Maricota prevê faturamento de R$ 180 milhões este ano

O sucesso do mineiríssimo pão de queijo é inegável. O produto, típico das montanhas mineiras, já ganhou o Brasil e aos poucos conquista paladares estrangeiros. Nascido, principalmente, da combinação de queijo e polvilho, é, sem dúvida, o carro-chefe da Maricota Alimentos, instalada em Luz, na região Centro-Oeste do Estado.

Somente em 2017, a empresa luzense apurou expansão de 17% sobre o ano imediatamente anterior, somando faturamento de R$ 150 milhões. Em 2016, a Maricota já havia registrado um avanço de 12% no faturamento na comparação com 2015. Para este ano, a previsão é crescer entre 18% e 20%, totalizando receita de até R$ 180 milhões.

De acordo com o diretor comercial da Maricota Alimentos, Ronaldo Evelande, atualmente a empresa exporta para mais de 20 países. Apesar dos embarques terem crescido, o bom resultado está calcado no mercado nacional. “As exportações são responsáveis por 5% do faturamento total, com grande potencial de crescimento, porém, ainda estão longe de ser o nosso principal negócio. Desenvolvemos uma logística capaz de atender todo o País, com 50% de frota própria e uma lista de parceiros bem escolhida. Nos lugares mais difíceis, como Norte, Nordeste e Rio de Janeiro, fazemos o transporte com os nossos carros para garantir a qualidade dos produtos na entrega. O Brasil é muito grande e diverso. Sempre digo que quem consegue abastecer o Brasil de Norte a Sul consegue entregar em qualquer lugar do mundo”, afirma Evelande.

A planta está passando por ampliação, que deverá ser entregue ainda em janeiro, passando de 9 mil metros quadrados para 12 mil metros quadrados, e capacidade de produção de 360 toneladas por mês. O espaço, que consumiu recursos de R$ 2,5 milhões, vai abrigar uma nova linha de produção e deve gerar entre 50 e 60 novos postos de trabalho. Atualmente, a fábrica conta com 420 colaboradores e os escritórios outros 100.

“A fábrica está ganhando em automação e, especialmente, equipamentos de congelamento. Isso nos permite redução do custo industrial e o lançamento de novos produtos como espetinhos e nuggets de frango”, destaca o diretor.

Para enfrentar a crise, a empresa apostou nos produtos da chamada linha “primeiro preço”, com formulações menos elaboradas e custo final mais acessível para o consumidor. A categoria foi a que mais cresceu, dobrando o volume de produção em 2017. A estratégia é não deixar o cliente escapar. “São produtos mais simples, com menos insumos, mas que mantém a qualidade dentro do seu segmento. O importante para nós é que o consumidor continue comprando. Quando a economia melhorar é certo que ele migre para outras faixas de preço, então, não podemos perdê-lo agora que a conjuntura está mais complicada. Temos que dar opções a ele”, analisa o empresário.

Para o mercado externo, as estratégias variam de acordo com a cultura e os objetivos do parceiro local. As conquistas mais recentes são Portugal e Uruguai. Nos Estados Unidos agora são dois parceiros e o primeiro embarque para o Panamá deve ser feito nos primeiros meses deste ano. O processo para a entrada nos países podem demorar até dois anos entre solicitação, entrega de documentos e certificações até o embarque.

“Em alguns países trabalhamos o pão de queijo como um produto étnico, voltado para as colônias brasileira e latina. Em outros, o ponto principal é a saudabilidade. O pão de queijo não contém glúten e é assado. Ele é um alimento muito prático, que pode ser servido quente ou frio e admite um número muito grande de acompanhamentos e recheios, com potencial para se tornar um produto global”, avalia o executivo.

A abertura de novos mercados parece uma obsessão da empresa, que trabalha uma linha Halal – produzida de acordo com os preceitos muçulmanos. Até agora, são 24 itens que vão de pão de queijo, passando por bolinho de bacalhau, escondidinho de frango, até lasanha a bolonhesa, entre outros itens. Para atender todas as recomendações, a Maricota precisa rastrear toda a sua cadeia de fornecedores e conquistar as certificações necessárias.

“Os muçulmanos são um público crescente no Brasil e ainda muito mal atendidos. É uma alimentação saudável, que exige muito controle. Existe pouco conhecimento sobre o assunto. É um trabalho custoso, que exige atenção e parceiros certificados. Acredito que não vai demorar muito a termos seções especializadas em comida Halal nos supermercados a exemplo do que já começa a acontecer com a comida Kasher, dos judeus”, pontua Evelande.

Taeq lança café orgânico compatível com sistema Nespresso®

Quinta, 04 Janeiro 2018 15:35 Escrito por Tanise Mondejar Pacheco
Taeq, marca exclusiva de alimentação saudável das redes Extra e Pão de Açúcar, aproveita a entrada da nova safra de café no mercado para apresentar uma novidade, a linha cápsulas de café orgânico de origem 100% arábica na intensidade Suave. Com distribuição nacional, as cápsulas são compatíveis com o sistema Nespresso® e já podem ser encontradas nas lojas das redes em todo o Brasil. São 10 cápsulas por embalagem e o valor sugerido é de R$16,90.

Um dos principais benefícios da agricultura orgânica é a manutenção de qualidade, como a atenção ao solo, que necessita estar livre de agrotóxicos e pesticidas por, no mínimo, três anos. Todo esse cuidado na produção torna o produto mais saudável. O café Suave das cápsulas de Taeq apresenta notas de baunilha e conta com aroma e sabor sutis, com grãos provenientes de fazendas de São Paulo.

O café de origem 100% arábica só pode ser produzido acima de 800 metros do nível do mar. Graças à sua colheita mais seletiva, ele apresenta uma delicadeza no paladar, tendo uma riqueza em óleos aromáticos, com notas delicadas, doces e suaves. Tais características, somadas ao seu bom tratamento pós-colheita, garantem um café de qualidade para os apreciadores da bebida.

Taeq possui uma extensa e variada linha de produtos saudáveis para quem quer se alimentar bem. São mais de 400 itens em seu portfólio. Entre no site www.taeq.com.br e conheça todos os produtos da marca.

TAEQ

Lançada em 2006, Taeq é a marca exclusiva do GPA para o segmento de alimentação saudável. Todo o portfólio contempla opções saudáveis para o dia a dia, com destaque para os ingredientes naturais e linha de orgânicos. A assinatura da marca, “Conquiste a sua vida”, traz atitude, movimento e uma busca constante de cada um por seus desejos. Quem se alimenta bem tem mais energia e disposição para buscar seus objetivos. Seja para terminar o dia bem ou planejar uma vida melhor, Taeq possui uma ampla e variada linha de produtos saudáveis que podem ser encontrados nas redes Extra e Pão de Açúcar de todo o país. A marca conta ainda com um portal www.conquistesuavida.com.br, que traz um vasto conteúdo de receitas e dicas sobre alimentação e hábitos saudáveis.

Cervejaria promove curso online para fabricação de cerveja

04/01/18 às 15:14 Da Redação Bem Paraná com assessoria

A premiada cervejaria Bodebrown promove uma nova edição do seu curso online de fabricação de cerveja na panela. O conteúdo é voltado aos iniciantes que vão começar a desbravar as primeiras receitas. Um dos fundadores da Bodebrown, o cervejeiro Samuel Cavalcanti é quem ministra as aulas. Para adquirir o curso, pode-se acessar loja.bodebrown.com.br/curso-online-de-cerveja-na-panela-iniciante.

O curso aborda desde os primeiros passos, como a descrição dos equipamentos necessários, insumos cervejeiros, e moagem do malte. As aulas seguem então pela brassagem, filtragem, fervura, resfriamento, fermentação e maturação. As aulas vão abordar ainda o envase e como armazenar a produção. Um dos exemplos práticos incluídos é a receita da Perigosa Baby IPA, cerveja vencedora da medalha de ouro no Festival Brasileiro da Cerveja em Blumenau, em 2016.

Sobre a Bodebrown

Com mais de 150 medalhas e troféus conquistado em festivais pelo mundo todo, a Bodebrown é a primeira cervejaria escola do país, fundada em 2009. Conquistou o Trophy Gary Shepard de revelação no Australian International Beer Awards (Austrália) e alcançou dezenas de medalhas de ouro em variadas edições do Mondial de La Bière, na França, Canadá e Brasil. Recentemente, foi premiada com medalha de ouro no Festival Brasileiro da Cerveja em Blumenau.

Curso online para fabricação de cerveja da Bodebrown

Informações e inscrições: loja.bodebrown.com.br/curso-online-de-cerveja-na-panela-iniciante

JBS lança marca 1953 e reforça conceito premium ao cliente varejo

Objetivo é proporcionar uma nova experiência ao consumidor; expectativa é que a marca represente 30% do volume de vendas da categoria no primeiro trimestre de 2018.

São Paulo — Para atender à crescente demanda por carne bovina premium, a JBS Carnes lança a marca 1953. Composta por cortes oriundos de um blend de raças europeias, a nova marca chega às prateleiras do varejo este mês -— até então, os produtos premium da Companhia estavam disponíveis somente ao food service (restaurantes).

“As carnes mais nobres têm ocupado um espaço relevante na mesa dos brasileiros, que têm cada vez mais levado a experiência vivida em restaurantes para dentro de seus lares, seja para um jantar ou no churrasco com amigos. Acreditamos muito no potencial deste nicho no varejo e estamos trabalhando para fortalecer a facilidade de acesso do consumidor a esse tipo de produto”, ressalta Renato Costa, presidente da JBS Carnes no Brasil

A 1953 recebeu este nome em referência ao ano de fundação da Companhia. “Essa marca foi desenvolvida a partir do que há de melhor na genética de diversas raças de todo o mundo e traduz a tradição na produção de carnes de qualidade com a mais alta tecnologia e processos de ponta aplicados em todas as nossas fábricas”, destaca Costa.

Os produtos da 1953 contam com origem controlada da matéria-prima e cuidado com os mais altos padrões de qualidade em todo processo de produção, desde a seleção dos melhores animais – relacionada a uma política de compras muito exigente que considera apenas novilhas e machos castrados bem terminados -, e envolve tecnologia avançada, além de padronização e seleção dos melhores cortes.

Com a assinatura, “A Evolução do Paladar”, os produtos privilegiam a carne macia, saborosa e suculenta. “Fizemos um grande trabalho na construção de marca de carne bovina em um segmento que até então era commodity. Desde então, temos buscado evoluir em cortes e produtos que ofereçam uma nova experiência ao consumidor”, explica Renato Costa. “Queremos não só atender a quem busca por um alimento premium para todos os momentos, mas satisfazer os mais elevados desejos de um produto diferenciado, promovendo uma nova experiência”, complementa.

A nova marca chega às lojas de 400 varejistas em São Paulo e no Rio de Janeiro e a expectativa é que, no primeiro trimestre de 2018, a marca represente 30% do volume de vendas de produtos premium no segmento de carne bovina da Companhia.

Portfólio 1953 — O portfólio de produtos 1953 possui 14 cortes com padronização e refile diferenciados: Baby Beef, Bife Ancho, Bife de Chorizo, Maminha, Bombom de Alcatra, Fralda, Picanha, Filé Mignon, Chuck Eye Roll, Steak de Picanha, Vazio, Shoulder Steak, Coração de Paleta e Costela do Dianteiro.

Em janeiro, a JBS dará início ao trabalho de promoção nos pontos de venda com lâminas comerciais, folhetos de receita, wobbler e faixas de gôndola, além de ações de degustação e geladeiras personalizadas nas redes supermercadistas.

Leites UHT da Tirol passam a ser 100% produzidos no Rio Grande do Sul

Os leites UHT da Tirol agora também são 100% produzidos no Rio Grande do Sul. Um processo que tem início no campo com a produção e captação do leite, industrialização e distribuição do produto. Em busca de atender de forma eficiente e ágil as necessidades dos seus clientes, a Tirol fechou parceria com a Cooperativa Languiru com sede em Teutônia (RS), a fim de otimizar os processos e oferecer um produto ainda melhor para o consumidor do Sul.

De acordo com o Gerente de Controladoria e Custos da Tirol, Giovani Hartcoppf “A produção na cooperativa iniciou em novembro de 2017, com o envase de 100 mil litros por dia. A expectativa é que esse número dobre no segundo semestre de 2018.

Outro diferencial no processo é a parceria com a Sig Combliboc, que fornece embalagens de alta tecnologia, que protegem os alimentos e asseguram a qualidade por um longo período de tempo. Além disso, elas são ecologicamente corretas e quando comparadas com qualquer outro tipo de embalagem geram menor impacto ambiental, já que são feitas de 75% de celulose, um recurso renovável.

Baixo custo e pouco valor nutricional são receita de ultraprocessados

Para especialista, conceito de alimentos ultraprocessados confronta a indústria, que insiste em negar seus malefícios à saúde

Por Redação – Editorias: Ciências da Saúde

Salgadinhos, refrigerantes e biscoitos: alimentos ultraprocessados feitos com ingredientes de baixo custo e pouco valor nutricional – muito açúcar, sódio, aditivos e sal.  Produzidos com o intuito de serem “irresistíveis” e consumidos facilmente, esses alimentos oferecem riscos à saúde ao promover a obesidade, diabete e outras doenças crônicas relacionadas à alimentação.

Estudos sobre esses produtos e sua influência na saúde humana foram apresentados na revista científica Public Health Nutrition (volume 21, 2018), editada pela Sociedade Britânica de Nutrição. O número especial é dedicado à classificação criada pelo Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde (Nupens) da USP sobre o grau de processamento industrial de alimentos.

“É uma proposta metodológica que tem impacto no primeiro mundo”, afirma o professor Carlos Augusto Monteiro da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP e membro do Nupens. Para ele, os artigos confirmam a hipótese sobre os ultraprocessados não serem saudáveis. Mais do que isso, o professor acredita que a classificação possui dimensão política, pois confronta a indústria alimentícia, que insiste em negar os malefícios desses alimentos à saúde.

A maioria das embalagens dos ultraprocessados verificados em um estudo na Austrália, por exemplo, trazia declarações nutricionais enganosas e os apresentava como “saudáveis”, apesar da alta prevalência de adição de açúcares adicionados e do questionável valor nutricional. Para a autora do estudo, o grau de declarações inadequadas ou imprecisas presentes é preocupante, particularmente em embalagens destinadas a atrair crianças.
Origem

A classificação denominada “Nova” foi proposta pela primeira vez em um artigo publicado em 2009 pela mesma revista. Desde então, vem sendo utilizada em estudos sobre sistema alimentar, dieta e saúde, em documentos técnicos de organismos internacionais, como a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) e a Organização Pan-Americana de Saúde, na orientação de políticas públicas em alimentação e nutrição e na construção de guias nacionais para a promoção da alimentação saudável e sustentável.

O conceito é fruto do projeto temático Consumo de alimentos ultraprocessados, perfil nutricional da dieta e obesidade em sete países e se divide em quatro classificações. A primeira categoria é composta de alimentos in natura, que devem ser a base da alimentação, como frutas e hortaliças. O segundo grupo é formado por ingredientes relativos à preparação culinária, o óleo, sal e açúcar, por exemplo. Já o terceiro são os alimentos preparados com adição de sal, açúcar ou outras substâncias do grupo dois, são eles: queijo, pães, legumes em conserva, entre outros. A última categoria se refere aos ultraprocessados.

A publicação traz 26 artigos assinados por pesquisadores de universidades e centros acadêmicos de vários países, incluindo Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Estados Unidos, França, Inglaterra, México, Nova Zelândia, Líbano e Uruguai.

Os artigos publicados na revista Public Health Nutrition podem ser conferidos no site Cambridge Core.

Com informações da Assessoria de Comunicação da FSP

Blairo Maggi: o mundo não pode ficar sem o Brasil no fornecimento de alimentos

04/01/2018 19h00 Maiana Diniz – Repórter da Agência Brasil

Em entrevista exclusiva ao programa Nos corredores do Poder, da TV Brasil, que foi ao ar na noite desta quinta-feira (4), o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, falou da importância do setor agropecuário para a balança comercial brasileira e sobre a importância do país no mercado mundial de alimentos.

“O mundo pode reclamar do Brasil em algumas coisas, mas o mundo não pode ficar sem o Brasil no fornecimento de alimentos. Isso é importante e nos dá mais responsabilidade, somos um player importante e o mundo hoje não vive sem a presença do Brasil”, avaliou, destacando que o país consegue, além de garantir a alimentação dos brasileiros, exportar alimentos para mais de 150 países. “O Brasil construiu nos últimos 40, 50 anos, uma revolução. Nós eramos na década de 70 importadores de alimentos e hoje somos exportadores.”

Carne Fraca

Em 2017, o valor bruto da produção nacional agropecuária foi de R$ 533,5 bilhões, um crescimento de 1,6% em relação a 2016. Mas, enquanto a agricultura cresceu 5,5%, a pecuária caiu 5,8% no período. O ministro explicou que um dos principais fatores que influenciaram na queda do valor da carne nacional no mercado internacional foi a Operação Carne Fraca, deflagrada pela Polícia Federal em 17 de março de 2017, que desarticulou um esquema de corrupção envolvendo fiscais agropecuários e donos de frigoríficos nos estados do Paraná, Minas Gerais e Goiás.

Segundo as investigações da PF, fiscais recebiam propina das empresas para emitir certificados sanitários sem fiscalização efetiva da carne, o que permitia a venda de produtos com prazo de validade vencido. Maggi reconhece que a Carne Fraca foi um desastre para a imagem da carne brasileira, que vinha sendo construída nas últimas décadas, pelo governo e pelas associações de produtores.

“Esse evento atrapalhou demais o Brasil e nós perdemos muitos mercados naquele período. Mas conseguimos ir reconquistando. E os mercados eles são disputados na base da botina, não tem nada de love [amor, em inglês] nesse processo. Então, quando um país percebe que você está em desvantagem, os compradores de lá tentam baixar o preço, e foi o que fizeram, baixaram o preço das carnes brasileiras e, para voltar a fazer as vendas, fomos com preços menores. Mas esses preços já estão sendo recuperados e nós vamos ver a pecuária ter um valor agregado maior”, disse.

O ministro disse que considera que o assunto já foi superado, que “todo mundo já aproveitou do que dava para aproveitar comercialmente”, e que “o importante é que o país recuperou os mercados que havia perdido e estamos ampliando esses mercados, estamos abrindo a Indonésia, entre outros países interessantes, e devemos voltar, agora em 2018, a vender para os EUA novamente”, concluiu.

Febre aftosa

Blairo Maggi também falou sobre a expectativa de que, até maio de 2018, o Brasil receba o Certificado de País Livre de Febre Aftosa com Vacinação da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), o que vai permitir que o país passe a atuar em novos mercados. O ministro disse que essa é uma luta muito antiga do Brasil e que o esforço para a erradicação da aftosa no envolveu vários ministros, secretários, dezenas de governadores, secretários estaduais e produtores.

“Chegando nesse ponto, já estamos iniciando um outro projeto para que, até 2022 ou 2023, o país receba o certificado de país livre de aftosa sem vacinação. Significa que nossos técnicos, o sistema de controle, junto com os produtores, já chegaram a conclusão de que uma vez livre com vacinação, também podemos ser livres sem vacinação, pois não temos o vírus circulando no Brasil há muitos anos.” Segundo o ministro, o Brasil ganhará muito com isso, “o valor da nossa carne vai mudar, teremos outro status pra trabalhar”, disse.

Maggi explicou que a vantagem trazidas por esses certificados é a abertura de mercados hoje fechados para os produtos brasileiros.

“Nós hoje não podemos vender, para a maioria dos países do mundo, carne com osso, por exemplo. Temos que desossar toda a nossa carne porque no osso é que tem o risco de se levar o vírus para outro país. Então, Japão não compra nossa carne, vários só compram desossada, tem países extremamente exigentes, como os EUA, por exemplo, para quem não podemos vender carne com osso também, na grande maioria carne processada. Então isso vai abrir um mercado muito grande. E não é só no mercado de carne bovina, mas também de suína.”
Edição: Amanda Cieglinski

Leites UHT da Tirol passam a ser 100% produzidos no Rio Grande do Sul

Os leites UHT da Tirol agora também são 100% produzidos no Rio Grande do Sul. Um processo que tem início no campo com a produção e captação do leite, industrialização e distribuição do produto. Em busca de atender de forma eficiente e ágil as necessidades dos seus clientes, a Tirol fechou parceria com a Cooperativa Languiru com sede em Teutônia (RS), a fim de otimizar os processos e oferecer um produto ainda melhor para o consumidor do Sul.

De acordo com o Gerente de Controladoria e Custos da Tirol, Giovani Hartcoppf “A produção na cooperativa iniciou em novembro de 2017, com o envase de 100 mil litros por dia. A expectativa é que esse número dobre no segundo semestre de 2018.

Outro diferencial no processo é a parceria com a Sig Combliboc, que fornece embalagens de alta tecnologia, que protegem os alimentos e asseguram a qualidade por um longo período de tempo. Além disso, elas são ecologicamente corretas e quando comparadas com qualquer outro tipo de embalagem geram menor impacto ambiental, já que são feitas de 75% de celulose, um recurso renovável.

Baixo custo e pouco valor nutricional são receita de ultraprocessados

Para especialista, conceito de alimentos ultraprocessados confronta a indústria, que insiste em negar seus malefícios à saúde

Por Redação – Editorias: Ciências da Saúde

Salgadinhos, refrigerantes e biscoitos: alimentos ultraprocessados feitos com ingredientes de baixo custo e pouco valor nutricional – muito açúcar, sódio, aditivos e sal.  Produzidos com o intuito de serem “irresistíveis” e consumidos facilmente, esses alimentos oferecem riscos à saúde ao promover a obesidade, diabete e outras doenças crônicas relacionadas à alimentação.

Estudos sobre esses produtos e sua influência na saúde humana foram apresentados na revista científica Public Health Nutrition (volume 21, 2018), editada pela Sociedade Britânica de Nutrição. O número especial é dedicado à classificação criada pelo Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde (Nupens) da USP sobre o grau de processamento industrial de alimentos.

“É uma proposta metodológica que tem impacto no primeiro mundo”, afirma o professor Carlos Augusto Monteiro da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP e membro do Nupens. Para ele, os artigos confirmam a hipótese sobre os ultraprocessados não serem saudáveis. Mais do que isso, o professor acredita que a classificação possui dimensão política, pois confronta a indústria alimentícia, que insiste em negar os malefícios desses alimentos à saúde.

A maioria das embalagens dos ultraprocessados verificados em um estudo na Austrália, por exemplo, trazia declarações nutricionais enganosas e os apresentava como “saudáveis”, apesar da alta prevalência de adição de açúcares adicionados e do questionável valor nutricional. Para a autora do estudo, o grau de declarações inadequadas ou imprecisas presentes é preocupante, particularmente em embalagens destinadas a atrair crianças.
Origem

A classificação denominada “Nova” foi proposta pela primeira vez em um artigo publicado em 2009 pela mesma revista. Desde então, vem sendo utilizada em estudos sobre sistema alimentar, dieta e saúde, em documentos técnicos de organismos internacionais, como a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) e a Organização Pan-Americana de Saúde, na orientação de políticas públicas em alimentação e nutrição e na construção de guias nacionais para a promoção da alimentação saudável e sustentável.

O conceito é fruto do projeto temático Consumo de alimentos ultraprocessados, perfil nutricional da dieta e obesidade em sete países e se divide em quatro classificações. A primeira categoria é composta de alimentos in natura, que devem ser a base da alimentação, como frutas e hortaliças. O segundo grupo é formado por ingredientes relativos à preparação culinária, o óleo, sal e açúcar, por exemplo. Já o terceiro são os alimentos preparados com adição de sal, açúcar ou outras substâncias do grupo dois, são eles: queijo, pães, legumes em conserva, entre outros. A última categoria se refere aos ultraprocessados.

A publicação traz 26 artigos assinados por pesquisadores de universidades e centros acadêmicos de vários países, incluindo Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Estados Unidos, França, Inglaterra, México, Nova Zelândia, Líbano e Uruguai.

Os artigos publicados na revista Public Health Nutrition podem ser conferidos no site Cambridge Core.

Com informações da Assessoria de Comunicação da FSP

Blairo Maggi: o mundo não pode ficar sem o Brasil no fornecimento de alimentos

04/01/2018 19h00 Maiana Diniz – Repórter da Agência Brasil

Em entrevista exclusiva ao programa Nos corredores do Poder, da TV Brasil, que foi ao ar na noite desta quinta-feira (4), o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, falou da importância do setor agropecuário para a balança comercial brasileira e sobre a importância do país no mercado mundial de alimentos.

“O mundo pode reclamar do Brasil em algumas coisas, mas o mundo não pode ficar sem o Brasil no fornecimento de alimentos. Isso é importante e nos dá mais responsabilidade, somos um player importante e o mundo hoje não vive sem a presença do Brasil”, avaliou, destacando que o país consegue, além de garantir a alimentação dos brasileiros, exportar alimentos para mais de 150 países. “O Brasil construiu nos últimos 40, 50 anos, uma revolução. Nós eramos na década de 70 importadores de alimentos e hoje somos exportadores.”

Carne Fraca

Em 2017, o valor bruto da produção nacional agropecuária foi de R$ 533,5 bilhões, um crescimento de 1,6% em relação a 2016. Mas, enquanto a agricultura cresceu 5,5%, a pecuária caiu 5,8% no período. O ministro explicou que um dos principais fatores que influenciaram na queda do valor da carne nacional no mercado internacional foi a Operação Carne Fraca, deflagrada pela Polícia Federal em 17 de março de 2017, que desarticulou um esquema de corrupção envolvendo fiscais agropecuários e donos de frigoríficos nos estados do Paraná, Minas Gerais e Goiás.

Segundo as investigações da PF, fiscais recebiam propina das empresas para emitir certificados sanitários sem fiscalização efetiva da carne, o que permitia a venda de produtos com prazo de validade vencido. Maggi reconhece que a Carne Fraca foi um desastre para a imagem da carne brasileira, que vinha sendo construída nas últimas décadas, pelo governo e pelas associações de produtores.

“Esse evento atrapalhou demais o Brasil e nós perdemos muitos mercados naquele período. Mas conseguimos ir reconquistando. E os mercados eles são disputados na base da botina, não tem nada de love [amor, em inglês] nesse processo. Então, quando um país percebe que você está em desvantagem, os compradores de lá tentam baixar o preço, e foi o que fizeram, baixaram o preço das carnes brasileiras e, para voltar a fazer as vendas, fomos com preços menores. Mas esses preços já estão sendo recuperados e nós vamos ver a pecuária ter um valor agregado maior”, disse.

O ministro disse que considera que o assunto já foi superado, que “todo mundo já aproveitou do que dava para aproveitar comercialmente”, e que “o importante é que o país recuperou os mercados que havia perdido e estamos ampliando esses mercados, estamos abrindo a Indonésia, entre outros países interessantes, e devemos voltar, agora em 2018, a vender para os EUA novamente”, concluiu.

Febre aftosa

Blairo Maggi também falou sobre a expectativa de que, até maio de 2018, o Brasil receba o Certificado de País Livre de Febre Aftosa com Vacinação da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), o que vai permitir que o país passe a atuar em novos mercados. O ministro disse que essa é uma luta muito antiga do Brasil e que o esforço para a erradicação da aftosa no envolveu vários ministros, secretários, dezenas de governadores, secretários estaduais e produtores.

“Chegando nesse ponto, já estamos iniciando um outro projeto para que, até 2022 ou 2023, o país receba o certificado de país livre de aftosa sem vacinação. Significa que nossos técnicos, o sistema de controle, junto com os produtores, já chegaram a conclusão de que uma vez livre com vacinação, também podemos ser livres sem vacinação, pois não temos o vírus circulando no Brasil há muitos anos.” Segundo o ministro, o Brasil ganhará muito com isso, “o valor da nossa carne vai mudar, teremos outro status pra trabalhar”, disse.

Maggi explicou que a vantagem trazidas por esses certificados é a abertura de mercados hoje fechados para os produtos brasileiros.

“Nós hoje não podemos vender, para a maioria dos países do mundo, carne com osso, por exemplo. Temos que desossar toda a nossa carne porque no osso é que tem o risco de se levar o vírus para outro país. Então, Japão não compra nossa carne, vários só compram desossada, tem países extremamente exigentes, como os EUA, por exemplo, para quem não podemos vender carne com osso também, na grande maioria carne processada. Então isso vai abrir um mercado muito grande. E não é só no mercado de carne bovina, mas também de suína.”
Edição: Amanda Cieglinski