Apex-Brasil abre inscrições para a World Food India 2017

A indústria de processamento de alimentos na Índia é responsável por 32% do mercado total de alimentos no país e está em quinto lugar no mundo em termos de produção. É um mercado que passa por mudanças de tendências e padrão de comportamento do consumidor. Recentemente houve aumento na renda dos indianos e há no país um acelerado processo de urbanização. Com isso, há um aumente no consumo da população.

A World Food Índia tem como principal objetivo criar uma plataforma global que atenda as demandas do mercado indiano, de forma a reforçar a cooperação técnica e a atração de investimentos para a indústria de processamento de alimentos. A delegação brasileira vai contar com um estande de cerca de 135m². A feira reunirá autoridades governamentais e empresários indianos envolvidos na cadeia produtiva do setor de alimentos e bebidas, equipamentos para a indústria alimentícia, entre outros serviços.

Todas as empresas que preencherem o formulário de inscrição até o prazo estipulado (dia 31/8) serão analisadas e receberão uma pontuação de acordo com a metodologia estipulada pela Apex-Brasil. Empresas classificadas, porém, não selecionadas, ficarão em lista de espera, tendo sua convocação condicionada a alguma desistência.

Condições de Participação:
http://arq.apexbrasil.com.br/emails/institucional/2017/103/condicoes.pdf

Inscrições:
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSdlbo4kRBeEyXJTRUsrxR-lbhK5nT9JiRspEBpPqvUrh1AV6g/viewform

Serviço

World Food India 2017
Data: 3 a 5 de novembro
Local: Centro de Convenções Vigyan Bhawan, Nova Delhi, Índia

Para mais informações
Apex-Brasil – Relacionamento com clientes
(61) 3426-0202
www.apexbrasil.com.br

Fonte: Apex-Brasil

Pequenos fabricantes de refrigerantes pedem isenção de IPI para xarope

A proposta prevê reduzir o tributo de 20% para zero até 2019, de acordo com a Afrebras

A Afrebras (Associação dos Fabricantes de Refrigerantes do Brasil), entidade que representa médios e pequenos fabricantes de refrigerantes, voltou a fazer corpo a corpo com parlamentares para tentar obter uma redução na carga tributária para a produção de xarope (concentrado) utilizado na bebida. A entidade tenta obter a isenção fiscal há alguns anos, mas parou as iniciativas em 2016, por conta do processo de impeachment de Dilma Rousseff (PT) e da instabilidade política vivida até o início deste ano com o governo de Michel Temer (PMDB).

A Afrebras vai propor à Câmara dos Deputados um projeto de lei para reduzir a alíquota de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) cobrado sobre extratos e concentrados para refrigerantes de 20% para zero até 2019. A proposta prevê uma diminuição neste ano do IPI de 20% para 6%, passando a 3% em 2018 e alíquota zero no ano seguinte.

O pedido será apresentado à Câmara dos Deputados no dia 31, durante uma audiência pública convocada pelo deputado Alfredo Kaefer (PSL-PR). A reunião vai discutir o uso dos benefícios fiscais concedidos a produtores de concentrados na Zona Franca de Manaus.

A entidade volta à carga com a alegação antiga, a de que a redução do IPI acabaria com uma distorção que favorece grandes fabricantes. Fernando Rodrigues de Bairros, presidente da Afrebras, acusa as multinacionais fabricantes de refrigerantes Coca-Cola, Heineken e Ambev de usar créditos tributários obtidos com a produção de concentrado na Zona Franca de Manaus para reduzir o pagamento de impostos de refrigerantes e cerveja fabricados em outros Estados.

Bairros também acusa os fabricantes de superfaturar o preço do concentrado que “vendem” para suas unidades de refrigerantes localizadas em outros Estados. O valor do concentrado é usado para calcular a isenção fiscal das empresas. “No Brasil, essas multinacionais vendem um quilo de concentrado a R$ 400, e exportam a R$ 80 o quilo, enquanto pequenos fabricantes vendem a R$ 20 o quilo do concentrado”, afirma o executivo. A soma das renúncias e créditos dessas empresas, segundo a Afrebras, chegou a R$ 9,2 bilhões no ano passado. Para cada lata de refrigerante consumida no país, as indústrias recebem um crédito de R$ 0,37, conforme cálculo da associação.

A Afrebras afirma representar cerca de cem fabricantes nacionais de bebidas que tiveram no ano passado faturamento de cerca de R$ 2 bilhões. Entre as empresas estão Cini, do Paraná, Água da Serra (SC), Pureza (SC), Mineirinho (RJ), Sarandi (RS), Vieira Rossi (SP), Grapette/Saborama (SP), Funada (SP), Bebidas São Miguel (BA) e Cibal (MG).

As grandes

Procuradas, a Ambev e a Heineken não quiseram comentar o assunto. A Coca-Cola Brasil informou em comunicado que a afirmação da Afrebras de que a companhia superfatura o preço do concentrado “é equivocada e desprovida de base técnica, uma vez que o preço dos concentrados não é comparável". "Eles variam de acordo com sua a composição e com sua capacidade de diluição em bebidas finais”, afirmou a companhia.

A Abir (Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e Bebidas não Alcoólicas), que reúne cerca de 50 fabricantes, disse não existir superfaturamento no setor. “Existem diferenças nos preços dos concentrados porque existem diferenças de sabor, de matérias-primas, de qualidade na produção, além do valor das marcas. E o benefício fiscal vale para todas as empresas que compram o concentrado produzido na Zona Franca de Manaus, inclusive os pequenos fabricantes de refrigerantes”, afirmou Alexandre Jobim, presidente da Abir. “Se houvesse superfaturamento há tantos anos, a Receita Federal já teria feito alguma intervenção”, acrescentou Jobim. A Receita Federal não respondeu ao pedido de entrevista do Valor.

Jobim acrescentou que a Abir é contra a redução do IPI. Segundo ele, o intuito da Afrebras, ao zerar o IPI, é acabar com a vantagem das indústrias instaladas na Zona Franca de Manaus. “O IPI zero para concentrados em todo o país torna a produção na Zona Franca de Manaus inviável, devido ao alto custo logístico de distribuição. A mudança vai gerar desemprego na Zona Franca de Manaus e vai prejudicar a cadeia produtiva que foi montada em torno dessas fábricas de concentrados”, disse.

De acordo com a Abir, 90% do concentrado de refrigerante produzido no país é fabricado na Zona Franca de Manaus. A região reúne, segundo a entidade, 31 indústrias de concentrados, das quais três abastecem as multinacionais; as demais atendem pequenos e médios fabricantes de refrigerantes. A indústria de concentrados gera 14 mil empregos diretos e indiretos na Zona Franca de Manaus.

A Abir representa empresas de grande, médio e pequeno portes. Juntas, as associadas da entidade respondem por 93% do faturamento e 85% do volume de refrigeranets produzidos no País.

TJ-BA condena Ambev a indenizar comerciante por presença de vidro e inseto em cerveja

por Cláudia Cardozo

A Ambev foi condenada pela Justiça da Bahia a indenizar um comerciante de Feira de Santana, em R$ 15 mil, por presença de algas, insetos e vidro em um lote de cervejas. Segundo o comerciante, ele possui um bar na cidade e adquiriu vários engradados da bebida. Quando começou a servi-la aos seus clientes, notou que muitos reclamavam de algo diferente dentro da cerveja. Ele denunciou o fato à Secretaria Municipal de Saúde de Feira de Santana. Segundo o acórdão, ele recebeu um laudo técnico que atestou a presença de líquido fluido turvo, com resíduos sólidos de cor cinza escuro esverdeado não característico do produto, além da presença de algas, fragmentos de insetos e de vidro. O comerciante moveu uma ação contra a Ambev pedindo indenização com base no Código de Defesa do Consumidor. Em 1ª Instância, o pedido foi julgado procedente e a cervejaria foi condenada a indenizar o comerciante em R$ 15 mil. A Ambev recorreu da decisão ao Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), e o caso foi relatado pelo desembargador Cícero Landin, da 3ª Câmara Cível. O autor, na própria ação, defendeu que é pessoa física, e que adquiriu as cervejas para venda a seus clientes. A Ambev alegou que o autor não poderia invocar o Código de Defesa do Consumidor (CDC), por não ser o destinatário final do produto. De acordo com o relator do caso, na situação em análise, apesar do autor ser pessoa jurídica, existe uma “relação de vulnerabilidade e hipossuficiência do recorrido frente à Ambev, o que justifica a equiparação do apelado à condição de consumidor”. “Portanto, conclui-se que a relação jurídica estabelecida entre as partes é de consumo e, por consequência, deve ser apreciada à luz do CDC. Assim, tratando-se de responsabilidade objetiva, o ofendido, não precisa demonstrar a culpa do seu causador, sendo suficiente a comprovação do prejuízo suportado e o liame de causalidade entre a atividade do agente e o dano ensejado”, explica o desembargador. Landin explica que o vício na qualidade do produto foi devidamente comprovado pelo comerciante, conforme laudo técnico. O documento atesta: “Produto impróprio para consumo humano, por apresentar matéria estranha (algas, fragmentos de vidro e de insetos)”. O laudo ainda certifica que a amostra foi “acondicionada em embalagem original de vidro âmbar, fechada, garrafa de 600ml” e com selo de inviolabilidade. Segundo Landin, a Ambev não apresentou nenhuma prova capaz de afastar sua responsabilidade diante do dano. Por tais razões, a sentença condenatória foi mantida.

Cerveja nos estádios passa em 1ª votação

29/08/17

A Assembleia Legislativa aprovou, ontem, em primeiro turno, por 23 votos a 16 e uma abstenção, projeto que libera a venda e o consumo de cerveja e chopp nos estádios do Paraná. A proposta – capitaneada pelo líder do governo na Casa, deputado Luiz Cláudio Romanelli (PSB) e assinada por outros onze parlamentares – chegou a ser pautada duas vezes, em junho, mas foi retirada a pedido dos autores, depois que um torcedor do Corinthians ter sido espancado por torcedores do Coritiba, antes do jogo entre os clubes paulista e paranaense, nas proximidades do estádio Couto Pereira. A proposta volta à pauta da Assembleia hoje, para a votação em segundo turno.
Os defensores da liberação alegam que o “Estatuto do Torcedor” não proíbe a venda e consumo de bebidas alcoólicas nos estádios, mas apenas o “porte de objetos, bebidas ou substâncias proibidas ou suscetíveis de gerar ou possibilitar atos de violência”. Eles argumentam ainda que a venda e consumo de bebidas foi liberada nos estádios que receberam a Copa de 2014, sem que houvesse aumento da violência.
Na sessão de ontem, o deputado Márcio Pacheco (PPL) pediu novamente o adiamento do projeto, alegando que ele não recebeu parecer da comissão de Segurança Pública da Assembleia, mas o pedido foi rejeitado pelo presidente da Casa, Ademar Traiano (PSDB). Integrante da bancada evangélica, o deputado Ricardo Arruda (DEM), criticou a proposta, afirmando que ela teria o objetivo de favorecer os fabricantes de bebida alcoólica. Romanelli preferiu não discursar, limitando-se a pedir voto favorável à matéria.

Dubbel Funky chega ao mercado depois de três anos de fermentação na garrafa

Curitiba – Seguindo uma das principais tendências do mercado de cervejas artesanais, a cervejaria paranaense Way Beer e a mineira Wäls se uniram para produzir, em 2014, uma cerveja colaborativa exclusiva: a Dubbel Funky. Agora, três anos depois, a bebida acaba de chegar ao mercado em uma edição limitada envasada em garrafas de 375ml.

A Dubbel Funky é uma cerveja forte escura com 7,6% de teor alcoólico e 31 IBUs (Unidade de Amargor). O rótulo é fruto da união da premiada Dubbel, produzida pela Wäls, com uma dose Funky da Way, caracterizada pela presença das leveduras Brettanomyces, chamadas normalmente de leveduras selvagens pois seu habitat natural são as cascas de frutas e madeira.

Para completar o processo de produção, o novo rótulo passou por uma refermentação na garrafa com Brettanomyces Bruxellensis. Além disso, ela não recebeu carbonatação, processo que foi desenvolvido naturalmente dentro da garrafa.

“Preparamos uma calda de caramelo com açúcar branco orgânico, açúcar mascavo orgânico e açúcar de beterraba. Depois ela passou pelos processos de fermentação e refermentação dentro da garrafa. Foram três anos de espera para que a Brettanomyces desenvolvesse os aromas e sabores ideais”, comenta Alessandro Oliveira, mestre cervejeiro da Way Beer.

A Dubbel Funky está disponível nas principais casas de cervejas especiais do país.

Energético Vrauu amplia distribuição com campanha da X-Tudo

Contas Últimas NotíciasPosted on 15 horas atrás — por Marcio Ehrlich 51 0
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Depois de um ano distribuído no Rio, o energético austríaco Vrauu acaba de entregar sua conta para a agência X-Tudo, do publicitário Marcelo Gorodicht, para começa a sua expansão a outros mercados brasileiros.

Apesar de alguns apoios e patrocínios a eventos ligados a esportes e da presença em festas, em casas noturnas e nas mídias sociais, só agora, a empresa escolheu uma agência de propaganda para desenvolver sua estratégia de comunicação. De forma estruturada , a pretensão é não só aumentar as vendas, mas, principalmente, consolidar a marca como opção de qualidade e preço justo para o público jovem, seu target prioritário.

“No Brasil, criou-se o hábito do consumo de energéticos apenas à noite, em baladas e festas. Em outros países, a bebida é consumida também diurna e cotidianamente por quem pratica atividades físicas ou simplesmente para se ter mais disposição no dia a dia. A ideia é mostrar que o ‘Vrauu’ pode ser consumido e traz benefícios a qualquer hora do dia”, explica Gorodicht.

A campanha ainda está em desenvolvimento, mas já se sabe que irá trabalhar com o ex-jogador Ronaldinho Gaúcho, embaixador da marca no Brasil, como garoto propaganda.

“O primeiro contato com ‘Vrauu’ foi feito há um ano, assim que soubemos de sua entrada no mercado. Mas, só na semana passada, o cliente oficializou sua conta publicitária na agência, o que nos deixou muito animados, pois, além de o produto ser ótimo, o segmento de energéticos é crescente em todo o mundo”, complementa o publicitário.
Marcio Ehrlich
Jornalista, publicitário e ator eventual. Escreve sobre publicidade desde 15 de julho de 1977, com passagens por jornais, revistas, rádios e tvs como Tribuna da Imprensa, O Globo, Última Hora, Jornal do Commercio, Monitor Mercantil, Rádio JB, TV S e TV E.

Tradicional festival belga de cerveja chega a Maringá

27/08/2017 Redação do Paranashop Comidas e Bebidas

Maringá recebe entre os dias 29 de agosto e 03 de setembro, o tradicional festival de cervejas Belgian Beer Weekend. O evento acontecerá na Holy Hops – Tap Station, loja especializada em cerveja artesanal, localizada no Mercadão de Maringá.

Originalmente, o Belgian Beer Weekend é o maior festival de cervejas da Bélgica, famoso principalmente na cidade de Bruxelas. Organizado pelos cavalheiros da Brewer’s Paddle e a Associação dos cervejeiros do País, o evento que existe há 19 anos, reúne os nomes mais fortes do mercado cervejeiro belga e contribui com a valorização da cultura local com elementos únicos.

Além de atrair amantes da cerveja de todo o mundo, o festival também é palco de cerimonias de premiação para os melhores rótulos presentes. A tradição inclui a nomeação de embaixadores, que recebem o reconhecimento pelo trabalho de promoção à cerveja belga.

Isso torna o Belgian Beer Weekend um dos mais consagrados festivais deste perfil no país, que tem forte cultura boêmia.

O evento deste ano, em Bruxelas, acontece em 1, 2 e 3 de setembro. No Brasil, oito estados receberão o festival. No Paraná, Maringá e Ponta Grossa firmaram parceria com a BuenaBeer, organizadora da festa no país, para trazer os rótulos e elementos da cultura do País europeu para os apreciadores da bebida.

A Roots Propaganda desenvolveu a comunicação visual da Holy Hops – Tap Station para entrar no clima do festival. Para isso, nos dias do evento, as redes sociais e a loja terão elementos com as cores da bandeira belga, além de objetos típicos na decoração.

Belgian Beer Weekend é um dos mais consagrados festivais de cerveja da Bélgica, país com forte cultura boêmia. O festival tem edições anuais no Japão desde 2010

Serviço

Evento: Belgian Beer Weekend

Dia e horário: 29 de agosto à 3 de setembro de 2017. Seg. à sex: 11h às 23h/Sáb: 9h às 23h/Dom: 10h às 23h.

Local: Holy Hops – Tap Station, Mercadão de Maringá. Av. Prudente de Morais, 601 – Zona 7. Box – 80 e 81
Facebook: www.facebook.com/holyhops/

<imprensa01@rootspropaganda.com.br>

Cervejaria Brahma lança rótulo alemão para Oktoberfests

Para celebrar as edições brasileiras da Oktoberfest, o maior evento que celebra a cerveja no mundo, a cervejaria Brahma está produzindo um novo rótulo limitado: a Brahma Extra Märzen Lager.

O estilo Märzen é o símbolo da tradicional festa da cerveja. De acordo com a história, a Märzen Lager era produzida em março e era armazenada e consumida até outubro. Esse era o período em que a produção de cervejas era proibida na Europa e as cervejarias aproveitavam o malte e o lúpulo restante e faziam a Märzen para não ter desperdício. Como as cervejarias reabriam em outubro, virou tradição que os últimos barris de Märzen fossem consumidos nas Oktoberfests.

A Brahma Extra Märzen Lager tem um tom acobreado, notas maltadas e um teor alcoólico médio de 6%. A cerveja será vendida nas versões long neck e chopp apenas durante as Oktoberfests em Igrejinha e Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul, e na festa de da capital paulista.

Para quem também quiser curtir a tradição em casa, o Empório da Cerveja comercializará uma versão especial com duas garrafas e uma caneca personalizada durante todo o mês de outubro. Alguns supermercados de São Paulo e do Sul também disponibilizarão o lançamento para as vendas.

Mortadela, pinga, chocolate: país perdeu marcas queridas de comida e bebida

Colaboração para o UOL, em São Paulo

29/08/201704h00

O caso mais recente foi da Ceratti, famosa por suas mortadelas e embutidos (linguiças, salsichas e salames, entre outros). A empresa nasceu como um pequeno açougue em 1932 em Heliópolis, na zona sul de São Paulo, criada pelo imigrante italiano Giovanni Ceratti. Na semana passada, o frigorífico brasileiro Cidade do Sol, dono da marca, foi vendido para a americana Hormel Foods por US$ 104 milhões (cerca de R$ 328,8 milhões).

Vigor

Também neste mês, o grupo mexicano Lala assinou acordo para compra da brasileira Vigor Alimentos, numa operação que avalia a companhia em R$ 5,7 bilhões. A empresa foi fundada em 1917, então com o nome de Oliva da Fonseca Indústria e Comércio Ltda., e tinha uma unidade de embalagem de leite em São Paulo e uma pequena processadora de leite condensado em Itanhandu (MG). Dona de marcas como Vigor, Danubio, Faixa Azul e Leco, estava atualmente nas mãos da JBS e da J&F, dos irmãos Wesley e Joesley Batista.
Lacta (Diamante Negro e Sonho de Valsa)

Inicialmente, Lacta era o nome usado para vender no Brasil chocolates importados da marca francesa Poulain, até que, em 1912, ganhou uma fábrica própria em São Paulo, obra do cônsul suíço Achilles Isella. A empresa lançou marcas famosas, como Diamante Negro (em homenagem ao jogador de futebol Leônidas da Silva), Sonho de Valsa, Bis, Confeti, Laka e Ouro Branco. Em 1996, a Lacta foi comprada pela americana Kraft Foods, que, em 2012, dividiu-se em Mondele'z International (responsável pelas guloseimas) e Kraft, que comanda os produtos processados, como queijos e massas.

Ypióca

Uma das principais marcas de cachaça do Brasil, a Ypióca começou a ser produzida em 1846 em Maranguape (CE) pelo imigrante português Dario Telles de Menezes, que trouxe para cá um alambique de cerâmica. A empresa foi crescendo e passou de geração para geração. Em 2012, foi vendida para o grupo britânico de bebidas Diageo, dono de marcas como Johnnie Walker e Smirnoff, num negócio de cerca de 300 milhões de libras (R$ 1,23 bilhão, segundo a cotação de 28/8/17).
Mabel (biscoitos Mabel e Mirabel)

A fabricante de biscoitos foi fundada em 1953 por imigrantes italianos. Ganhou sua primeira fábrica em 1962, em Ribeirão Preto (SP), e o primeiro parque industrial em Aparecida de Goiânia (GO), em 1975. Um de seus produtos mais famosos era o lanchinho Mirabel, um biscoito tipo wafer recheado. Em 2011, a empresa foi vendida para a norte-americana PepsiCo, dona de marcas como Pepsi-Cola, Elma Chips, Toddy e Quaker.
Garoto (Pastilhas, Baton e Serenata de Amor)

Nasceu em Vila Velha (ES), em 1929, como uma fábrica de balas fundada pelo imigrante alemão Henrique Meyerfreund. Segundo a empresa, o produto era vendido por meninos nos pontos de bonde da cidade e os consumidores começaram a procurar pelas balas dos "garotos" –daí surgiu o nome. A empresa fabrica produtos como as pastilhas de hortelã, o Baton (originalmente Leite e Mel, de 1948) e o bombom Serenata de Amor (de 1949). Em 2002, foi comprada pela multinacional suíça Nestlé, mas a compra até hoje não foi 100% aprovada pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).

Schincariol (Nova Schin, Devassa, Baden Baden e Eisenbahn)

Fundada em 1939 em Itu (SP) pelo primo Schincariol, que, no quintal de sua casa, começou com o refrigerante Itubaína. Depois, produziu também licor de cacau, groselha, vinho quinado (vinho de baixo teor alcoólico) e anisete (licor sabor anis). A empresa foi crescendo, passou a fabricar refrigerantes, lançou a marca de refrescos Skinka e a cerveja Nova Schin. Comprou as marcas de cerveja Devassa, Baden Baden, Eisenbahn e Cintra. Em 2011, foi comprada pela japonesa Kirin Holdings Company e, em 2012, passou a se chamar Brasil Kirin. Em fevereiro de 2017, passou para as mãos da holandesa Heineken por US$ 1,1 bilhão (cerca de R$ 3,5 bilhões).
Lucky Salgadinhos (Torcida e Fofura)

Fundada em 1963 por imigrantes japoneses, começou como uma fábrica de doces, mas ganhou destaque com os salgadinhos das marcas Fofura e Torcida. Foi vendida em 2007 para a norte-americana PepsiCo.
Amacoco (Kero Coco e Trop Coco)

Em 2009, mais uma investida da norte-americana PepsiCo no mercado brasileiro: comprou a Amacoco, fabricante das marcas Kero Coco e Trop Coco, de água de coco em caixinha.
Batavo

A marca nasceu em 1928, na região de Carambeí (PR), criada por imigrantes holandeses. Começou com a Sociedade Cooperativa Hollandeza de Lacticínios, que distribuía leite, queijo e manteiga nas regiões de Curitiba e São Paulo. Em 2000, foi parcialmente vendida à Perdigão Agroindustrial e, em 2006, foi integralmente vendida. Mais tarde, a Perdigão se uniu à Sadia para dar origem à BRF, atual dona da Batavo.

Yoki

A Yoki foi fundada em 1960 pelo imigrante japonês Yoshizo Kitano e fabrica produtos como pipocas, temperos, chás, misturas para bolo, sobremesas, sopas e cereais. Em 2012, foi comprada pela norte-americana General Mills, também dona da marca de sorvetes Häagen-Dazs.

Entenda por que frutos do Cerrado não são vendidos nos supermercados

Os produtos são típicos da região e compõem receitas deliciosas, mas ainda é raro encontrá-los nas prateleiras

Laura Quariguazy

29/08/2017 5:30, atualizado em 28/08/2017 21:18

Pequi, buriti, baru, jatobá, murici, cagaita, araticum… O bioma Cerrado é diverso e oferece uma série de castanhas e frutos riquíssimos em nutrientes. Mesmo sendo tão ricos e variados, ainda é difícil encontrar os alimentos daqui em supermercados comuns.

Para a chef Eliane Régis, integrante do movimento Slow Food, a burocracia dificulta o acesso a essas delícias. “Geralmente, o contato entre agricultor e supermercado é bem difícil. A cobrança de taxas, por exemplo, atrapalha o processo. São pessoas mais simples que trabalham no extrativismo e precisam lidar com isso.”

Mayk Arruda, também do movimento Slow Food, completa: “É uma questão de cadeia produtiva que ainda não foi totalmente estruturada. Tudo é muito artesanal”.

Pequi, baru, maracujá do Cerrado e araticum são os mais fáceis de serem encontrados nas feiras livres. Normalmente, são vendidos na Feira de Agricultura Familiar do CEASA, no Mercadinho de Brasília, na Feira da 403 Norte e na Bioon Ecomercado.

A dupla destaca que o extrativismo dos frutos do Cerrado está amplamente ligado a comunidades tradicionais, como quilombolas, grupos indígenas e assentamentos.

Parte da ação do movimento Slow Food busca criar uma cultura de valorização desses insumos nos locais onde estão disponíveis. São frutos de colheita difícil. A casca é sempre bem dura por conta das condições climáticas do Cerrado, fator que também atrapalha o consumo.
Felipe Menezes/Metrópoles

Truta na crosta de baru, preparado pelo restaurante Limoncello, que fez parte do evento “Cerrado Week”, em 2015

Para quem deseja utilizar os frutos em casa, a chef indica vários preparos. É possível fazer molho pesto com a castanha de baru; biscoito com a oleaginosa; sucos e geleias com maracujá e cajuzinho do Cerrado; geleia de araticum para rocamboles; mousse de maracujá do Cerrado; e até cheesecake com cobertura de cajuzinho.

Benefícios
Mayk Arruda cita quatro principais vantagens da inserção de frutos do Cerrado na mesa dos brasileiros: a possibilidade de geração de renda para os pequenos agricultores, o auxílio na manutenção da biodiversidade, o valor nutricional elevado desses alimentos para a dieta e a contribuição para renovar a força de trabalho no campo.

“O futuro deve reservar a criação de mais legislações específicas para garantir o processo de organização da cadeia produtiva. O pequi e o baru, por exemplo, são os mais promissores. A farinha de jatobá também teve sua demanda acrescida por causa dos médicos que a utilizam como suplemento natural”, conclui.