Ovomaltine lança novo formato do seu Creme Crocante

1 de março de 2018

Chega ao Brasil o novo pote de Creme Crocante Ovomaltine. Com o sabor e crocância únicos de Ovomaltine que o consumidor já conhece e adora, o Creme Crocante passa a ser comercializado em embalagem com 260 gramas, que substitui o formato de 380 gramas vendido no país até então. A versão mais compacta tem como principal atrativo o preço reduzido, ampliando sua distribuição nacional e atraindo novos consumidores a conhecer o produto.

Versátil, o Creme Crocante Ovomaltine pode ser consumido puro ou ainda acompanhando o pão do café da manhã, fazendo parte do lanche da tarde com frutas, bolos e biscoitos e incrementando sorvetes e outras sobremesas.

O Creme Crocante Ovomaltine já está disponível nas gôndolas no tamanho de 260gr, com preço sugerido de R$14,90.

FILMES PLÁSTICOS EM GALÕES D´ÁGUA PODEM SER PROIBIDOS

Publicado por Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro

A utilização de filmes plásticos que envolvam a parte externa de garrafões retornáveis de água mineral, de dez ou 20 litros, poderá ser proibida. É o que determina o projeto de lei 3.446/17, da deputada Lucinha (PSDB), que a Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj) aprovou nesta quinta-feira (01/03), em segunda discussão. A proposta seguirá para o governador Luiz Fernando Pezão que terá até 15 dias úteis para sancionar ou vetar a norma.

De acordo com o texto, as empresas envasadoras terão um prazo de 30 dias para se adaptar à regra. O descumprimento poderá acarretar as punições previstas no Código de Defesa do Consumidor. O objetivo, segundo a autora, é melhorar a visualização da água e evitar a contaminação da água com componentes químicos dos filmes plásticos.

“Esse projeto dá continuidade ao trabalho que a gente vem fazendo pela Comissão de Segurança Alimentar com a distribuição de água para o consumo. É muito comum que as empresas coloquem nessas embalagens o filme plástico e aí o consumidor não consegue ver a transparência da água e avaliar sua qualidade”, explicou Lucinha.

Specialitá lança linha premium para produção de sorvetes e confeitaria

Marca do grupo Duas Rodas busca inspiração nos gelatos italianos e apresenta três novos sabores de chocolate para produtores de sorvetes, picolés e confeitaria

Reconhecida pelos ingredientes voltados à produção de gelatos e sorvetes de alto valor agregado, a Specialitá, marca do grupo Duas Rodas, apresenta a nova linha Pasta Chocolat Seleção, inspirada e desenvolvida a partir de produtos e aromas italianos, considerados os mais famosos do mundo no setor. O lançamento traz três sabores que estão entre os favoritos dos brasileiros: Trufa ao Leite, com gosto intenso do tradicional doce; Trufa Premium, com sabor mais suave do chocolate e leves notas alcoólicas; e Crema Avelã, um dos mais consumidos no mundo.

“A Specialitá Seleção se destaca pela entrega de sabor, textura e cremosidade, desenvolvidas a partir de características altamente valorizadas pelo consumidor, e por utilizar-se de novas tecnologias e matérias-primas especialmente selecionadas. A linha traz os sabores de maior representatividade e volume de mercado, apresentando interessante custo-benefício”, afirma Marco Paulo Pereira Henriques, gerente de marketing da Duas Rodas.

O uso de matérias-primas selecionadas confere notas intensas, além de cor e sabor aos doces. As pastas fluídas são indicadas para recheios, mesclas e coberturas de sorvetes, gelatos, picolés e toda a linha de confeitaria, como trufas, bolos e tortas, por exemplo. Os novos sabores integram o portfólio de Pastas Chocolat da marca, que já conta com outros 18 sabores. “As possibilidades de combinações são enormes. O sabor Crema Avelã, por exemplo, combina com doces no sabor leite em pó ou chocolate tradicional. A pastas de Trufa, com nata, baunilha, fior de crema. A criatividade é o limite”, acrescenta o executivo.

Nova Pasta Chocolat Cioccotine

Outra novidade que a Specialitá está trazendo ao mercado é a reformulação da Pasta Chocolat Cioccotine, que foi enriquecida com muito mais pedaços crocantes de puro malte. A novidade, que é ideal para a fabricação de mesclas e recheios, pode ser encontrada no mercado a partir de março.

Sobre a Duas Rodas:
Presente em mais de 30 países, a Duas Rodas atua há mais de 92 anos na fabricação de ingredientes para as indústrias de alimentos e de bebidas no Brasil e no mundo. Com mais de 10 mil clientes, a empresa possui um portfólio com cerca de 3 mil itens divididos em três grandes mercados: o de Flavors, com aromas, extratos naturais, desidratados, condimentos e aditivos e soluções integradas; o de Food Service, com produtos de sorvetes, chocolates, confeitaria e panificação, com as marcas Specialitá, Selecta e Mix; e o de Animal Nutrition, com ingredientes de nutrição animal da marca Statera. Líder brasileira na fabricação de aromas e produtos para a indústria de alimentos e de bebidas, a Duas Rodas foi fundada por imigrantes alemães em Santa Catarina, onde funciona ainda hoje sua sede principal. A companhia conta atualmente com outras duas fábricas no Brasil (Sergipe e São Paulo), quatro na América Latina (Argentina, Chile, Colômbia e México), além de sete centros de pesquisa e desenvolvimento e um Innovation Center. Sustentabilidade é uma das estratégias de atuação da empresa, que conta com certificações internacionais como a FSSC 22000, SMETA, ISO 9001, ISO 14001, Orgânica, Kosher e Halal.

INFORMAÇÕES PARA IMPRENSA
Empresa: Duas Rodas
Site: http://www.duasrodas.com/
Trama Comunicação – Tel: (11) 3388-3040 – www.tramaweb.com.br

Atendimento à imprensa
Ana Paula Teixeira – ana_paula@tramaweb.com.br – Tel: (11) 3388-3052
Paloma Funduklian: paloma@tramaweb.com.br (11) 3388 3053

Sobre a Trama
Entre as 15 principais agências brasileiras de comunicação, a Trama se destaca há 21 anos por criar projetos comunicacionais inspiradores que conectam, informam e engajam diversos públicos de forma alinhada à estratégia de negócios das organizações. Com um time de 30 profissionais e atualmente com 40 clientes em seu portfólio, recebeu o Prêmio Aberje de Comunicação Integrada (São Paulo), ganhou o Prêmio Internacional Lusos na categoria prata de relações públicas; foi indicada como uma das 13 agências de mais alto nível em qualidade e excelência de serviços na opinião de seus clientes, na pesquisa “Agência de Confiança”, realizada pela Revista Negócios da Comunicação. É associada ao Instituto Ethos, Aberje e Abracom.

Bão de Minas é grande aposta da Maricota

Produção da marca cresceu 22%
Thaíne Belissa
Das 1.500 toneladas de alimento produzidos por mês na fábrica da Maricota, 400 toneladas são da marca Bão de Minas

Criada há quatro anos como uma opção de primeiro preço da Maricota, empresa de alimentos sediada em Luz, no Centro-Oeste de Minas Gerais, a marca Bão de Minas tem se mostrado uma aposta acertada. Prova disso são os resultados de venda da marca em 2017, que superam muito os números de desempenho da marca-mãe, Maricota.
De acordo com o diretor da Bão de Minas, Ronaldo Evelande, a produção da marca de primeiro preço cresceu 22% em 2017 em relação ao ano anterior, enquanto que, nesse mesmo período, a fabricação da Maricota cresceu 2%. A expectativa do executivo é de que, até o fim de 2018, a Bão de Minas represente 50% das vendas da empresa.

De acordo com Evelande, a criação da marca foi uma estratégia da Maricota para fugir da crise que já se desenhava em 2014. O objetivo era oferecer ao consumidor final uma opção de marca com custo mais baixo. “Começamos com o pão de queijo com uma formulação mais simples, pensando em um público C e D, e deu muito certo. Em 2016, ampliamos a linha com a inclusão de pizza e lasanha congeladas e, em 2017, adicionamos os salgados e empanados. Este ano, queremos lançar as linhas de panqueca e escondidinho”, destaca.

Segundo o executivo, a expectativa é de que os lançamentos de 2018 aconteçam em maio, durante a feira da Associação Paulista de Supermercados (Apas), em São Paulo. Ele explica que a produção da Bão de Minas é feita dentro da fábrica da Maricota, localizada em Luz, no Centro-Oeste de Minas. Das 1.500 toneladas de alimento produzidos por mês na fábrica, 400 toneladas são da marca Bão de Minas, o que significa uma representatividade de 26%. Na produção do pão de queijo – carro-chefe da empresa – a representatividade é ainda maior: 30%. Das 900 toneladas de pão de queijo produzidas na fábrica, 280 são para a marca de primeiro preço. A expectativa do executivo é de que, até o fim de 2018, a Bão de Minas represente 50% das vendas da empresa.

O executivo acredita que a estratégia foi acertada justamente por oferecer uma opção mais acessível ao consumidor em um momento em que o País viveu crise econômica e a população teve seu poder de compra diminuído. Além disso, ele destaca o crescimento dos estabelecimentos de atacarejo no Estado, que têm foco em produtos com custo mais baixo.

A prova do sucesso da estratégia são os números relativos à produção em 2017 sobre 2016. Nesse período, a Bão de Minas cresceu 22%, enquanto a Maricota cresceu 2%. Para 2018, a perspectiva é de crescimento nas duas marcas, sendo de 20% a 22% na marca de primeiro preço e de 12% na marca-mãe.

De acordo com Evelande, o crescimento da Bão de Minas se dará tanto com a inclusão de novos produtos no portfólio quanto na expansão de distribuição. Hoje, a marca está presente em Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Brasília e Goiás. Em 2018, a aposta será, principalmente, no Norte e no Nordeste do País, onde a empresa identificou demanda pelo perfil da marca.

O executivo afirma que, apesar do desempenho de destaque da Bão de Minas, o clima é de otimismo também na Maricota. Ele lembra que, mesmo com a crise, a marca faturou R$ 143 milhões em 2017. Segundo ele, a marca já está preparando novos projetos, lançamentos e se estruturando comercialmente para chegar a mais mercados. “Além disso, a economia está melhorando e já estamos sentido melhora no consumo”, comemora.

Empresa lança o primeiro shoyu sem sódio

Quinta, 01 Março 2018 15:19 Escrito por Jessica Koch
Após sucesso com o substituto do sem sódio, chamado ZEROSODIO, a NUTRICARE, start-up do setor de alimentação, lança o primeiro shoyu sem sódio do mundo, e surpreende por chamar atenção de compradores internacionais. O investimento inicial foi de R$1 milhão, com a expectativa de crescer mais de 2000% nos próximos 18 meses

Após introduzir o salgante ZEROSODIO que pode ser aquecido em altas temperaturas e que possui excelente sabor, a NUTRICARE se torna pioneira no Brasil e no mundo no lançamento do primeiro molho de shoyu sem sódio. A iniciativa é uma parceria com a família tradicional japonesa Maruyama, que vinha trabalhando em redução do sódio em seus produtos, mas nunca tinha pensado em ir além e fazer um molho isento de sódio. Após diversas pesquisas e projetos pilotos, que custaram cerca de R$1 milhão à NUTRICARE, finalmente chegaram a uma composição que harmoniza sabor a uma fórmula sem sódio saudável à base de milho, soja e ZEROSODIO, o salgante sem sódio da empresa.

Além de não conter sódio, o Shoyu é feito com fermentação natural, sem uso de soja transgênica e total glúten free. “No mercado, algumas marcas estão tentando achar uma forma de reduzir o sódio. O nosso produto é diferente por não conter resquício de sódio na composição. Por isso se tornou uma novidade inovadora no mercado”, explica Rodrigo Ribeiro, diretor executivo da NUTRICARE.

NOVOS NEGÓCIOS

O lançamento chega abrindo grandes oportunidades para novos negócios. A NUTRICARE espera um aumento significativo no faturamento anual de até 2000% nos próximos 18 meses. “Agora iniciamos um novo ciclo no mercado. O shoyu já chamou atenção de compradores internacionais, que estão interessados em exportá-lo por não ter nada similar lá fora. É algo que nos surpreendeu”, comenta Ribeiro após abrir que os primeiros testes obtiveram resultados desafiadores.

Embora o shoyu esteja iniciando a distribuição no mercado, os consumidores já conseguem encontrá-lo em alguns supermercados e casas de produtos naturais por cerca de R$30, na cidade de São Paulo, nas regiões da Zona Cerealista e no bairro da Liberdade O Shoyu com zero sódio é indicado para consumidores conscientes da necessidade de redução do sódio na alimentação e que não abrem mão do molho de soja saboroso.

‘E se os rótulos fossem sinceros?’ A Heinz fez exatamente isso em seu ketchup

28 de fevereiro de 2018

E se as embalagens fossem sinceras? Muita gente iria se surpreender com o que há dentro de produtos consumidos no dia a dia.

A empresa Heinz anunciou nesta semana que vai inverter os rótulos de seu ketchup tradicional e destacar seus ingredientes: tomate, açúcar, vinagre, sal, cebola, aroma natural "e só".

A proposta é mostrar ao consumidor que a marca não utiliza mais componentes como aroma e sabor artificial, corantes e conservantes.

rotulagem consciente dos alimentos. Desde 2014, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) trabalha com ONGs e associações do consumidor para propor soluções de melhoria da informação nutricional no Brasil."A ideia vai ao encontro de uma discussão antiga sobre a rotulagem consciente dos alimentos. Desde 2014, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) trabalha com ONGs e associações do consumidor para propor soluções de melhoria da informação nutricional no Brasil.

Em agosto de 2017, por exemplo, a agência realizou uma consulta pública para definir o novo padrão de rotulagem nutricional de alimentos industrializados. Em dezembro, foi anunciado o início oficial do processo de revisão de rotulagem no Brasil.'Em agosto de 2017, por exemplo, a agência realizou uma consulta pública para definir o novo padrão de rotulagem nutricional de alimentos industrializados. Em dezembro, foi anunciado o início oficial do processo de revisão de rotulagem no Brasil.

Uma das propostas formulada pelo Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) em parceria com pesquisadores da UFPR (Universidade Federal do Paraná), é tornar informação mais clara, simples e compreensível sobre alimentos e bebidas, tendo em vista a dificuldade dos consumidores para entender os rótulos e o que está escrito neles.

Para isso, foi proposta a inclusão de um selo de advertência na parte da frente da embalagem de alimentos processados e ultraprocessados para indicar que tal alimento tem excesso de açúcar, sódio, gorduras totais e saturadas, além de adoçantes e outros aditivos — como sopas instantâneas, biscoitos e refrigerante. Ela também sugere melhorias na tabela nutricional e na lista de ingredientes.

Outra mudança é criar um sistema de semáforo com cores, que sinalizam se algum destes ingredientes nocivos à saúde está em excesso.

Docile espera aumento de 25% nas vendas durante a Páscoa

Nem só de chocolate se faz a Páscoa. A Docile, indústria brasileira produtora de balas de gelatina, marshmallows, pastilhas, balas de goma, chicles e refrescos em pó, vê as guloseimas como grande aposta para a data e espera aumentar em 25% as vendas no período. “A Páscoa é uma das datas mais importantes para o mercado de candies pois é uma época em que há maior disposição para consumir doces”, afirma Alexandre Heineck, diretor comercial da Docile. Segundo o executivo, os consumidores estão buscando outras opções além dos ovos de chocolate, principalmente como uma opção de presentear de forma inovadora e com menor desembolso.

Para a data, a Docile oferece um portfólio diversificado para a montagem de ninhos, cestas e lembrancinhas. A linha de pastilhas Pastille, por exemplo, oferece pacotes com até 100 unidades, o que permite montar vários kits presenteáveis com apenas um pack. Pelo apelo colorido e tradicional, as balas de goma também opções para a Páscoa, disponíveis em pacotes de 20g a 1kg, com diversidade de cores, sabores e formatos. A linha Gellatines, de balas de gelatinas, oferece embalagens de 80g e tem como destaque para a data o sabor brigadeiro.

E para quem não abre mão de consumir chocolate, os marshmallows são uma pedida para a sobremesa do almoço de Páscoa, acompanhados por calda de chocolate. A linha MaxMallows traz diversos formatos do doce e opções em tons pastéis. Como um incentivo às vendas no período, a empresa disponibiliza novas peças de comunicação dedicadas à temática da Páscoa e ações de degustações com promotores em distribuidores de doces e lojas de artigos para festas.

Colapso da BRF mostra que disputas acirradas podem ter levado a destruição

Resultado desastroso da gigante de alimentos mostra que disputas acirradas por poder e falta de conhecimento podem ter levado à histórica destruição de valor no setor corporativo do país

GS Geraldo Samor
postado em 26/02/2018 06:00 / atualizado em 25/02/2018 22:54

Rio de Janeiro — O resultado da BRF publicado na quinta-feira inicia o epílogo da complexa, atribulada e voluntariosa trajetória da Tarpon à frente da BRF, a companhia dona de marcas icônicas que a gestora de investimentos pretendeu reinventar — colhendo, em vez disso, uma das maiores destruições de valor da história corporativa brasileira.

Quando a Páscoa chegar, é muito provável que nem a Tarpon nem Abilio Diniz tenham mais assentos no conselho da empresa, na medida em que o pêndulo do poder oscila de volta na direção dos acionistas que sempre se mantiveram céticos quanto à gestão atual.

No sábado, Abilio recebeu uma carta na qualidade de presidente do conselho da BRF. Nela, os acionistas Petros e Previ, que têm juntos 22% da empresa, pedem a convocação de uma assembleia geral extraordinária para eleger um novo conselho.

O nome de Abilio não estará na chapa a ser proposta pelos fundos. Nem o de Flavia Buarque, seu braço direito na Península. Nem o de José Carlos Reis de Magalhães Neto, o “Zeca” da Tarpon.

Um nome que estará na chapa, no entanto, é o de José Antonio do Prado Fay, o ex-CEO da Perdigão intimamente ligado a Nildemar Secches. Para muita gente no mercado, o movimento dos fundos para tirar Abilio seria apenas o primeiro passo para a volta de Nildemar, o CEO que salvou a antiga Perdigão do colapso, fez a fusão com a Sadia, que criou a BRF, e mais tarde foi deposto pela dobradinha Tarpon-Abilio.

Ao longo de toda a gestão da Tarpon, Nildemar manteve um silêncio obsequioso, recusando-se a criticar a gestora em público. Hoje, Nildemar acha que a verdade dos fatos sobre a lógica industrial da BRF prevaleceu, mas não parece disposto a voltar ao comando. O ex-CEO tem uma vida tranquila: toca seu family office, viaja quatro vezes por ano e acaba de voltar da Índia.

O retorno de Fay, que presidiu a BRF entre 2008 e 2013, já será emblemático o suficiente. Abilio nunca fugiu de uma briga, mas, se decidir se entrincheirar, estará se metendo na segunda guerra corporativa de sua história recente, e o histórico recente da BRF o deixa sem muitos aliados.

“Tudo o que aconteceu na BRF mostra que o Nildemar estava certo e a Tarpon estava errada, e de maneira acachapante,” diz um gestor com trânsito junto aos dois lados. Em 2016, a BRF deu o primeiro prejuízo de sua história: R$ 370 milhões. No ano passado, o segundo buraco consecutivo: R$ 1 bilhão.

Nos primeiros dois anos de BRF, até a aprovação da fusão pelo Cade, a Tarpon foi muito paciente. Estava focada em ajudar a companhia a aprovar o negócio em Brasília. Mas, assim que a fusão foi aprovada, Zeca e Pedro Faria se tornaram mais ativos no sentido de mudar a forma como a BRF era administrada. Começaram a ter embates frequentes com Nildemar, um executivo calejado que entendia a lógica industrial da companhia e sabia que os resultados eram apostas de longo prazo. “O presunto de 2020 é discutido hoje,” diz um ex-executivo da empresa.

Briga épica

Para tirar Nildemar — que pegou uma Perdigão quebrada pela família Brandalise (e fundos de pensão) e a levou a uma posição de comprar a Sadia 18 anos depois —, Zeca precisava de um nome parrudo, uma estrela. Abilio havia saído recentemente do GPA depois de sua briga épica com o sócio francês. Era um homem riquíssimo em busca de um novo protagonismo. Entendendo aquele momento pessoal, Zeca convidou Abilio a comprar R$ 1 bilhão em ações da BRF e se tornar o chairman da empresa. Abilio topou rapidamente.

O avanço da Tarpon pegou Nildemar num momento em que ele não queria briga. Fontes próximas à companhia dizem que, se tivesse tomado um avião e ido conversar com Petros e Previ, teria se mantido no cargo. Mas preferiu aceitar o desenrolar dos acontecimentos e caiu sem resistência.

Causou revolta na época a forma como Nildemar foi defenestrado. Além de ter salvado a Perdigão e integrado as duas empresas, ele era um executivo idolatrado pelos funcionários. Pessoa de personalidade mansa, não colecionava inimigos.

A Tarpon chegou à BRF com um

olhar mais financeiro, focando em aumentar o fluxo de caixa livre, diminuir os estoques e reduzir o número de contratos com os integrados (os criadores que fornecem aves à empresa).

Na época, 80% dos suínos e 100% dos frangos chegavam à BRF via contratos fixos, o que deixava a formação de preço inteiramente na mão da BRF, aumentando a visibilidade do negócio. Só em matrizes, a BRF investia R$ 500 milhões por ano. A ração (que ela fornece aos integrados) custava outros R$ 8 bilhões.

A Tarpon intuía que havia outra forma de tocar o negócio, reduzindo a demanda de capital e deixando mais dinheiro para o acionista. “Mas isso é típico de quem não conhece a indústria, porque só quem viveu os altos e baixos sabe o que acontece,” diz um ex-executivo. “E o Nildemar vinha de banco, ele sabe fazer conta: se ele não fazia de outra forma, era porque não tinha jeito. O jeito dele era: ‘vamos ganhar R$ 1 bi sempre, em vez de tentar ganhar R$ 5 bi e perder R$ 1 bi.’”

“AMBEV da carne”

Por sua vez, a Tarpon pintava a companhia como ineficiente e a visão de Zeca era transformá-la numa ‘Ambev da carne’. Um dos objetivos declarados era fazer com que a BRF deixasse de ser uma empresa de commodities e passasse a ser uma holding de marcas de alimentos, capturando mais valor na cadeia de produção.

Deu tudo errado. Hoje, o percentual da receita que vem de produtos in natura da BRF é maior do que era antes da Tarpon assumir. A Tarpon também dizia ser capaz de elevar a margem EBITDA, então ao redor de 10%, para de 15% a 20%. No último trimestre, a margem foi 5%, patamar muito baixo, ainda que o trimestre possa ser considerado atípico.

“Até 2015 eles foram favorecidos pelo ciclo (o preço baixo do milho) e tinham liberdade para tocar a companhia mesmo tendo um percentual menor de ações, mas depois enfrentaram a tempestade perfeita,” diz outro gestor.

Ainda assim, a Tarpon foi adiante. Começou a diminuir o percentual de integração da empresa, comprando mais frango no mercado e menos dos integrados no contrato fixo.

Volatilidade

Para reduzir o capital de giro, a BRF começou a trabalhar com um estoque de 45 dias, em vez dos 90 dias de até então. Isso potencializou a exposição da empresa à volatilidade do preço do milho e da soja. Antes, quando vinha um pico nas commodities, a empresa tinha como esperar para comprar melhor. Agora, tinha menos margem de manobra. “Eles começaram a tomar decisões que iam contra a lógica do ciclo longo,” diz outro ex-executivo. E fizeram o modelo de terra arrasada: chamaram Claudio Galeazzi, o ex-CEO do Pão de Açúcar na era Abilio, para cortar a gordura da empresa.

Em seis meses, Fay e mais 9 vice-presidentes estavam na rua. Pessoas ligadas a Abilio e à Tarpon entraram. Cerca de 40 diretores e um número maior de gerentes foram desligados. Muitos atravessaram a rua e foram para a Seara, que a JBS havia recentemente comprado. Toda a inteligência de negócios da BRF, de uma hora para outra, estava na mão do concorrente. “Eles foram arrogantes em achar que todas essas pessoas eram facilmente substituíveis,” diz uma fonte.

Numa recente entrevista, Zeca expôs cada um dos motivos que, na sua visão, levaram aos problemas atuais da empresa, e o ex-CEO Pedro Faria defendeu seu legado num artigo. Ainda assim, contra números não há argumentos, e o sentimento geral do mercado é de que a Tarpon tem sido incapaz de um mea culpa.

“Eles dizem que foram vítimas da maior alta da história das commodities, do milho e da soja, mas tanto a Sadia quanto a Perdigão atravessaram altas históricas lá atrás e conseguiram passar por isso. A Carne Fraca também atingiu várias empresas e o resultado não foi tão ruim para elas”, afirma a mesma fonte. A ação da BRF caiu mais que a da JBS em meio a todas as delações. Nos últimos cinco anos, os papéis da JBS subiram 50%. Os da BRF, caíram 35%.

57 g de batata e 269 ml de cerveja: por que marcas usam medidas quebradas?

25/02/2018
04h00

Num passeio atento pelo supermercado, o consumidor pode encontrar embalagens com 41,5 gramas de chocolate, 57 gramas de batata frita, 237 mililitros de refrigerante ou 269 mililitros de cerveja.

Afinal, por que as marcas adotam medidas "quebradas", especialmente para alimentos e bebidas, em vez de oferecerem produtos com peso ou volume "redondo"?

Segundo especialistas e empresas ouvidas pelo UOL, há várias explicações:

1. Produto internacional

Em muitos casos, trata-se de uma marca internacional. Na hora de converter uma medida de outro país para o Brasil, o resultado é um número quebrado. É o caso da medida onça, usada sobretudo nos EUA e na Inglaterra, para medir peso e volume.

Os volumes têm esses valores quebrados porque são baseados em unidades de medidas internacionais. Na conversão, 237 ml são 8 oz [onças], 473 ml são 16 oz.

Assessoria de imprensa da Ambev

Segundo o economista e professor da Unicamp Gustavo Aggio, a indústria procura manter o tamanho original do produto por uma questão de marketing e para garantir a fidelidade dos consumidores. Em geral, as empresas começam importando o produto e, depois, quando começam a fabricá-lo no Brasil, acabam mantendo o tamanho.

2. Maquinário importado e ingredientes

O maquinário usado na fabricação desses produtos internacionais também interfere.

"(…) os equipamentos de linha são importados, e são fabricados e projetados em unidades de medidas internacionais", segundo a assessoria de imprensa da Ambev. A fabricante não comentou se as máquinas poderiam ser reprogramadas para atender ao sistema de medidas do Brasil.

Há também outro motivo tecnológico, de acordo com a Nestlé: "Uma lata ou um frasco, quando preenchido pelo produto, pode ficar com o peso fracionado". A empresa também cita o caso específico dos chocolates: dependendo dos ingredientes, dois chocolates feitos no mesmo molde podem ter pesos diferentes.

Por exemplo: um tablete sem adições de castanha pode ter um peso diferente do mesmo chocolate, só que sem castanhas.

Assessoria de imprensa da Nestlé

3. Novos hábitos de consumo

A indústria também tem que alterar o tamanho dos produtos para se adaptar às mudanças na sociedade e aos novos hábitos de consumo, segundo especialistas.

"As famílias estão diminuindo de tamanho. As indústrias, com isso, praticam uma espécie de 'tentativa e erro' para definir o tamanho do produto", diz o economista Gustavo Aggio. Há também ajustes feitos de acordo com cada região, segundo Aggio: um fabricante de refrigerante, por exemplo, pode apostar em um tamanho único para se diferenciar dos demais e criar uma identidade com o consumidor local.

Há também uma série de fatores que influenciam o tamanho das embalagens, segundo a diretora executiva da Abre (Associação Brasileira de Embalagem), Luciana Pellegrino.

A porção individual, a conveniência da embalagem no transporte do produto, a embalagem funcional que ajuda na dosagem, o custo-benefício do modo de abrir e fechar a embalagem, são muitos aspectos levados em consideração que podem fazer com que o produto tenha um peso quebrado.

Luciana Pellegrino, diretora da Associação Brasileira de Embalagem

4. Driblar aumento de preços

Essas medidas quebradas, em alguns casos, podem servir para disfarçar um aumento de preço: o consumidor leva menos produto para casa (em geral, sem perceber), mas continua pagando a mesma coisa.

Em algumas situações, os pesos quebrados foram adotados para disfarçar uma redução do tamanho, sem modificação do preço. Um aumento de preço maquiado, disfarçado, que o consumidor muitas vezes não percebe.

Gustavo Aggio, economista e professor da Unicamp

"Na década de 1990, tivemos caso de empresa que reduziu o rolo de papel higiênico em dez metros, sem avisar ao consumidor", diz Aggio. Em 2002, foram criadas regras determinando como as empresas devem informar esse tipo de mudança em suas embalagens.

Para Luciana Pellegrino, fatores econômicos também podem levar à mudança nas embalagens. "Uma maior capacidade de consumo da população, ou uma menor capacidade, em determinado período, pode fazer com que aja necessidade de adaptação também de conteúdo [tamanho] dos produtos."

Consumidor não liga para isso

A questão da quantidade afeta pouco a decisão do consumidor, afirma o economista Gustavo Aggio.

O consumidor vai comparar o produto, não o peso ou o volume. A quantidade de gramas de uma barra de chocolate, por exemplo, influencia pouco na decisão da pessoa para comprar ou não.

Apenas os produtos que fazem parte da cesta básica –como macarrão, arroz, feijão e café– são considerados de "grande circulação no mercado" e precisam seguir determinado padrão de peso ou volume. Essa padronização da medida ajuda o consumidor a comparar os preços na hora da compra.

Os demais produtos não precisam seguir padrão, mas é obrigatório que o valor informado na embalagem seja realmente aquele que o consumidor leva para casa. Quem fiscaliza isso é o Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia).

Eles podem ser comercializados com qualquer valor de conteúdo nominal, como, por exemplo, 37 g ou 113 g. O importante é que a indicação do produto feita pelo fabricante corresponda ao conteúdo efetivo do produto.

Patrícia Sampaio, do Inmetro
Outras empresas não comentam

Procurados pela reportagem do UOL, as seguintes fabricantes não quiseram comentar: Bauducco, Coca-Cola, Ferrero, Hershey's, Mars, Mondeléz e Pepsico.

(Reportagem Carlos Eduardo Cherem; edição Maria Carolina Abe)

Por trás de alimentos supostamente saudáveis, podem estar os vilões

A nutricionista Raisa Lima dá dicas sobre alimentação saudável e as temidas "armadilhas embaladas"

Maysa Leão 24 de fevereiro de 2018 – 21:41

Alguns alimentos prometem ser uma boa opção para quem procura uma dieta saudável. Eles anunciam fibras e vitaminas que ajudam a manter uma vida saudável e dieta equilibrada. Mas é preciso muito cuidado ao consumir o que é comprado lacrado em supermercados. A nutricionista Raisa Lima fala sobre as armadilhas que consumimos, os mitos compartilhados através das redes sociais e como evitar a má alimentação.

Para saber se o que você compra é uma armadilha, compare os ingredientes que estão no rótulo. A nutricionista esclarece: "O que vem primeiro é o que está em maior quantidade, então procure marcas em que a fibra esteja no começo da lista".

Pão integral

Será que o pão integral ajuda a perder peso? A resposta é: depende. "Alimentos com fibras e grãos ajudam na sensação de saciedade, quando você escolhe um pão integral é importante que você consiga ver os grãos a olho nu. Esses grãos nos fazem mastigar por mais tempo, exigem maior esforço e, assim, comemos uma quantidade menor e ingerimos fibras que ajudam no funcionamento do organismo e na absorção de gordura", explica Raisa.

Queijo coalho

O queijo coalho é outro produto muito usado por pessoas que querem evitar o temido queijo amarelo, que é gorduroso. Raisa explica que o queijo coalho é feito com leite cru, rico em sódio e o manejo do produto nem sempre é adequado. "Como a produção desse queijo geralmente é artesanal, é necessário verificar a procedência. Além disso ele possui muito sódio, e em excesso é um veneno, então podemos consumir, mas com moderação. Podemos usar ricota ou outro queijo branco, você pode colocar ervas, azeite e o sabor fica delicioso".

pão ou bolachas?

Quem está começando uma dieta, costuma cortar alimentos como pães e massas. O pãozinho do café da manhã é logo substituído por bolachas água e sal. "O segredo é a quantidade. Eu não indico essa substituição para os meus pacientes porque poucas pessoas comem apenas quatro bolachas água e sal, que é equivalente ao pão francês. Quando você come um pacote inteiro desse produto extrapola o valor calórico do próprio pão. E se você enche de manteiga é ainda pior".

Sopas

Sopas costumam ser outra opção de refeição menos calórica. Porém as versões industrializadas, onde o preparo é feito apenas com adição de água quente, não devem fazer parte da dieta. Elas contêm muitos conservantes, mas principalmente muito sódio. "Existem muitas opções naturais e saudáveis. Temos a ideia de que é muito difícil ter alimentos frescos e saudáveis, mas isso não é mais real".

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