Para vender embutidos e carnes fatiados, mercados e açougues terão de se adaptar a regras rígidas

Fiambres serão expostos com etiquetas visíveis que informem data de validade

Deni Zolin
deni.zolin@diariosm.com.br

As simples atividades de venda de carne e embutidos fatiados em supermercados e açougues estão gerando muitas dúvidas entre os empresários do setor e aos órgãos de fiscalização. O motivo é o Decreto Estadual 53.304/16 que altera algumas normas para a realização de serviços como moagem de carne e fatiamento de fiambres, disposição no ponto de venda e manuseio dos produtos.

O decreto ainda estabelece categorias para os locais de venda quanto a sua atividade. Confira as regras.

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O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios (Sindigêneros), Eduardo Stangherlin, aprova as mudanças, mas lamenta que as portarias estejam confusas e que não há um entendimento único por parte dos órgãos de fiscalização em orientar os supermercadistas.

– Há divergência da fiscalização municipal e estadual, o que dificulta de a gente cumprir essas portarias. Falta clareza. Queremos fazer da melhor maneira possível, com segurança sem contaminação ou prejuízo para ninguém. O consumidor ganhará tranquilidade em comprar um produto bem fiscalizado, vistoriado tanto pela vigilância quanto pelo próprios estabelecimentos – garante Stangherlin.

Segundo ele, o ponto mais obscuro é quando a adequação dos estabelecimentos às categorias AI ou AII.

– Não há clareza porque não explica qual a área mínima permitida, qual material devo usar para este ambiente, climatização e outros pontos obscuros que nem os órgãos de fiscalização sabem nos passar. Hoje, qualquer investimento incerto em um momento econômico difícil pode gerar prejuízo para quem atua no setor – diz Stangherlin.

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O proprietário do Supermercado Santa Marta, Gilberto Cremonese, considera que todos serão beneficiados com as alterações propostas.

– Isso tudo está vindo para beneficiar o consumidor e o comerciante. É uma forma de padronizar através de normas que coloquem a saúde do consumidor acima de qualquer coisa. Queremos clareza do que pode e não pode, e que todo cidadão possa entender a legislação. Alimentos reembalados além do prazo de validade não pode ocorrer de jeito nenhum. Isso é caso de polícia – avalia.

ATENÇÃO NA COMPRA

Para a fiscal da Vigilância Sanitária de Santa Maria, a médica veterinária Roberta Mascarenhas de Souza, as novas exigências devem trazer melhorias.

– A lei irá contribuir para melhorar a qualidade da carne, do guisado, principalmente, que muitas vezes fica vários dias lá no balcão, sofrendo variações de temperaturas, se deteriorando e sujeito a contaminações. Tudo ainda está muito confuso, tanto para eles (supermercadistas) quanto para nós (fiscalização), mas as principais mudanças serão cobradas. Também vale salientar que o consumidor deve prestar a atenção na hora da compra, observando a forma de manipulação do atendente, se ele está usando luvas ou se lava as mãos quando troca o manuseio da carne por um fatiado, por exemplo, verificar as condições das instalações, a coloração da carne, entre outros cuidados – indica a fiscal.

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O decreto publicado em novembro de 2016 dá aos proprietários de estabelecimentos o prazo de adequação até junho de 2018, quando a fiscalização por parte dos órgãos sanitários deverá ser iniciada de forma rigorosa.

Chocolate naturalmente rosa é criado pela maior processadora de cacau do mundo

Redação – O Estado de S.Paulo
08/09/2017, 08:58

O produto seria a primeira inovação em 80 anos, depois da invenção do chocolate branco

A cor do momento, o millenial pink, não deve ir embora muito cedo. Aliás, se depender da Barry Callebaut, a maior processadora de cacau do mundo, o rosa pastel deve estar presente cada vez mais no nosso dia a dia. Isso porque a empresa suíça lançou nesta semana o que afirma ser o primeiro chocolate naturalmente cor de rosa do mundo.

De acordo com a empresa, essa é a primeira inovação na cor do produto em mais de 80 anos, desde que a Nestlé criou o chocolate branco. O desenvolvimento levou mais de 13 anos, desde que a empresa descobriu um novo tipo de cacau durante experimentos em laboratório.

"É natural, é colorido, é hedonista e tem um aspecto de indulgência, mas ele mantém a autenticidade do chocolate", afirma Antoine de Saint-Affrique, CEO da empresa, à Bloomberg. Isso tudo sem adição de corante nem de sabores na composição, criando um resultado menos doce e mais leve do que o chocolate branco, garante a produtora.

Com grãos de cacau da Costa do Marfim, do Equador e inclusive do Brasil, a empresa sai na frente em uma época em que os alimentos precisam ser cada vez mais apelativos visualmente para as redes sociais. "Ele tem um bom equilíbrio e conversa com os millenials", pondera Saint-Affrique.

O chocolate rosa deve chegar ao mercado do Reino Unido daqui seis meses, informa o The Guardian. Ainda não há previsão para a chegada no Brasil.

Feira mundial de bebidas

Publicação: 10/09/2017 04:00

A cada quatro anos acontece a Drinktec, a maior feira da indústria de bebidas e alimentos líquidos do mundo, que traz as principais novidades e inovações no setor. E o nosso “pão líquido” – a cerveja – não poderia ficar de fora, é claro!
Neste ano, a feira acontece entre os dias 11 e 15 de setembro em Munique, na Alemanha, e promete fazer o maior evento dos60 anos de sua história. A estrutura é conhecida por seus espetaculares estandes e arquitetura. Esta edição vai contar com cerca de 1600 expositores pelos pavimentos que reúnem mais de 150 mil metros quadrados.

No evento, são discutidos alguns processos para a fabricação e elaboração de bebidas, como embalagens, matérias primas, equipamentos para gastronomia, energias produzidas pela água etc. Este ponto de encontro é perfeito para se relacionar com empresários, especialistas, CEOs e investidores do mundo todo, com o objetivo de estabelecer contatos e captar novos clientes.
O espaço é aberto para troca desde pequenas empresas familiares até companhias globais que buscam antecipar as tendências que vão pautar o segmento nos próximos anos. Para o ramo cervejeiro, é possível encontrar completas linhas de engarrafamento e embalagem, desde as mais simples até alta tecnologia, em funcionamento como em uma indústria real.
Pela primeira vez, esta edição terá a SIMEI como um componente integrado à Drinktec. Organizada pela Unione Italiana Vini (UIV), o evento se torna uma plataforma global inédita para a indústria vinícola internacional, cobrindo não só o mercado de vinhos, mas também outros segmentos, como a indústria cervejeira.

Serei um dos visitantes curiosos e interessados que passarão por lá. Logo mais conto a vocês quais são as novidades.
Cheers!

Brasileiros tomariam menos refrigerante se fosse mais caro

Pesquisa do Datafolha mostra que preço influenciaria consumo menor de mais de 7 entre 10 brasileiros

Por Guilherme Dearo

9 set 2017, 12h12 – Publicado em 9 set 2017, 12h11

São Paulo – Se o preço do refrigerante aumentasse, o brasileiro reduziria o seu consumo.

A descoberta é de uma pesquisa inédita feita pelo Datafolha, a pedido da ONG ACT Promoção da Saúde. Os resultados foram divulgados pela Folha de S.Paulo.

Alguns especialistas defendem o aumento nos impostos de refrigerantes e outras bebidas industrializadas como forma de incentivar a diminuição do consumo e, assim, combater as crescentes taxas de obesidade e sobrepeso.

Questionados como reagiriam caso os impostos dessas bebidas aumentassem e, por consequência, o preço final, 74% dos consumidores responderam que diminuiriam o consumo.

Desses 74%, 51% diminuiriam muito e 23% diminuiriam um pouco. Já 15% não mudaria seus hábitos, mesmo com o aumento de preço. 8% dos consumidores disseram não comprar refrigerante e bebidas açucaradas.

3% dos entrevistados, por outro lado, responderam que tomariam mais refrigerante caso o preço aumentasse. Tal resposta peculiar não foi explicada na pesquisa.

O Datafolha ouviu 2.070 pessoas acima de 16 anos, em 129 cidades. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

A pesquisa ajuda a colher dados para um debate sobre medidas no mercado para incentivar hábitos de consumo mais saudáveis, melhorando a saúde da população.
Embalagens e publicidade

O governo debate atualmente, por exemplo, novas regras em embalagens e rótulos que poderiam indicar alimentos com altas taxas de açúcar, sódio e calorias, por exemplo.

Sobre concordar ou não com advertências claras em embalagens e rótulos para indicar a presença excessiva ou não dessas substâncias, 83% concordam totalmente, enquanto 9% discordam totalmente.

Outra pergunta da pesquisa foi sobre a publicidade infantil. “Você é a favor ou contra as propagandas de refrigerante, salgadinho, bebidas açucaradas e macarrão instantâneo dirigidas para crianças?”.

52% dos brasileiros são contra essas propagandas. Já 11% se dizem totalmente favoráveis.

Cidade Imperial investe R$ 244 milhões em nova fábrica em Petrópolis

A Cervejaria Cidade Imperial Petrópolis, que produz cervejas com a marca Cidade Imperial, anuncia o investimento de R$ 244 milhões para a instalação de sua segunda fábrica, que ficará em Petrópolis, RJ.

Segundo a companhia, a unidade está em fase pré-operacional e deve começar a produzir ainda em 2017. A unidade, instalada em uma área de 14 mil metros quadrados, terá capacidade para produzir 450 mil hectolitros de cerveja por ano.

Outro detalhe do investimento é que a companhia irá financiar a fábrica com um crédito liberado de R$ 166,3 milhões pelo Programa de Atração de Investimentos Estruturantes do Rio de Janeiro (RioInvest).

Fonte: Giro News

Chopp Brahma Express chega a Mogi

A loja Chopp Brahma Express chegou no Alto Tietê para ficar. Estrategicamente localizada em Mogi das Cruzes, a unidade da rede de franquias Ambev atende toda a região, oferecendo um novo conceito de beber chopp na sua residência

A loja Chopp Brahma Express chegou no Alto Tietê para ficar. Estrategicamente localizada em Mogi das Cruzes, a unidade da rede de franquias Ambev atende toda a região, oferecendo um novo conceito de beber chopp na sua residência. De acordo com o proprietário, são bebidas e equipamentos sofisticados, entregues e instalados cuidadosamente na casa do cliente por funcionários treinados pela Real Academia do Chopp.

Inaugurada no mês de maio, a unidade faz parte de uma rede de franquias que já existe há mais de 10 anos no Estado, disponibilizando chopps não pasteurizados, ou seja, com a melhor qualidade do mercado para residências, eventos de grande porte e buffets. "Atualmente tenho quatro franquias distribuídas em São Paulo, Guarulhos e agora em Mogi. Para os bons apreciadores de cerveja, a rede possui todas as marcas da linha Ambev, como Quilmes, Patagônia, Corona, Norteña e outras, além claro, dos nossos chopps Brahma e Brahma Black, Antarctica, Stella Artois e Colorado", detalhou o proprietário Fernando Cordeiro.

Para deixar qualquer festa em grande estilo, o espaço tem opções de barris de 10, 30 e 50 litros, com preços a partir de R$ 134, além das choppeiras modernas, copos e balcões personalizados. "São choppeiras novas e que fazem a diferença no paladar dos nossos clientes, deixando a bebida mais cremosa", salientou.

E a novidade para quem deseja deixar a festa melhor ainda, é que a rede conta com um suporte de profissionais capacitados e qualificados, com anos de experiência no ramo de bebidas e franquias, todos sempre preparados para servir os seus convidados. Vale lembrar que, de acordo com o proprietário, é importante não esquecer de fazer a reserva com um dia de antecedência para a bebida e o uso do equipamento.

"O mais legal é que o cliente pode comprar o nosso chopp via e-commerce pelo nosso site ou pelo telefone, sem precisar sair de casa", destaca o empresário. 

Para mais informações basta acessar o site www.choppbrahmaexpress.com.br, ou o e-mail lojamogidascruzes@choppbrahmaexpress.com.br. O contato também pode ser feito pelo telefone 4722-4287. O espaço está localizado na avenida Fernando Costa, 195, loja 10, no centro de Mogi. O atendimento é realizado de segunda-feira a sábado, das 9h30 às 17h30.

Happy hour

Para quem tiver o interesse em conhecer pessoalmente a loja Chopp Brahma Express, o espaço está oferecendo happy hour todas as quintas e sextas-feiras, das 18 às 22 horas. O cliente conta com um ambiente aconchegante, onde pede o chopp fresquinho direto da máquina. (*Texto sob supervisão do editor)

AB InBev demite funcionários de departamento de cervejas artesanais

por Eduardo Zobaran
07/09/2017 20:58

Nesta quinta-feira, 7 de setembro, a Anheuser-Busch InBev (AB InBev) demitiu nos Estados Unidos cerca de 400 empregados, a maior parte deles que trabalhavam com vendas na The High End. O setor reúne as marcas de cervejas artesanais, inclusive das dez microcervejarias adquiridas desde 2011, como Goose Island, Blue Point e Wicked Weed. O departamento é presidido pelo brasileiro Felipe Szpigel. A informação foi divulgada em primeira mão pelo Beer Street Journal.

Ao veículo americano, a empresa anunciou que não informaria o número preciso de funcionários demitidos, mas que "menos de 2% dos 18 mil funcionários que trabalham nos Estados Unidos foram impactados". O número corresponde a 360 trabalhadores. Segundo outro side especializado no setor, Good Beer Hunting, o High End emprega cerca de 3 mil empregados e as demissões poderiam representar cerca de 12% da mão de obra. De acordo com a Forbes, 90% do time de vendas do departamento foi dispensado.

Maior cervejaria do mundo, a AB InBev foi formada com a fusão de uma série de grandes cervejarias, entre elas a brasileira Ambev, dona das maiores marcas do Brasil, Brahma, Antarctica e Skol. O CEO da empresa é o brasileiro Carlos Brito. No país, a Ambev tem adotado uma política semelhante de aquisição de microcervejarias, como a Colorado, de Ribeirão Preto, e a Wäls, de Belo Horizonte.

Nos Estados Unidos, a aquisição de marcas levou a Brewers Association, entidade que é mantida por 3.800 das mais de 5 mil cervejarias do país, a criar um selo que atesta a independência das companhias. O AQUI SE BEBE escreveu sobre a iniciativa neste post.

Calor ressuscita vendas de sorvetes em pleno inverno curitibano

Sorveterias de Curitiba registram lucro no período em que normalmente têm prejuízo por causa do frio

Felipe Raicoski Especial para a Gazeta do Povo [07/09/2017]

O calor fora do comum deste inverno em Curitiba ajudou a impulsionar um comércio que normalmente tem queda de vendas no frio: o das sorveterias. Só na última semana do mês de agosto, as temperaturas chegaram à casa dos 30º C. Assim, as suas sorveterias mais tradicionais da cidade, a Formiga, no Água Verde, e a Sorvetes Gaúcho, no São Francisco, puderam comemorar as vendas.

Atendente de balcão na Formiga, Rosa Batista Teixeira, que trabalha há 41 anos no estabelecimento, chegou a se surpreender com o movimento dos últimos dias, quando até filas chegaram a se formar. “Teve tanta fila que a gente teve correr aqui para atender. Veio muita gente nesse último final de semana, que não cabia na calçada”, relata. Domingo (3), por exemplo, a temperatura chegou a 26º C, de acordo com o Simepar, e o sol brilhou durante todo o dia.

Quem também foi pego de surpresa foi Airton Serur dos Santos, um dos donos da Sorvetes Gaúcho, na praça conhecida pelo mesmo nome ao lado do Cemitério Municipal de Curitiba. O empresário conta que a temperatura e o tempo aberto ajudaram a trazer a clientela e que o movimento fez com que ele tivesse que recorrer a familiares para ajudar no atendimento no balcão. Isso fora a correria para abastecer o estoque consumido rapidamente.“A gente teve que sair correndo atrás de açúcar, frutas, porque não estava preparado para vender tanto sorvete. Fomos até atrás dos parentes: tia, primo, para ajudar a atender”, afirma.
Caixa

A procura por sorvetes tem reflexo não só no movimento, mas também no caixa da Gaúcho. Santos revela que, ao contrário de anos anteriores, não precisou recorrer a empréstimos em bancos para manter as contas em dia no inverno. “Nessa época, a gente vivia atrás do gerente do banco, para acertar tudo. Esse ano as finanças estão bem equilibradas”, festeja.

O impulso foi sentido também na Formiga. Rosa afirma que em anos anteriores chegou até mesmo a ter dois meses de férias, já que a loja fecha em temporadas de clima mais frio. Este ano, o descanso foi mais curto, graças ao calor no inverno. “Esse ano reabrimos antes para aproveitar mais o calor. Nos últimos anos teve geada, muito frio, aí não adianta ficar aberto”, explica.

A expectativa de Rosa agora é que o tempo siga assim, atípico, com calor sol até o fim do inverno, no dia 22 de setembro. ”Esperamos mais calor ainda. E tomara que o feriado seja inteiro de sol, que aí mais pessoas vêm”, espera, em referência ao feriado de 7 de Setembro, que em Curitiba é estendido, já que dia 8 de setembro é dia da padroeira da cidade, Nossa Senhora da Luz dos Pinhais.

E se depender da previsão do Instituto Simepar, as sorveterias terão movimento até o último dia do feriadão, domingo (10). A previsão é de que as temperaturas cheguem próximas à casa dos 30º C e sem nebulosidade.

Cervejaria Imperial investe em segunda fábrica

O aporte será em torno de R$ 244 milhões

A Cervejaria Cidade Imperial Petrópolis, que produz cervejas artesanais e especiais sob a marca Cidade Imperial, vai investir R$ 244 milhões na instalação de sua segunda fábrica, em Petrópolis (RJ). O advogado da cervejaria, Antonio Glaucius de Morais, sócio do escritório Meira Morais Advogados, informou que a unidade já está em fase pré-operacional e deve começar a produzir ainda neste ano.

A unidade, instalada em uma área de 14 mil metros quadrados, terá capacidade para produzir 450 mil hectolitros de cerveja por ano. Quando entrar em operação, segundo o advogado, a unidade vai gerar 400 empregos diretos.

A empresa foi incluída no Programa de Atração de Investimentos Estruturantes do Rio de Janeiro (RioInvest), que permite usar recursos do Fundes (Fundo de Desenvolvimento Econômico e Social) para financiar projetos industriais. A companhia terá direito a um crédito de até R$ 166,3 milhões. A empresa se financiará com o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) que ela mesma gerar.

Pelas regras do Fundes, não há desembolso de recursos pelo Estado. No caso da Cervejaria Cidade Imperial, as parcelas liberadas mensalmente corresponderão a até 9% do seu faturamento bruto, limitado a 75% do ICMS a ser pago. A cervejaria terá ainda isenção de ICMS para compra de insumos e equipamentos.

A Cidade Imperial foi fundada em 1997 por D. Francisco de Orleans e Bragança – tetraneto de D. Pedro II. Em 2015, a empresa foi vendida para a CF Administração e Participações, empresa controlada por Cléber Faria, sobrinho de Walter Faria, dono do Grupo Petrópolis (que produz a Itaipava). Cléber Faria chegou a ser diretor comercial e sócio do Grupo Petrópolis, mas deixou a companhia em 2011, após romper relações com o tio.

De acordo com fontes familiarizadas com o assunto, Walter Faria e Cléber Faria se desentenderam após o dono do Grupo Petrópolis reclamar de patrocínios autorizados por Cléber Faria a campeonatos e equipes de automobilismo. Cléber competia no campeonato nacional de Gran Turismo (GT). O Grupo Petrópolis patrocinou, entre 2009 e 2011, a organização do GT3 Brasil. À época, o Grupo Petrópolis informou que optou por promover ações de marketing na Fórmula 1, com a equipe Ferrari, porque dava mais visibilidade à TNT. Walter Faria demitiu Cléber e seu irmão Vanuê Faria e também excluiu os sobrinhos da sociedade no Grupo Petrópolis. O advogado de Cléber Faria disse que ele não mantém relações com Walter Faria.

Fonte: Valor Econômico

Preço dos alimentos completa quatro meses de queda e segura a inflação

por Marcelo Loureiro
06/09/2017 10:10

O IPCA de agosto ficou em 0,19%, bem abaixo da estimativa, que girava em torno de 0,35%. A boa notícia foi garantida pela deflação dos alimentos, grupo que registra taxas negativas há quatro meses. No acumulado em um ano, a inflação caiu de novo e agora marca 2,46%, mais distante do piso da meta de 3%. Esse desempenho pode influenciar o tom do comunicado que o BC divulgará nesta quarta-feira, ao anunciar o esperado corte de um ponto percentual na Selic.

A taxa do grupo Alimentação e Bebidas ficou em -1,07%. A queda anulou completamente a alta dos combustíveis. O recuo nos preços é notado principalmente na alimentação dentro de casa. Como os gastos com comida são parte relevante das despesas das famílias, o efeito na atividade é direto. Sobra mais dinheiro no bolso do consumidor, que gasta mais em outros tipos de produtos. Inflação baixa ajuda no crescimento da economia.

A previsão é que o IPCA de setembro ficará em torno de 0,10%, conta o professor Luiz Roberto Cunha, da PUC-Rio. O preço da gasolina continua subindo neste mês, mas os alimentos devem ajudar de novo. Pela cotação no atacado, a tendência é de novo resultado surpreendente.

Confirmada a expectativa, o acumulado em um ano continuaria na casa dos 2,40%. Isso pode influenciar o comportamento do Banco Central. Se o IPCA terminar 2017 abaixo do piso, o BC terá que se justificar ao ministro da Fazenda e explicar o que será feito para cumprir a meta. Por isso as projeções para os juros ao final do ano continuam caindo. Já há investidores estimando a Selic abaixo de 7%; a taxa atualmente está em 9,25%.