de levar para casa uma garrafa que não faça jus à cerveja aumentam. Portanto, vale prezar pelas aparências: dê uma boa olhada no rótulo, na tampa, na garrafa. Se estiver com cara de cansada, deixe descansando ali mesmo. Ferrugem na tampinha, sinais de vazamento, rótulo desbotado são maus sinais.
Mas mesmo tomando cuidados, não é impossível levar pra casa uma cerveja sofrida. Se abrir, tomar e achar que não está gostosa, – e se ela não for exageradamente amarga – transforme a cerveja em ingrediente e prepare com ela um bom ensopado de carne ou frango. Mas, se ela estiver imbebível, o negócio é o ralo mesmo. Não hesite.

BADEN BADEN
RED ALE
Fácil, descomplicada, agradável. Tem um leve adocicado e um amargor tranquilo (que equilibra o dulçor mas não faz com que a cerveja entre na categoria amarga para valer). É uma cerveja que tem presença sem precisar falar alto. Companhia acertada para longas tardes friorentas e para chili com carne.

MADALENA STOUT
Acolhedora sem ser doce nem cansativa. Tem um tostadinho, caramelo, leve dulçor e é pouco alcoólica (só 5,5%). É fácil, fácil, do tipo que você toma um susto quando a garrafa termina. Combina bem com purê de batata com almôndegas, com carne de panela, com carne moída. Pense em comida reconfortante. Deu supercerto com ensopado de feijão branco, linguiça e alecrim

DAMA ESB
Dama é boa escolha. A cervejaria tem de pilsen correta a IPA explosiva (a Dama Tupi, uma delícia). Essa ESB é presença garantida quando tem Dama no supermercado. E é uma diversão. Tem dulçor, amargor forte, é perfumada e gorducha, estilo sisuda com sorrisinho, enfim, um charme. Combina com sanduíche de pernil.

SCHORNSTEIN IPA
Em lojas especializadas, essa IPA é opção certeira para tomar uma cerveja sem gastar muito. Nos supermercados, é opção garantida para tomar uma cerveja certeira. Deu pra entender? É a menos invernal desta seleção, mas combina com algumas situações típicas desta época do ano. Exemplo: churrasco. Vai bem com costelinha também. E tudo que exige uma cerveja mais atrevida.

Embrapa disponibiliza unidade de beneficiamento para produção de farinha de mandioca

A farinha de mandioca é um alimento presente no cotidiano da população do estado do Amazonas, consumida de diversas formas e momentos. A Embrapa Amazônia Ocidental dispõe no campo experimental do Caldeirão, município de Iranduba, região metropolitana de Manaus de uma unidade piloto de beneficiamento de raiz de mandioca, com o objetivo de testar o rendimento de farinha das variedades pesquisadas pela empresa, bem como a qualidade do produto final.

De acordo com o pesquisador da cultura Miguel Dias, testes que são realizados na unidade piloto buscam aprimorar conhecimentos na área de pesquisa de pós-colheita com a raiz. “A pesquisa tem avançado muito em tecnologias quanto ao cultivo da mandioca e para o desenvolvimento de variedades adaptadas para a região, mas ainda precisa melhorar no que diz respeito ao beneficiamento da raiz”, ressaltou Dias. Segundo ele, com a unidade piloto, considerada como uma unidade semimecanizada, é possível testar processos que diminuam as perdas na produção da farinha, racionalizem o tempo e a mão de obra.

Além disso, a unidade de processamento, quando solicitada, disponibiliza aos agricultores familiares da região para produção de farinha. Esse é o caso do produtor Gilberto dos Santos Bezerra, da localidade do Jandira, município de Iranduba, que estava em risco de perder a produção de macaxeira, em decorrência da elevação das águas do rio Solimões em sua propriedade, na área de várzea. Bezerra, que não havia conseguido comercializar toda a produção com a prefeitura do município de Iranduba, para uso na merenda escolar, recorreu a Embrapa para beneficiar o restante das raízes que se encontravam no campo, sujeita a inundação. Segundo o agricultor, foi uma forma de não perder a produção, como também de conhecer na prática a fabricação de farinha numa unidade de beneficiamento semimecanizada.

Para o pesquisador, a utilização de unidades de beneficiamento como essa pode ser uma alternativa interessante para produtores do estado do Amazonas que dispõem da eletrificação rural. Nesse caso, comunidades já estruturadas, principalmente por meio de associações ou cooperativas poderiam se beneficiar através de investimento agrícola, na montagem de uma farinheira comum.

“Além de ganho com qualidade, uma das vantagens é a diminuição do tempo e da mão de obra na produção da farinha”, disse o pesquisador. Um dos exemplos dado por Dias é quanto ao processo de ralar/cevar a raiz, quando da fabricação da farinha mista ou seca, que no modo tradicional tem que ser feita raiz por raiz em um caititu, gastando bastante tempo, enquanto numa unidade semimecanizada, como a da Embrapa, um triturador vertical consegue processar cerca de 100 kg em cinco minutos.

Nesfit cria ação promocional que sorteia viagem para Havaí

Trata-se da primeira promoção multi-categoria que a Nestlé realiza com a marca

A Nestlé®, maior empresa de alimentos e bebidas do mundo, apresenta a mais nova promoção da casa: Nesfit te leva para o Havaí, que sorteará uma incrível e relaxante viagem ao destino, com direito a acompanhante, além de centenas de prêmios instantâneos com a vibe da viagem, como óculos de Sol Chilli Beans e kits de cuidados com a pele das marcas Cetaphil e Moderm da Galderma.

Para participar, basta comprar qualquer Nesfit Cereal e complementar a cesta com algum outro item da marca, cujo portfólio inclui granolas, biscoitos, barras, bebidas vegetais e aveia. Trata-se da primeira promoção multi-categoria de Nesfit, que conta com uma linha completa de produtos feitos com cereais integrais, que promovem o bem-estar e fornecem saciedade, ideais para serem consumidos no dia a dia, desde o café da manhã, passando pelo lanchinho da tarde até a ceia.

Após a compra, é preciso cadastrar os cupons fiscais no site da promoção (www.promonesfit.com.br) para concorrer a uma viagem de sete dias para o Havaí, com tudo pago e com direito a acompanhante. Os prêmios instantâneos serão distribuídos em parceria com a Chilli Beans (que disponibilizará três modelos de óculos à escolha do contemplado) e com a Galderma (que contribuiu com um kit especial, contendo um Cetaphil Advanced loção hidratante 226g e um Moderm Sabonete em barra para peles mistas e oleosas). A premiação destes prêmios instantâneos será indicada na hora do cadastro dos cupons. Após ser contemplado, a central de Ganhadores entrará em contato.

A promoção é válida de 14 de maio a 30 de setembro de 2017 para consumidores domésticos (pessoas físicas), maiores de 18 anos, portadores de CPF, residentes e domiciliados em todo território nacional.

Consulte os Produtos Participantes, o Regulamento completo e o Certificado de Autorização CAIXA no site www.promonesfit.com.br antes de participar.