Proteste encontra conservantes proibidos em carnes da Friboi, Montana e Frialto

Em cinco de 26 amostras de diversas marcas analisadas, foram
encontrados um aditivo proibido ou alguns sinais de deterioração

19/06/2017 – 16h00 – Atualizada às 18h29 – POR ÉPOCA NEGÓCIOS ONLINE

A Proteste, entidade de defesa ao consumidor, realizou neste mês um estudo com carnes bovinas, embutidos e cortes de frango para descobrir se os produtos ainda apresentavam as irregularidades citadas na Operação Carne Fraca, da Polícia Federal. E, de acordo com a pequisa, o resultado foi positivo em diversas amostras.

Segundo comunicado da associação, foram coletados, em supermercados paulistas, 26 amostras dos seguintes produtos: carne bovina (contrafilé, fraldinha e picanha); linguiça suína; salsicha; mortadela; e filé de peito de frango. Em cinco das 26 amostras, foram encontrados um aditivo proibido ou sinais de deterioração.

A Proteste diz ter identificado a presença de nitrato em cortes de contrafilé Friboi (marca que pertence à JBS) e nas picanhas Montana (da Marfrig) e Frialto. O aditivo é usado para melhorar o aspecto da carne, prevenir o crescimento microbiológico e aumentar o tempo de conservação.

A Anvisa e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) só autorizam o uso do nitrato em carnes processadas e embutidas. Nas carnes frescas e congeladas, a utilização não é permitida. A adição nas carnes testadas, no entanto, deu-se dentro de valores considerados seguros para o consumo humano.

"Essas carnes resfriadas trazem um aditivo não autorizado pela Anvisa e pelo Mapa, e que pode estar sendo empregado pelas empresas Friboi JBS, Frialto e Montana para encobrir falhas no processamento do alimento ou alterar a qualidade do produto", diz o comunicado da entidade.

Por sua vez, também foi constatada a presença de peróxidos acima do esperado em amostras de mortadela Cerrati e Confiança. Tratam-se dos primeiros compostos que aparecem quando uma gordura se deteriora. "Esse resultado demonstra que os produtos não estavam bem conservados e apresentavam algum tipo de deterioração, estando, por exemplo, rançosas."

A Proteste diz que enviará os resultados ao Ministério da Agricultura e à Anvisa. Segundo a entidade, caso o consumidor tenha um dos produtos do teste em casa, pode contatar o SAC do fabricante e exigir a substituição ou a restituição do valor pago.

Época NEGÓCIOS procurou as cinco empresas mencionadas e aguarda posicionamento:

Friboi
Em comunicado, a Friboi afirma que as suas carnes in natura são comercializadas "livres de quaisquer conservantes e que não utiliza nitrato em nenhum momento do processo".  A empresa diz colocar-se à disposição para enviar a lista oficial de compras da unidade citada, bem como de todas as outras plantas que fabricam produtos in-natura, para comprovar que a substância não é adquirida por essas plantas.

A JBS questiona ainda o teste feito pela Proteste: "não foi encontrado nitrito na amostra avaliada, o que descredencia a própria análise divulgada pela Proteste, já que a substância de nitrato é transformada naturalmente em nitrito. Além disso, mais uma vez a Proteste não informou o laboratório que realizou a análise e o laudo apresentado não atende ao padrão estabelecido pela norma técnica da ABNT ISO/IEC 17025/2005 para emissão de resultados".

A Fribou diz que, diferente do que foi divulgado pela Proteste, não foi alvo da Carne Fraca e não teve nenhum produto ou funcionário citado na operação.

Marfrig
A Marfrig negou usar nitrato em carnes in natura. A empresa diz contar "com um rigoroso processo de garantia da qualidade e de segurança alimentar, mantendo toda a documentação pertinente aos testes realizados em amostras coletadas de cada lote. O produto só é liberado para o mercado após a validação da área de garantia de qualidade. As unidades de produção passam ainda por auditorias periódicas realizadas por empresas independentes".

A empresa afirmou ainda que não teve "acesso aos critérios utilizados pelo Instituto Proteste para análise das amostras de produtos”.
Proteste testou amostras de carnes (Foto: Divulgação)

Alimentos preferidos em festas juninas têm alta de 2,70%, aponta FGV

19/06/2017 17h01 Alana Gandra – Repórter da Agência Brasil

O preço médio das comidas preferidas pelos brasileiros nessa época de festas juninas subiu 2,70%, abaixo da inflação acumulada em 12 meses, compreendidos entre junho de 2016 e maio deste ano, que atingiu 4,05% pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Getulio Vargas (FGV).

O item que mais contribuiu para puxar a inflação para baixo foi a batata-inglesa, com queda de 45,63%. Os dados foram divulgados hoje (19) pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da FGV.

O economista André Braz, responsável pela pesquisa de preços e coordenador do IPC da FGV, lembrou que no ano passado a batata-inglesa teve alta muito forte (85,52%). ”Boa parte dos itens selecionados estava com aumento de dois dígitos”, disse. Os ingredientes juninos no ano passado mostravam média de alta de 18,5%. “Este ano (2017), foi muito mais baixo”, disse Braz.

“Como a cesta é basicamente composta por alimentos que se valeram da safra positiva que nós tivemos agora para vários itens, houve espaço então para esse aumento menor, que ficou abaixo da inflação média. Em termos reais, esses itens nem caros ficaram”. No ano passado, a inflação média estava em 9,15% e a cesta junina correspondia ao dobro da inflação, disse o economista. Já este ano, a cesta se situa pouco menos da metade da inflação acumulada em 12 meses.

Condições

André Braz observou que apesar de os alimentos não terem subido tanto, as condições do mercado de trabalho são ainda desfavoráveis ao consumo. “Tem muita gente aí sem emprego”. Por isso, recomendou que “mesmo que alguns alimentos não tenham aumentado os custos da compra no supermercado, a dificuldade em comprá-los cresce devido ao desemprego”. Usar a criatividade é sempre bem-vinda nesses momentos, sugeriu.

Segundo o economista, os consumidores devem fazer pesquisa de preços, substituindo produtos de marcas mais conhecidas, mais caros, por marcas menos conhecidas, mas que mantenham boa qualidade e podem ser consumidos com tranquilidade. “Pesquisar muito antes de comprar e evitar gastos desnecessários fora de casa”, recomendou.

De acordo com a pesquisa de preços do Ibre-FGV, pressionaram a inflação nesse período de festas juninas para baixo, além da batata-inglesa, a couve (-7,52%), a mandioca (-5,90%) e a farinha de trigo (-4,47%). Já o fubá de milho e a farinha de mandioca apresentaram os maiores aumentos no período, da ordem de 17,83% e 16,81%, respectivamente.

Edição: Fernando Fraga

Feira de orgânicos gerou negócios de R$ 1,8 milhão a pequenos produtores

Estimativa é da organização do evento. Vendas diretas por produtores somaram R$ 56 mil

A Bio Brazil Fair, maior feira de orgânicos do país, realizada na última semana, em São Paulo, deve resultar em negócios de quase R$ 2 milhões para a agricultura familiar ao longo dos próximos meses. O balanço foi divulgado esta semana pela organização do evento. Somente os 10 empreendimentos selecionados por meio de chamada pública e atenderam aos critérios de Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) jurídica e produtos com certificação orgânica reconhecida pela legislação venderam 100% dos produtos e fecharam negócios na ordem de R$ 400 mil. Em vendas diretas, os produtores somaram R$ 56 mil.

De acordo com o Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead), que já foi Ministério, mas hoje é subordinada à Casa Civil, os meses seguintes à feira são importantes para os agricultores expositores. Como não é possível e viável levar quantidades muito grandes para o evento, muitos negócios devem ser fechados posteriormente. No último dia da Bio Brazil Fair, os expositores tiveram mais de 400 contatos feitos com redes de supermercados, restaurantes, casas de produtos naturais especializadas, lojas de orgânicos, empórios, indústrias e fornecedores de insumos, e casas de artesanato.

Parceria

A Bio Brazil Fair faz parte das estratégias de promoção comercial da Sead em parceria com a GIZ – Cooperação Técnica Alemã, dentro do projeto Mercados Verdes e Consumo Sustentável. O projeto tem o objetivo de ampliar o acesso ao mercado para produtos da sociobiodiversidade e agroecologia produzidos por cooperativas e associações de agricultores familiares, além dos povos e comunidades tradicionais da Amazônia.

“O que foi investido aqui foi compensado com os resultados das negociações e dos contatos feitos pelos agricultores. A participação na feira traz bons resultados e demonstra o potencial dos produtores e o ganho de espaço no segmento de orgânicos”, diz a consultora de Promoção Comercial da Sead, Mônica Batista.

Nestlé amplia linha de barras Nesfit com versão Nuts&Frutas

A Nestlé amplia a linha de barras Nesfit com a versão Nuts&Frutas, nos sabores Nuts, Maçã & Cranberry e Nuts Banana, Goiaba & Coco. As novidades, com combinações de sabores inusitados, trazem pedaços de frutas e nuts inteiras para uma experiência de sabor e textura diferenciados, onde é possível ver e sentir todos os ingredientes.

Os lançamentos chegam ao mercado em embalagens flexíveis com uma janela transparente, o que reforça o conceito de naturalidade do produto, permitindo que as barrinhas sejam vistas pelas pessoas antes da compra.

As embalagens também trazem o selo “Cereal Integral Ingrediente Nº 1”, que mostram que todos os produtos da marca possuem cereal integral como principal ingrediente nas fórmulas.

Anvisa proíbe venda de lote do azeite Lisboa

Natural Alimentos diz não ter sido informada sobre as avaliações e os resultados obtidos

por O Globo
19/06/2017 15:00 / Atualizado 19/06/2017 16:08

RIO — A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a venda do lote 26454-361 do azeite de oliva extra virgem da marca Lisboa (válido até 23/05/2019), fabricado pela Natural Óleos Vegetais e Alimentos Ltda.

A decisão foi motivada por um laudo de análise fiscal emitido pelo Instituto Adolfo Lutz, com resultado insatisfatório por apresentar características sensoriais, perfil de ácidos graxos, determinação de ácidos graxos monoinsaturados, determinação de ácidos graxos poli-insaturados e pesquisas de matérias estranhas acima das faixas recomendadas.

Procurada, a Natural Alimentos informou que, desde fevereiro deste ano, não comercializa o azeite de oliva Extra Virgem, Virgem e tipo Único Lisboa. Salienta, entretanto, que mesmo não comercializando o produto citado há mais de cinco meses, não foi informada a cerca de avaliações e análises realizados e ou solicitadas pela Anvisa.

“Não sabemos dos resultados obtidos, quem recolheu e em qual condição a amostra foi acolhida. Ou seja, a Natural Alimentos não teve sequer direito e também condições de se defender”, ressalta na nota enviada a esta seção.

A Natural Alimentos disse ainda cumprir restritamente a nossa legislação em todos os aspectos em que atua.

“Somos uma empresa brasileira de 12 anos, possuímos mais de 150 colaboradores (diretos e indiretos). O nosso time de profissionais incluindo engenheiros e técnicos em alimentos, administradores, gestores em saúde alimentar, especialistas em tecnologia e produção, trabalha com a missão de produzir produtos de alta qualidade e facilitar a vida do consumidor”, conclui a empresa.

Classificação do azeite de oliva

O azeite de oliva virgem pode ser classificado em três tipos: o extra virgem (acidez entre 0,8% e 2%), virgem (acidez menor que 0,8%), lampante (acidez maior que 2%). Os dois primeiros podem ser consumidos in natura, mantendo todos os aspectos benéficos ao organismo. O terceiro, tipo lampante, deve ser refinado para ser consumido, quando passa a ser classificado como azeite de oliva refinado.

Anvisa proíbe alimentos infantis de seis empresas por ausência de registro sanitário

Agência lista sopas, papinhas e outros alimentos de transição de lotes irregulares

por O Globo
19/06/2017 12:01 / Atualizado 19/06/2017 12:09

RIO – A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu o comércio de alimentos infantis de seis empresas por causa da ausência de registros sanitários. Conforme a determinação da Anvisa, está proibida a fabricação, distribuição, comercialização e divulgação de todos os lotes irregulares.

leia também: Anvisa interdita lotes de papinha para bebês por falta de registro sanitário

Os alimentos em questão, considerados alimentos de transição, são aqueles industrializados para uso direto ou empregados em preparo caseiro, utilizados como complemento do leite materno (de zero a doze meses de idade incompletos) e crianças de primeira infância (de 12 meses a 3 anos de idade). Portanto, por fazer parte da adaptação progressiva aos alimentos comuns, é obrigatório o registro sanitário.

De acordo com a resolução, publicada no Diário Oficial da União (DOU), a restrição é dos seguintes alimentos: Cremes, Papinhas, Purês e Pratos prontos (fases 1, 2, 3 e júnior), da marca Pratinho Cheio; Papinhas fase 1 (+6 meses) e Papinhas fase 2 (+9 meses), fabricadas pela Gourmetzinho; Papinhas e Comidinhas, Da Hortinha; Sopas sem pedaços (a partir do 6º mês), sopas com pedaços (a partir do 9º mês) e Comidinhas (a partir de 1 ano), da Prapapa; Sopinhas, Comidinhas e Lanchinhos , da Semente do Bem, e Papitta 1ª Fase (a partir de 6 meses), 2ª Fase (a partir de 8 meses) e Sobremesas (a partir de 6 meses), da Papitta.

Sabor artesanal

Público cervejeiro escolhe a produção caseira e artesanal como alternativa para experimentar novos sabores. Mercado especializado segue crescendo em Fortaleza

A paixão pela cerveja artesanal começou com um encontro informal entre amigos. O publicitário Bruno Biú, 32, tornou hobby a experiência de degustar um produto que passava longe do processo de industrialização da bebida, até que ele e os amigos se interessaram pelo processo de fazer cerveja em casa.

"Isso já tem um pouco mais de dois anos. Começamos, entre a gente, a cozinhar e beber, e passamos a colher opiniões com amigos, arriscar nas receitas, e o feedback foi positivo", lembra.

Foi o que motivou Bruno e os amigos a encararem a cerveja também como um negócio e assim a cervejaria Luzterr (@luzterr) está em fase de implementação. "De uns seis meses para cá, a gente criou a marca, estabelecendo não mais só como hobby. Temos participado de eventos com a nossa cerveja e parcerias com restaurantes locais", conta.

Em estados como São Paulo e Rio Grande do Sul, o mercado cervejeiro já está estabelecido há mais tempo, mas no Ceará ainda é preciso enfrentar burocracia para elevar a marca a uma microcervejaria. "Toda a legislação é complicada para o microcervejeiro, mas estamos tentando oficializar a luzterr como cervejaria mesmo, dentro dos requisitos. Enquanto isso, estamos trabalhando a marca. Queremos abrir a cervejaria e aumentar a produção", afirma Bruno.

O espaço que a cerveja caseira ou artesanal recebeu nos últimos anos vem muito da paixão que configura a "cultura cervejeira", que enxerga a bebida não apenas como um elemento de socialização e divertimento, mas também como uma experiência mais ampla. "Vem muito da paixão, está muito ligada a isso, à questão sensorial, do paladar, olfato, provar um sabor novo. Acaba que a gente sempre se diverte fazendo. Não deixamos de fazer reuniões de amigos, mas passou a ter uma projeção maior", reflete Bruno.

O empresário faz uma comparação do "boom" da cerveja com o que aconteceu com o vinho. O sabor muda por ter um processo de produção mais refinado, com ingredientes que a bebida industrializada não comporta. "Por isso o processo é interessante para quem cria, porque se aproxima da gastronomia, como para quem prova. A experiência de beber é mais rica, tanto que as pessoas que se interessam tendem a guardar rótulos, igual ao vinho".

A empresária Carol Zilles aposta na variedade de sabores artesanais no cardápio oferecido pelo Bru – Cerveja & Café

Mercado

A empresária Carol Zilles, 37, faz a diferenciação fundamental entre as nomenclaturas que se usa para a produção da bebida. "A cerveja caseira é a que a gente faz como hobby, não precisa de registro nem pode ser comercializada. Já a artesanal, as microcervejarias produzem e têm registro para a comercialização", define.

Carol bebeu sua primeira cerveja artesanal em 2012, ainda quando morava no Rio de Janeiro, por influência de um amigo, que se tornou seu marido. Ele começou a fazer cerveja caseira e a paixão dos dois aumentou. Em 2013, Carol fez um curso de sommelier no Science of Beer, em Ribeirão Preto, São Paulo. O casal veio para Fortaleza "para viver de cerveja" e abriu o Bru – Cerveja & Café, localizado na Varjota.

"Só temos cervejas artesanais, quatro torneiras de chope, 75 rótulos de cervejas diferentes. A única cerveja de marca que eu tenho é a Heineken. Vindo para Fortaleza ano passado, eu me tornei diretora da Associação dos Cervejeiros Artesanais do Ceará (Acerva) e me tornei professora de beer sommelier do Senac", conta.

Com mais adeptos, o mercado da bebida artesanal se desenvolve de forma mais substancial não só no Brasil, mas na América do Sul.

"Nos Estados Unidos, há mais de 30 anos isso vem crescendo. É uma questão de qualidade e variedade. A artesanal é feita para ser boa, os insumos usados são de qualidade, os processos de produção são artesanais, normalmente não tem aditivo químico. Uma cerveja artesanal te abre para uma experiência sensorial, gastronômica, não tem igual. As cervejas de marcas não-artesanais têm seu valor, elas são refrescantes e baratas, mas existe um universo atrás das cervejas", diz.

Carol conta que, em Fortaleza, é um momento promissor para a produção artesanal porque "todos estão unidos para fazer esse mercado crescer e divulgar a cultura cervejeira". Mesmo dentro de um processo de produção mais demorado, específico e, claro, mais caro para o consumidor, a ideia das cervejarias e bares é que o cliente possa beber menos, mas com mais qualidade.

O espaço foi conquistado também pela preocupação com a alimentação, que tem sido tópico relevante em tempos de vida saudável. "Prestar atenção na alimentação, buscar produtores regionais e qualidade dos alimentos. A cerveja está na mesma pegada. Quem começa a tomar cerveja artesanal e pega gosto, quer provar mais, harmonizar, e perceber que existem variedades", conta Carol.

Mulheres

O Bru também realiza eventos para promover a cultura cervejeira, entre eles a Brassagem Feminina, agendada para o dia 1º de julho, das 10h às 18h, grátis. "É uma maneira de chamar mulheres para esse universo, ampliar as possibilidades em um universo normalmente masculino. A gente só comercializa microcervejarias com registro, mas faz cerveja por hobby", afirma a empresária.

Carol também lembra do grupo Confradelas (@confradelas), confraria feminina para beber e estudar cerveja. "É um grupo consolidado, não só meu, estamos como 35 mulheres. Elas podem se inscrever para entrar no grupo, tem uma semestralidade a pagar e uma vez por mês existe um encontro que a gente estuda e bebe cerveja juntas", finaliza.

Onde beber – Cervejarias

Bru – Cerveja & Café

Av. Julio Abreu 160, loja 18, Varjota. (3067.1384)

5Elementos Cervejaria Artesanal

Av. Cel. José Philomeno Gomes, 1152, Luciano Cavalcante (3085.5070)

Hey Ho Beer Pub

Rua Nunes Valente, 1247, Aldeota (3393.8760)

Owl Beer Pub

Rua Ieda Pereira, 534, Parque Manibura (3120.0707)

Dona Neném lança blends para o Brasil

Fazenda que tinha, até então, como principal comprador o mercado externo, volta a atenção para o País

Daniela Maciel

Inaugurada em 1904, na cidade de Presidente Olegário, no Noroeste de Minas Gerais, a Fazenda Dona Neném se especializou no cultivo de café arábica. A produção de 30 mil sacas anuais tem como principal destino o mercado externo, algumas das torrefações mais importantes do mundo como Starbucks e Nespresso. A novidade, no entanto, é o lançamento da marca “Mito Cafés Especiais” para o varejo nacional. São três blends:

“Benzedô”, com aroma floral, sabor pronunciado de frutas cítricas, acidez leve com toque de capim-limão;

“Dona Neném”, aroma marcante com notas de amêndoas, sabor doce de avelã e caramelo, corpo equilibrado com toque de chocolate e acidez delicada;

“Cantagalo”, aroma com notas de mel, sabor de frutas amarelas, corpo denso e cremoso, acidez equilibrada e doçura acentuada.

De acordo com a diretora executiva da Mito Cafés Especiais, Isabela Bertol Campos, depois de ganhar o mercado internacional e acompanhar o crescimento do interesse pelos cafés especiais no Brasil, é chegada a hora de compartilhar também com os brasileiros a qualidade do café que os estrangeiros já conhecem.

Atualmente, com uma área total de 1,4 mil hectares, a fazenda gera 150 empregos diretos e 300 indiretos. “A Dona Neném está na família do meu marido há muitas gerações. Há cerca de 15 anos, meu sogro, Eduardo Campos, começou uma série de melhoramentos para atender as determinações da marca italiana Illy Café. A partir disso, começamos a ser referência na região. A fazenda foi pioneira nesse trabalho na região do Cerrado Mineiro. Conquistamos alguns dos prêmios mais importantes do setor no Brasil e no mundo e queremos dividir isso com o brasileiro. Não é justo que o que fazemos de especial seja voltado para fora”, defende Isabela Campos.

Para completar os investimentos da Mito, foi inaugurada a primeira cafeteria da marca em Belo Horizonte. A casa fica no espaço do Guaja Café-Coworking, no Funcionários, na região Centro-Sul. Os frequentadores vão poder desfrutar uma vasta carta de cafés que inclui opções como espressos diversos, mocha, machiatto, afogatto, capuccino, irish coffe e também chocolate quente. As bebidas poderão ser acompanhadas pelos quitutes do chef Pedro Mendes e pela confeiteira Júlia Pertence.

Parceria – “A fazenda é um laboratório, um espaço de experiência. Muita gente vai lá aprender, conhecer. Achamos que compartilhar conhecimento faz o segmento se desenvolver. A parceria com o Guaja vem também nesse sentido. Queríamos um parceiro que acreditasse nas mesmas coisas. O Guaja é um espaço que valoriza o local, acredita na economia criativa. Isso tem a ver conosco”, explica a diretora executiva da Mito Cafés Especiais.

Segundo o fundador do Guaja, Lucas Durães, a parceria sela uma união de empresas que, apesar de atuarem em setores distintos, comungam de conceitos e visões de mundo muito parecidas. “Somos marcas que valorizam a história, os saberes e a produção local. Quem nos aproximou foi o design Gustavo Grecco, que idealizou as duas marcas. Ele criou a fruta imaginária ‘Guaja’ que é do cerrado assim como o café Mito”, explica Durães.

Para receber a cafeteria, o espaço precisou de poucas adaptações que permitissem a instalação dos equipamentos e a venda de acessórios como filtros, moedores e prensas. A cafeteria será aberta ao público no horário de funcionamento do coworking. “Queríamos oferecer uma experiência mais profunda com o café, mas ainda não tínhamos encontrado uma maneira. Essa união vai permitir ter um barista, cafés especiais com um parceiro que também é mineiro”, comemora o fundador do Guaja Café-Coworking.

A expectativa é de que a Mito passe a distribuir cafés nas principais capitais por meio de cafeterias próprias e de outros distribuidores como delicatessens e mercados gourmets. “Começar por Belo Horizonte e pelo Guaja faz todo sentido pra nós. O nosso objetivo é ter outros parceiros com o mesmo perfil. Nosso foco está em mercados como Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Brasília, mas isso não impede que outras oportunidades sejam estudadas”, completa Isabela Campos.

Evento em Rio Preto faz uma viagem no mundo das cervejas

Núcleo Multimídia

Conhecer o universo da harmonização de bebidas proporciona novas descobertas e experiências a quem deseja ampliar o repertório gastronômico. A 4ª edição do Circuito de Bebidas, que acontece nos dias 22, 23 e 24 de junho, no Senac de Rio Preto, traz ao público a expertise da área de alimentação da instituição, que irá compartilhar conhecimento e cultura sobre diferentes bebidas. Serão duas palestras e um workshop com os temas cachaças, cervejas e harmonização.

No dia 22, quinta-feira, às 19h30, acontece o workshop Coquetéis à Base de Cachaça, com o barman Guilherme Correard. Durante a atividade, serão apresentadas as derivações de cachaça e os coquetéis que podem ser produzidos utilizando a bebida como base. Já no dia 23, sexta-feira, também às 19h30, o sommelier de cervejas Fábio Campos, ministra a palestra Cervejas: da produção à mesa. Fábio também é autor do blog Cerveja em Casa, no Portal do Diário. Na ocasião, o palestrante apresentará o que é necessário para a produção de cervejas artesanais. Os participantes também poderão degustar variedades da bebida.

Para encerrar o evento, no dia 24, sábado, às 14 horas, será promovida a Master Class Senac. Novidade na programação, a atividade busca quebrar de paradigmas na harmonização de alimentos e bebidas. A palestra será acompanhada pela dupla de chefs Edson Fernando da Costa e Fausto Rodrigo Silveira, os quais vão trazer diversas experiências sobre compatibilização e novas possibilidades de harmonização.

De acordo com Rosangela Gonçalves Ribeiro, coordenadora da área de gastronomia do Senac São José do Rio Preto, o evento contribui para a atualização de profissionais da área e interessados no tema que queiram se aprofundar no assunto.

A plataforma Sem Excesso, da Associação Brasileira de Bebidas, continua como parceira nessa edição, promovendo ações que estimulam o consumo responsável. Portanto, vale lembrar: o consumo das bebidas é exclusivo para maiores de 18 anos. Se for beber, beba sem excesso.

Para consultar a programação completa e se inscrever, acesse o Portal Senac: www.sp.senac.br/circuitodebebidas ou vá até o Senac São José do Rio Preto, na Rua Jorge Tibiriçá, 3.518 – Santa Cruz. Mais informações pelo telefone (17) 2139-1699

Serviço:

Circuito de Bebidas

Data: 22, 23 e 24 de junho

Local: Senac São José do Rio Preto

Investimento: R$ 10

Inscrições: www.sp.senac.br/circuitodebebidas

Programação:

Workshop Coquetéis à Base de Cachaça

Dia 22 de junho, das 19h30 às 22 horas

Palestra Cervejas: da produção à mesa

Dia 23 de junho, das 19h30 às 22 horas

Palestra Master Class Senac – degustação para quebrar paradigmas de harmonização

Dia 24 de junho, das 14 às 17 horas

Senac São José do Rio Preto

Endereço: Rua Jorge Tibiriçá, 3.518 – Santa Cruz

Informações: (17) 2139-1699

www.sp.senac.br/riopreto

Indústria de alimentos reduziu 17 mil toneladas de sódio em cinco anos

Portal Brasil 16/06/2017 13h16

O brasileiro ingere 12 gramas de sódio por dia, mais que o dobro do sugerido pela Organização Mundial da Saúde

Um acordo entre o governo federal e a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia) foi responsável pela retirada de 17 mil toneladas de sódio dos alimentos fabricados entre 2011 e 2016.

A parceria, renovada até 2022, tem objetivo de retirar, no total, 28,5 mil toneladas de sódio dos produtos.

O acordo foi renovado na terça-feira (13) pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros. Na ocasião de assinatura da parceria, foi lançado também o Portal Saúde Brasil, ferramenta digital com orientações sobre os benefícios da adoção de hábitos saudáveis.

De acordo com informações do Ministério da Saúde, a primeira categoria a reduzir sódio em sua composição no novo acordo foi a de pães, bisnaguinhas e massas instantâneas.

Em 2011, quatro fatias de pão por dia representavam 40% da quantidade de sódio diária (796 mg).

Após o acordo, esse índice, em 2016, passou a ser 22% (450 mg). Em 2020, a expectativa é chegar a 20% (400 mg).

"É uma área importante já que é a que mais aporta sal na alimentação da população. A parceria com a indústria é essencial para permitir uma redução de sódio na composição dos alimentos", ressalta a coordenadora-geral de alimentação e nutrição do Ministério da Saúde, Michele Lessa.

O brasileiro ingere 12 gramas de sódio por dia, mais que o dobro do máximo sugerido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), de cinco gramas.

Esses hábitos são responsáveis por causar doenças como hipertensão, diabetes e obesidade que, junto a doenças cardiovasculares, respiratórias e câncer, respondem por 72% dos óbitos no País.
Maiores reduções

Durante os cinco anos de vigência do acordo entre governo e a Abia, foi detectada redução no teor de sódio em 30 categorias de produtos da indústria de alimentos, que representam cerca de 70% do faturamento do setor.
Confira alguns destaques:

Mistura para sopas: quantidade caiu 65,15%. Antes, eram mais de 300mg de sódio para cada 100g de alimento. Agora, são 115,5mg.

Sopas instantâneas: a redução foi de 49,14%. Quantidade passou de 339,4mg para 170mg por 100g de alimento.

Linguiça cozida a temperatura ambiente: foram registradas reduções de 15,6% .

Linguiça frescal: a redução foi de 10,5%.

Linguiça cozida resfriada: redução de 9,4%.

Queijos e requeijões: reduções de 23,1% e 20,4%, respectivamente.