Empresas comercializam legumes que iriam para o lixo por serem feios

Publicado em 30/10/2017 por Folha de S. Paulo Online

Seguir um padrão de beleza também é um problema para frutas e legumes. Cenouras com duas pontas ou beterrabas tortas nem chegam aos supermercados. Batatas e cebolas feias, quando conseguem um lugar nas gôndolas, são desprezadas pelos consumidores.

Da produção até o ponto de venda, essa discriminação gera desperdício de alimentos que, apesar de estarem fora dos padrões, têm o mesmo valor nutritivo dos outros.

Segundo dados da FAO (órgão da ONU para a Agricultura e a Alimentação), o Brasil está entre os dez países que mais descartam alimentos no mundo. "Não se sabe o quanto disso se deve à perda de produtos fora das especificações, mas sem dúvida é um número importante", diz Helio Mattar, diretor-presidente do Instituto Akatu, que estimula o consumo consciente.

Alberto Rocha/Folhapress

Frutas e legumes fora dos padrões vendidos pela empresa Fruta Imperfeita, de SP

Mas há gente empenhada em resolver esse problema. Em novembro de 2015, o engenheiro mecânico Roberto Matsuda, 33, e a engenheira de alimentos Nathalia Inada, 31, criaram o Fruta Imperfeita, um serviço de delivery de cestas de produtos recusados pelo mercado.

A ideia surgiu a partir de uma conversa com um produtor rural. Ele contou que, se um milho fosse maior ou menor que a bandeja dos supermercados, não seria aceito. Com isso, até 15% de sua produção ia para o lixo.

O casal decidiu criar um negócio que ajudasse produtores e conscientizasse consumidores. Primeiro, pensaram em abrir uma loja. "Mas o cliente continuaria escolhendo o legume menos imperfeito", diz Matsuda.

Hoje, a empresa tem cerca de mil assinantes de cestas, que são entregues em bairros da zona sul e do centro da capital paulista.

O pacote mais vendido custa R$ 96 por mês e entrega cinco quilos de frutas e legumes por semana. O cliente não escolhe o conteúdo, que varia de acordo com a disponibilidade dos produtores.

Até agora, a empresa vendeu mais de 300 toneladas de alimentos que seriam descartados. "Temos o preço baixo, mas o que fideliza os clientes é a preocupação com a sustentabilidade", diz Matsuda.

Já nos supermercados é exatamente o preço que pode deixar os feios mais atraentes. Neste ano, as lojas do hipermercado Extra ganharam uma seção que oferece 20% de desconto em frutas e verduras fora do padrão. A adesão dos clientes tem sido alta, segundo Laura Pires, diretora de sustentabilidade do Grupo Pão de Açúcar.

Em todas as marcas do grupo, os alimentos que acabam esquecidos nas gôndolas são doados a entidades -em 2016, foram 3.733 toneladas a mais de 300 instituições.

EMBALAGEM CERTA

Para tentar resolver os problemas das perdas durante o transporte, a Embrapa, em parceria com Universidade Federal do Rio de Janeiro e o Instituto Nacional de Tecnologia, desenvolveu embalagens específicas para manga, mamão, morango e caqui.

As frutas passaram por escaneamento 3D para que fossem desenhadas bandejas capazes de acomodá-las em cavidades separadas, diminuindo choques. No caso de manga, mamão e caqui, a embalagem tem uma estrutura resistente de plástico e fibra vegetal, que substitui caixas de madeira ou papelão e pode ser empilhada, favorecendo a ventilação das frutas.

Já os morangos são acomodados lado a lado, sem sobreposição, diferentemente das embalagens convencionais, nas quais as perdas chegam a 40%. No modelo da Embrapa, esse índice é inferior a 5%, segundo o pesquisador Antônio Gomes Soares, responsável pelo projeto.

Patricia Stavis/Folhapress

Frutas e legumes fora do padrão vendidos com 20% de desconto em loja do Extra em SP

Os estudos foram concluídos em 2015, e, agora, a transferência de tecnologia está sendo negociada com empresas de grande e médio porte. "Com isso, será possível haver uma maior oferta de produtos sem aumento da área plantada", afirma Soares.

Foi o que também aconteceu na Caisp (Cooperativa Agropecuária de Ibiúna), que vende produtos de 150 agricultores da região (a 69 quilômetros de São Paulo). Com recursos do governo do Estado, há dois anos, a cooperativa refrigerou seu galpão de 3.200 metros quadrados e sua frota de 30 caminhões.

Além disso, adquiriu uma unidade de processamento de saladas, que usa produtos fora do padrão. Assim, reduziu o descarte de cerca de 22% para até 12%, segundo Gilberto Endo, gerente-geral da Caisp. O que sobra vira adubo orgânico. "Com menos perdas, sobra mais dinheiro para os cooperados", diz.

Comissões debatem aumento da tributação de refrigerantes

Recomendação do Conselho Nacional de Saúde sugere um tributo adicional de 20% sobre as bebidas açucaradas para desestimular o consumo do produto

As comissões de Seguridade Social e Família e do Esporte da Câmara promovem audiência pública nesta terça-feira (31) para discutir o aumento da carga tributária de bebidas açucaradas. Uma recomendação do Conselho Nacional de Saúde (CNS), de junho deste ano, propõe a aplicação de um tributo adicional de 20% sobre as bebidas açucaradas e pede que os recursos obtidos sejam utilizados para financiar políticas de enfrentamento à obesidade infantil.

O pedido para realização do debate é dos deputados Sérgio Vidigal (PDT-ES), Cristiane Brasil (PTB-RJ) e Evandro Roman (PSD-PR). Vidigal destaca que o uso de uma política fiscal para desestimular o consumo de alimentos que prejudicam a população pode incentivar atitudes mais saudáveis.

Sérgio Vidigal vai apresentar projeto com a recomendação do CNS

"A proposta não é simplesmente para você aumentar a receita, a proposta é para que o brasileiro possa mudar seus hábitos alimentares. A nossa audiência pública é exatamente para ouvir as instituições para elaborar um projeto de lei com essa recomendação do Conselho Nacional de Saúde”, afirmou, lembrando que no Brasil já se gasta anualmente com doenças relacionadas à obesidade em torno de R$ 3,6 bilhões.

Sérgio Vidigal elogiou também a aplicação dos recursos do novo tributo para financiar políticas de enfrentamento à obesidade infantil.

"A proposta é que esses recursos oriundos dessa sobretaxa sejam utilizados para atividades esportivas e também na saúde, porque é exatamente onde a gente tem tido um custo muito maior devido ao crescimento da obesidade no Brasil", alertou.

Sérgio Vidigal já havia apresentado projeto de lei para promover a redução do consumo de açúcar por meio do aumento de impostos, mas retirou o projeto para modificá-lo a partir do debate.

O Ministério da Saúde divulgou este ano metas para a Década da Nutrição da ONU que incluem a redução do consumo de refrigerantes. De acordo com dados divulgados pelo o órgão, 40% das crianças com menos de cinco anos já consomem refrigerante com frequência e mais da metade dos brasileiros está com excesso de peso.

A discussão do aumento de tributação para as bebidas será às 10 horas desta terça-feira, no plenário 7. O evento contará com a participação dos seguintes convidados:

– Coordenadora-geral de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, Michele Lessa Oliveira;
– Representante do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Janine Giuberti Coutinho;
– Coordenador-Geral de Tributação da Receita Federal do Brasil, Fernando Mombelli;
– Diretor-presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas não Alcoólicas (ABIR), Alexandre Kruel Jobim;
– Representante da Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição, Márcia Terra; entre outros.

Confira a relação completa de convidados aqui. O debate será interativo pelo portal e-Democracia.

Reportagem – Leilane Gama Edição – Geórgia Moraes

Chiquinho desenvolve produtos com açaí

27.10.2017 – 01:36

A rede de sorveterias Chiquinho Sorvetes desenvolveu produtos exclusivos que tem como base o açaí. Os lançamentos passarão a ser vendidos a partir de 1 de novembro em todas as unidades. "Há tempos comercializávamos açaí em nossa rede. Porém, nos últimos tempos, com a ascensão do produto, era preciso acompanhar a preferência dos consumidores e, para isso, entendemos que precisaríamos mudar a maneira de servi-lo", disse a responsável pelo desenvolvimento de novos produtos, Elisane Bitencourt.

Após pesquisas de campo, a Chiquinho Sorvetes crou itens exclusivos, como o Shake Mix de Açaí e o Açaí no Cone (disponível em três opções: com Banana, Farinha Láctea e Leite Condensado com Morango e Leite Condensado e com Ovomaltine e chantilly). Também será lançado o Açaí no Copo, produto que permite cliente escolha um destes três componentes : banana, morango, Disqueti, farofa de amendoim, Farinha Láctea, Ovomaltine, leite condensado, granola, sorvete e Leite Ninho. O delicioso Milk Shake de Açaí permanece firme e forte no cardápio. Para divulgar os novos produtos, foi criada uma campanha específica, que estará em vigor durante todo o mês de novembro

Coca-Cola Zero Açúcar deve ser lançada em mais países em 2018

A Coca-Cola deverá lançar a versão zero açúcar em “todos os mercados-chave” no mundo em 2018. A companhia destacou o bom desempenho nas vendas do produto, que foi lançado em julho nos Estados Unidos, no relatório de apresentação de resultados da companhia no terceiro trimestre, divulgado na quarta-feira (25).

A Coca-Cola mudou a fórmula e o nome da Coca-Cola Zero nos Estados Unidos e substituiu o produto por uma nova versão batizada Zero Açúcar. O refrigerante não tem calorias ou açúcares e tem um gosto diferente ao da Coca-Cola Zero.

No mundo, a empresa teve lucro de US$ 1,4 bilhões, um aumento de 38% na comparação com o mesmo período do ano passado.

A Coca-Cola informou também que busca reduzir a quantidade de açúcar e que terá 500 produtos reformulados até o fim deste ano.

A redução de açúcar está diretamente ligada ao bom desempenho do negócio. Atualmente, segundo a empresa, de 21 marcas com valor acima de US$ 1 bilhão, 19 têm opções sem adição de açúcar ou com menor teor do ingrediente.

A Coca-Cola tem aproximadamente 500 marcas no total, vendidas em cerca de 200 países.

“Na Coca-Cola, levamos a sério contribuições positivas para o mundo. Isso começa com a redução de açúcar em nossas bebidas”, disse a empresa no comunicado.

No Brasil

A Femsa, que distribui os produtos da Coca-Cola na América Central e em países como México, Colômbia, Brasil e Argentina, também divulgou seu resultado nesta quarta.

A empresa mexicana teve lucro líquido trimestral de 3,15 bilhões de pesos (U$ 173,4 milhões), o que representa um aumento de 39% na comparação com o mesmo período do ano anterior. A empresa apontou que o consumo promissor no Brasil ajudou a aumentar as margens no período.

Após se consolidar no Nordeste, Blu mira SP

Empresa cearense conseguiu patentear um sistema de distribuição de água mineral a granel para condomínios residenciais e comerciais e já faz planos para expansão

São Paulo – A necessidade de garantir uma água confiável para beber, de forma mais prática e confortável, levou o empresário cearense Henrique Hissa a desenvolver um novo sistema de distribuição de água mineral a granel que acabou virando um negócio promissor em todo o Nordeste, especialmente em Fortaleza e Natal.

"Havia muita dificuldade de com transporte de galão e garrafas para garantir uma água de qualidade, então criamos um sistema a granel, com a instalação de um reservatório de aço inox e tubulações especiais direto na cozinha", explica Hissa.

Assim, com um funcionamento simples e de fácil execução, o equipamento denominado Blu foi patenteado, após 14 anos, e já está instalado em cerca de 200 condomínios entre residenciais e comerciais nas capitais do Nordeste. O cliente recebe a água mineral em casa ou no escritório de três maneiras, pode ser direto de uma torneira de consumo exclusivo para água mineral, no equipamento Blu, com água gelada e natural ou direto na geladeira side by side, se houver o equipamento.

Hissa afirma que o sistema pode ser instalado em qualquer condomínio, com a colocação de um reservatório específico para receber a água mineral. O abastecimento desse reservatório é feito por caminhões especiais dentro do tempo determinado e o cliente escolhe quantos litros de água mineral quer receber, 50, 100 , 200 ou 300 litros por mês.

"Funciona como assinatura semelhante à TV a Cabo. Cada cliente tem e paga o seu, e o condomínio não nenhum custo de instalação e manutenção", conta Hissa. A instalação e a individualização do sistema ficam por conta da Blu. "O cliente paga a mensalidade do que contratou em termos de litro. Todos os meses entregamos uma análise laboratorial que garante a qualidade da água mineral fornecida", diz.

Futuro

A patente levou 14 anos para sair, e chegou a hora de entrar no mercado de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, segundo o empresário. Com um investimento inicial de R$ 5 milhões, a meta é ter o sistema de água mineral direto em um ponto na cozinha ou em salas comercias das pessoas em 500 condomínios nos próximos 36 meses, só em São Paulo.

Para isso, foi formada em São Paulo uma equipe com cerca de oito representantes comerciais, que já visitaram mais de 30 construtoras. Uma parceria com uma fonte de água mineral em Mogi das Cruzes também já foi fechada. A instalação do sistema pode ser feita durante a construção ou mesmo depois da obra acabada. Nas capitais do nordeste o Sistema Blu entra como um diferencial estratégico em empreendimentos de alto padrão. A mesma estratégia está sendo usada junto às construtoras paulistas. "Devemos fechar os primeiros contratos no prazo de 50 dias", diz Hissa.

Anna França

Por que ter uma cervejaria artesanal é tão caro? Esse é um dos principais motivos

Mesmo pequenas para os padrões industriais, as cervejarias “artesanais” pagam impostos de “gente grande”. O que influencia inclusive o preço para o consumidor final

Naiady Piva [27/10/2017]

Há um mito de origem comum no mundo das cervejas artesanais que é assim: o cara começa a produzir por hobby, na garagem de casa; começa a distribuir garrafas para os amigos e descobre que dá para vender. Quando vê, tem um negócio na mão. Mas, detalhe: uma microcervejaria é uma indústria, o que significa enfrentar uma carga tributária robusta. Uma novidade é que, a partir de 2018, o Simples Nacional passa a aceitar essas empresas. Se isso vai facilitar a vida do empresário (ou baratear o preço para o consumidor), aí é outra história.

Pela regra antiga, produtores de bebidas alcoólicas (e até de cervejas sem álcool) eram proibidos de adotar o Simples. A partir do ano que vem, estão liberadas, além das micro e pequenas cervejarias, as micro e pequenas vinícolas, destilares e os produtores de licores.

A inclusão no regime era uma demanda antiga dos cervejeiros, pela característica dos negócios. Em geral são produções pequenas, que começam de forma artesanal, mas que pagam impostos "de gente grande".

O efeito disso é uma alta taxa de mortalidade das empresas. "Há esta visão míope do mercado de que 'está na moda'. Sim, é um setor que está crescendo, mas não significa que seja de maneira saudável. E isso é ruim para a cadeia como um todo", explica o presidente da Associação das Microcervejarias do Paraná (Procerva), Richard Buschmann. O estado é conhecido como um "polo cervejeiro".

A Abracerva, que acompanhou junto ao Sebrae a aprovação da nova lei, considera que o texto aprovado "ainda precisa de alguns aperfeiçoamentos. O principal deles é a inclusão, no Simples, da chamada substituição tributária, imposto que a indústria paga na fonte, no lugar do bar ou do revendedor, lá na ponta.

Isso é especialmente um problema na hora de vender para outros estados, segundo o presidente da Abracerva, Carlo Lapolli. Isto porque tem que pagar duas vezes o ICMS. Ele, que é de Santa Catarina, cita o exemplo de uma garrafa sua que sai por R$ 13,90 para o bar. No Paraná, o mesmo produto sai por R$ 21, por causa da duplicidade de imposto.

Mesmo o ICMS local é um grande vilão. Richard Buschmann, que além de presidir a Procerva é fundador da Bastards, explica que, até 2015, o setor tinha uma redução no imposto, no Paraná. Pagava 12% (atualmente está em 29%). "É uma renúncia fiscal que é tão pouco para o estado, e ajuda tanto as cervejarias. Não faz sentido não ter este desconto".

A Abracerva também considera baixo o limite de faturamento imposto pelo Simples. Mesmo com a ampliação do teto de R$ 3,6 milhões para R$ 4,8 milhões, que passa a valer em 2018. "A gente levou para a Câmara uma proposta de R$ 14 milhões. Porque é indústria, a gente trabalha com produtos, volumes maiores; não está no mesmo patamar de um bar, uma padaria", explica o presidente da entidade.

Na prática, as pequenas cervejarias acabam arcando com mais imposto do que as gigantes, que faturam na casa dos muito milhões. "Elas têm muitos incentivos fiscais que a artesanal não tem. Inclusive pelo benefício fiscal do refrigerante, que é concedido para quem fabrica na Zona Franca de Manaus e eles aproveitam na cerveja". destaca Carlo Lapolli.

Brew Pubs podem se beneficiar

Das cerca de 650 micro e pequenas cervejarias mapeadas pela Abracerva em todo o Brasil, a estimativa é de que apenas 10% possam se beneficiar da inclusão no Simples Nacional. Justamente a parcela representada pelas chamadas Brew Pubs, que fabricam e vendem as cervejas no mesmo estabelecimento.

Para as cervejarias descobrirem se vale ou não à pena aderir ao Simples, a regra é a mesma que vale para todas as empresas: colocar na ponta do lápis. Buscar um consultor, um contador, se necessário, e avaliar se vale a pena migrar ou não.

De qualquer forma "é melhor ter do que não ter" a alternativa de aderir ao Novo Simples, avalia o coordenador de políticas públicas do Sebrae Paraná, Luiz Marcelo Padilha.

Padilha também espera que a inclusão no novo Simples fomente a formalização das cervejarias. Pela característica do negócio, de muitas vezes começar sem intuitos comerciais, muitas empresas começam nos fundos de casa, literalmente. Na hora de formalizar é importante atentar para uma série de questões, como a tributação e as exigências do zoneamento municipal para abertura de uma indústria.

Sócios da Bastards Brewery, cervejaria que fica em Pinhais.Henry MilleoGazeta

A possibilidade de aderir a um regime de tributos simplificado pode atrair estes novos empresários para a formalidade. Mas, para quem está neste caminho, Richard Buschmann, da Bastards e da Procerva, tem um recado:

"Saber quais são os passos antes de se aventurar nesta jornada do empreendedorismo. Para evitar de errar o local [e escolher um imóvel que não pode receber uma indústria], quais licenças tirar, como fazer a consulta sobre qual o melhor tamanho. [A gente diz isso] para ajudar as pessoas a não se frustrarem. Dá um balde de água fria para não começar no impulso"
Quer saber mais sobre o mercado das microcervejarias? Ouça o podcast #14 de Vida Financeira:

Projeto fomentará o crescimento de cervejarias artesanais na região

/andre Lara

Com o objetivo de potencializar o polo cervejeiro de Ponta Grossa e região, através do incentivo à formalização dos produtores caseiros de cerveja, o Sebrae realizará um projeto de qualificação aos empreendedores interessados: o ‘Da Panela pro Mercado'. Na próxima semana, na terça-feira, dia 31, escritório regional do Sebrae em Ponta Grossa sedia o pré-lançamento do projeto, voltado para produtores com potencial de empreender. O projeto em si terá início em março do próximo ano, e faz parte das ações do projeto de potencialização das cervejas especiais do Paraná.

“A qualificação é voltada aos produtores de cerveja caseiros que querem ter uma marca, que querem empreender. O objetivo é tornar mais fácil e trazer clareza sobre algo que é muito complexo, já que uma indústria, para formalizar, por exemplo, leva entre oito meses e um ano”, esclarece a consultora do Sebrae na região, Michele Riquetti. No total, ela explica, é um projeto de qualificação que compreende três ciclos, com quatro encontros cada, com um total de 30 vagas. “Dentre os tópicos a serem abordados nos workshops estão modelos de negócios; processo de formalização da empresa; legislação específica; marketing e comunicação; finanças e tributação”, informa a consultora do Sebrae

Os produtores também terão esclarecimentos sobre o mercado, se, para eles, é mais interessante investir em uma cervejaria nova ou, de início, adotar o processo de produção ‘cigana’, ou seja, produzir suas bebidas nas estruturas de pequenas cervejarias já existentes na cidade, algo que é muito comum. “De forma geral, quem produz na panela, tem o anseio de comercializar. A partir do momento que crescer, vai precisar formalizar. E com isso, o preço de comercialização hoje poderá não ser mais o mesmo, já que 50% do preço do produto final neste ramo está relacionado à tributação. Por isso será abordado o melhor modelo”, informa, lembrando que há uma burocracia por ser um produto delicado, ligado à alimentação, precisando de um padrão de qualidade.

O projeto é voltado para produtores de toda a região dos Campos Gerais e terá um custo acessível, segundo explica a consultora. E a região dos Campos Gerais será pioneira no Estado. “A regional vai rodar esse piloto: o primeiro ciclo acontece em Ponta Grossa, e atende a região toda. Mas já existe demanda para levar para Curitiba e, a partir daí, para outras regionais”, conclui a consultora.

Pré-lançamento ocorre nesta terça-feira em PG

A programação do pré-lançamento inclui quatro talks, com o Sebrae/PR, a Associação das Microcervejarias do Paraná (Procerva), a Associação dos Cervejeiros Artesanais do Paraná (Acerva-PR) e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Às 20h50 acontece a palestra com Jamal Awalladak, engenheiro químico, PhD em processos bioquímicos, professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e apresentador do Canal Beer School, no Youtube. Ele vai falar sobre os desafios técnicos e financeiros da produção de cerveja em larga escala. As inscrições são gratuitas, limitadas a 70 pessoas. Elas podem ser feitas até segunda-feira (30) através do telefone (42) 3228-2500, com Vanessa ou Karine.

Polo Cervejeiro

O município de Ponta Grossa tem consolidado a instalação de um polo cervejeiro. Além da multinacional Heineken, presente na cidade há 20 anos, em 2016 se instalou em Ponta Grossa a maior cervejaria do grupo Ambev no Brasil. Além disso, há diversas microcervejarias com suas fábricas, como a Schultz, Oak, Palais, Tropeiro, Brauns, entre outras. Em municípios da região também há cervejarias artesanais, como a Nat Bier, de Palmeira.

KFC lança linha de sorvetes Kream Ball no Brasil

26 Outubro, 2017 agitosp KFC lança linha de sorvetes Kream Ball no Brasil

Marca traz para o país embalagem inédita que promete surpreender consumidores com uma experiência diferente no consumo de sorvetes

Sucesso na Europa, o Kream Ball acaba de chegar ao KFC Brasil trazendo um design inovador. A embalagem, em formato ‘bola’, é transparente e faz com que o consumidor enxergue toda a montagem do sorvete, de cima a baixo. Além disso, as sobremesas são acompanhadas de uma colher exclusiva assinada pelo KFC e desenvolvida especialmente para encaixar perfeitamente na boca, além de ter material resistente e ser ergonômica. “A colher permite que o consumidor saboreie até a última “gota” de sorvete”, afirma Juliana Pisani, diretora de Marketing do KFC Brasil.

Para o lançamento, o KFC trará três opções irresistíveis de Kream Ball: Alfajor Havanna, Ovomaltine® , e Cookie&Morango. O Kream Ball Havanna vem com alfajor de chocolate ao leite recheado com doce de leite, em pedaços, sorvete de baunilha e calda de doce de leite. O sabor Ovomaltine® conta com o inconfundível Creme Crocante Ovomaltine® , sorvete e flocos crocantes Ovomaltine® . Com calda de morangos de verdade, o Kream Ball Cookie&Morango traz sorvete coberto com cookie de chocolate. As novidades podem ser encontradas em todas as 36 lojas do KFC no Brasil pelo preço sugerido de R$7.

Reconhecido pelo icônico balde de frango, que também é o carro chefe da marca, o KFC é referência mundial em frango frito e conta com cardápio diversificado, que oferece sanduíches, Box com pedaços ou tirinhas de frango, pratos quentes criados exclusivamente para os brasileiros, snacks e sobremesas. Atualmente são 36 lojas no Brasil, localizadas nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia.

Vendas da Ambev caem 4% em volume no Brasil, mas empresa está otimista

26/10/201716h03

A Ambev viu a queda nas vendas de cerveja no Brasil atingir diretamente seus resultados operacionais do terceiro trimestre, com o volume de bebidas caindo 4% no país, para 24,67 milhões de hectolitros.

A queda foi influenciada diretamente pelo recuo de 5,4% do volume de cerveja no Brasil, para 18,49 milhões de hectolitros.

A companhia atribuiu a queda no consumo de cerveja à "fraca indústria, que caiu aproximadamente 1%, de acordo com a Nielsen, já que os consumidores continuam a ser pressionados pelo ambiente macroeconômico".

Além disso, a fabricante realizou ajustes de preços no terceiro trimestre, o que levou a um descasamento na base de comparação, uma vez que o aumento anual de 2016 foi feito no quarto trimestre.

Já o consumo de refrigerantes, não-alcoólicos e não-carbonatados (RefrigeNanc) subiu 0,5% no país, para 6,18 milhões de hectolitros.

A receita líquida da venda de cervejas no Brasil subiu 9,6%, para R$ 5,19 bilhões, e a de RegrigeNanc avançou 10,2%, para R$ 845 milhões.

Internacionalmente, a companhia viu um aumento de volume de 23,8% na América Central e Caribe, para 3,1 milhões de hectolitros, e de 23,9% na receita, para R$ 1,16 bilhões, beneficiada por uma operação de troca de ativos que levou à entrada da companhia no Panamá.

Na América Latina Sul ? que contempla Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Paraguai, Uruguai, Equador e Peru ?, os volume vendidos subiram 1,4%, para 7,81 milhões de hectolitros, e a receita avançou 7,1%, para R$ 2,43 bilhões, beneficiada pela melhora de vendas na Argentina e no Paraguai e pelo avanço das marcas premium.

Melhora em outubro

O presidente da Ambev, Bernardo Paiva, disse em teleconferência para analistas e investidores nesta quinta-feira (26) que vê uma contínua melhora no mercado de cervejas e refrigerante e espera um desempenho mais forte da companhia neste quarto trimestre.

"Tivemos uma queda no volume de vendas de cerveja no Brasil no terceiro trimestre, em parte porque o mercado como um todo ainda encolhe e, em parte, como uma reação ao reajuste de preços, que neste ano foi feito mais cedo. Mas já vimos uma melhora nas nossas vendas de setembro para outubro", afirmou Paiva.

O executivo observou que o mercado brasileiro tem apresentado melhora ao longo dos trimestres. No ano passado, o segmento de cerveja encolheu 5,5% em volume de vendas, segundo a Nielsen. No primeiro trimestre, as vendas do mercado caíram 2%; no segundo trimestre encolheram 2,7%; no terceiro trimestre a queda foi de 1%. A Ambev, por sua vez, apresentou crescimento de 3,4%, queda de 1,3% e recuo de 5,4% nos três trimestres, respectivamente.

"Apesar dessa queda no terceiro trimestre, acreditamos que a Ambev está no caminho certo. Haverá uma melhora, trimestre a trimestre. E nossa expectativa é de que o reajuste antecipado de preços, que já foi assimilado pelos consumidores, traga benefícios adicionais no quarto trimestre, quando o restante da indústria ajusta os valores", afirmou o executivo.

Otimismo

O presidente da Anheuser-Busch InBev NV (AB InBev), Carlos Brito, informou que vê um cenário mais otimista para a Ambev no quarto trimestre. O executivo também disse que tem confiança na capacidade da companhia de recuperar margens de lucro no último trimestre do ano.

"Estou otimista com o cenário macroeconômico do Brasil e também com a política comercial adotada pela Ambev. Continuo cautelosamente otimista em relação ao desempenho da companhia no Brasil", afirmou Brito.

O executivo ponderou que o desempenho da Ambev no Brasil no terceiro trimestre sofreu um impacto negativo do aumento nos preços das commodities, gerando uma perda nas margens de lucro. "Temos confiança na capacidade da companhia de recuperar margens", repetiu Brito.

A companhia registrou no terceiro trimestre um aumento de 2,01 pontos percentuais na margem de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (margem Ebitda) da operação brasileira, para 39%. Em nove meses, no entanto, a margem Ebitda ainda acumula uma queda de 4,96 pontos percentuais, para 39%.

Brito ressaltou que a Ambev mantém para o ano a previsão de aumento de um dígito ou estabilidade nos custos de venda por hectolitro, excluindo depreciação e amortização.

"O Brasil ainda tem três meses para arrumar a casa. A Ambev já antecipou o reajuste de preços para julho, o que ajudou nos resultados do terceiro trimestre. A empresa perdeu participação de mercado no trimestre, mas ainda apresenta um desempenho positivo", afirmou Brito.

O executivo afirmou ainda que espera melhoria no desempenho da AB InBev no quarto trimestre, com resultados mais fortes no Brasil, na África do Sul, na Austrália e na Ásia.

Garrafa da Verallia garante toque requintado às cervejas especiais

27/10/2017 – Sexta-Feira

Embalagem desenvolvida para o segmento de espumantes vem ganhando adeptos no universo cervejeiro

A cor verde, o pescoço alongado, o ombro baixo e o fechamento em rolha não deixam dúvidas. As garrafas de espumante de 375 e 750 ml da Verallia possuem todas as características das embalagens usadas em uma das mais tradicionais e requintadas bebidas do mundo, o champanhe, presença quase obrigatória em grandes e variadas celebrações, que vão desde o pódio das corridas de Fórmula 1 até as festas de Réveillon, passando pelo batismo de navios.

De olho em toda carga emocional atrelada à festividade que vem à tona quando qualquer pessoa se depara com a embalagem, o mercado cervejeiro começou a adotá-la em suas cervejas especiais. A ideia por trás dessa estratégia é simples: uma cerveja diferenciada deve ser consumida em ocasiões especiais. Então por que não usar uma embalagem que remeta às celebrações?

Um ótimo exemplo dessa prática foi a cerveja Principado de Mônaco, da Cervejaria Nacional. Criada com inspiração em um dos mais exclusivos destinos turísticos da Europa, Mônaco, principado localizado ao sul da França, a bebida transpira todo o requinte da região: seu tipo é o saison, muito comum no Velho Continente, e seu tom avermelhado homenageia a cor da bandeira do principado.

“A semelhança com as garrafas de champanhe foi um ponto importante para a escolha da embalagem, já que a bebida é tradicional e rega as celebrações de Mônaco”, explica Patrick Bannwart, Mestre Cervejeiro da Cervejaria Nacional. “Além disso, cervejas em garrafas que lembram champanhe trazem um ar de exclusividade e leve sofisticação, características que dialogam com Mônaco”, completa.

Um último detalhe ainda reforça toda a singularidade da cerveja: sua versão envasada foi produzida em uma série limitadíssima: apenas um lote de mil garrafas rotuladas e numeradas à mão, usadas na promoção do principado no primeiro semestre de 2017 (a bebida ainda pode ser encontrada no formato chope nas unidades São Paulo e Ribeirão Preto da cervejaria).

“Uma cerveja especial, que inclusive representa Mônaco, deve ter uma embalagem que demonstre prestigio, luxo”, diz Catarina Peres, Supervisora de Marketing da Verallia. “Nossa garrafa está de acordo com tudo o que eles precisavam para homenagear o principado”.

Fonte: EVCOM