Sul terá primeiro curso de produção cervejeira fora da Alemanha

Escola Superior de Cerveja e Malte, em Blumenau, oferecerá graduação em 2018
Por Marcos Graciani

graciani@amanha.com.br

Com crescimento de 17,5% no primeiro semestre, 610 cervejarias artesanais já estão instaladas no Brasil, de acordo com o último levantamento Ministério da Agricultura. O mercado está em ascensão e a profissionalização é que o que vai, cada vez mais, diferenciar as marcas. Esta é a aposta da Escola Superior de Cerveja e Malte (ESCM), primeira instituição de ensino superior especializada em cerveja da América Latina. É ela que terá, a partir de fevereiro de 2018, o primeiro curso de Engenharia de Produção Cervejeira fora da Alemanha. 

As aulas serão ministradas em Blumenau (SC) e o curso terá duração de 5 anos. O vestibular está com inscrições abertas até 13 de novembro (veja mais informações aqui). O objetivo das aulas é capacitar o aluno para que ele tenha uma visão global do funcionamento da cervejaria, além de um aprofundado conhecimento sobre a produção. A intenção é que o estudante possa contribuir na realização de processos, métodos e ferramentas mais eficientes para as marcas.

De acordo com o diretor da ESCM, Carlo Bressiani, o curso é mais um passo importante para diferenciar o Brasil no segmento. “O momento é de abertura de novos negócios ligados à cerveja e crescimento do interesse do consumidor. A partir de agora – e cada vez mais – se manterão em ascensão aquelas empresas que apostarem na profissionalização. É por isso que a ESCM busca tanto em cursos diferenciados”, comenta. 

Sobre a Escola Superior de Cerveja e Malte
Com mais de 4,5 mil alunos formados em três anos de atuação, a Escola Superior de Cerveja é Malte (ESCM) é a primeira e única instituição de ensino superior especializada na bebida da América Latina. É parceira da alemã Doemens Academy, uma das mais respeitas entidades do mundo. São cerca de 90 cursos diferentes, em mais de 200 turmas já realizadas. Na sede, em Blumenau, além das salas de aula estão disponíveis oito laboratórios voltados para o ensino de cerveja. Parcerias com cervejarias da região garantem visitas técnicas e relacionamento com o mercado durante os cursos.

Indústria de alimentos e associação de consumidores têm propostas diferentes para rótulos

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) organiza a discussão do tema em um grupo de trabalho para a reformulação do sistema brasileiro

As associações da indústria e de defesa dos consumidores apresentaram em outubro suas propostas para a reformulação dos rótulos nutricionais. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) organiza a discussão do tema em um grupo de trabalho para a reformulação do sistema brasileiro.

Em comum, as propostas das entidades têm a inserção de uma sinalização na parte frontal das embalagens, o caráter obrigatório desta sinalização e a intenção manifesta de aumentar a informação disponível ao consumidor.

A proposta da Abia (Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação) e da Abir (Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas não Alcoólicas) usa o formato conhecido como semáforo. As cores verde, amarelo e verde servem para sinalizar taxas leves, médias e altas de ingredientes como sódio, açúcares totais e gordura saturada. O modelo traz também os percentuais.

Segundo o presidente da Abia, Edmund Klotz, o modelo com cores é o que melhor informa sobre os nutrientes e o que dá ao consumidor poder na decisão de compra. "Confiamos na capacidade das pessoas em fazer suas escolhas alimentares, quando bem informadas", disse Klotz no lançamento da campanha, que tem como slogan "Liberdade de escolha".

A proposta entregue à Anvisa pela indústria usa porções como base. Assim, a cor verde indica que o consumo está aquém da recomendação diária do nutriente (IDR), indicando que pode-se ingerir uma quantidade maior do produto. O amarelo aponta que a porção do alimento está próxima da recomendação diária de consumo e o vermelho, que o consumo atinge o total diário recomendado do ingrediente.

Na tabela nutricional, propõe mudança da base de indicação das informações sobre os nutrientes para 100g, o que permitiria comparar alimentos de uma mesma categoria e de categorias diferentes. Também foi incluída declaração obrigatória dos açúcares totais.

A proposta do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) se estrutura em seis tipos de advertência, quatro para doses altas – açúcar, sódio, gordura total e gordura saturada, e duas para presença do ingrediente – contém adoçante, contém gordura trans. As advertências são apresentadas em selos. Se um produto apresenta um ou mais selos, o consumidor deveria evitá-lo.

Nessa proposta, a base de comparação seria fixada para todos os tipos de produtos, sejam eles processados (como atum enlatado, frutras em calda) ou ultraprocessados (como bolachas, macarrão, sucos de frutas em pó), o que, segundo o Idec, permite comparação facilitada.

"O Idec se pauta pelas escolhas mais saudáveis. Por isso, propomos advertências claras, simples e de fácil entendimento sobre a presença de alguns conteúdos em excesso que prejudiquem a saúde", diz Ana Paula Bertolotto, líder do Programa de Alimentação Saudável do Idec.

Representantes das entidades das indústrias e dos consumidores defenderam suas propostas em artigos para a seção Tendências/Debates da Folha.
No texto Rotulagem nutricional: objetivo é informar ou amedrontar o consumidor? , Alexandre Jobim, presidente da Abir, e Edmundo Klotz, da Abia, descrevem a proposta das duas associações de indústrias do setor.

Em Rotulagem nutricional: as evidências devem prevalecer , a nutricionista Ana Paula Bortoletto e a professora de design da Universidade Federal do Paraná Carla Spinillo explicam a proposta do Idec.

Fonte: Folha de S. Paulo

BRF, dona da Sadia e Perdigão, vai lançar nova marca para classe C

Kideli é um dos nomes em análise para nova linha de produtos da BRF, que baterá de frente com a concorrente Seara, da JBS
Daniel Castellano / Gazeta do Povo

Marcas Sadia e Perdigão perderam 11 pontos percentuais do mercado de congelados, em apenas três anos
07/11/2017 | 10h59 | Da redação, com agências

Afundada numa crise de gestão, que levará a companhia a ter seu quarto presidente em cinco anos, e com prejuízo de R$ 1 bilhão em nove meses, a BRF pretende lançar uma nova marca dirigida à classe C para tentar aumentar as vendas e recuperar participação no mercado. Kideli é um dos nomes em análise para essa nova linha de produtos.

A BRF, controladora das marcas Sadia e Perdigão, é a maior exportadora de frango do mundo, mas vem perdendo espaço no mercado interno progressivamente. Há três anos, Sadia e Perdigão tinham, juntas, 59,1% do mercado de congelados. Hoje, detém 48,4% do segmento, uma queda de quase 11 pontos porcentuais, segundo dados de junho da Nielsen.

O lançamento da marca popular é encarado também como um atalho para reduzir a alta capacidade ociosa nas fábricas da empresa. “Criar uma marca de combate pode ser uma saída para recuperar sua capacidade produtiva, que sempre girou de 90% a 95% e hoje está entre 70% e 75%”, afirma Gabriel Vaz de Lima, analista do Bradesco BBI.

Fontes do mercado chamam atenção para a dificuldade da BRF de parar a Seara, da JBS. Apesar de sua controladora enfrentar forte crise de reputação, com os irmãos Joesley e Wesley Batista presos, a concorrente ampliou sua fatia em congelados na última medição da Nielsen. Menos mal porque, segundo a mesma medição, a Sadia e a Perdigão ganharam juntas mais de 2 pontos percentuais, terminando o mês de julho com 32,6% e 15,8% no mercado de congelados, respectivamente. Um alívio para a empresa que, ao fim de maio, alcançara a pior participação no segmento em muitos anos. O desempenho, porém, inspira cautela, segundo fontes próximas à companhia. Ambas as marcas ainda estão longe de recuperar o espaço que já tiveram.

O prejuízo da BRF nos últimos trimestres, de outubro de 2016 até junho deste ano, beirou R$ 1 bilhão. Além de uma nova marca para a classe C, o cardápio de medidas de recuperação contempla redução de custos e contratação de novos executivos. Especialistas e fontes próximas à empresa receiam, porém, que os esforços sejam insuficientes para levar a empresa de volta ao azul em 2017. No primeiro semestre, as perdas foram de R$ 448 milhões.

Nas contas de Bradesco e Santander, por exemplo, mesmo se os resultados do terceiro e do quarto trimestre forem positivos, a BRF poderá ter prejuízo no fim do ano – ainda que muito menor que o de R$ 372 milhões apresentado em 2016.

A seu favor, a BRF tem o fim da “tempestade perfeita” que se abateu sobre a empresa no início do ano, diz Gabriel Vaz de Lima, analista do Bradesco BBI. A Operação Carne Fraca, que apurou esquema de pagamento de propina a fiscais sanitários, lançou dúvidas inicialmente sobre a qualidade dos produtos da empresa. Com embargos à carne brasileira e clientes temerosos, a BRF teve queda na demanda e viu dispararem gastos com transporte e armazenamento de produtos.

A empresa também convivia com pressão nos custos causada pela alta do preço do milho, usado na alimentação dos frangos de Sadia e Perdigão, em 2016. Esses efeitos agora começam a se dissipar com a gradativa melhora nas exportações e estrutura de custos mais equilibrada na cadeia de produção. ”Conjunturalmente, o cenário está muito favorável à empresa”, afirma Ronaldo Kasinsky, analista do Santander. “Mas há dúvida sobre a capacidade execução. Vai acertar na gestão ou seguirá no processo de tentativa e erro?”.

Fundos X Abilio Diniz

O temor de que problemas de gestão minem a recuperação da companhia, manifestado por analistas como Kasinsky, é compartilhado pelos fundos de pensão Petros (dos funcionários da Petrobrás) e Previ (Banco do Brasil), que são os principais acionistas da BRF, com 22% da companhia.

Os fundos travam uma disputa com o empresário Abilio Diniz, que preside o conselho de administração e detém cerca de 4% da BRF. A gigante de alimentos precisa encontrar um novo diretor presidente até o fim do ano, quando Pedro Faria deixa o cargo, em função da sequência de prejuízos iniciada em 2016 (R$ 376 milhões), o primeiro resultado negativo desde que a BRF foi criada em 2009.

Segundo pessoas próximas ao processo, a empresa de recrutamento contratada para encontrar o novo CEO já teria recebido algumas negativas. Os executivos sondados alegaram dificuldade em trabalhar com Abilio, conhecido pelo perfil centralizador. O empresário chegou a BRF quatro anos atrás com apoio da Tarpon, após perder uma turbulenta disputa societária no Pão de Açúcar, rede varejista que herdou do pai.

Procurada, a empresa informou que “não comenta especulação” e que “o processo de sucessão está sendo conduzido por um comitê eleito pelo conselho e sob sigilo”. Petros e Previ preferiram não se manifestar sobre o assunto. O resultado das vendas da BRF no terceiro trimestre será divulgado na quinta-feira (9).

Preço do leite recua em Minas Gerais pelo 5º mês consecutivo

Valor líquido de outubro caiu 5,63% ante setembro
Michelle Valverde

Na média Brasil, houve um aumento na captação de agosto para setembro, de 4,19%/

Pelo quinto mês consecutivo, os preços do leite em Minas Gerais apresentaram retração. De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a queda nos valores pagos pelo leite se deve ao aumento da produção e à demanda enfraquecida. Em outubro, referente à produção entregue em setembro, o pecuarista de Minas Gerais recebeu, em média líquida, R$ 1,03 pelo litro de leite, o que significou retração de 5,63% na comparação mensal. Em relação a outubro de 2016, a queda já chega a 27,9%.

Em Minas Gerais, o valor médio bruto praticado em outubro foi de R$ 1,13, preço que ficou 5,69% menor que o verificado em setembro.

Na média Brasil, composta pelos estados da Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e Goiás, o recuo no valor líquido do leite foi de 7,3% frente ao mês anterior, com o produto negociado a R$ 1,00 por litro.

O levantamento feito pelo Cepea mostrou que a captação de leite em Minas Gerais e em outros importantes estados produtores apresentou alta, o que contribuiu para mais um período de retração nos preços pagos aos pecuaristas, uma vez que o mercado consumidor segue retraído em função do menor poder de compra das famílias.

Na média Brasil, houve um aumento na captação, de agosto para setembro, de 4,19%. Os pesquisadores do Cepea ressaltam que nos estados do Sul do País, a captação continuou crescente, porém, em menor intensidade frente aos meses anteriores. Em Minas Gerais, o período de safra ainda não ganhou força devido aos baixos volumes de chuvas, levando ao avanço na produção de apenas 3,1%. De julho para agosto o incremento na captação da média Brasil foi de 5%.

A zootecnista e analista de mercados da Scot Consultoria, Juliana Pila, explica que, ainda que o aumento da produção de leite tenha sido menor que o verificado nos meses anteriores, a demanda enfraquecida por parte dos consumidores é o principal fator que vem provocando a queda nos preços pagos pelo leite.

A queda verificada nos preços, segundo os cálculos da Scot, também ficou menor no período. Na média nacional da Scot, o litro de leite foi negociado a R$ 1,06 por litro, sem frete. Comparando com mês anterior, o recuo foi de 2,5%.

“Apesar de ser considerável, a queda nos preços foi menor que a verificada no pagamento anterior, que foi de 3,6%. O principal motivo para a desvalorização dos preços do leite é o consumo, que está bastante fraco. O aumento da produção e o consumo não acompanhando vem pressionando todos os elos da cadeia leiteira. Em outubro, houve uma recuperação dos preços dos lácteos nos supermercados, mas não em função da melhora do consumo. A alta aconteceu porque a indústria vem trabalhando com margens negativas e está tentando recuperar estas perdas. Para o produtor, uma possível recuperação dos preços ainda dependerá do aumento do consumo”, explicou Juliana.

Expectativas – Para os próximos meses, as expectativas ainda são incertas e tendem entre uma nova queda e a estabilidade dos valores. Cerca de 48% dos agentes consultados pelo Cepea, que representaram 47,5% do volume de leite amostrado, acreditam que os preços em novembro devem registrar novo recuo. Por outro lado, 43,8% dos colaboradores, que representam 46,2% do volume amostrado, apostam em estabilidade. Somente 8,3% ou 6,3% do total acreditam que o preço pago ao produtor pode subir.

A analista de mercados da Scot Consultoria explica que em dezembro e janeiro a tendência é de queda no consumo de leite UHT em função do período de férias e festas de fim de ano. Porém, neste período, a demanda por produtos lácteos de maior valor agregado, como creme de leite, leite condensado e manteiga tende a aumentar.

“O consumo de lácteos, principalmente de maior valor agregado, está muito relacionado com poder de compra do consumidor e o momento de crise econômica influencia negativamente no consumo. Por outro lado, alguns indicadores econômicos como a recuperação do Produto Interno Bruto, pagamento do 13º salário e a tendência de aumento das vagas temporárias podem ajudar a elevar o consumo. A expectativa é de melhora dos preços para os produtores no médio e longo prazos”, disse Juliana.

Panettones Aymoré já estão disponíveis no mercado nos sabores frutas e chocolate

Os mineiros vão se deliciar com os Panettones Aymoré, marca do portfólio da Arcor do Brasil, que há mais de 90 anos faz parte dos bons momentos em família. Líder na categoria de Biscoitos em Minas Gerais, a marca apresenta o portfólio com opções de panettones da linha regular e recheado para o Natal 2017.

Apostando na tradição, a fabricante oferece dois sabores para a linha regular: Gotas de Chocolate e Frutas Cristalizadas, ambos em embalagem de 400g, com preço sugerido de R$ 14,99 a unidade. Outra opção que compõe o portfólio da marca é o Panettone Recheado no sabor Chocolate, com 530g, e preço sugerido de R$ 18,99 a unidade.

Qualidade
Assim como nas demais linhas de Panettones da Arcor, a Aymoré utiliza fermentação 100% natural e ingredientes de primeira qualidade, garantindo maciez e uma massa mais úmida.
Embalagem
Para 2017 a marca traz para o ponto de venda um layout moderno e colorido, marcado pelo grafismo natalino nas embalagens e pelo trabalho com cores. O azul claro representa a tradição de seus mais de 90 anos, o azul escuro remete à modernidade e inovação e a terceira e última cor faz referência ao sabor de cada produto.
Liderança Aymoré
A Aymoré é a marca preferida dos mineiros quando o assunto é biscoito. Na grande BH, a marca possui 33% de share volume. No estado de Minas Gerais, os índices são 25% em volume.

Sobre a Aymoré
A Aymoré, marca de biscoitos de Minas Gerais do portfólio da Arcor do Brasil, possui fábrica e centro de distribuição em Contagem, na região central de Belo Horizonte. Há 93 anos conquista os corações dos mineiros. É líder no segmento de biscoitos na região e realiza ações para se aproximar cada vez mais dos consumidores.

A linha é apresentada nas versões Cream Crackers, Salpet, Maizena, Amanteigados, Recheados, Rosquinhas, Wafers e a linha saudável (cookies e crackers) com a marca Cereal Mix, lançada em 2012 no mercado brasileiro. Essas, entre outras informações, podem ser encontradas na linha do tempo da marca pelo site: http://www.aymore.com.br e pela Fan Page http://www.facebook.com/biscoitosaymore.

Burocracia impede que alimentos produzidos por pequenos chegue à merenda

Conjuntura / 07 Novembro 2017

Para muitas crianças a refeição oferecida nas escolas é a única alimentação do dia. A fim de garantir as condições mínimas de um aprendizado com dignidade, o Conselho de Alimentação Escolar (CAE) fiscaliza o uso dos recursos federais destinados à alimentação escolar. Além disso, o órgão deve fazer a prestação de contas e cumprir a meta de compra de alimentos da agricultura familiar – a diretriz do Governo determina que no mínimo 30% do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação sejam destinados à compra de alimentos produzidos por agricultores familiares.

Mas as dificuldades dos produtores rurais para cumprir a legislação são inúmeras. Para que possam fornecer alimentos para as escolas precisam enfrentar uma série de exigências burocráticas que muitos não têm condições de realizar, além da logística difícil, muitas vezes, de transporte das mercadorias.

– Por causa disso, as escolas públicas do Estado do Rio de Janeiro adquirem menos de 20% dos alimentos da merenda de agricultores familiares, prejudicando a meta proposta e, principalmente, pondo em risco a qualidade no fornecimento de uma alimentação saudável – declara a presidente do CAE/RJ, Sandra Helena Pedroso.

O CAE/RJ busca entender qual a melhor maneira de contribuir para a solução desse problema. Depois de realizarem um levantamento inicial, os conselheiros identificaram a necessidade de visitar as escolas. Este ano, já realizaram visitas em 28 escolas públicas da capital (Andaraí, Bangu, Campo Grande, Méier, Realengo) e do interior do estado (Campos de Goytacazes, Carmo, Itaboraí, Maricá, Niterói, São Francisco de Itabapoana, São Gonçalo, Sapucaia, Valença e Vassouras) que atendem alunos do Ensino Fundamental, Ensino Médio e EJA, além de Formação de Professores, em turnos diversos.

Após as visitas, o Conselho percebeu que o grande problema é a falta de capacitação na gestão de prestação de contas, licitação e gestão financeira. Segundo a presidente Sandra Helena, que também é contadora, essas dificuldades são naturais, pois os diretores não foram preparados para tanto.

– Temos insistido na necessidade de os diretores das escolas terem contadores como parceiros , que possam prestar esse serviço às escolas públicas, já que as escolas têm responsabilidade e autonomia administrativa e financeira – explica Sandra Pedroso, que foi eleita presidente do CAE/RJ este ano, por meio do Programa de Voluntariado da Classe Contábil (PVCC). Ela também integra o Conselho Regional de Contabilidade do Rio de Janeiro.

Outro problema apontado pelo CAE/RJ é o uso compartilhado de escolas estaduais com o município, em alguns horários, o que causa problemas de manutenção e de infraestrutura.

Segundo a conselheira, o CAE/RJ vem contribuindo na discussão sobre os entraves burocráticos enfrentados pelo agricultor e colabora para buscar saídas para uma maior capacitação em gestão, como é a proposta traçada para os seminários que o CAE deve oferecer em 2018.

O curso de formação de professores deve desenvolver, dentre outros conhecimentos, a gestão de pessoas, a gestão no processo de compra de alimentos e produtos, a elaboração de cardápios, o reaproveitamento de alimentos, o consumo e o descarte sustentáveis, conhecimento das leis e prestações de contas.

Sandra Helena ressalta ainda que o estreitamento dos laços entre os órgãos envolvidos na questão é fundamental para o efetivo fornecimento de alimentos de qualidade à merenda dos estudantes da rede pública estadual. "Acreditamos que ao garantirmos uma boa alimentação para os alunos e uma infraestrutura adequada de aprendizagem, a educação pode transformar o país".

Em 2018, o CAE realizará seminários em diversos municípios brasileiros para discussões sobre alimentação, segurança nutricional, prestações de contas e a importância do profissional da contabilidade no apoio às escolas, bem como ações conjuntas com o CRC/RJ, os CAEs , os MPRJ locais, o TCU, as Secretarias de Educação e a sociedade civil.

Professor diz que burocracia tributária prejudica o empreendedorismo

Apesar dos recentes progressos para melhorar a vida dos empreendedores, o coordenador do MBA em Empreendedorismo da FGV, Marcus Quintella, afirma que a burocracia tributária continua prejudicando a iniciativa de quem quer ter o seu próprio negócio no Brasil. O especialista ressalta que os tributos equivalem, em média, a 68,4% do lucro das empresas.

– Cada vez que um empreendedor tiver dificuldades para abrir uma empresa, não obtiver licenças de construção e operação, entre outras, for obrigado a cumprir procedimentos burocráticos descabidos, levar muito tempo para conseguir ligações de eletricidade, gás, água e esgoto e não tiver acesso facilitado a crédito, menos novos negócios serão abertos no país e, consequentemente, menos empregos serão gerados, menos tributos serão pagos e menos crescimento econômico acontecerá – afirma Marcus Quintella.

O professor da FGV lembra que esse conjunto de empecilhos já se reflete na queda da taxa de empreendedorismo do brasileiro. Ele cita a nova edição do relatório Doing Business, do Banco Mundial, que mede a facilidade de se fazer negócios em 190 países.

– A nota do Brasil até melhorou marginalmente, subindo de 56,07 pontos em 2017 para 56,45 na edição 2018 do índice, mas o país caiu duas posições no ranking: agora amargamos a 125ª posição.

Marcus Quintella destaca que, se houver pressão da sociedade sobre os governantes e legisladores para a melhoria desses gargalos, o Brasil poderá reagir a médio prazo.

– Temos um povo empreendedor – observa.

Confeitaria familiar que começou na garagem de casa fatura R$ 1 milhão por mês em Goiás

Hoje, a Doce Paladar tem nove unidades, três fábricas e uma distribuidora de alimentos, além de outras nove lojas somente de coxinhas

07.11.2017|Por Agência Sebrae de Notícias

A Doce Paladar Confeitaria começou suas atividades em Anápolis no início dos anos 1990, pelas mãos do casal de empreendedores Else Silva Ribeiro e Rubens Rebelo. Else produzia bolos para familiares e amigos.

Suas criações começaram a fazer sucesso, e muitos pedidos foram surgindo.

O casal trabalhava durante a semana em seus empregos, e nos fins de semana produzia os bolos.

O negócio prosperou, eles reformaram a garagem de sua casa para ampliar a produção e batizaram oficialmente a empresa com o nome que leva até hoje.

No final de 1999, o irmão de Else, Elcival Vitor Silva, entrou no negócio, levando para lá sua vasta experiência anterior como diretor de concessionárias de veículos e em gerenciamento de grande consórcio. “Começamos a crescer. Construímos uma nova unidade, com vitrines diferenciadas, softwares de controle e um ambiente aconchegante e imponente, assumindo a liderança absoluta no mercado de tortas e doces na cidade”, relembra Elcival.

Em 2002, a Doce Paladar compra uma empresa de salgados, e também começa a se destacar nesse segmento. Em 2006, Gabriel Rebelo Neto, filho de Else e de Rubens, se formou em Engenharia de Alimentos e começou a expansão da marca em Goiânia, onde, nos anos seguintes, a empresa construiu uma sede de 900 m2.

Atualmente, segundo Elcival, o empreendimento tem nove lojas (cinco em Anápolis, duas em Goiânia, além de Alexânia e Valparaíso), três unidades produtivas e uma distribuidora de alimentos, além de outras nove lojas somente de coxinhas.

O Grupo Doce Paladar conta com 185 funcionários, além de um engenheiro de alimentos e dois nutricionistas, produz diariamente 20 mil salgados, 3 mil doces e 350 kg de tortas doces. As vendas mensais estão em quase R$ 1 milhão.

Em sua trajetória de sucesso, a empresa contou com o suporte do Sebrae Goiás. “Fizemos vários cursos e consultorias ao longo desse tempo. Sobre congelamento de alimentos, panificação e confeitaria, boas práticas de fabricação, gerenciamento, planejamento estratégico e Empretec, entre outros”, diz Elcival.

Agora, o Grupo está sendo um dos primeiros no Programa Goiás Franquia, do Sebrae, que dá suporte à formatação do negócio para o modelo de franchising, para expandir ainda mais o empreendimento.

DADINHO AUMENTA SUA FAMÍLIA DE PRODUTOS

Se Dadinho já era bom, imagine agora com mais cinco novos produtos que estão chegando às gôndolas dos mercados e atacadistas do Brasil. A linha “Vai com você para onde você for”, traz versões em miniatura do bombom wafer, do creme de amendoim e do próprio Dadinho. E a grande novidade, o bombom bola.

“O Dadinho, mesmo com mais de 60 anos de história, continua em busca de novidades e novos públicos, principalmente os jovens. Depois do lançamento Família Dadinho e agora com os novos produtos, nós procuramos sempre atualizar a marca e acompanhar a necessidade do seu público”, conta Anderson Siqueira, do marketing.

Os minis bombons wafer e os mini dadinhos têm embalagens de 100grs. e 150grs, trazendo mais praticidade seja na bolsa para levar ao trabalho ou para ir ao cinema, na hora do lanchinho na escola e incrementar uma taça de sorvete.

Para quem se surpreendeu com a chegada da versão creme de Dadinho, a novidade agora são os minis saches de 28grs, uma inovação no segmento e uma ótima opção para um intervalo de atividades ou para enfrentar uma viagem longa, por exemplo.

O tradicional bombom wafer dadinho 9g. tem nova versão na embalagem take one de 450g, ideal para pequenos varejos, lojas de conveniência e restaurantes. “Esse bombom na versão individual é a melhor opção para quando bate aquela vontade de comer um chocolate gostoso após o almoço”, sugere Anderson Siqueira.

O quadradinho de amendoim mais famoso do Brasil também passou por mudanças e ganha a versão redonda, o bombom Dadinho de 18 g, uma combinação de Dadinho envolto numa casquinha crocante de wafer e coberto com chocolate ao leite. Será comercializado em embalagens de 500g e 900g.

História: A marca Dadinho nasceu em 1954 com a embalagem inspirada na comemoração do IV centenário da cidade de São Paulo. O produto à base de amendoim é uma das guloseimas mais famosas do Brasil, ultrapassando fronteiras e décadas.  O nome foi dado pelos próprios brasileiros devido ao seu formato de cubo. Dadinho também foi um dos primeiros produtos nacionais a utilizar papel metalizado como embalagem, uma grande novidade na época do lançamento. Atualmente é fabricado pela Bono Gusto Alimentos de Ribeirão Preto, mas quem detém os direitos da marca é a empresa Doce Sabor, de São Paulo.

www.dadinhooriginal.com.br | Instagran: @oficialdadinho
Facebook: www.facebook.com.br/oficialdadinho

Fonte: VN Comunicação

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Maçã transgênica, que não escurece, invade a salada de frutas

Primeira variedade de maçã transgênica que resiste à oxidação começa a ser vendida nos Estados Unidos neste mês. Produtor espera impulsionar consumo da fruta, estagnado há 20 anos

A salada de frutas geneticamente modificada chegou à mesa dos consumidores. Depois do mamão papaia resistente a vírus, agora é a maçã transgênica que começa a ganhar espaço nas quitandas.

Neste início de novembro, a primeira safra comercial de variedade transgênica de maçã verde (do tipo Golden Delicious) está sendo despachada dos pomares de Washington para cerca de 400 frutarias do Meio-Oeste americano. Elas serão vendidas fatiadas, prontas para o consumo, em pacotes de 300 gramas e, por serem modificadas geneticamente, demoram muito mais para escurecer quando expostas ao ar.

Se por um lado os transgênicos respondem por grande parte da safra de grãos norte-americana – como milho e soja –, esse não é o caso das frutas. Kevin Folta, professor de horticultura da Universidade da Flórida, lembra que há pouco incentivo comercial para pesquisar e cultivar frutas transgênicas devido aos custos de mudanças na legislação alimentar, e também pelo risco de rejeição dos consumidores. O mamão papaia do Havaí, desenvolvido para resistir a um vírus letal, era até agora o único fruto transgênico presente nos supermercados.

Não há evidência de que alimentos modificados geneticamente causem qualquer problema à saúde, mas a tecnologia ainda desperta polêmicas, com alguns consumidores dispostos a pagar mais caro por alimentos produzidos de forma convencional.

A marca de frutas Okanagan, da Colúmbia Britânica, no entanto, aposta que a conveniência de uma maçã que não escurece rapidamente após ser cortada vencerá a resistência dos consumidores. A empresa acaba de colher 50 toneladas das maçãs “árticas” – apelido dado à variedade modificada geneticamente. É o suficiente para atender a demanda por dois meses, avalia o presidente da companhia, Neal Carter.

Carter acredita que o frescor e a resistência prolongada das maçãs terão um apelo especial a pais que vivem muito ocupados, obtendo inclusive um preço melhor no mercado. “Qualquer que seja a opinião das pessoas sobre a transgenia e sobre nossas maçãs árticas, o fato é que ninguém contesta que aumentar o consumo de frutas e vegetais frescos é uma escolha saudável”, aponta Peter Hirst, professor de horticultura da Universidade de Purdue, em West Lafayette, no estado de Indiana.

“Se essa tecnologia levar mais gente a colocar maçãs fatiadas no lanchinho das crianças, já é uma ótima coisa”, diz Hirst. Maçãs transgênicas, em particular, podem ser uma aposta arriscada. As maçãs são vistas como a quintessência do que representa um alimento saudável para os filhos. “Estamos falando de um mercado muito sensível” – lembra Jim McFerson, professor de horticultura da Universidade Estadual de Washington. Segundo McFerson, alguns agricultores do Noroeste, a maior região produtora de maçã dos Estados Unidos, entendem que introduzir a maçã transgênica no mercado traz o risco de macular a imagem positiva do fruto na mente dos consumidores.

Enquanto morangos são simplesmente morangos para a maioria dos consumidores, as maçãs se apresentam em inúmeras variedades, e muitas alcançam preços “premium”, como a variedade Honeycrisp (similar à Fuji).

A maçã transgênica está em gestação há vários anos. Neal Carter e a esposa, Louisa, fundaram a empresa Okanagan em 1996 e desde 2003 começaram os experimentos com a variedade ártica. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos regulamentou o produto em 2015. A variedade transgênica é obtida eliminando-se o gene que libera a enzima que oxida a maçã. A maior parte das lavouras transgênicas gera aumento de produtividade, ao melhorar o controle de pragas e plantas daninhas. Mas Hirst acredita que alimentos desenvolvidos com características que apelam ao consumidor – como maior concentração de vitaminas – podem conquistar a preferência das pessoas.

Nos Estados Unidos, alimentos com manipulação genética não precisam ser rotulados, então as maçãs árticas serão vendidas sem o selo de transgênico. A informação sobre como a fruta foi produzida estará disponível por meio de QR Code, no site da empresa e também por um serviço 0800.

O consumo de maçã nos EUA mantém-se estagnado há 20 anos, num contexto de aumento dos índices de obesidade, o que faz a empresa Okanagan apostar na aparência da variedade ártica para dar novo impulso à demanda. Atualmente, cerca de 115 hectares de maçãs árticas estão cultivados no estado de Washington, incluindo opções para os tipos Golden Delicious, Granny Smith e Fuji. Neal Carter planeja expandir o cultivo para mais de 400 hectares até 2020. A empresa pretende, ainda, levar o plantio para o Canadá e outros países.

A maçã transgênica foi testada junto aos consumidores no início do ano, em pesquisas de mercado em seis cidades. Agora, pela primeira vez, chegará às frutarias e supermercados. Dos que experimentaram, mais de 90% disseram que comprariam a fruta, caso a encontrassem à venda.

“O objetivo das maçãs árticas é promover a alimentação saudável, incrementar o consumo da fruta e reduzir o desperdício dos alimentos, independentemente de renda ou qualquer outro fator”, assegura Carter.
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Codex recomendará maior rigor na informação de componentes de alimentos vendidos na internet

Está sendo formulada no âmbito do Codex Alimentarius a regulamentação voltada para informar aos consumidores o conteúdo detalhado de rótulos de alimentos quando comercializados pela internet. A decisão foi tomada pelo Comitê de Rotulagem de Alimentos (órgão subsidiário do organismo internacional), que reuniu-se em Assunção, no Paraguai, no último mês.

De acordo com o presidente do Codex, Guilherme Costa, a preocupação com a rotulagem de produtos alimentícios nas vendas on line se deve ao aumento observado nesse segmento no mundo todo, desde que grandes redes de supermercados aderiram ao e-commerce. “Nosso compromisso é com a segurança, com a qualidade dos alimentos. E as vendas pela web devem obedecer à mesma determinação que rege as vendas físicas, informando dados como composição, data de validade, presença de alergênicos”, explicou.

O modelo de regulamentação a ser submetido à Comissão do Codex será apresentado em 18 meses, na próxima reunião ordinária do Comitê de Rotulagem, prevista para o Canadá. A responsabilidade do tema ficou com integrantes do Codex do Reino Unido, assistidos por colegas do Chile, Japão, Índia e Gana.

Também foi decidido pelo comitê aprofundar legislação acerca de produtos que contém alergênicos, sobre o uso de novas tecnologias na produção de rótulos e definição do que são teores elevados de açúcar, sódio e gordura contidos em alimentos e bebidas.

“São medidas que afetam diretamente os consumidores e que exigem adaptações da indústria do setor e que têm repercussão econômica. Mas toda a base de exaustiva discussão é científica”, observou o presidente.

O Codex Alimentarius é reconhecido pela Organização Mundial do Comércio como referência internacional para a solução de disputas sobre segurança e manutenção de práticas leais no comércio internacional de alimentos. Foi criado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) e elabora padrões que são reconhecidos internacionalmente, códigos de práticas, orientações e outras recomendações relativas a alimentos, produção de alimentos e inocuidade alimentar.