Programa faz coleta para análise de agrotóxicos em alimentos

Publicado por Ministério Público do Trabalho
ontem

Natal– A Subcoordenadoria de Vigilância Sanitária do Rio Grande do Norte (Suvisa-RN) realizou, na semana passada, a primeira coleta de 2017 do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA-ANVISA). No estado, as coletas são realizadas nos supermercados das cidades de Natal, São Gonçalo do Amarante, Macaíba e Ceará Mirim, tendo como objetivo promover a segurança dos alimentos em relação aos resíduos de agrotóxicos. A ação é resultado de antiga reivindicação do Fórum Estadual de Combate aos Efeitos dos Agrotóxicos na Saúde do Trabalhador, no Meio Ambiente e na Sociedade (Feceagro-RN), que tem o Ministério Público do Trabalho no RN (MPT-RN) em sua coordenadoria adjunta.

O PARA coletará os alimentos de origem vegetal mais consumidos pela população brasileira, entre eles abacaxi, alface, arroz, alho, batata doce, beterraba, cenoura, chuchu, goiaba, laranja, manga, pimentão, tomate e uva, tomando como base dados brutos da Pesquisas de Orçamentos Familiares (POF-IBGE). A coleta será feita por técnicos da Suvisa-RN e compartilhada com os técnicos responsáveis pelas unidades de vigilância sanitária dos três municípios, de 28 de agosto até 25 de maio de 2018.

Após a coleta, os alimentos são embalados, entregues à transportadora e enviados aos laboratórios credenciados por via aérea para serem analisados. Com o recebimento dos laudos de análise, os resultados são divulgados à população e a proposta é que ações educativas sejam realizadas pelos órgãos fiscalizadores em suas áreas de competência. Em caso de laudos insatisfatórios, toda a cadeia produtiva poderá ser penalizada.

Para Ileana Neiva, procuradora Regional do Trabalho e coordenadora adjunta do Feceagro, a medida é importante “não só para preservar a saúde da população em geral, mas também a saúde dos trabalhadores rurais, pois será possível o rastreamento da origem do produto, chegando-se ao produtor rural e notificando-o para corrigir sua conduta”.

Programa – Criado em 2001, o PARA é uma ação do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS), coordenado pela Anvisa em conjunto com os órgãos estaduais e municipais de vigilância sanitária e laboratórios estaduais de saúde pública, servindo como um indicador da ocorrência de resíduos de agrotóxicos em alimentos. O programa conta com a participação de 27 unidades federativas envolvidas na amostragem e na tomada de ações após a divulgação dos resultados.

No Rio Grande do Norte, existem três programas de monitoramento dos alimentos: o Programa Estadual de Análise de Resíduos de Agrotóxicos, com amostras coletadas na CEASA, que tem pouca rastreabilidade até o produtor; o PARA-ANVISA, que coleta em supermercados da capital e de São Gonçalo do Amarante, Macaíba e Ceará Mirim; e o Programa Rastreabilidade e Monitoramento de Alimentos (RAMA), de caráter privado, realizado pela empresa Paripassu, da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), que coleta amostras em supermercados.

Pesquisa brasileira desenvolve grão-de-bico visando mercado asiático

Conjuntura / 06 Setembro 2017

Pesquisa brasileira desenvolve grão-de-bico visando mercado asiático

Com clima favorável, períodos secos e médias altitudes, várias regiões brasileiras são aptas a produzir grão-de-bico, leguminosa muito valorizada em mercados asiáticos e no Oriente Médio. O desenvolvimento dessa lavoura poderá abrir um mercado bilionário às exportações brasileiras, além de suprir a demanda interna. Resultados já obtidos em plantações no Brasil Central mostram que a cultura vem apresentando ótimo desempenho no período do inverno em áreas irrigadas e mecanizadas.

Pesquisadores acreditam que essa é uma grande oportunidade para os produtores, já que o país ainda depende de importações para suprir o consumo anual do produto, de oito mil toneladas, e o mercado asiático é um grande importador. De acordo com o Banco de Dados de Estatísticas do Comércio Internacional das Nações Unidas (UN Comtrade), somente a Índia comprou de outros países 873 mil toneladas de grão-de-bico em 2016, o equivalente a US$ 688 milhões, mais de R$ 2 bilhões.

De olho nesse potencial, a pesquisa agrícola está avaliando cultivares de grão-de-bico com melhor adaptação às condições ambientais brasileiras, testando a viabilidade econômica da cultura e buscando soluções para o controle de pragas e doenças que afetam a produtividade e a qualidade. Novas cultivares da planta também estão sendo desenvolvidas.

No início de 2017, foi firmada parceria com a empresa indiana United Phosphorus Limited (UPL) para instalação de experimentos em seis estados – Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul – com o objetivo de avaliar o potencial produtivo de quatro cultivares (duas indianas e duas nacionais, desenvolvidas pela Embrapa) em três diferentes épocas de plantio – abril, maio e junho. Como o ciclo do grão-de-bico gira em torno de quatro meses, as primeiras colheitas desses experimentos estão sendo iniciadas agora, entre o final de agosto e o início de setembro, e a expectativa é selecionar as cultivares com melhor adaptação às condições ambientais brasileiras.

Para o pesquisador Warley Nascimento, chefe-geral da Embrapa Hortaliças (DF), a parceria vai render ganhos para ambos os países. “Com base na definição das cultivares mais produtivas e adaptadas, será possível fomentar a produção nacional, minimizar a necessidade de importação e, principalmente, exportar os grãos para a Índia e outros países asiáticos que possuem um consumo elevado desse alimento.”

A Índia manifestou interesse em importar pulses do Brasil durante visita à Ásia, no fim de 2016, em comitiva liderada pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi. Pulses são um grupo de leguminosas com grãos secos que inclui feijão-caupi, feijão-mungo, lentilha e grão-de-bico, por exemplo. “Trata-se de uma oportunidade extraordinária para os produtores brasileiros não apenas exportarem, mas diversificarem os sistemas produtivos, agregarem valor à produção e ofertarem alimentos de alta qualidade à população”, destaca o presidente da Embrapa, Maurício Lopes.

O sul da Ásia, incluindo Índia, Sri Lanka, Bangladesh e Paquistão, representa aproximadamente 40% do mercado mundial de pulses. A Índia passa por um momento especial em que a população cresce cerca de 18 milhões de habitantes por ano e a economia está em expansão. Com maior renda, o consumo de alimentos tem sido maior.

A população vegetariana na Índia é enorme, cerca de um terço de seus 1,3 bilhões de habitantes, e cada vez mais haverá necessidade desse tipo de alimento, como o grão-de-bico, rico em proteínas. “Se tivéssemos produção, certamente haveria mercado comprador. E a Embrapa pode ajudar o Brasil a ocupar este espaço, uma vez que a Empresa possui uma grande diversidade de projetos em vários tipos de produtos e pode rapidamente responder a esta demanda”, explica Maurício Lopes.

Se boa parte da população indiana é vegetariana, do outro lado, está o Brasil. O País ocupa o quinto lugar no ranking de consumo per capita de carne bovina – cada habitante consome 35,8 quilos por ano. Estima-se que cerca de 10% da população siga uma dieta vegetariana e a principal leguminosa consumida pelos brasileiros é o feijão. Diante disso, o consumo de grão-de-bico no País ainda é baixo, sendo que em 2016 o Brasil importou cerca de oito mil toneladas, ao custo de US$ 9,7 milhões, principalmente do México e da Argentina – despesa que corresponde a menos de 1% das importações indianas.

“Hoje, já possuímos material genético e tecnologia de produção para alcançar a autossuficiência e vislumbrar a exportação de grão-de-bico para os principais mercados consumidores da leguminosa”, assinala Nascimento, ao destacar que a cultura vem apresentando ótimo desempenho no período do inverno, em áreas irrigadas e mecanizadas, e pode ser uma alternativa de exportação além da soja.

No ano passado, quando a Índia sinalizou interesse em importar leguminosas do Brasil, a empresa indiana UPL anunciou grande interesse em investimento no País, por meio da parceria com a Embrapa, no desenvolvimento e produção de grãos no Brasil para exportar ao mercado indiano, que possui demanda crescente e expressiva por esses produtos – a projeção é que possa chegar a 30 milhões de toneladas por ano até 2030.

Produtor aposta no grão-de-bico como alternativa ao feijão

Apesar de o Brasil não ter tradição no cultivo de grão-de-bico, o agricultor Osmar Artiaga, de Cristalina (GO), resolveu investir na cultura como uma opção para o período do inverno em sistema de pivô central e colheita mecanizada. Durante o verão, época mais quente e úmida, o produtor mantém lavouras de soja e milho e, na entressafra, costumava plantar feijão. Contudo, após conhecer a tecnologia de produção e as cultivares disponibilizadas pela Embrapa, Artiaga apostou no avanço da pesquisa e firmou uma parceria para averiguar a viabilidade econômica da produção comercial de grão-de-bico nas condições do Brasil Central.

De 2011 para cá, ele abriu as porteiras de sua propriedade para a equipe de técnicos da Embrapa e os resultados obtidos foram promissores, tanto que a fazenda que antes recebia o nome de Futurama foi rebatizada de Agropecuária Garbanzo, que significa grão-de-bico no idioma espanhol. Artiaga, inclusive, elegeu a cultura como objeto de sua dissertação de mestrado e, com base científica, conduziu ensaios experimentais de validação. “O grão-de-bico mostrou ser menos exigente em água e adubo e, no final das contas, o custo de um hectare de grão-de-bico é cerca de 40% menor do que o custo de um hectare de feijão”, estima Artiaga.

E as contas do produtor foram além: ambas as culturas rendem uma produtividade média de 2.500 kg/ha, mas o preço do quilo do grão-de-bico pode alcançar o dobro do valor obtido pelo feijão. “É gratificante ver um parceiro que começou com algumas dezenas de hectares alcançar na safra atual a marca de 800 hectares plantados, que devem render por volta de 2.000 toneladas”, comenta o pesquisador Warley Nascimento.

E, se considerar que para suprir a demanda interna do Brasil são necessárias oito mil toneladas de grão-de-bico, um único produtor já teria condições de atender 20% dessa quantidade. Porém, do volume total produzido por Artiaga, parte é guardada para servir de semente para o próximo plantio, outra parte é comercializada para a indústria processadora e ainda há um percentual destinado à exportação. Por isso, Nascimento frisa a importância de desenvolver mais pesquisas e promover o cultivo para o setor produtivo. “O grão-de-bico realmente se revela uma alternativa viável como produto de exportação.”

Parceria viabiliza testes de exportação para o exterior

Os bons resultados despertaram o interesse de outros agricultores e novos parceiros. No próximo ano, a Agrícola Ferrari – unidade de Campo Novo do Parecis (MT), que possui experiência com exportação de milho pipoca e outros produtos agrícolas, tem previsão de plantar, em conjunto com Artiaga, cinco mil hectares de grão-de-bico no Mato Grosso.

“Há 15 anos, o Brasil importava milho pipoca de países como Argentina e Estados Unidos. Hoje, não somente deixamos de importar como exportamos para vários países e somos altamente competitivos no mercado internacional, com qualidade superior e melhores preços”, conta Vinícius Ferrari, diretor-geral da Agrícola, ao destacar que o objetivo da empresa é justamente promover no território nacional a produção de culturas que geralmente são importadas.

Ferrari revela que a estratégia delimitada pela empresa para exportar grão-de-bico, especialmente para o mercado asiático, vai desde realizar pequenas exportações nos primeiros anos, para divulgar a qualidade do grão brasileiro, até expor o produto em feiras internacionais.

Além de o grão-de-bico ser consumido mundialmente, Ferrari ressalta que os clientes no exterior que trabalham com a importação de milho pipoca também demandam grão-de-bico. “A partir de uma análise geral de qualidade e canais de vendas, podemos afirmar que o grão-de-bico tem viabilidade para se tornar uma opção no portfólio do agricultor e alcançar, dentro de algum tempo, o sucesso do milho pipoca”, opina.

Cultivares de dupla aptidão no horizonte da pesquisa

As duas cultivares nacionais que estão sendo plantadas pelo setor produtivo e avaliadas nos ensaios experimentais em parceria com a empresa UPL foram desenvolvidas pela Embrapa Hortaliças. A cultivar Cícero, que se destaca pela ampla adaptação às condições de clima e de solo do Brasil Central, foi selecionada a partir de linhagens introduzidas do México na década de 1990.

Já a cultivar BRS Aleppo originou-se da seleção de materiais genéticos introduzido do Centro Internacional para Pesquisa Agrícola em Áreas Secas (ICARDA) que se localizava na Síria, mas atualmente mantém sua sede no Líbano por causa da guerra civil. A cultivar – que no nome faz uma homenagem à cidade síria, antes sede do ICARDA – impressiona pela alta produtividade, que varia entre 2.500 e 3.500 kg/ha, e pelo elevado nível de tolerância a um complexo de fungos de solo. Ambas as cultivares respondem bem à colheita mecanizada e ao cultivo irrigado em altitudes superiores a 800 metros.

No momento, não há contratos vigentes de licenciamento de empresas para produção de sementes, mas os interessados podem entrar em contato com o Escritório de Brasília da Embrapa Produtos e Mercado, que é responsável pela produção de semente genética e pelo atendimento dos produtores de sementes de grão-de-bico.

As pesquisas para seleção e melhoramento genético de grão-de-bico visam, na fase atual, a obter materiais com dupla aptidão: para consumo seco ou para uso industrial na forma de grão reidratado. “Atualmente, temos mais duas cultivares em fase de validação e, em breve, devemos disponibilizá-las para o setor produtivo”, adianta Nascimento, ao mencionar que a estratégia é oferecer um portfólio diversificado de cultivares de grão-de-bico para atender diferentes demandas dos agricultores e das empresas processadoras.

Incêndio destrói galpão da Industria de Alimento Dallas em N. Alvorada.

7 de setembro de 2017

O Sinistro durou 12 horas e destruiu galpão da Fábrica.

Campo Grande(MS) – Incêndio de grandes proporções atingiu um barracão na Alimentos Dallas em Nova Alvorada do Sul, na noite de quarta feira(06/09). De acordo com  Bombeiros Militar  da cidade,  a unidade foi chamada as 21hs  para combater um incêndio na Alimentos Dallas,  dois veículos  da Unidade de Bombeiros de Campo Grande ajudaram  na contenção das chamas. A Brigada de Incêndio das Usinas Odebrecht também esteve no local auxiliando no combate ao incêndio. O  sinistro  ocorreu em um galpão aos fundos da Industria, totalmente  destruído pelo fogo e  desmoronou parcialmente,  e teve estrutura comprometida. A área era usada para  guardar e conservação de produtos, entre eles: pallets, escovas, vigas e grande quantidade de madeiras. Bombeiros monitoram a área atingida,  Na manhã desta quinta-feira (07/09) o grupo Alimentos Dallas divulgou uma nota de esclarecimento. As causas do incêndio ainda são desconhecidas e não houve ferido.

Nota de Esclarecimento

Nova Alvorado do Sul, 07 de setembro de 2017

Alimentos Dallas Indústria e Comércio LTDA, empresa do ramo alimentício, situada na BR 163, km 365.5, no município de Nova Alvorada do Sul (MS), esclarece aos clientes, fornecedores e população do município os seguintes fatos:

Ocorreu um incêndio na noite do dia 06 de setembro de 2017 que atingiu materiais em depósito que não faz parte da indústria, destinado à guarda e conservação de produtos, tais como: pallets, escovas, vigas e grande quantidade de madeiras. O incêndio tem origem desconhecida e já está totalmente controlado, tendo causado apenas danos materiais, sem perigo a funcionários e população; As indústrias do Grupo Dallas (moinho de trigo, fábrica de biscoito e macarrão e beneficiamento de arroz) não foram atingidas, já estão operando normalmente em sua produção diária;

Agradecemos a colaboração imediata prestada pelo Corpo de Bombeiros de Nova Alvorada do Sul, aos departamentos de Combate à Incêndio das Usinas Odebrecht e LDC, que com presteza vieram ao auxílio evitando maiores proporções.

Valdir José Zorzo

Sócio Proprietário

Da redação

AB InBev demite funcionários de departamento de cervejas artesanais

por Eduardo Zobaran
07/09/2017 20:58

Nesta quinta-feira, 7 de setembro, a Anheuser-Busch InBev (AB InBev) demitiu nos Estados Unidos cerca de 400 empregados, a maior parte deles que trabalhavam com vendas na The High End. O setor reúne as marcas de cervejas artesanais, inclusive das dez microcervejarias adquiridas desde 2011, como Goose Island, Blue Point e Wicked Weed. O departamento é presidido pelo brasileiro Felipe Szpigel. A informação foi divulgada em primeira mão pelo Beer Street Journal.

Ao veículo americano, a empresa anunciou que não informaria o número preciso de funcionários demitidos, mas que "menos de 2% dos 18 mil funcionários que trabalham nos Estados Unidos foram impactados". O número corresponde a 360 trabalhadores. Segundo outro side especializado no setor, Good Beer Hunting, o High End emprega cerca de 3 mil empregados e as demissões poderiam representar cerca de 12% da mão de obra. De acordo com a Forbes, 90% do time de vendas do departamento foi dispensado.

Maior cervejaria do mundo, a AB InBev foi formada com a fusão de uma série de grandes cervejarias, entre elas a brasileira Ambev, dona das maiores marcas do Brasil, Brahma, Antarctica e Skol. O CEO da empresa é o brasileiro Carlos Brito. No país, a Ambev tem adotado uma política semelhante de aquisição de microcervejarias, como a Colorado, de Ribeirão Preto, e a Wäls, de Belo Horizonte.

Nos Estados Unidos, a aquisição de marcas levou a Brewers Association, entidade que é mantida por 3.800 das mais de 5 mil cervejarias do país, a criar um selo que atesta a independência das companhias. O AQUI SE BEBE escreveu sobre a iniciativa neste post.

Calor ressuscita vendas de sorvetes em pleno inverno curitibano

Sorveterias de Curitiba registram lucro no período em que normalmente têm prejuízo por causa do frio

Felipe Raicoski Especial para a Gazeta do Povo [07/09/2017]

O calor fora do comum deste inverno em Curitiba ajudou a impulsionar um comércio que normalmente tem queda de vendas no frio: o das sorveterias. Só na última semana do mês de agosto, as temperaturas chegaram à casa dos 30º C. Assim, as suas sorveterias mais tradicionais da cidade, a Formiga, no Água Verde, e a Sorvetes Gaúcho, no São Francisco, puderam comemorar as vendas.

Atendente de balcão na Formiga, Rosa Batista Teixeira, que trabalha há 41 anos no estabelecimento, chegou a se surpreender com o movimento dos últimos dias, quando até filas chegaram a se formar. “Teve tanta fila que a gente teve correr aqui para atender. Veio muita gente nesse último final de semana, que não cabia na calçada”, relata. Domingo (3), por exemplo, a temperatura chegou a 26º C, de acordo com o Simepar, e o sol brilhou durante todo o dia.

Quem também foi pego de surpresa foi Airton Serur dos Santos, um dos donos da Sorvetes Gaúcho, na praça conhecida pelo mesmo nome ao lado do Cemitério Municipal de Curitiba. O empresário conta que a temperatura e o tempo aberto ajudaram a trazer a clientela e que o movimento fez com que ele tivesse que recorrer a familiares para ajudar no atendimento no balcão. Isso fora a correria para abastecer o estoque consumido rapidamente.“A gente teve que sair correndo atrás de açúcar, frutas, porque não estava preparado para vender tanto sorvete. Fomos até atrás dos parentes: tia, primo, para ajudar a atender”, afirma.
Caixa

A procura por sorvetes tem reflexo não só no movimento, mas também no caixa da Gaúcho. Santos revela que, ao contrário de anos anteriores, não precisou recorrer a empréstimos em bancos para manter as contas em dia no inverno. “Nessa época, a gente vivia atrás do gerente do banco, para acertar tudo. Esse ano as finanças estão bem equilibradas”, festeja.

O impulso foi sentido também na Formiga. Rosa afirma que em anos anteriores chegou até mesmo a ter dois meses de férias, já que a loja fecha em temporadas de clima mais frio. Este ano, o descanso foi mais curto, graças ao calor no inverno. “Esse ano reabrimos antes para aproveitar mais o calor. Nos últimos anos teve geada, muito frio, aí não adianta ficar aberto”, explica.

A expectativa de Rosa agora é que o tempo siga assim, atípico, com calor sol até o fim do inverno, no dia 22 de setembro. ”Esperamos mais calor ainda. E tomara que o feriado seja inteiro de sol, que aí mais pessoas vêm”, espera, em referência ao feriado de 7 de Setembro, que em Curitiba é estendido, já que dia 8 de setembro é dia da padroeira da cidade, Nossa Senhora da Luz dos Pinhais.

E se depender da previsão do Instituto Simepar, as sorveterias terão movimento até o último dia do feriadão, domingo (10). A previsão é de que as temperaturas cheguem próximas à casa dos 30º C e sem nebulosidade.

Rio ganha associação de microcervejarias com promessa de grande evento e diálogo com o poder público

por Eduardo Zobaran

05/09/2017 17:12

Cinquenta pequenos produtores de cerveja criaram nesta segunda-feira, 4 de setembro, a Associação de Microcervejarias Artesanais do Rio de Janeiro (Amacerva-RJ). A entidade nasce para representar no Estado do Rio o setor, que cresceu 39,6% no país em 2016. Nomeado presidente da Amacerva, Vinicius Kfuri cita como desafios a desburocratização da atividade, que enfrenta barreiras para a autorização de instalação em diversas cidades, e a conquista de benefícios fiscais já são oferecidas no estado às gigantes do setor – na mesma segunda-feira, a Cidade Imperial, de Petrópolis, recebeu um crédito tributário de R$ 166 milhões.

– Há dois anos que discutimos a necessidade de termos uma voz forte para lutar pelo setor. As primeiras conversas nasceram após problemas que vivemos em eventos e com logística de distribuição, mas existem outras preocupações em comum – explicou Kfuri, que é sócio da Hocus Pocus, ao AQUI SE BEBE. – Hoje, nossa prioridade é a busca de um diálogo com o poder público na espera municipal, estadual e federal.

A Amacerva-RJ vai criar um selo da entidade que ficará estampado em rótulos dos membros. A marca também poderá ser utilizada por bares que sejam aprovados em critérios técnicos, como armazenamento de forma adequada de garrafas, latas e barris e a limpeza correta de chopeiras. Em junho, a associação de cervejarias dos Estados Unidos, Brewers Association, criou um selo já adotado por mais de 2 mil cervejarias do país.

No Estado do Rio, a estimativa é que existam mais de 170 produtores, entre fábricas e cervejarias ciganas – como são chamadas as marcas que produzem em plantas cervejeiras de terceiros. Uma das primeiras missões da entidade será revelar com precisão o tamanho deste mercado e conhecer detalhes da categoria, como o número de empregos diretos e indiretos gerados, o volume financeiro movimentado e a quantidade total de produção. Com os dados, a entidade espera ter maior receptividade em negociações tanto com o setor público quanto com a iniciativa privada.

– Podemos aproveitar nossa união para conseguir melhores condições em negociações com fornecedores, como para aquisição de barris ou de ingredientes, como malte, em que sozinhos cada um de nós tem pouco poder de barganha – acrescentou Kfuri.

Para dar visibilidade à nova organização, o grupo pretende organizar um evento para 20 mil pessoas no ano que vem, ainda sem data e local definidos. Para fazer parte da Amacerva-RJ é necessário cumprir alguns critérios, como estar adequado às regras estabelecidas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), como não vender receitas caseiras. Além do presidente Vinicius Kfuri, da Hocus Pocus, a Amacerva terá como diretores Leonardo Rangel, da Hija de Punta, Rodrigo Addor, da Marmota, Afonso Dolabella, da RockBird, Mariana Boynard, da Esplêndido, e Léo Gil, da Three Monkeys.

Bullying contra a indústria brasileira de refrigerantes e bebidas não alcoólicas

por Congresso em Foco | 05/09/2017 07:31

Alexandre Jobim *

A Zona Franca de Manaus, criada em 1967 e referendada pela Constituição de 1988, significa a opção feita pelo Brasil por um modelo de desenvolvimento regional capaz de dinamizar a economia da região Norte, estimular arranjos sustentáveis e consolidar a indústria na Amazônia. Hoje, há ali 600 empresas instaladas, gerando cerca de 500 mil empregos. Estima-se que a Zona Franca contribua com 70% do esforço brasileiro para a redução do desmatamento.

A indústria brasileira de refrigerantes e bebidas não alcoólicas gera na Zona Franca de Manaus 14 mil empregos diretos e indiretos a partir das 31 indústrias de concentrados de refrigerantes ali instaladas. Apenas quatro dessas unidades industriais fornecem para grandes fabricantes. As demais 27 fábricas de concentrados são fornecedoras de pequenos e médios fabricantes brasileiros. Todas, rigorosamente todas, utilizam os incentivos fiscais que compõem o diferencial competitivo sob o qual está assentado o sistema da ZFM. Em consequência, todos os fabricantes brasileiros de refrigerantes – sejam grandes, médios ou pequenos – também se beneficiam das compensações geradas a partir dos créditos tributários originados pelas normas que regem o uso dos incentivos ficais.

Empreender e investir na região Norte é um desafio. Afinal, a maior parcela do mercado consumidor está em outras regiões. A Zona Franca é um projeto federal, mas também é um modelo de redução de desigualdades adotado pela sociedade brasileira, por meio de seus legisladores, assentado em incentivos fiscais. Sendo assim, tem por objetivo compensar ou reduzir as desvantagens locais da região promovendo o desenvolvimento e a sua integração socioeconômica às demais regiões do país. Os incentivos estão disponíveis a todas as empresas que tenham interesse em se instalar ali. A indústria de concentrados é a única que, por determinação legal, precisa elaborar seus produtos com matéria-prima agrícola de produção regional. Em razão disso, mais de 10 mil famílias de pequenos produtores sobrevivem da venda de suas produções para fábricas de concentrados localizadas no Amazonas.

É uma falácia mistificadora alegar que as regras da Zona Franca de Manaus para fabricantes de concentrados de refrigerantes beneficiam exclusivamente as grandes indústrias. Não há uma briga entre grandes e pequenos. Em audiência pública ocorrida na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados no último dia 31 de agosto, o coordenador-geral de Contribuição da Receita Federal, Fernando Mombelli, fez questão de ressaltar que a política de incentivos da região se destina equanimemente a pequenos, médios e grandes fabricantes. Além disso, em ofício encaminhado à presidência da comissão, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e o Secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, deixaram claro: “Não é possível afirmar que apenas os grandes fabricantes se beneficiem desse crédito”.

Os representantes da área econômica do governo referem-se ao mito, disseminado pelos detratores da política de incentivos fiscais destinada a desenvolver e a preservar a Amazônia, segundo o qual os créditos do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) provocam um desequilíbrio entre os competidores pelo mercado de bebidas não alcoólicas. Claro que não é assim. O incentivo fiscal com base no IPI faz parte da racionalidade do programa federal que criou a Zona Franca. Ele está disponível a qualquer um que compre o concentrado de indústrias instaladas em Manaus. Além desse sistema de incentivos, as pequenas empresas contam ainda com os benefícios das reduções tributárias do Simples Nacional.

A Associação Brasileira da Indústria de Refrigerantes e de Bebidas Não Alcoólicas (Abir), integrada por 59 empresas que respondem por 85% desse mercado no país e que detêm 144 fábricas em todo o território nacional, defende o benefício concedido na Zona Franca de Manaus. Suas associadas – pequenas, médias e grandes – geram 1,6 milhão de empregos diretos e indiretos, recolhem R$ 10,7 bilhões anuais em tributos e encerrarão o ano de 2017 investindo R$ 7 bilhões no Brasil. Ainda assim, enfrentamos há dez anos uma acirrada investida contra o sistema de funcionamento da Zona Franca. Tudo começou em 2007, quando a Afrebras viu a Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça arquivar uma representação em que pedia a apuração de “violações” ao Direito Concorrencial ao alegar, já naquele momento exatamente o que segue alegando (por meio de outros expedientes) em sua guerrilha legislativa contra a Zona Franca de Manaus.

A partir de 2008 o “bullying legislativo” se concentrou em tentativa de aprovar artigos contrários à Zona Franca em medidas provisórias que versavam sobre outros temas, numa prática que o próprio Congresso reconhece como abusiva e à qual deu a alcunha jocosa de “jabutis”. Esse abuso, sempre derrotado em votações dos parlamentares, se deu nas medidas provisórias 436, 449 e 413 de 2008; nas MPs 636, 641 e 651 de 2014; na MP 668 e no Projeto de Lei 863 de 2015; na MP 757 de 2016; e nas MPs 766, 774, 780 e 783 deste ano de 2017.

Como se vê, há uma fixação por bombardear a segurança jurídica de quem investe e produz na Zona Franca de Manaus. A indústria brasileira de refrigerantes e bebidas não alcoólicas não se furtará, jamais, a debater o tema e defender o modelo equânime por meio do qual se assegura o desenvolvimento da região Norte e se ajuda a preservar a floresta amazônica. Mas é necessário deixar claro que tamanho assédio, abusando da boa vontade dos legisladores, não beneficia nem o Brasil, nem os fabricantes de refrigerantes – sejam eles pequenos, médios ou grandes.

* Alexandre Jobim é advogado e presidente da Associação Brasileira da Indústria de Refrigerantes e de Bebidas Não Alcoólicas (Abir).

A ‘guerra’ das cervejas no mês Farroupilha

Ambev e Schin batalham para cair no gosto dos gaúchos durante a celebração farroupilha

As cervejarias Schin e Ambev (Polar) disputam palmo a palmo a memória Farroupilha neste mês de setembro, que celebra a data magna dos gaúchos. Patrocinadora do Acampamento Farroupilha há 10 anos, a Schin novamente coloca no mercado latinhas de cerveja temáticas que retratam regiões do Rio Grande do Sul, hábitos e cotidiano do homem do campo. No total, são 10 imagens do fotógrafo Eduardo Rocha.

Desafiada em seu território, a Polar, cerveja ícone dos gaúchos por carregar uma marca popular nascida no Estado (na cidade de Estrela, em 1929), não deixa por menos. Há algum tempo, a Ambev vem adotando a mesma estratégia para dar visibilidade à marca e não permitir que a concorrente surfe sozinha na onda Farroupilha. Neste mês, quem der preferência à Polar, encontrará uma coleção de latas customizadas com "memes baguais", que remetem ao churrasco, ao mate, ao bairrismo típico do gaúcho e ao orgulho e amor pelo Rio Grande do Sul. São oito desenhos do ilustrador Yuji Schimitd.

"A ideia é compartilhar o orgulho no mês de setembro, uma vez que a Polar é uma marca genuinamente gaúcha", defende o gerente de marketing Regional Sul da Ambev, João Lucas Lima.

No Acampamento Farroupilha, que, até o dia 20 de setembro, deve receber mais de 1 milhão de pessoas, a patrocinadora Schin terá um espaço inspirado na casa de Giuseppe Garibaldi, com diversas atrações para o público que visitar o evento.

O acampamento começa, oficialmente, na quinta-feira, feriado de 7 de Setembro, mas, na prática, muitas atividades já estão acontecendo no Parque da Harmonia, em Porto Alegre.

Nesta terça-feira, praticamente todos os piquetes já estavam montados, com muita gente circulando e aproveitando para saborear um churrasco, ouvir música e, claro, saborear uma boa cerveja. A programação de atividades já começa nesta segunda-feira, com a participação de 351 piquetes.

Chineses lançam chocolate rosa, mais leve e com sabor refrescante

De acordo com Barry Callebaut, o chocolate é feito a partir do cacau rubi e não tem adição de corantes nem de sabores artificiais

Da redação

É hora de os chocolates amargo, ao leite e branco abrir espaço para um novo sabor. Os cientistas acabam de inventar um novo chocolate chamado “rubi”, anunciou nesta terça-feira (5), em Xangai, na China, o gigante suíço de cacau, Barry Callebaut.

O chocolate rubi, como foi anunciado, apresenta uma tonalidade rosa-avermelhada e possui um sabor característico da fruta tradicional. De acordo com Barry Callebaut, o chocolate é feito a partir do cacau rubi e não tem adição de corantes nem de sabores artificiais.

O novo chocolate chega 80 anos depois que o chocolate branco foi introduzido no mercado. Ele também chega em meio a uma crise na indústria do chocolate. No início deste ano, a Nestlé reportou o crescimento mais lento das vendas globais em mais de duas décadas, enquanto Hershey anunciou a intenção de cortar empregos.

O CEO da Barry Callebaut, Antoine de Saint-Affrique, disse a Bloomberg que o chocolate rubi chega depois de uma década de desenvolvimento. “É natural, é colorido, é hedonista, há um aspecto de indulgência, mas mantém a autenticidade do chocolate”, afirmou. “Ele tem um bom equilíbrio que fala muito para os jovens que nasceram após a internet”.

Especialista em chocolate e editor da bíblia industrial “Kennedy’s Confection” Angus Kennedy disse: “O chocolate rubi é algo muito diferente e inteligente. É refrescante e tem uma textura leve e cremosa. Você realmente não percebe que está ingerindo um chocolate. Por isso os consumidores poderão comer mais do que outros tipos de chocolate tradicional. Se isso é bom ou ruim depende do seu ponto de vista”.

Terceiro mês de queda no preço do leite ao produtor

Apesar do clima seco em algumas regiões produtoras, o milho e o farelo de soja mais baratos comparativamente com 2016 e o fornecimento de silagem mantêm a produção de leite em alta no país

Este quadro somado a demanda fraca na ponta final da cadeia e aos estoques maiores no mercado interno, por exemplo, de leite em pó e queijos, pressionam para baixo as cotações em todos os elos da cadeia.

No varejo, as promoções de leite longa vida e de outros produtos lácteos ajudam, em parte, a escoar a produção e diminuir os estoques, mas reduzem a margem dos supermercados que, por sua vez, pressionam as cotações no atacado, e este repassa as quedas para o produtor de leite.

Segundo levantamento da Scot Consultoria, no pagamento de agosto, referente ao leite entregue em julho, houve queda de 2,5% em relação ao pagamento anterior.

Foi o maior recuo registrado desde junho deste ano, quando os preços do leite ao produtor começaram a cair.

A média dos dezoito estados pesquisados ficou em R$1,127 por litro, 8,6% menos na comparação com igual período do ano passado.Veja a figura 1.

Figura 1.

Preço do leite ao produtor (média nacional ponderada) – em R$/litro, valores nominais. Setembro

Fonte: Scot Consultoria – www.scotconsultoria.com.br

Com relação a produção, em julho o incremento no volume captado pelos laticínios (média nacional) foi de 3,1% em relação a junho deste ano.

Para o pagamento a ser realizado em meados de setembro (produção de agosto), 64,0% dos laticínios pesquisados pela Scot Consultoria acreditam em queda no preço do leite ao produtor, 33,0% falam em manutenção e os 3,0% restantes acreditam em alta nos preços do leite.

As quedas previstas variam de R$0,02 a R$0,06 por litro, segundo as empresas pesquisadas.

Para o pagamento a ser realizado em meados de setembro (produção de agosto), 64,0% dos laticínios pesquisados pela Scot Consultoria acreditam em queda no preço do leite ao produtor, 33,0% falam em manutenção e os 3,0% restantes acreditam em alta nos preços do leite.