Bemis tem três embalagens contempladas no 17º Prêmio ABRE da Embalagem Brasileira

Entre as embalagens premiadas estão a do Tylenol mastigável para uso infantil, a do queijo Cruzília e a “tampa e fundo” do Pão Jasmine sem glúten, responsável por aumentar a data de validade do produto em cinco meses

A Bemis, uma das maiores fabricantes de embalagens do mundo, foi reconhecida por três de suas embalagens durante o 17º Prêmio ABRE da Embalagem Brasileira, em evento realizado pela Associação, em São Paulo.

A embalagem “tampa e fundo” desenvolvida para o Pão Jasmine Sem Glúten recebeu ouro na categoria Embalagens para a redução de perdas e desperdício de alimentos, e prata na categoria Tecnologia em Embalagens de Alimentos e Bebidas. A embalagem é produzida com filme Ice, uma tecnologia desenvolvida para filmes alta barreira ao oxigênio, com foco no processo de termoformagem e maior transparência. Após o envase com atmosfera modificada – em que o oxigênio é retirado e é inserido o nitrogênio – o pão tem validade aumentada em cinco meses.

Já a embalagem laminada do Tylenol mastigável levou bronze na categoria Tecnologia em Embalagens de Alimentos e Bebidas. Desenvolvida com alta barreira e tecnologia que garante a proteção do produto, ela tem um sistema diferenciado de abertura que dificulta o acesso ao medicamento pelas crianças e, ao mesmo tempo, não impede a abertura por pessoas que possam ter limitações de movimentos.

A embalagem skin de queijos finos da Cruzília ganhou bronze na categoria Tecnologia em Embalagens de produtos em geral. A bandeja termoformada para queijos fracionados permite ótima visualização e valoriza a qualidade do produto, pois se molda perfeitamente às fatias. A troca de sacos encolhíveis por um sistema automatizado de embalar com filme skin e easy open permitiu ganho de produtividade e 50% de economia em mão de obra, além de melhorar a exposição no PDV e oferecer mais conveniência ao consumidor final.

“Esses prêmios são o reconhecimento pelo trabalho que temos feito ao longo dos anos em parceria com nossos clientes, investindo em tecnologias, pesquisas e desenvolvimento de produtos com soluções de embalagens práticas, funcionais e de alta qualidade”, afirma Luiz Henrique Duarte, diretor de Marketing e Novos Negócios da Bemis.

Sobre a Bemis
A Bemis é uma das maiores fabricantes de embalagens do mundo. Com sede em Neenah, Wisconsin (EUA), a companhia atende aos mercados de alimentos, bebidas, cosméticos, farmacêuticos, higiene pessoal, limpeza doméstica, médico-hospitalares e pet food com embalagens flexíveis, rígidas, cartonadas, tubos laminados e rótulos. A companhia conta com 17,5 mil funcionários em 59 unidades, localizadas em 12 países nas Américas do Norte e Latina, Europa e Ásia-Pacífico. Mais informações no site http://www.bemis.com.

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Governo veta o Projeto que obriga o selo fiscal na água mineral

Por Marcelo Villela, setembro 25th, 2017, 0:01 –

O governador Wellington Dias vetou totalmente o Projeto de lei que torna obrigatório o selo fiscal de controle, a ser afixado obrigatoriamente em vasilhames acondicionadores de água mineral natural e água adicionada de sais, para fins de controle do cumprimento das obrigações tributárias relacionadas com o imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal. Trata-se das operações do ICMS (Imposto sobre Controle de Mercadorias e Serviços).

Nas razões do veto o governador cita que “o Projeto de lei objetiva instituir o selo fiscal obrigatório, para assim obrigar a sua afixação em vasilhames acima de 10 litros acondicionadores de água mineral das obrigações tributárias relacionadas ao ICMS. O Projeto atribui à Secretaria de Estado da Fazenda adquirir, regulamentar e distribuir o Selo Fiscal, aplicando à sua regulamentação, e fixa várias penalidades pelo descumprimento da obrigação que pretende instituir. Portanto, “o Projeto faculta ao Poder Público celebrar convênios em entes públicos e entidades privadas do setor da economia para efetivar o cumprimento da obrigação que pretende instituir.

A proposição determina ainda ao Poder Executivo que expeça decreto indicando as atividades que deverão ser exercidas por outros órgãos da Administração Pública estadual, a exemplo da Secretaria da Saúde, Secretaria dos Recursos Hídricos e Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente.

Finalmente, “a Constituição Estadual prevê o dever de veto nos seguintes termos; Artigo 78 § 1º O governador, se considerar o projeto, inconstitucional ou contrário ao interesse público, deverá vetá-lo total ou parcialmente, no prazo de quinze dias úteis.

Fonte: Alepi 

Sucos da WNutritional trazem personagens da Turma da Mônica com novo visual

A WNutritional, fabricante brasileira de bebidas funcionais e orgânicas, lança a linha de sucos funcionais Life Mix Bairro do Limoeiro. O produto é o primeiro licenciamento para a nova série de animação da Mauricio de Sousa Produções, que estreia em 2018, no Cartoon Network.

A nova linha de produtos não contém açúcar e conservantes. Os produtos são feitos com suco 100% de frutas e são adicionados de Ômega 3 (DHA), vitaminas C e D, cálcio, fibras e ácido fólico, por isso é um excelente aliado para quem procura opções práticas, saborosas e equilibradas.

Os sucos estão disponíveis nos sabores uva, maçã, laranja e morango com maçã em embalagens cartonadas assépticas de 200 mililitros e chegam ao varejo em outubro. Cada sabor de suco traz um personagem diferente da turma do Bairro do Limoeiro. A proposta da WNutritional é aliar diversão a um suco mais saudável e nutritivo, por isso venha se divertir com a Mônica, a Magali, o Cebolinha e o Cascão que estão com novo visual.

Beto Richa sanciona liberação de bebidas alcoólicas em estádios

De acordo com o governo, a lei foi sancionada nesta segunda-feira (25), e passa a valer efetivamente a partir da publicação em Diário Oficial.

Por G1 PR, Curitiba

25/09/2017 12h31

O Governador do Paraná, Beto Richa, sancionou nesta segunda-feira (25) a lei que libera a venda e o consumo de cerveja e chope em estádios ou arenas esportivas do estado. De acordo com o governo, a liberação foi sancionada no início da tarde e passa a valer efetivamente a partir da publicação em Diário Oficial.

O projeto de lei que propõe a liberação foi aprovado em segunda discussão na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), no dia 29 de agosto.

De acordo com um dos autores da proposta de liberação, o deputado estadual paranaense Luiz Claudio Romanelli, do PSB, a venda de bebidas alcoólicas em eventos esportivos estava proibida no Paraná desde 2008, por um acordo entre a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e os clubes esportivos.

A lei, sancionada pelo governador do Paraná nesta segunda-feira, prevê que a comercialização e o consumo de cerveja ou de chope nos estádios ou arenas desportivas sejam permitidos desde a abertura dos portões para acesso do público até o término do evento.

Ainda de acordo com a lei, as únicas bebidas alcoólicas que poderão ser vendidas e consumidas nos recintos esportivos serão a cerveja e o chope, sendo proibida a venda e o consumo de outras espécies de bebidas alcoólicas, destiladas ou fermentadas.

O texto prevê que a entrada de pessoas nos estádios portando qualquer tipo de bebida alcoólica fica proibida, assim como proíbe expressamente a venda de bebida alcoólica a menores de dezoito anos.

Grego Cookies é o novo sabor do picolé Jundiá

A Sorvetes Jundiá lançou mais um sabor de picolé da Família Grego: o Grego Cookies – com pedacinhos crocantes do biscoito tipo cookies.

“O sorvete é feito com a mesma base láctea usada no iogurte grego tradicional e também conta com textura e cremosidade similar ao iogurte”, assegura a empresa por meio de um comunicado.

A Família Grego ainda é composta pelos seguintes sabores: Grego (tradicional), Grego Frutas Amarelas e Grego Frutas Silvestres.

O Grego Cookies já está disponível na loja conceito da Sorvetes Jundiá e começará a chegar em outros pontos de venda do Brasil a partir de outubro. O preço da unidade é R$ 4,50.

Gaspar lança novo rótulo no Brewteco Leblon nesta terça (26)

Schwarzbier escura com coco queimado, a Tranquilona vem reeditada após ser sucesso no Mondial de La Biére em 2016

Por Redação VEJA RIO

Batizada com o intuito de quebrar a ideia de que cerveja escura deve ser consumida no inverno, a Tranquilona, leve e refrescante Schwarzbier com coco queimado, é lançada pelo Gaspar Family Brew no Brewteco Leblon. Sucesso no Mondial de La Biére em 2016, a reedição da cerveja com DNA familiar vem escura, com amargor e teor alcoólicos baixos – notas do malte torrado em primeiro plano – aroma de café, e final seco. A adição do coco queimado traz notas da fruta, lembrando cocada e prestígio. Estreante no mercado carioca de cervejas artesanais em outubro de 2015, a família Gaspar apresenta o novo rótulo nesta terça (26) a partir das 19h.

Brewteco Leblon – Rua Dias Ferreira, 420, Leblon

Por que a produção orgânica não resolve o desafio de alimentos mais saudáveis

É hora de olhar para onde pequenas mudanças podem fazer grandes diferenças: os milhões de hectares cultivados com as commodities agrícolas
Letícia Akemi/Gazeta do Povo

Grãos e leguminosas formam a base da alimentação humana

25/09/2017 | 17h21 | The Washington Post

O movimento pela produção saudável de alimentos enfrenta um sério problema: tem razão ao apontar o que está errado no sistema, mas se engana ao tentar propor uma solução.

Afinal, você deve estar se perguntando, o que é o tal movimento por produção de alimentos mais saudáveis?

Para o propósito desta discussão, vamos chamá-lo de uma coalizão de pessoas preocupadas com sustentabilidade e que clamam por uma produção mais focada no meio ambiente e na saúde humana.

Há muitos atores, muitas agendas, mas as questões-chave podem ser resumidas em alguns argumentos já conhecidos: para produzir e transformar soja em carne e em alimentos processados baratos, que nos engordam e nos deixam doentes, recorremos a um sistema de uso intensivo de agroquímicos que prejudica a biodiversidade, degrada o solo e polui a água.

Ainda que essas conclusões sejam discutíveis, é difícil negar o problema quando se olha para a Zona Morta do Golfo do México ou para o aumento inexorável dos índices de obesidade.

Como é possível resolver isso? Você já deve ter visto esses adesivos por aí: compre fresco, compre perto (buy fresh, buy local); apoie as pequenas propriedades, diversificadas e orgânicas, que abastecem feirinhas e restaurantes com vegetais frescos. É mesmo uma grande ideia. A agricultura local traz, de fato, uma série de benefícios, incluindo deliciosos morangos e um lembrete constante de que os alimentos precisam ser produzidos em algum lugar.

Mas não é possível abolir o sistema de uso intensivo de agroquímicos que prejudica a biodiversidade, degrada o solo, polui a água, etc. E não é por falta de confiança ou entusiasmo pelas pequenas propriedades. É simplesmente um reconhecimento de que existem razões econômicas, logísticas, topográficas e mesmo aritméticas para que essas pequenas propriedades sejam apenas fragmento de um sistema de produção de alimentos responsável.

Há pelo menos quatro razões.

Primeiro, essas propriedades não produzem a coisa certa. As colheitas, basicamente, são de frutas e verduras. Mesmo que todos fôssemos adeptos de uma dieta mais saudável, as frutas e verduras continuariam a ser apenas uma fração de nosso sistema agrícola. Os Estados Unidos possuem cerca de 400 milhões de acres de terras agrícolas, e apenas 4% produzem frutas e verduras (que o Departamento de Agricultura chama de “safras de especialidades”). Sei que parece repetitivo, mas se todos nos alimentássemos de frutas e verduras, teríamos de dobrar a área plantada. No entanto, não existe nenhum cenário realista em que a produção de frutas e verduras possa alcançar mais do que 10% das terras agrícolas. E não tem como 10% ser a solução.

Essas propriedades, por outro lado, não estão aptas para colher a coisa certa.

A razão pela qual produtores locais, pequenos e diversificados, plantam frutas e verduras (e às vezes criam gado) é que essas são atividades com maior margem de lucro.

Economia de escala

O tapete verde que cobre vastas faixas do meio-oeste americano não pode ser reproduzido com sucesso em pequenas propriedades, porque é preciso economia de escala para tornar essas plantações lucrativas. O formidável sobre culturas como aveia, lentilha, cevada e, sim, milho e soja, é que elas produzem grandes volumes por hectares de alimentos nutritivos e baratos. (Claro, quando você as transforma em comida processada, em etanol e ração animal, perdem-se algumas dessas vantagens). É difícil plantar grãos em pequena escala porque seria preciso cobrar muito caro para manter o negócio funcionando, e uma das principais virtudes dessas culturas é justamente sua viabilidade econômica.

Outro ponto: os solos estão no lugar errado.

Olhe para o mapa e veja onde estão as terras agricultáveis e onde estão as pessoas. Os pontos não se cruzam. No nordeste dos Estados Unidos, por exemplo (do Maine até Washington): ali estão 3% das terras e cerca de 20% da população. Em contraste, as planícies do norte (Dakota, Kansas e Nebraska) tem 24% da terra e apenas 2% da população. Não é que a terra esteja distribuída de forma desigual. Há um problema quando se tenta plantar alimentos perto das pessoas que serão alimentadas. Quanto maior a concentração da população, mais caras são as terras. Mesmo se houvesse enormes áreas para cultivar alimentos, elas provavelmente teriam preços proibitivos.

E tem a sazonalidade das safras.

Na maior parte do país, os alimentos produzidos localmente estão disponíveis por um breve período de tempo. Não se trata apenas de uma falha na visão romântica de uma agricultura supostamente feita em um mosaico de pequenas propriedades. Estamos falando de uma das principais razões para as safras serem cultivadas em grandes propriedades: os grãos e leguminosas são, e sempre foram, a base da alimentação humana. Eles podem ser estocados. Colha em setembro, coma em junho, ou talvez junho do ano que vem, ou, ainda, em junho do outro ano.

Milho por brócolis?

Ainda que o impacto maior nos seres humanos e no meio ambiente venha da parte industrializada da pirâmide alimentícia, a solução não é substituir o industrializado pelo não-industrializado, o milho pelo brócolis. A saída é focar nos grãos e leguminosas que têm escala: cultivá-los melhor e incorporá-los completamente à nossa dieta.

Atualmente, o selo orgânico tem se apresentado como única alternativa ao alimento industrializado. Em alguns pontos, a agricultura orgânica realmente tem vantagem ambiental sobre a agricultura convencional, mas a propaganda tem focado mais no discurso “natureba” do que na minimização do impacto ao meio ambiente.

Ainda que a produção orgânica favoreça a saúde do solo, com maior fixação de carbono, os sistemas convencionais alcançam colheitas mais expressivas e podem mais facilmente reduzir a necessidade de revolver este solo (através do plantio direto), o que favorece a retenção de água e evita a erosão dos nutrientes. E como a erosão é responsável tanto pela degradação da saúde do solo como pela poluição das águas, como no caso da zona morta do Golfo do México, esta é uma vantagem considerável.

Se a produção local e orgânica é apenas uma parte limitada da solução, como deveria então ser um sistema responsável de produção de alimentos?

A pergunta foi feita a Tim Griffin, director do Programa de Agricultura, Alimentos e Meio Ambiente da Escola de Ciências da Nutrição da Universidade de Tufts. Ele respondeu, por e-mail: “ter um sistema de produção de alimentos em múltiplas escalas é melhor do que ter apenas um tipo predominante (seja pequeno ou grande)”. O plantio de grãos não é inerentemente menos sustentável do que o cultivo de frutas e verduras, diz Griffin, mas seria interessante ver um sistema em que as propriedades pudessem tirar vantagem da economia de escala sem produzir uma paisagem homogênea.

Suzy Friedman, diretora do Fundo de Defesa do Meio Ambiente, também vê um papel relevante para “propriedades de todos os tamanhos e com diversos métodos de produção”. Um sistema de produção responsável deve incorporar métodos de conservação que fazem sentido dentro do modelo adotado. Suzy diz que o foco está em buscar inovação e ferramentas de precisão para adubação e controle de pragas, por exemplo, com medição confiável dos resultados entregues aos produtores. Algo possível pela cooperação na cadeia alimentar e por políticas que promovam, em vez de desencorajar, as práticas sustentáveis.

Em geral, os especialistas falam sobre um modelo de sustentabilidade que envolve todos os tamanhos de propriedade e tipos de alimentos, em que aquilo que é local e orgânico tem um papel importante, mas, necessariamente, pequeno.

Tomates vermelhos

Michael Rozyne cumpre este papel. Ele é o fundador da Red Tomato, um distribuidor de alimentos de Massachusets que conecta pequenos e médios produtores de frutas e verduras a cadeias de supermercados. Ele entende que o esforço por um sistema mais aperfeiçoado tem de estar nos produtores e suas práticas, não no rótulo. Rozyne está otimista de que os consumidores se movem nesta direção. “Eles percebem que o assunto é mais complexo do que imaginavam, que não precisam se agarrar apenas ao que lhes disseram ser seguro comer”.

Se você é um consumidor, é difícil olhar além dos rótulos, porque, em muitos casos, não há rótulo na verdade. Tudo é local e orgânico. Deveria ser prioridade do movimento pela alimentação saudável ir além desta pequena parte da solução.

Como? É hora de mudar o foco. A conversa sobre “alimento local e orgânico” já se espalhou o bastante. Continuar a bater nesta tecla apenas radicalizará a ideia de que esta é a única solução, e isso vai contra as chances de avançar mais. É preciso olhar para onde pequenas mudanças podem fazer grandes diferenças: os milhões de hectares cultivados com commodities agrícolas.

Muitos produtores veem o impacto ambiental como assunto prioritário e estão implementando práticas para melhorar a saúde do solo, reduzir a perda de nutrientes e reter água. Temos que começar a pensar como os consumidores podem usar seu poder de compra para apoiar esses agricultores. É um desafio e tanto, por que envolve também grandes companhias que são fornecedoras e compradoras destes produtores, algumas inclusive rotuladas como inimigas do meio ambiente e da saúde pública. Mas o primeiro passo tem de ser o reconhecimento – em alto e bom som – de que a produção local e orgânica não pode resolver o problema.

O movimento por alimentos mais saudáveis levou os consumidores a olhar para os problemas do sistema. Está na hora de focar na sua resolução.

TJ-RJ determina que cerveja carioca mude seu rótulo por copiar marca belga

22 de setembro de 2017, 18h20

Por Fernando Martines

Por haver muita semelhança nos rótulos de produtos da mesma natureza e espécie, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro determinou que a cerveja Deuce mude todo seu layout para se diferenciar da Duvel. A decisão é da 11ª Câmara Cível, que deu 15 dias para a mudança ser feita e manteve a condenação da empresa ao pagamento por danos materiais, em valores que ainda serão definidos, e por danos morais, estipulados em R$ 20 mil.
Produtos tem grande semelhança no rótulo e design da garrafa. Reprodução

A cerveja Deuce é fabricada por um belga radicado no Rio. Já a Duvel é uma cerveja belga com mais de um século de existência. Ambos os nomes significam “diabo” e a marca europeia alegou que a brasileira tem letras, rótulo, cores e formato de garrafa praticamente idênticos aos seus.

O desembargador Luiz Henrique Oliveira Marques acolheu o pedido da marca belga, que nos últimos anos passou a ser comercializada no Brasil. “Com efeito, a marca de cerveja ‘Deuce’ é muito semelhante à cerveja ‘Duvel’ da autora, sendo certo que são produtos da mesma natureza e espécie, no mesmo ramo de atividade mercantil, de forma que a utilização do rótulo em questão, por certo, possibilitou o desvio de clientela, gerando confusão entre as empresas e consequentemente, prejuízo à recorrida, sendo devida a reparação por danos materiais”, disse.

A cerveja brasileira chegou a mudar seu rótulo, mas não foi o suficiente para convencer o desembargador. Para ele, ficou caracterizada a prática de concorrência desleal.

“A aparência substancialmente idêntica tem evidente intenção de obter vantagem indevida sobre os esforços da Duvel, cervejaria com quase um século de atuação no exterior e que vem construindo um fiel mercado no Brasil, especialmente entre os consumidores de produtos artesanais. Isso configura concorrência desleal por parte da Deuce e justificou a condenação inclusive por dano moral, o que não é comum neste tipo de caso”, aponta a advogada Roberta Arantes, sócia do escritório Daniel Legal & IP Strategy, que atuou na defesa da marca belga.

Água de Gravatal recebe prêmio internacional

redacao@diariodosul.com.br

A água mineral Gravatal recebeu um prêmio de terceira colocação como a melhor água mineral natural na Feira Internacional de Turismo Termal Saúde e Bem-estar (Termatalia).

Para o secretário de Turismo do município, Fabrício Medeiros de Medeiros, o prêmio é uma vitória para a empresa e também para a cidade. “É um produto nosso, e, com esta premiação, nossa água termal passa a figurar no rol mundial entre as melhores que existem”, comemora.
Concorrendo com outras 126 marcas de todo o mundo, na feira que ocorreu em Ourense, Espanha, a água Gravatal ficou atrás apenas de uma marca da França e outra da Espanha.

A Termatalia é uma mostra que atinge a sua 17ª edição, sendo a única feira mundial especializada que representa uma ponte entre a Europa e a América Latina, reunindo profissionais de mais de 25 países.

Fabrício destaca que a feira serve como ponto de referência internacional para negócios de turismo termal, saúde e bem-estar. Nesta edição, teve a participação de 260 expositores, 30 operadores turísticos e 40 países representados, com uma presença maciça na América Latina e na Europa, também incorporando a Ásia-Pacífico.

A próxima edição da mostra ocorre em 2018, em Foz do Iguaçu, e a intenção é levar a água de Gravatal mais adiante. “A ideia é trabalhar para que o produto da cidade ganhe o primeiro lugar, se tornando, assim, referência de qualidade. Também temos a ideia de trazer a feira para o município, na edição de 2020, e vamos trabalhar para isso”, frisa o secretário.

Opa Sucos tenta fusão com grupo da Del Valle, que nega negociação

Anunciada há um ano, compra de fábrica em Americana por empresa de suco de Santa Bárbara continua no papel

Na manhã do dia 21 de setembro de 2016, causou espanto e euforia o anúncio de um homem em um dos auditórios da Prefeitura de Americana. Trajando uma vestimenta religiosa e acompanhado de uma espécie de conselheiro espiritual, o comerciante Cristiano Alexandre da Silva dizia negociar a compra da planta da Del Valle, fabricante de sucos que meses antes havia encerrado a produção em Americana e demitido cerca de 300 pessoas.

Cristiano é o criador da Opa Sucos, produtora de Santa Bárbara d’Oeste que começou com um projeto caseiro. Quando anunciou a compra, a Opa Sucos possuía um capital social de R$ 20 mil. Bem pouco diante dos R$ 40 milhões estimados para aquisição da planta da Del Valle.

A expectativa de Cristiano era de que a negociação fosse finalizada ainda no ano passado, mas, um ano depois, o negócio se mostra difícil de sair do papel ou depender da vontade do comerciante.

Na quarta-feira, Cristiano disse ao LIBERAL que a Opa Sucos negociava com a Leão a “fusão” da marca com o grupo da Coca-Cola. Com isso, afirmou, seria possível reativar a produção de sucos da Opa na planta da Del Valle, no bairro Nova Americana, e fazer contratações.

Questionada pelo LIBERAL na quinta-feira, a Leão negou, em nota, que mantenha qualquer negociação com a Opa Sucos. E revelou que trabalha na transferência do setor administrativo de seu centro de distribuição em Americana para as instalações da fábrica fechada.

MISTÉRIO. A forma como a pequena empresa de sucos concretizaria uma compra como a anunciada nunca ficou muito clara. Em entrevista ao LIBERAL no ano passado, Cristiano, questionado sobre de onde tiraria os milhões para bancar a aquisição da fábrica, foi enigmático. “As melhores coisas estão no final”, afirmou.

O comerciante tratava o crescimento da Opa Sucos de uma maneira mística. Atribuía a Deus a “direção” para negociar a compra da Del Valle. Mas na mesa de negociação, parece não ter surtido efeito ainda.

Nesta semana, questionado sobre se não considerava precipitado o anúncio feito no ano passado, Cristiano negou. “Foi uma estratégia que eu utilizei para agilizar o processo do grupo. Como é o grupo Coca-Cola, é muita burocracia”, afirmou. E continuou fazendo promessas. “Garanto que até o próximo mês vocês terão uma notícia boa”, declarou, sempre alegando sigilo para não entrar em detalhes com a reportagem.

VAGAS. O anúncio da Opa veio acompanhado da notícia de que centenas de vagas de emprego seriam abertas. A expectativa de emprego mobilizou até uma força-tarefa do PAT (Posto de Atendimento ao Trabalhador), da prefeitura. Depois, os currículos foram recolhidos pela empresa Expert Consultoria em RH, em Americana.

Segundo a assessora comercial da Expert, Aline Silva, houve um processo seletivo que escolheu profissionais para cerca de 20 vagas, que dariam o start na nova operação da Opa. Mas, com o tempo e a indefinição, a própria consultoria decidiu cancelar a seleção e encaminhar os candidatos para outras vagas. “As pessoas se antecipam demais. Não tinha sido nada afirmado ainda, nada finalizado”, disse Cristiano, nesta quarta-feira.

ELEIÇÕES. Cristiano atribuiu o uso da estrutura da Prefeitura de Americana para o anúncio a um pedido do prefeito Omar Najar (PMDB), que, na época, era candidato à reeleição e não participou da coletiva com jornalistas, já que a legislação eleitoral o impedia.

“Na verdade, essa coletiva quem pediu foi o próprio prefeito. Isso foi de uma grande estratégia tanto pra mim quanto pra ele também”, declarou Cristiano. Omar nega e diz que a iniciativa foi do empresário.

“Assim como faria com qualquer empresa que tenha interesse em se instalar no município, a prefeitura recebeu, mediou e colocou o aparelho público à disposição do empresário”, afirmou a gestão Omar por meio de nota.