Importações de vinhos e espumantes crescem 40%

Dados são do Ibravin e se referem ao primeiro semestre de 2017. Mercado interno cresceu 3%   

Pioneiro

A importação de vinhos e espumantes cresceu 40% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período de 2016. Enquanto isso, as vendas do vinho nacional no mercado interno recuaram cerca de 10%. Os dados são do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin).

O diretor de Relações Institucionais do Ibravin, Carlos Raimundo Paviani, pondera que a alta nas importações pode ter ocorrido em função de aumentos das Margens de Valor Agregado (MVA), utilizadas no cálculo do Imposto de Circulação de Mercadorias (ICMS), previstos neste primeiro semestre para alguns estados.

— De algum modo isso pode ter ocasionado um movimento de antecipação de importações com o objetivo de reduzir o impacto do aumento da carga impositiva— observa o dirigente.

Para Paviani, o baixo desempenho dos vinhos brasileiros no primeiro semestre é resultante, ainda, da queda de produção no ano passado, quando ocorreu uma quebra de safra de 57%.

— Para o segundo semestre, quando um volume maior de vinhos produzidos nesta safra entrarem no mercado, a tendência é termos um desempenho melhor do que o primeiro — completa.

Para o presidente do instituto, Dirceu Scottá, o aumento na entrada de produtos vitivinícolas no mercado não está sendo sucedido por um incremento no consumo.

— Muitas redes estão com estoques cheios e não estão dando vazão a este aumento que ocorreu na compra neste período — contextualiza.

Ele lembra que a entrada em vigor do Simples Nacional para as micro e pequenas vinícolas a partir de 2018 deverá refletir em melhores resultados em médio prazo.

— Permitirá a formalização de mais empresas, facilitará essa venda direta e pode dar um fôlego extra às vinícolas de pequeno porte — acredita.

No entanto, Scottá afirma que é necessário insistir na pauta de redução de tributos para que o vinho nacional se torne mais competitivo e recupere espaço em gôndola, na visibilidade e retome índices positivos de vendas. Atualmente, os encargos tributários podem ultrapassar metade do preço final de uma garrafa de vinho.

Neste ano, os importados estão entrando com redução de 11% nos preços. Em 2016, o valor por litro era de US$ 3,23. Este ano, baixou para US$ 2,87.

Abastecimento interno cresce 3%

O levantamento do Ibravin também aponta que o abastecimento do mercado de vinhos (nacionais e importados) no Brasil registrou crescimento de 3% no primeiro semestre. Foram cerca de quatro milhões de litros a mais, entre os produtos estocados e os que estão disponíveis nas prateleiras.

De janeiro a junho foram 142.384.337 litros, enquanto que nos primeiros seis meses de 2016 ocorreu a comercialização de 138.256.246 litros pelas vinícolas brasileiras e importadores.

O presidente Dirceu Scottá destaca que a entrada de produtos da safra deste ano _ que ultrapassou os 750 milhões de quilos _ pode impulsionar um resultado melhor para o vinho brasileiro em comparação com o primeiro semestre. De acordo com o dirigente, a venda direta ao consumidor, ligada às visitas em vinícolas com projetos voltados ao enoturismo, está entre as apostas para a retomada das vendas no mercado interno.

— Estamos atravessando um período de dificuldade na competição com os rótulos importados nas grandes redes de supermercados, muitos com grandes volumes de importação direta. Tivemos um aumento no mercado de vinhos, mas que está sendo melhor aproveitado pelos importados, que conseguem ser mais competitivos, trabalham com as redes desenvolvendo marcas próprias para elas e ainda partem dos países de origem com preços mais baixos devido a incentivos à vitivinicultura que possuem— explica.


Mistura para pão francês

Alimentos

Mistura para pão francês A Nita Alimentos apresenta ao mercado de food service a mistura Nita Mix Plus Pão Francês. O destaque do novo produto é um pão crocante, com pestanas bem definidas e miolo macio, além, é claro, de permitir a padronização dos pães, sem que haja desperdício e nem perda de insumos. A mistura é um produto inovador, pois possibilita o panificador trabalhar com ampla fermentação sem a utilização de uma câmara. Um dos grandes diferenciais é a presença de aditivos (enzimas) que dão mais força e resistência à massa para suportar o longo período de fermentação (15 horas). Disponível em embalagens de 25 kg, em papel Kraft ou Micro Ráfia, a mistura é disponibilizada em todo País.

www.nitaalimentos.com.br – 0800-171134

Editora Nova Gestão Ltda. | Tels.: (11) 3562-3166 | (11) 3562-3170

Site desenvolvido por Lucia Cavalcanti


Patês de pimenta da Castelo são lançados em garrafinhas de vidro

27/08/2017

A partir de um ingrediente 100% nacional, a Castelo Alimentos inovou e desenvolveu uma linha gourmet de patês utilizando a famosa pimenta biquinho, que tem ganhado destaque nas mesas de bares e restaurantes em todo o Brasil.

Disponíveis em três versões com nível de ardência diferentes, os produtos acabam de chegar às gôndolas em potinhos de vidro de 300 gramas, desenvolvidos pela Owens Illinois (O-I), líder na fabricação de embalagens de vidro no mundo.

A linha tem sabor refinado e marcante, e explora o toque adocicado da pimenta biquinho, que é ideal para combinações com salgados e petiscos. Por serem envasados em pote de vidro, os patês têm suas propriedades garantidas e podem ser apreciados em seu melhor estado de conservação, já que o material preserva inalteradas as características do produto e não interage com o sabor. Para completar, a embalagem reforça o conceito diferenciado do produto.

“A Castelo Alimentos adotou uma embalagem curinga para envase da nova linha. O modelo é do tipo standard e expressa em seu visual a praticidade e delicadeza propostas ao consumidor. Ficamos felizes em poder colaborar com mais um grande lançamento da marca”, diz Reinaldo Kühl, gerente da categoria Foods & NAB da O-I na América Latina.

Os patês da Castelo são versáteis e podem ser explorados em diferentes combinações. Estão disponíveis nas versões:

Patê de Pimenta Biquinho Defumado Castelo – Produzido a partir de frutos frescos e selecionados. Com sabor adocicado, combina com queijos, entradas e canapés. Possui nível de ardor classificado em 0.

Patê de Pimenta Biquinho Defumado Levemente Picante Castelo – Versão tem o perfume e a doçura característicos da pimenta biquinho, mas com toque picante. Combina com carnes, queijos e canapés. Possui nível de ardor classificado em 2.

Patê de Pimenta Biquinho e Dedo-de-Moça Castelo – Elaborado a partir da combinação da aromática pimenta biquinho e da picante pimenta dedo-de-moça. A versão vai bem com frutos do mar, embutidos, carnes e até mesmo com churrasco. Possui nível de ardor classificado em 6.

Os produtos podem ser encontrados em supermercados de todo país e também na loja virtual da Castelo Alimentos: www.armazemcastelo.com.br. O preço médio ao consumidor é de R$ 10,90.

Fonte:: Redação


Encontro de negócios aproxima setor de alimentos e bebidas a fornecedores de embalagens

Iniciativa do Sistema Firjan possibilitou que 11 empresas âncoras de alimentos e bebidas conversassem com 32 fornecedores de embalagens.

Rio — Fomentar os negócios das empresas do estado do Rio é uma das bandeiras do Sistema Firjan. Para incentivar a compra de insumos de fornecedores locais, a Federação promoveu no dia 22 de agosto (terça-feira), um encontro de negócios entre indústrias de alimentos e bebidas com empresas produtoras de embalagens, dos segmentos de papel e papelão, serviços gráficos e plástico. A demanda havia sido identificada por meio de reuniões setoriais da Firjan.

A iniciativa possibilitou que 11 empresas âncoras de alimentos e bebidas conversassem com 32 fornecedores de embalagens. Diretor comercial da Paperbox, Vinicius Ribeiro destacou a iniciativa como importante ferramenta de fomento aos negócios, ajudando o estado do Rio a sair da crise pela qual passa atualmente: “Esse encontro ajuda a aproximar as empresas do Rio, que muitas vezes não sabem e não usufruem de todas as oportunidades que o estado pode oferecer”.

Já Marcelo Pacheco, diretor de Planejamento e Marketing da L’aqua – uma das âncoras do evento –, procurou parceiros para promover inovações que o ajudassem a reduzir custos. “Uma embalagem pode ser um dos diferenciais do produto, por isso é importante prospectar novos fornecedores. A geração de negócios acaba sendo consequência nesses eventos”, analisou.

Vice-presidente da Firjan, Sérgio Duarte ressaltou que a valorização da indústria local ajuda a desenvolver economicamente as regiões. “Priorizando a compra entre empresas fluminenses estamos ajudando a aumentar a arrecadação do estado e a gerar novos empregos”, afirmou Duarte, que também é presidente do Sindicato das Indústrias de Alimentos do Município do Rio de Janeiro (Siarj).

O evento contou ainda com uma palestra sobre o panorama da indústria de alimentos e bebidas. Para Cleber Sabonaro, economista da Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação (Abia), esse segmento, que gera 16,2% dos empregos no estado, tem grande potencial para crescer nos próximos anos, principalmente pela sua forte demanda.

“O estado do Rio possui renda per capita acima da média, controla 10% das vendas para supermercados no Brasil e é o segundo maior mercado consumidor do país. Além disso, é o principal ponto de conexão da identidade brasileira com o exterior, possui diversos polos de serviços gastronômicos, hoteleiros e de entretenimento e tem grande acesso à inovação”, informou Sabonaro.


Bon o Bon amplia linha de produtos e lança o sabor Amargo. A marca investe em opções de sabores para todos os gostos

24/08/2017 Novidades no Mercado

A Arcor do Brasil, empresa de alimentos e uma das líderes do país nas categorias de Chocolates, Guloseimas e Biscoitos amplia participação no segmento de bombons e apresenta o bon o bon Amargo.

Conhecida por oferecer uma grande variedade de sabores em sua linha de produtos, a marca aproveita o crescimento do consumo de chocolate Amargo no Brasil para apostar em sua inovação. O bon o bon Amargo oferece um sabor único e marcante característico do cacau.

“Somos o único grande fabricante do varejo a desenvolver o sabor Amargo neste segmento, mantendo assim o DNA de inovação que bon o bon possui”, explica Anderson Freire, Gerente de Marketing de Chocolates, Guloseimas e Biscoitos.

A embalagem foi produzida nas cores preto e dourado, que proporcionam um conceito premium e sofisticado para o produto.

O novo sabor chega para integrar o portfólio, composto pelos sabores: Beijinho, Brigadeiro, Amendoim e Mousse de Limão. Bon o Bon Amargo já está disponível nos pontos de venda de todo o Brasil.

Campanha
Com o título #PegaumBonoBon, a campanha explora a variedade da linha composta pelos sabores que agradam o paladar dos brasileiros: Beijinho, Brigadeiro, Amendoim, Mousse de Limão e Amargo.

A peça fica no ar até setembro na TV a Cabo e Digital. O filme já está disponível no canal oficial da Arcor do Brasil no YouTube:

Ficha técnica

Título: #PegaumBonoBon
Cliente: Arcor
Produto/Anunciante: bon o bon
Razão social da agência: Cappuccino Escritório de Desenho Ltda.
Agência (nome fantasia): Agência Cappuccino
Duração: 30” e 15”
Veiculação: 12 meses
Veículos: Internet (site, YouTube, Facebook) e TV a Cabo
Direção de Criação: Vitor Elman
Direção de Arte: Bruno Arruda
Redator: Bruno Ferro
Planejamento: Marcella Huche e Julia Vianna
Atendimento: Fernando Telles
Mídia: Rodrigo Martinez, Marcelo Russini.
Aprovação/Cliente: Felipe Mascarenhas
Produção: Stella Maris
Produtora: Estúdio Mol
Direção Executiva: Galileo Giglio
Produção Executiva: Joaquim Carriço
Direção: Lucas Emanuel
Ass. de Direção: Beatriz Pessoa
Direção de fotografia: Rodrigo Braga
Assistente de câmera: Rafael Chacon
Direção de Produção: Joaquim Carriço
Produção: Beatriz Vicente
Produção de arte: Tatiane Takahashi
Produção de figurino: Taya Novaes
Make: Gil Anderson
Logger: Felipe Albanite
Elétrica: Adilson Rodrigues
Produção de casting: Neto Avena
Atendimento: Jin Tsui

Ambev é eleita a melhor empresa do ano pelo prêmio Valor 1000

Anuário também premiou as empresas que se destacaram em 25 categorias

24/08/2017 – 23h00 – Atualizada às 23h01 – POR DANIELA FRABASILE

A Ambev foi a grande vencedora da 17ª edição do prêmio Valor 1000, do jornal Valor Econômico. A cerimônia de premiação ocorreu na noite desta quinta-feira (24/08), em São Paulo. Além da “Empresa de Valor”, o ranking selecionou as maiores empresas do país.

O presidente da Ambev, Bernardo Pinto Paiva, avaliou que a economia ainda vive um momento difícil, mas melhor do que no ano passado. No entanto, o prêmio, segundo ele, foi fruto do trabalho interno da companhia. "A indústria ainda está dura, mas vem evoluindo melhor. Na Ambev, a gente tem como mantra trabalhar naquilo em que a gente tem controle". Paiva afirmou ainda que a empresa não pretende deixar de investir no Brasil. "Estamos otimistas pelo país, mas também pela plataforma de crescimento que a gente tem, pelas nossas marcas, pelo investimento no crescimento orgânico".

A análise deste ano mostrou que as maiores empresas brasileiras voltaram a dar lucro, após o difícil ano de 2015, que foi o pior desde 2000. Apesar da queda real nas vendas no ano passado, o corte de custos garantiu resultados operacionais e financeiros positivos. Com isso, o lucro consolidado das empresas do ranking subiu 239,6%, para R$ 92,3 bilhões no ano passado.

Foram premiadas também as empresas que mais se destacaram em 25 ramos de atuação. A grande ganhadora do ano passado, Lojas Renner, faturou novamente o prêmio no setor comércio varejista. Os critérios utilizados para o estudo dos balanços são Receita Líquida, Crescimento Sustentável, Margem de Atividade, Giro Ativo, Margem Ebitda, Rentabilidade, Liquidez Corrente e Cobertura de Juros.

Antes da premiação, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, participou de um talk show. Sobre o mais recente anúncio do governo para a área econômica, o pacote de privatizações e concessões do governo, o ministro foi enfático: “A privatização da Eletrobras é histórica”, disse, comparando-a com a privatização da Telebras. No entanto, o ministro apontou que não se deve esperar novos anúncios de privatização. “Eu tenho uma posição favorável à privatização, mas temos que ter foco e responsabilidade na ação pública”, disse. E nesse momento, o foco é privatizar a Eletrobras, a Casa da Moeda e a Lotex.

Meirelles reafirmou que o governo federal mantém a agenda de reformas como prioridade. “A reforma trabalhista é uma das mais difíceis e mais importantes, e foi a provada”, ressaltou o ministro. “Agora, o foco é a reforma da previdência, que será a mais controversa de todas, porque é controversa sempre. Será prestado um serviço ao próximo governo já deixar a previdência reformada”. O ministro afirmou, contudo, que caso a PEC da reforma não seja aprovado pelo Congresso, há a possibilidade de fazer reformas menores que não alterassem a Constituição, o que requereria menos votos. “A idade mínima está na Constituição, mas temos um mapa de outras medidas que podem ser apresentadas”.

Questionado sobre se será candidato à presidência da República em 2018, Meirelles não respondeu. Disse apenas que seu foco é no seu cargo atual e na reestruturação da economia brasileira.

Veja as premiadas por categoria:
Açúcar e Álcool – Copersucar
Agropecuária – Friato
Água e Saneamento – Copasa MG
Alimentos e Bebidas -Ambev
Comércio Atacadista e Exterior – M. A. Máquinas Agrícolas
Comércio Varejista – Lojas Renner
Construção e Engenharia – Andrade Gutierrez Engenharia
Educação e Ensino – Kroton
Eletroeletrônica – Epcos do Brasil
Empreendimentos Imobiliários – BSP Empreendimentos Imobiliários
Energia Elétrica – Enercan
Farmacêutica e Cosméticos – Hypermarcas
Materiais de Construção e de Decoração – Berneck
Mecânica – Atlas Schindler
Metalurgia e Mineração – Vale
Papel e Celulose – Klabin
Petróleo e Gás – BG Brasil uma subsidiária do Grupo Shell
Plásticos e Borracha – Arlanxeo Brasil
Química e Petroquímica – FCC – Fábrica Carioca de Catalisadores
Serviços Especializados – Rede
Serviços Médicos – Rede D'Or São Luiz
Têxtil, Couro e Vestuário – Grendene
TI & Telecom – Vivo
Transportes e Logística – Renovias
Veículos e Peças – Baterias Moura

Cervejaria feminista lança novo rótulo em BH

Ales­san­dra Me­llo

Publicação: 25/08/2017 04:00

Esqueça o estereótipo de mulheres seminuas anunciando marcas de cerveja. Elas agora produzem cerveja artesanal e são homenageadas nos rótulos de uma das bebidas mais consumidas no país. Idealizada por um grupo de cinco amigas cervejeiras, a Cervejaria Feminista lança hoje, em Belo Horizonte, uma garrafa em homenagem a Conceição Evaristo, de 71 anos. Escritora e ensaísta, nascida em uma favela da capital mineira, Conceição é hoje uma das maiores autoras da literatura brasileira contemporânea, além de referência no movimento negro.

Esse é o segundo rótulo da Cervejaria Feminista que, em janeiro, lançou um em homenagem a Maria Prestes, viúva de Luiz Carlos Prestes, de quem foi segurança durante os anos 50, período em que o líder comunista vivia na clandestinidade no Brasil. Esse primeiro rótulo foi um sucesso e vendeu 500 litros, conta a jornalista Clarissa Cogo, uma das investidoras do negócio ao lado de Andreia Prestes, Maria Antônia Goulart, Maura Santiago e Elaine Barbosa.

Segundo ela, o grupo encontrou na produção de uma marca própria de cervejas artesanais uma forma de resistência ao machismo, muito ligado ao consumo e venda da bebida. Clarissa conta que a primeira leva da cerveja foi feita em uma panela na casa de uma delas. A ideia era homenagear Maria Prestes, avó de Andreia. “Foram feitos 80 litros, mas a procura foi tanta que tivemos de fazer mais. Daí, veio a ideia de lançar a marca.”

Ela explica que a cerveja nunca é lançada sem uma reflexão sobre o feminismo, a luta das mulheres por ampliação de direitos e os estereótipos ligados à bebida. O rótulo, além das informações tradicionais sobre a produção da cerveja, conta sempre um pouco da história das homenageadas.

A proposta da Cervejaria Feminista, que tem sede no Rio de Janeiro, de acordo com Clarissa, é homenagear mulheres que tenham uma trajetória de luta por igualdade e liberdade. “Caso da Conceição Evaristo”, destaca. As receitas são criadas conforme a história e o gosto da homenageada. A cerveja em homenagem a Conceição, forte e de trigo, foi feita para atender ao gosto da escritora. “Fizemos várias degustações com ela antes de definir a receita”, explica Clarissa.

PARCERIAS Como a procura pela cerveja cresceu, e as sócias não têm condição de produzir grandes quantidades de maneira caseira, o grupo contrata cervejarias artesanais para produzir a bebida. “Mas tudo é feito sob nossa supervisão, e a receita também é nossa”, afirma Clarissa. Por enquanto, a cervejaria vende apenas caixas com seis garrafas de 600ml a R$ 25 cada. Mas as unidades são comercializadas apenas em eventos, geralmente com preço menor. A intenção é ampliar aos poucos a produção e buscar forma de baratear os custo.

O lançamento do rótulo em homenagem a Conceição Evaristo será durante um debate hoje com a ensaísta no evento “Sexta Valente”, realizado no Restaurante do Ano, onde a autora vai falar sobre literatura e história. No sábado, vai ser no Bar Köbes, a partir das 16h, também em um bate-papo sobre literatura, história e feminismo. A entrada nos dois eventos é gratuita.

Projeto prevê vasilhames diferentes para cada tipo de água vendida no mercado

Fornecedoras de águas com sais alegam que mudança vai pesar no bolso das empresas e dos consumidores

por O Globo
24/08/2017 11:00

RIO — Cada tipo de água vendida no mercado pode ter modelos de embalagens e vasilhames diferenciados. É o que propõe o Projeto de Lei 2.791/17, de autoria da deputada Lucinha (PSDB), aprovado na terça-feira, em primeira discussão, pela Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), e que visa a um maior controle da produção e da comercialização de águas minerais e águas adicionadas de sais, que são preparadas e envasadas com componentes químicos, no estado. De acordo com a parlamentar, a população está à mercê de produtos que não são devidamente identificados e fiscalizados, provocando, assim, riscos à saúde dos consumidores. A mudança, no entanto, pode pesar no bolso das empresas que comercializam as águas adicionadas e, principalmente, no do consumidor.

Segundo Lucinha, que é presidente da Comissão de Segurança Alimentar da Alerj, o PL 2.791, que volta a ser apreciada em segunda discussão, em data a ser definida, determina parâmetros e padrões mínimos para a correta identificação e diferenciação, deixando claro o que é água natural e o que é água adicionada de sais. O projeto determina ainda que os rótulos com a especificação do tipo de água devem ter, pelo menos, metade do tamanho da grafia do nome da marca e define que as águas adicionadas de sais devem ser vendidas apenas em galões de cor rosa.

— O projeto tem por objetivo ampliar o respeito aos consumidores, especialmente no direito à informação clara e ostensiva da origem do produto. Os dois produtos são absolutamente diferentes, mas as embalagens são iguais, o que gera uma situação de confusão e insegurança alimentar. A questão aqui não é discriminação, mas informação, clareza e justiça — afirma a parlamentar. — Para proteger os consumidores e evitar equívocos, é necessária uma lei que estabeleça a clara diferença entre esses produtos. As pessoas precisam entender que a água é um alimento e tem que ser tratada com os mesmos cuidados.

Diretora da empresa de água adicionada de sais Leguian, Danielle Mendes concorda que é de extrema importância a regulamentação do mercado, com uma legislação clara sobre a legalidade do galão exclusivo, assim como diferenciar a água mineral da água adicionada.

—Todos estes pontos achamos válidos. A regulamentação e o olhar das autoridades para o nosso mercado nos leva no caminho da qualidade, e até ajuda, por que quem não busca qualidade não conseguirá permanecer no mercado. O que nos incomoda é o tom discriminatório com que falam das águas adicionadas — admite Danielle, lembrando que por ser um produto relativamente novo no mercado brasileiro, o pouco conhecimento e informações disponíveis fazem surgir dúvidas, principalmente por parte dos consumidores. — Nossa água é captada em uma área preservada, na análise físco-quimica fica comprovado que tem todo o potencial para ser classificada como uma água mineral, mas optamos por enriquecer com sais, principalmente o magnésio, e deixar o pH neutro. Nossa indústria, por exemplo, possui um químico que nos acompanha, tem implementado as boas práticas de fabricação, legalizada no Instituto Estadual do Ambiente (INEA), com as visitas da Vigilância Sanitária Municipal em dia e seguindo o determinado na Resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a RDC 274.

Maiores custos para empresas e consumidores

Outro aspecto importante do projeto apontado pelos fornecedores é a exclusividade dos galões. Segundo a proposta, as adicionadas só poderão ser envasadas em galões específicos, e não farão parte do sistema intercambiável dos galões de 20 litros, que só poderão ser usados pelas empresas de água mineral. Na opinião de Danielle, os investimentos para adequação seriam muito altos, pois, não só as indústrias teriam que estar dispostas ao investimento, como, em tempos de crise, o distribuidor e o consumidor final que optarem pelas adicionadas teriam que investir mais.

— Os custos vão desde adaptações no processo produtivo até comprar um galão que não existe no mercado, a falta de escala no galão também será fator que irá encarecer o produto. Ele também representa trabalho e gasto extras para o consumidor. E o aumento de preço sempre aparece com a ausência de concorrência. O consumidor final é quem perderá o direito de escolha — ressalta a empresária.

Já a autora do projeto não acredita que a medida vá resultar em aumento de preços dos produtos, pois o mercado certamente se regulará através da concorrência justa e leal

— Hoje em dia, já existem empresas de água que envasam em galões de cor rosa, e não vejo como isso poderia prejudicar a inspeção.

Quanto ao tamanho dos galões, Lucinha esclarece que o artigo sobre a diferenciação foi modificado por uma emenda. O PL segue para segunda discussão determinando a venda em galões de 10 e 20 litros, sendo os de cor rosa para envase das águas adicionadas de sais.

Danielle lembra que o projeto ainda está em discussão e vai à segunda votação no plenário da Alerj. A Comissão de Economia, Indústria e Comércio aprovou emendas e as acrescentou ao texto. Foi solicitado ainda que a proposta seguisse para a Comissão de Meio Ambiente antes da definição do texto final:

— Se o projeto for aprovado na íntegra, e as industrias de águas adicionadas de sais forem realmente obrigadas a envasar em galões de 10 ou 15 litros de outra cor, minha empresa optará por encerrar as atividades. Só envasamos água em embalagem de 20 litros e não acreditamos na demanda de mercado para os outros galões. Inviabiliza o negócio.

Multas com base no CDC

O texto estabelece que quem infringir a lei será multado de acordo com o Código de Defesa do Consumidor. Nas últimas semanas, a Comissão de Segurança Alimentar da Alerj, presidida por Lucinha, tem realizado vistorias em empresas de água mineral no estado para garantir a qualidade do produto – uma empresa em Xerém já foi interditada e outras duas, em Magé e em Duque de Caxias, foram notificadas pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) e pela Vigilância Sanitária Estadual.

Escassez de baunilha coloca sorveterias em risco

Devido a um tufão em Madagascar, os preços do produto subiram
Agência ANSA

O ciclone Enawo, que atingiu Madagascar em março deste ano, além de ter devastado o país africano, também criou uma grande crise no mercado de exportação de baunilha.

Madagascar é o maior fornecedor de baunilha do mundo e praticamente toda sua renda é derivada da venda do produto. Contudo, segundo relatou o jornal "Financial Times", o tufão destruiu toda a produção de baunilha de Madagascar, que precisou aumentar os preços da especiaria para US$ 600 o quilo, fazendo muitas empresas desistirem de comprar o produto.

Um dono de uma sorveteria em Boston disse ao jornal "Boston Globe" que os sacos de baunilha costumavam custar US$ 72.Pouco depois do ciclone, o preço aumentou 344%, para US$ 320. Já em Londres, a gigante do mercado sorveteiro Oddono's teve que retirar os gelatos de sabor baunilha do menu devido ao aumento do preço da matéria-prima.

Os comerciantes globais da especiaria acreditavam que em 2017 a colheita de baunilha seria 30% superior a de 2016, mas o tufão cortou pela metade a produção. Com isso, os casos de roubos do produto dispararam em Madagascar e, com medo, os agricultores foram pressionados a colherem o que havia sobrado, mesmo que ainda as plantas que originam a baunilha não estivessem maduras.

Atualmente, mesmo que a Indonésia e Papua Nova Guiné também sejam produtores da especiaria, nenhum país consegue substituir a baunilha "malgaxe".

MPF/AM: Justiça reconhece que empresa de água mineral não pode utilizar garrafões de concorrentes

Puríssima da Amazônia terá 180 dias para se adequar a acordo firmado entre MPF e Sindicato da Indústria de Bebidas, que estabelece sistema de uso exclusivo de vasilhames

A empresa responsável pela comercialização da água mineral Puríssima terá 180 dias para passar a envasar água somente em vasilhames da própria empresa. A determinação é da Justiça Federal, em ação movida pelo Ministério Público Federal no Amazonas (MPF/AM) contra a empresa para garantir os direitos dos consumidores.

O sistema de embalagem retornável de uso exclusivo é um dos itens que constam em termo de ajustamento de conduta (TAC) firmado entre o MPF/AM e o Sindicato da Indústria de Bebidas em Geral do Amazonas, no ano passado. Pelo acordo, as empresas que comercializam água mineral em garrafões de 10 e 20 litros não podem envasar vasilhames que contenham logomarca de outra empresa moldada na resina. Antes do acordo, os garrafões de água mineral eram utilizados sem restrições pelas empresas, independente de quem era o fabricante do vasilhame.

O MPF destaca que, quando a identificação da água se restringe ao rótulo do garrafão, facilmente removível, há prejuízo ao consumidor, que não tem garantia sobre os responsáveis pelo produto e se vê impedido de buscar seus direitos junto à empresa, em caso de problema eventualmente causado pelo consumo do produto.

Após constatar que a empresa Puríssima da Amazônia, que comercializa a água mineral Puríssima, continuava utilizando vasilhames de outras empresas, o MPF ajuizou a ação. Quando o termo de ajustamento de conduta foi firmado, a empresa não estava vinculada ao sindicato e não assinou o acordo.

Decisão – A Justiça Federal no Amazonas, em decisão liminar na ação, declarou que a empresa não pode utilizar garrafões de outros fabricantes porque o consumidor tem direito à informação verdadeira, não sendo adequado que ele compre água envasada por uma empresa, mas com o nome de outra. Outro ponto sustentado pelo MPF e confirmado pela decisão judicial é a responsabilidade pelo descarte do garrafão, quando encerrado o seu ciclo de vida útil. Se uma empresa utiliza o vasilhame de outra, não há como saber qual será responsável pela destinação adequada da embalagem, medida que tem impacto no meio ambiente.

Na decisão liminar, foi fixada pena de multa de R$ 50 mil em caso de descumprimento. A Justiça ainda autorizou o MPF a realizar vistoria semanal à empresa e, caso seja constatado descumprimento da decisão, a produção de água pela empresa poderá ser suspensa e lacrada pela Justiça.

A empresa Puríssima da Amazônia recorreu da decisão liminar e o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), ao analisar o recurso, confirmou que a empresa tem que se adequar ao sistema de embalagem retornável de uso exclusivo e concedeu 180 dias para a adequação, considerando a necessidade de produção de novos vasilhames.

O caso segue tramitando na 1ª Vara Federal no Amazonas, sob o nº 1001383-38.2017.4.01.3200.

Regras definidas em acordo – O termo de ajustamento de conduta foi firmado entre o MPF/AM e o Sindicato da Indústria de Bebidas em Geral do Amazonas em agosto de 2016 e instituiu prazo de 120 dias para início da vigência das normas estabelecidas. O prazo se encerrou em dezembro do mesmo ano.

Além do uso exclusivo dos garrafões da própria empresa, o termo prevê que, caso a água a ser industrializada ou envasada não seja mineral, a embalagem não poderá ser azul e deverá conter identificação clara de que não é água mineral, com aviso em fonte que corresponda a, pelo menos, 50% da fonte utilizada para a marca do produto.

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