Schin homenageia os gaúchos com série de latinhas comemorativas à Semana Farroupilha

Por Embalagem & Tecnologia –
21/08/2017

Patrocinadora oficial da Semana Farroupilha, marca traz fotos do fotografo Eduardo Rocha que retratam a cultura campeira e a memória dos heróis da Revolução Farroupilha irão estampar a coleção de latinhas especiais

Para celebrar a Semana Farroupilha, enaltecer as particularidades da região e homenagear os heróis dos dias de hoje, que mantêm viva a tradição gaúcha, a Schin, patrocinadora oficial da Semana Farroupilha, lança uma série comemorativa de latinhas com imagens do renomado fotógrafo gaúcho Eduardo Rocha, que retratam diversas regiões do Rio Grande do Sul, hábitos tradicionalistas e o cotidiano do homem do campo.

Foram escolhidas dez fotos do extenso e belo portfólio do profissional que vão estampar as latinhas e que traduzem com maestria a cultura campeira e a memória da Revolução Farroupilha. As imagens foram cuidadosamente selecionadas pela marca para representar a valorização da cultura do povo gaúcho.

Nascido e criado em Dom Pedrito, na fronteira com o Uruguai, Eduardo Rocha é um fotógrafo que consegue retratar como poucos o espírito tradicionalista e a íntima ligação de todos os gaúchos com suas tradições e a aliança com os hábitos do campo.

Entre as imagens que estampam a série de latinhas especiais, confrades dos Cavaleiros da Paz, grupo do qual o fotógrafo faz parte, são retratados levando a tradição e a cultura sulista através de cavalgadas. Outra foto da série foi produzida em Uruguaiana, na Cabanha do Barulho de Chico Bastos, criador de cavalos crioulos. Nela, o mate da madrugada é apreciado ao redor do fogo de chão, hábito ainda tradicional dos trabalhadores de campo que antes de saírem para percorrem longas distâncias tomam o “amargo” que adoça a vida.

A série de dez latinhas comemorativas à Semana Farroupilha começa a circular no mercado a partir desse mês.

Ministro extingue ADI contra norma paranaense que elevou alíquota de ICMS de refrigerantes

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), extinguiu, sem resolução de mérito, a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5589, em que a Associação dos Fabricantes de Refrigerantes do Brasil (Afrebras) questionava dispositivos da Lei 18.573/2015, do Paraná, que instituiu o Fundo Estadual de Combate à Pobreza do Paraná composto, dentre outros recursos, de receita advinda do aumento da alíquota de ICMS sobre produtos e serviços supérfluos, entre os quais refrigerantes, bebidas isotônicas e energéticas.

De acordo com o ministro, a ADI não reúne as condições processuais indispensáveis para ser analisada, pois a associação não tem legitimidade ativa para postular a inconstitucionalidade da lei estadual. O relator explicou que, embora a Constituição de 1988 tenha ampliado o rol de legitimados para propor ações diretas de inconstitucionalidade, para alguns deles o STF exige a presença da chamada “pertinência temática”, definida como o requisito objetivo da relação entre a defesa do interesse específico do legitimado e o objeto da ação.

“As associações de classe, embora constem do artigo 103, V, da Constituição, não são legitimadas universais para a propositura das ações do controle concentrado de constitucionalidade, incumbindo-lhes a demonstração da pertinência temática, conforme pacificado no Supremo Tribunal Federal”, explicou. No caso em questão, segundo observou, a Afrebras não demonstrou, de forma adequada e suficiente, a existência de pertinência temática entre o ato normativo que instituiu o Fundo Estadual de Combate à Pobreza do Paraná e seu objeto social.

“Se é evidente que não dispõe a autora, representante dos interesses do setor de refrigerantes nacional, de legitimidade para contestar a instituição do fundo, também não poderá questionar a fonte de financiamento do referido fundo por percentual de ICMS aplicável não apenas para o setor de refrigerantes, mas para contribuintes de outros produtos elencados no artigo 14-A da Lei Estadual 11.580/1996”, afirmou. Entre os produtos taxadas estão artefatos de joalheria, cervejas, fumo e perfumes.

VP/CR

Way Beer lança novas cervejas em lata

Entre as novidades está a segunda edição da premiada Watermelon Ale

O ano de 2017 tem sido intenso na cervejaria paranaense Way Beer, uma das grandes referências do mercado brasileiro de cervejas artesanais. Com muitas novidades em sua linha de produção e participando de eventos nacionais e internacionais, a cervejaria acaba de anunciar duas novas latas, que já estão disponíveis no Brasil e nos Estados Unidos, além da segunda edição da premiada Watermelon Ale.

Encontradas em versões de 473ml não pasteurizadas, as grandes novidades ficam por conta das cervejas Catarina e Sou feia mas tô na moda. A Catarina é uma Berliner Weisse desenvolvida com Pitanga e Pitaya. A cerveja tem 3,8% de ABV e 5,1 de IBU. “Catarina a Grande, foi a Imperatriz russa conhecida por revitalizar o país fazendo com que se tornasse uma grande potência europeia. Em sua homenagem desenvolvemos essa cerveja para homenagear todas as Catarinas, mulheres fortes e destemidas que se destacam por suas características únicas”, comenta Alejandro Winocur, sócio proprietário da Way Beer.

Seguindo sua linha política de inovação, a Way Beer apresenta a Sou feia mas tô na moda, que segue um novo conceito de India Pale Ale (IPA), que tem recebido diversos nomes ao redor do mundo, entre eles New England IPA, North East IPA (NEIPA), Juicy IPA, Hazy IPA e Vermont IPA. A nova cerveja da Way Beer foi desenvolvida com os lúpulos Mosaic, Amarillo e Galaxy, e recebeu aveia em sua composição, ingrediente que deixou a bebida encorpada e turva, principalmente por ela não ser filtrada. Além disso, a cerveja tem características frutadas, lembrando frutas amarelas e tropicais, devido aos lúpulos e, também, pela utilização da levedura Vermont Ale, que produz um perfil de aroma frutado combinando com os lúpulos.

Já a Watermelon Ale, que ganhará sua segunda edição após grande sucesso, foi vencedora da medalha de ouro no 5º Concurso Brasileiro das Cervejas na categoria “American Fruit Beer”, realizado no último mês de março. Ela é uma cerveja colaborativa desenvolvida em parceria com a cervejaria americana Jester King. A bebida, uma Summer ALE, leva melancia em sua receita, ingrediente que resulta em refrescância. A Watermenlon é uma cerveja de cor avermelhada, devido à melancia e ao hibisco, e tem 4,7% de álcool.

Arte na lata

Valorizando o trabalho de artistas locais, por meio do Way from Sketch, as latas das cervejas Catarina e Sou feia mas tô na moda foram criadas por grandes talentos paranaenses. A Catarina foi desenvolvida pelo ilustrador e grafiteiro Rimon Guimarães, artista de Curitiba que já pintou murais na Holanda, Gambia, Síria e Grécia. Já a lata da Sou feia mas tô na moda é assinada pelo artista Douglas Reder. Conhecido como Redergoud, o artista é bodypainter e ilustrador, e em seus trabalhos viaja entre o urbano e o natural.

As latas da Way Beer estão disponíveis em casas de cervejas especiais, bares, restaurantes e mercados do Brasil e dos Estados Unidos. Mais informações pelo telefone (41) 3653-8853 ou no site www.waybeer.com.br.

Coca-Cola faz mudanças na Verde Campo para diversificar portfólio

A companhia quer mais lácteos que dispensam a geladeira

A Coca-Cola, maior fabricante de refrigerantes do mundo, começou a fazer mudanças na Verde Campo, com sede em Lavras (MG). A companhia mineira, que concentra a produção em queijos e iogurtes, agora vai competir na categoria de bebidas lácteas que dispensam a geladeira.

A Verde Campo, comprada pela Coca-Cola há pouco mais de ano e meio, recebeu investimento de R$ 30 milhões para modernizar a fábrica que possui em Lavras e dobrar sua capacidade produtiva. Passou de um processamento de 4,5 milhões de litros de leite por mês para 9 milhões de litros. Com vendas concentradas em Minas Gerais, São Paulo e nas demais capitais do país, poderá aproveitar agora o sistema de distribuição da Coca-Cola para ampliar sua área de atuação geográfica.

A Verde Campo faz parte da estratégia da multinacional de diversificar o portfólio, reduzindo a dependência do refrigerante, que vem perdendo consumidores em diversos países. A Coca-Cola também vende sucos de frutas, energéticos e chás. "A Coca-Cola busca oferecer globalmente um portfólio mais completo de bebidas. Com a Verde Campo, entramos no segmento lácteo. Para acelerar a oferta em mais pontos de venda, vamos ampliar o portfólio com linhas de produtos não refrigerados", diz Sandor Hagen, vice-presidente de novos negócios da Coca-Cola Brasil.

Alessandro Rios, fundador e presidente da Verde Campo, disse que o investimento serviu para dobrar a capacidade produtiva, automatizar parte da produção e aumentar a segurança alimentar. A expansão da fábrica foi concluída neste mês. "Esse investimento é para dobrar a produção das linhas que já temos. O próximo passo é a entrada mais intensa em produtos sem refrigeração", afirmou Rios.

Em abril, a Verde Campo fez a primeira abordagem em produtos não-refrigerados. Lançou uma bebida láctea com proteína de soro de leite ("whey protein"), o Shake Natural Whey. Segundo a empresa, a bebida ajuda recuperar tecido muscular após exercícios físicos. "Esse foi o primeiro produto com o DNA da Coca-Cola, que não precisa de refrigeração. Vamos intensificar a oferta dessas linhas, fazendo uma combinação do DNA da Coca-Cola com o da Verde Campo, que é sempre focada em produtos mais saudáveis", diz Rios.

A Verde Campo é conhecida por produzir queijos e iogurtes com características funcionais como produtos dietéticos, com baixo nível de sódio e gordura, sem lactose ou com nível de proteína maior que os alimentos tradicionais. Ainda neste ano, vai colocar no mercado um leite longa vida com a marca LacFree e uma linha de achocolatados com a marca Minilac. Essas linhas serão testadas no Rio de Janeiro e em Curitiba. "A partir dos resultados de vendas nessas praças, as linhas serão levadas para o país", diz Rios. Ele tem sido desafiado a criar produtos que possam abranger mais pontos de venda, ao dispensar refrigeração, e que atendam o público em novas ocasiões de consumo.

Em relação à distribuição, o trabalho está concentrado nas capitais, mas nos próximos anos haverá uma expansão para mais cidades. "Para os produtos sem refrigeração, como o leite longa vida, existe a possibilidade de aproveitar o sistema de distribuição da Coca-Cola, mas a decisão sobre como isso vai ser feito ainda não foi tomada", afirmou Rios.

No primeiro semestre, as vendas da Verde Campo cresceram 34%, em relação a igual período de 2016. A expectativa é manter um ritmo de crescimento de 30% neste ano e registrar avanços de "dois dígitos" a partir de 2018. A exportação não faz parte dos planos.

A fabricante de iogurtes e queijos foi comprada pela Coca-Cola, por meio da Leão Alimentos, em dezembro de 2015, e passou por adaptação de processos até setembro de 2016. "A Coca-Cola transmitiu conhecimentos e deu acesso a parceiros que antes eu não conseguia como uma empresa pequena", disse Rios. Ele passou a contar com fornecedores de matérias-primas, equipamentos e tecnologia que já atendiam a multinacional.

Fonte: Valor Econômico

Alimentícias investem em novos nichos e em fusões e aquisições

Perspectiva. Segundo a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia), o setor voltará a crescer em 2017 após dois anos em queda, com expansão de até 1% no faturamento

São Paulo – A retomada do crescimento do setor de alimentos vai ser acompanhada por um intenso movimento de fusões e aquisições. O processo deverá ser capitaneado por players que, apesar da crise, estão altamente capitalizados e buscam novas áreas de atuação.

"O setor está agitado e deve seguir assim", avalia o analista da Elevan Financial, Raul Grego. Segundo ele, as empresas que estão com dinheiro em caixa e com baixo endividamento têm oportunidade de fazer "bons negócios", que possam melhorar suas margens ou complementar operações.

Entre as empresas que estão em posição favorável neste momento estão M. Dias Branco e a Camil. Cada uma, à sua maneira, poderá ser protagonista no processo de aquisições. "A M. Dias tem um excelente histórico de compras e conta com um caixa líquido", comenta Grego. Ao final de junho, a companhia, que atua no segmento de massas e biscoitos, tinha um caixa de R$ 905 milhões, mas uma dívida inferior, de R$ 504 milhões, resultando em um caixa líquido de R$ 413 milhões.

O vice-presidente de investimentos e controladoria da M. Dias Branco, Geraldo Mattos Júnior, afirmou recentemente em teleconferência que, dentro do processo de expansão da fabricante, está a possibilidade de aquisição. "Os maiores saltos sempre se dão por meio de compras", disse, acrescentando que isso pode incluir também o ingresso em novos ramos. A empresa entrou, há pouco tempo, em bolos e cereais integrais.

Outra companhia de alimentos que deverá ser protagonista é a Camil. A empresa ingressou com um pedido de abertura de capital na bolsa e poderá captar, em outubro, até R$ 2 bilhões, segundo fontes do mercado. O processo é uma retomada da tentativa frustrada, seis anos atrás, de captar recursos no mercado de ações.

Segundo informações da Camil, os mercados de arroz e feijão são altamente pulverizados, entre pequenos, médios e grandes players. As cinco maiores empresas de arroz representavam 40,5% do mercado, enquanto os cinco principais de players de feijão, 29,2%. Dados da Euromonitor apontam que a Camil é a lider no Brasil no segmento de feijão, seguido da Kraft Heinz, enquanto em arroz lidera à frente da Josapar-Joaquim Oliveira.

Entre as finalidades da oferta, está a ampliação do portfólio de marcas e produtos em novas categorias, por meio de aquisições "seletivas e estratégicas". Segundo a empresa, os mercados de produtos não-perecíveis com potencial de crescimento e sinergias com os atuais ramos de atuação são negócios como farináceos, enlatados, cafés, biscoitos e massas.

Retomada

Em meio ao fortalecimento dos principais players está a volta do crescimento do setor, após um biênio de retração. Em 2015, a produção recuou 2,9% e o faturamento caiu 2,7%. No ano seguinte, a área teve nova retração: 1% na produção e 0,6% na receita. Para a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia), o setor deverá retomar a expansão, em termos de produção, com uma alta entre 0,5% e 0,7%. Já as vendas reais – considerando o IPCA como deflator – vão avançar entre 0,7% e 1%, projeta o economista da Abia, Denis Ribeiro. "Nossa indústria está reagindo, com uma tendência de recuperação até o final do ano. Sair do negativo já é algo muito bom", reforça. Nos últimos doze meses encerrados em junho, o faturamento real acumula alta de 1,45%, mas a produção ainda recua 0,4%.

J&F

Algumas das principais oportunidades de aquisições estão sendo geradas pela J&F, holding de investimentos da família Batista. Com seus controladores envolvidos numa série de escândalos, alguns de seus principais negócios foram colocados à venda. Em junho, a empresa vendeu por cerca de R$ 1 bilhão as operações da JBS, localizadas na Argentina, Paraguai e Uruguai, para o frigorífico Minerva. Outra controlada da holding da família Batista de proteína animal posta à venda é a Moy Park, com atuação no ramo de frangos e alimentos processados na Europa, que havia sido comprada da Marfrig, em 2015, por US$ 1,5 bilhão. Em julho, foi a vez da J&F vender sua empresa da área de lácteos Vigor, que também é sócia da Itambé, para o grupo mexicano Lala, por R$ 5,7 bilhões.

Na BRF, uma das principais estratégias é avançar no exterior. No início do ano, se associou a um fundo soberano do Catar e adquiriu a turca Banvit, por meio da OneFoods, sua subsidiária responsável por concentrar os ativos relacionados à produção e distribuição de produtos ao mercado mulçumano.

Já no âmbito interno, o foco da BRF está na criação de uma terceira marca, focada no consumidor de baixa renda, e que não concorra com seus demais produtos. "Agora Sadia será posicionada na alta, Perdigão na média e a nova marca na baixa renda", destaca Grego. A nova operação deverá começar no início de 2018, mas os executivos evitaram dar maiores detalhes. Este novo segmento representa um consumo de cerca de 30% do mercado de alimentos processados, estima a BRF.

Segundo a ABIA, os derivados de carnes puxam a receita da indústria de forma consolidada, com R$ 133,1 bilhões, de um total de R$ 497,3 bilhões.

Rodrigo Petry

A microcervejaria que sobreviveu à Heineken

Nos últimos anos, a cervejaria Csiki quadruplicou sua produção diária e aumentou de tamanho
Por EXAME Hoje
18 ago 2017, 14h45 – Publicado em 18 ago 2017, 12h05

Sansimion, Romênia – A cerveja é barata e abundante nesta discreta aldeia rural, próxima das encostas das montanhas da Transilvânia. Um bar local meio escuro as exibe atrás de portas de vidro, em geladeiras cheias de latas, garrafas e recipientes de plástico de 2 litros. As lagers de famosas cervejarias globais são a maioria, facilmente encontradas em toda a Europa.

Aqui, Andras Lenard, 39 anos, empresário local conhecido por seus projetos ousados envolvendo energia hidrelétrica e drones de segurança, assumiu, em 2013, a destilaria meio caída que fornecia bebidas para a região na era comunista, e começou a fazer sua própria cerveja.

Seus cartazes muitas vezes mostram as características semelhantes entre a cerveja e a água mineral, e ambas têm o mesmo preço. Os cervejeiros afirmam usar a água proveniente de fontes nas montanhas. Vangloriam-se de manter as tradições de sua arte e da história regional. Lenard jura que produz uma cerveja natural, não pasteurizada e feita de acordo com a centenária lei de pureza alemã.

A cervejaria começou pequena, produzindo apenas 20.000 garrafas por dia. Lenard batizou sua cerveja de Csiki Sor (pronuncia-se “tchiki chor”), inspirado no nome húngaro da região, Csik. Durante décadas, Csiki Sor era como os falantes de húngaro desta região da Transilvânia chamavam a Bere Ciuc, cerveja produzida na mais antiga cervejaria do local, em Miercurea Ciuc.

A gigante holandesa Heineken adquiriu a antiga cervejaria em 2003, e sua subsidiária romena agora produz a bebida com a marca Premium Ciuc (pronuncia-se “chuk”), usando o nome romeno da região. Em 2014, a Heineken afirmou que o nome da cerveja de Lenard era muito parecido com o da sua, e entrou com uma ação civil por violação de propriedade intelectual.

Lenard respondeu com uma guerrilha de marketing, enviando vans com o logotipo da “Real Csiki Sor” nas laterais para vilas e praças, e promovendo uma campanha nas redes sociais. Um vídeo promocional de animação falou sobre a “luta da Real Csiki Sor”. Nele, um homem usando trajes típicos, falando com o sotaque da região, se atraca com um urso na floresta, disputando uma garrafa de cerveja que havia deixado em um riacho para gelar. Atrás dele, um homem usando tamancos se esgueira até o córrego e tenta roubar a bebida.

A campanha repercutiu na vizinha Hungria, onde cerca de 60 por cento do produto de Lenard são vendidos. Uma das prioridades do governo de direita do primeiro-ministro Viktor Orban é defender as minorias húngaras no exterior e promover uma forma de patriotismo econômico; proteger a marca Csiki contra a Heineken se encaixou nessa ideia.

Alguns meses atrás, logo depois que a Heineken Romênia venceu em última instância no tribunal e a marca Csiki Sor ia desaparecer das prateleiras, um benfeitor inesperado apareceu: o chefe de gabinete do Orban, Janos Lazar, veio a Sansimion e brindou com Lenard com um copo de Csiki. O governo húngaro também anunciou uma proposta para proibir o uso do logotipo da Heineken – uma estrela vermelha – alegando ser um símbolo do comunismo, já proibido por lei.

“Quando o governo húngaro assume uma política econômica, não pensa apenas no país, mas na nação”, disse em uma entrevista por telefone Zoltan Kovacs, porta-voz do governo. Ele afirmou que a Hungria tinha que proteger suas empresas e se certificar de que as multinacionais não “abusem de sua posição vantajosa, que vem exatamente do fato de que operam em escala internacional”.

Menos de um mês após a intervenção húngara e sem explicitamente vincular sua ação a isso, a Heineken e a empresa de Lenard concordaram em coexistir pacificamente e encerrar todas as ações judiciais. “Reconhecemos o valor emocional da marca Csiki para as cervejarias e consumidores, assim como seus acionistas da Romênia e da Hungria”, disse em um e-mail John-Paul Schuirink, diretor de comunicação global da Heineken. E acrescentou que a companhia usaria todos os meios para defender seu logotipo da estrela vermelha.

Mesmo antes da intervenção, a batalha judicial era vista como a luta de um pequeno produtor local contra um gigante corporativo, reproduzindo o longo litígio entre a Anheuser-Busch e a cervejaria tcheca Budejovicky Budvar, mas, principalmente, foi uma tentativa de corresponder à desconfiança popular e à hostilidade evidente de governos às empresas multinacionais e seus produtos na Europa Central e Oriental.

Nem sempre foi assim. Após a queda do isolado regime comunista da Romênia, os produtos estrangeiros em embalagens chamativas expulsaram os monótonos produtos locais das prateleiras. Havia quase uma sensação de euforia quando, uma a uma, as marcas estrangeiras muito cobiçadas começavam a ser vendidas, mas à medida que crescia a decepção com os efeitos da globalização, o mesmo acontecia com o ceticismo em relação aos produtos de fora.

“No fim das contas, as pessoas perceberam que a geleia da vovó não era tão ruim. A comunidade percebeu que a produção local é boa”, disse Lenard, sentado em seu escritório com grandes janelas que dão para a moderna cervejaria que criou no espaço da antiga destilaria.

Nos últimos anos, a cervejaria Csiki quadruplicou sua produção diária e aumentou de tamanho. O equipamento novo em folha enche salas de tamanho considerável. E também se tornou uma espécie de atração turística: os visitantes podem percorrer o processo de produção, desde a trituração dos grãos, com seu cheiro terroso, até o engarrafamento e saborear a cevada e o lúpulo amargo. No final, eles próprios enchem seus copos em um bar onde há um saco de pancadas com a marca da Heineken.

Lenard descreveu sua atitude como maliciosa, ou “gobe,” uma palavra que os locais usam para descrever os szeklers, a população de língua húngara da região.

“Este produto ajudou a fortalecer o orgulho nacional”, disse Lenard sobre sua cerveja. “E essa batalha contra a Heineken, mesmo que não intencionalmente, aqui na terra dos szekler, se tornou o símbolo da luta local pela sobrevivência”.

Apesar do acordo, Lenard disse que continuaria a comercializar seu produto como a “Csiki Proibida”, nome que assumiu depois que, em janeiro, um tribunal ordenou a destruição do material promocional ligada à sua marca.

“Essa história é importante para todos os produtos. A ‘Proibida’ vai lembrar as pessoas do acontecido. Como com o uísque, ninguém contrabandeia o Old Smuggler, mas é bom dar uma ideia da história do nome.”

Concepta Ingredients lança três linhas de caramelo na Food Ingredients South America 2017

Novidades conferem sabor, aroma, textura e coloração a diversos alimentos, como pães, bolos, biscoitos e doces; empresa também expõe ingredientes orgânicos
Assessoria de Imprensa

Unidade de negócio do Grupo Sabará especializada em soluções naturais e tecnológicas para as indústrias de alimentos e bebidas, a Concepta Ingredients apresenta ao mercado brasileiro um portfólio completo de caramelos durante a Food Ingredients South America (Fisa) 2017. O evento acontece de 22 a 24 de agosto, no Transamérica Expo Center, em São Paulo.

Desenvolvidos pela francesa Nigay – parceira global da Concepta Ingredients -, os produtos chegam ao país em três diferentes linhas, dedicadas a conferir sabor, aroma, textura e coloração a diversos alimentos, como pães, bolos, biscoitos e doces. Todas as novidades podem ser conferidas pelos visitantes no estande 122 da feira.

“A Fisa é a principal feira das indústrias de alimentos e bebidas no continente, uma ocasião perfeita para apresentarmos o nosso portfólio a alguns dos principais players do setor”, afirma Lilia Kawazoe, gerente comercial da Concepta Ingredients. “Em nosso estande, os visitantes podem conhecer de perto as novas linhas de caramelo que trazemos ao Brasil, além de outras soluções sustentáveis, orgânicas e naturais disponíveis para o mercado”, complementa.

A primeira linha de caramelos mostrada pela empresa é a Aromatic Caramels, composta por dois tipos de caramelo com aromas naturais: o 1395 SMA6, na coloração marrom escuro; e o 1400 SMA3, na cor castanha. Produzidos por meio da caramelização controlada do açúcar e apresentados na forma líquida, ambos são prontos para serem usados como calda e levar o sabor e o aroma do caramelo aos alimentos. São indicados para biscoitos, licores, molhos, produtos lácteos, doces e sorvetes.

A Caramel Flakes também é formada por dois itens que oferecem sabor e aroma: o EN5020, um cristal de caramelo marrom, de 2mm a 5mm; e o CRKS 24, um crunchy de caramelo de 2mm a 5mm que, em função da caramelização do açúcar com manteiga, creme de leite e sal, ganha um tom marrom claro. Os produtos são obtidos por meio do tratamento térmico controlado do açúcar com outros ingredientes e, depois de solidificados, são quebrados e peneirados. Podem ser utilizados em biscoitos, bolos, chocolates, doces, pães, produtos lácteos e sorvetes.

Por fim, a linha Caramel Specialties é formada por três produtos prontos para uso em coberturas, recheios e misturas, em busca de garantir sabor e textura diferenciados aos alimentos: o FG 134 AV, caramelo viscoso obtido pela caramelização de açúcar, óleo de coco e leite, com aroma, sabor e coloração de caramelo ao leite; o F 0002, caramelo em pó obtido pela caramelização do açúcar com creme de leite e manteiga, que possui aroma e sabor de creme de caramelo amanteigado; e o FB 84, caramelo viscoso obtido pela caramelização de açúcar, leite, manteiga e sal, com aroma e sabor de caramelo amanteigado. Todas as versões são indicadas para uso em barras de cereais, biscoitos, bolos, chocolates, doces, pães, produtos lácteos e sorvetes.

Óleos e manteiga orgânicos também são destaque

Além das novas linhas de caramelo, a Concepta Ingredients também expõe na Fisa 2017 lançamentos recentes para a indústria, todos eles 100% orgânicos: óleo de castanha-do-Brasil orgânico, produzido a partir da primeira prensagem de uma seleção das melhores castanhas, o que mantém suas propriedades nutricionais e funcionais; óleo virgem de coco orgânico, extraído dos frutos frescos e recém-colhidos das Filipinas, região reconhecida mundialmente pela qualidade desse tipo de produto; e a manteiga de cupuaçu orgânica, única no mercado que confere um sabor exclusivo, exótico e marcante aos pratos.

Os insumos para esses ingredientes são colhidos ou coletados por comunidades locais em regiões remotas, que, ao longo de gerações, encontraram neles uma fonte de riqueza e um caminho para manter a floresta em pé, além de promoverem o empoderamento feminino e a educação infantil.

Serviço:

Food Ingredients South America (Fisa) 2017
Data: 22 a 24 de agosto
Horário: das 13h às 20h
Estande da Concepta Ingredients – nº 122
Local: Transamérica Expo Center, Av. Dr. Mário Villas Boas Rodrigues, 387 – Santo Amaro, São Paulo – SP

Link

Tattoo You lança cerveja em parceria com Cervejaria Tria

Bebida tem sabor maltoso forte e complexo, com o final apresentando um toque seco e torrado, um aroma florado e um alto amargor, acentuado pelos maltes torrados

18 de August de 2017

O estúdio Tattoo You inovou mais uma vez e agora inclui em sua história sua própria bebida, uma cerveja porter diferenciada por mesclar o melhor das escolas cervejeiras britânicas e americanas. A fórmula dessa cerveja foi desenvolvida especialmente para bons apreciadores de arte, e com paladar único.

Produzida com uma seleção especial de maltes e lúpulos, esta arte em estado líquido possui sabor maltoso forte e complexo, com o final apresentando um toque seco e torrado, um aroma florado e um alto amargor, acentuado pelos maltes torrados.

O estudio de tatuagem Tattoo You lançou oficialmente essa obra prima artesanal que foi idealizada em parceria com a Cervejaria Tria na unidade New Tattoo You – Avenida Dr. Cardoso de Melo nº320 Vila Olímpia, SP, celebrando com todos mais essa conquista, sempre com profissionais altamente qualificados, capazes de tranformar a tatuagem numa obra de arte.

Fonte:
Equipe MOTO.com.br

Empresário cria sistema de água mineral em residência por “assinatura”

Como outra alternativa aos tradicionais galões e garrafas de água, o pernambucano Henrique Hissa desenvolveu o Sistema Blu, em 2002

21.08.2017|Por Vitória Batistoti

O conceito de serviços por assinatura vem sendo cada vez mais adotado em novos negócios de diferentes nichos do mercado. Já é comum consumir música, filmes e programas de TV dessa maneira, então, por que não adquirir um recurso vital, como água mineral, também por assinatura? Essa foi uma das ideias que o empresário pernambucano Henrique Hissa, 45, desenvolveu e nomeou de Sistema Blu.

Radicado no Ceará, Hissa já empreendeu em outros setores, mas sua ideia mais promissora despontou em 1999, mais especificamente em um domingo, quando a água do galão acabou. “Tive que ir até o posto de gasolina comprar algumas garrafas de plástico e retornei para casa pensando que aquilo não era nenhum pouco prático ou cômodo. Por conta desse estalo que tive, comecei a pesquisar se alguém já tinha tido alguma ideia que pudesse facilitar o abastecimento de água mineral”, diz Hissa.

Felizmente, o empresário não encontrou nada no mercado com o propósito de facilitar sua vida e ele mesmo teve que criar a solução. “Ao enxergar a oportunidade de negócio, passei a pesquisar sobre o assunto, contatei técnicos da área de saúde e de água mineral. Percebi que as duas únicas formas de se consumir água mineral que hoje existem é através de galões de água ou garrafas plásticas, duas opções que têm boa qualidade, mas são modificadas quimicamente com muito cloro”, afirma o pernambucano.

Após quatro anos de pesquisa, em 2002, Hissa desenvolveu um protótipo do primeiro modelo da Blu, voltado para o mercado imobiliário. Esse sistema pioneiro consistia em fazer parceria com construtoras de imóveis que ainda não haviam começado as obras a instalar um reservatório de água mineral de alta capacidade dentro do edifício. “A central de água mineral já era colocada na planta dos imóveis, agregando valor aos apartamentos”, diz o empresário.

Esse modelo, que funcionava nas cidades de Fortaleza (CE) e Natal (RN), foi o filho único da Blu por mais de uma década, até que, em 2014, Hissa criou a assinatura mensal de água mineral para prédios já construídos: “Desenvolvemos uma nova tecnologia de instalação da central de água em prédios já erguidos. Neste caso, funcionamos como qualquer empresa de telefonia, de televisão ou internet: instalamos nosso equipamento no prédio e o morador que quiser nosso serviço, recebe nosso “sinal”, ou seja, canal de oferecimento de água.”

Nesse novo sistema – que atualmente é o mais popular da Blu –, o condômino paga pela adesão ao serviço (cerca de R$ 1459) e escolhe um dos planos de quantidade de água mensal (50 litros, por R$ 34,90; 100 litros, por R$ 64,90; 200 litros, por R$ 119,90; ou 300 litros, por R$ 165,90).

A central de água do edifício é abastecida semanal ou quinzenalmente pela empresa, que faz parcerias com fornecedores de fontes de água mineral regionais. Para garantir que não faltará água, o sistema possui sensores que informam a quantidade de água que consta no reservatório.

Outra característica do Sistema Blu é a análise mensal da água oferecida aos condôminos. “A nossa água é estudada em laboratório, tendo sua qualidade e propriedades averiguadas. Depois, a análise é enviada aos seus consumidores”, afirma o empresário.
Além de Natal e Fortaleza, o Sistema Blu também pode ser adquirido em imóveis (prédios comerciais, residenciais, indústrias, clínicas, etc) nas cidades de São Paulo (SP), Curitiba (PR), Florianópolis (SC) e Porto Alegre (RS).

“Nosso processo de instalação demora menos de um mês, é rápido e prático. Nós levamos água mineral da fonte direto para o consumidor final, sem precisar gerar lixo com garrafas plásticas e desconforto de ter que comprar galões”, afirma Hissa.

Para o futuro, o CEO da Blu informa que está estudando chegar nas outras duas capitais do Sudeste – Rio de Janeiro (RJ) e Belo Horizonte MG) –, e, para 2019, levar sua inovação à China e aos Emirados Árabes. “Estamos com R$ 5 milhões para investir nas assinaturas de prédios nos próximos 3 anos. Mas também queremos resolver o problema do consumo de água mineral em outras regiões do mundo, que também dependem de galões e garrafas”, diz o pernambucano.

Cooperativa tenta sair da sombra da Batavo

Estadão Conteúdo
20.08.17 – 09h32

Uma história que começou há 106 anos está pronta para ganhar novos capítulos. A cooperativa que deu origem à marca Batavo abandonou seu nome centenário e, além de fornecer leite, suínos e trigo para as principais marcas brasileiras, agora se prepara também para dar saltos mais ambiciosos no varejo.

Hoje, a produção da cooperativa, rebatizada de Frísia, é encontrada nas prateleiras dos supermercados sob marcas conhecidas, de empresas que terceirizam a produção de seus derivados de leite com ela: Ninho, da Nestlé, Aviação, Itambé, Tirol e Paulista são algumas dessas marcas. O objetivo da cooperativa agora, segundo seu presidente, Renato Greidanus, é investir cada vez mais em produtos com marcas próprias para ser remunerada a preços de varejo. “Temos o controle de toda a cadeia produtiva, o que nos garante credibilidade”, diz.

Fundada por imigrantes holandeses, na região dos Campos Gerais, no Paraná, a cooperativa reúne 800 proprietários agrícolas e fatura R$ 2,3 bilhões por ano. Os primeiros holandeses chegaram à região, que fica a pouco mais de 100 quilômetros de Curitiba, entre 1911 e 1920. Foram eles que fundaram, em 1928, a Cooperativa Agropecuária Batavo na cidade de Carambeí, hoje com 20 mil habitantes.

Mesmo depois de vender a marca Batavo para a Parmalat, em 1998, para pagar dívidas, a cooperativa manteve a razão social original por quase 20 anos. Ao todo, a marca já passou pelas mãos de quatro donos. Em 2000, foi vendida para a Perdigão (atual BRF) e agora pertence à francesa Lactalis. A principal unidade da Batavo ainda fica em Carambeí. Agora, porém, a fachada leva a “assinatura” da nova dona.

Inovação

Enquanto reverencia a própria história, a Frísia tenta ampliar o uso de tecnologia em sua produção. Parte desse investimento em automatização é representado pela Melkstad, empresa proprietária de um sistema em formato de carrossel que permite a ordenha de 50 vacas ao mesmo tempo.

Seis produtores se uniram para formar um rebanho que hoje tem 1.180 vacas em lactação e adquirir o equipamento americano, em um investimento de R$ 30 milhões. ‘Temos capacidade de chegar a 1,9 mil vacas em lactação com o investimento já feito”, diz Diogo Vriesman, sócio-diretor da Melkstad.

Além disso, propriedades de menor porte têm adquirido equipamentos menores, de R$ 1 milhão, chamados pelos cooperados de “robôs”. Uma das máquinas já instaladas na cidade fica na casa de Jan Erkel, de 74 anos. O produtor rural chegou em 1993 à cidade e comprou 200 hectares de terra. Veio com a mulher e um dos filhos, para começar do zero. Ao lado de Jannie, começou a entregar seu leite na cooperativa. “Primeiro a gente tinha uma só vaca produzindo, depois veio a segunda, a terceira…”, lembra.

Após um tempo parado, o patriarca dos Erkels decidiu interromper a aposentadoria, reuniu um novo rebanho de 70 vacas e investiu numa ordenhadeira automática. Jan e Jannie acompanham a produção em tempo real olhando gráficos em um laptop, sem sair de casa.

Suínos

Um dos investimentos mais recentes da Frísia e de suas sócias – uma unidade de produção de derivados de suínos – já destina 30% de sua produção à marca Alegra, hoje distribuída no Paraná e em alguns varejistas de São Paulo, como Hirota e Assaí (do Grupo Pão de Açúcar). Um terço da produção é destinado à exportação de cortes de carne, enquanto o restante é dividido entre industrialização para terceiros (como Ceratti) e de itens para restaurantes (como bacon para o McDonald’s e costela para as redes Applebee’s, Madero e Outback). A fábrica hoje abate 3,2 mil porcos por dia, mas pretende atingir 4,5 mil unidades ao fim de 2018.

A busca por um viés mais forte de industrialização é um objetivo comum do setor cooperativista, segundo o consultor em commodities Etore Baroni, da Intl FC Stone. Mesmo líderes do setor – como a Coamo, maior cooperativa da América Latina – estão atrás de uma dependência menor das commodities.

Nesse cenário, o modelo a ser seguido é o da catarinense Aurora, cooperativa que é a terceira colocada no mercado nacional em vários derivados da carne, atrás somente de BRF e JBS. “Existe uma busca generalizada por diversificação no setor, com níveis variados de sucesso”, disse Baroni.

Parceria

Em vez de apenas fornecer matéria-prima, a Frísia trabalha em parceria com duas outras cooperativas – a Castrolanda e a Capal, localizadas em cidades vizinhas – e definiu três pilares de atuação: leite, carne e trigo. As três cooperativas, que já atuavam juntas na época da Batavo, agora trabalham para construir novas marcas, entre elas a Alegra e a Colônia Holandesa, que pertencem à Frísia.

A próxima empreitada da fundadora da Batavo em busca de seu lugar nas prateleiras se dará no moinho de trigo. A cooperativa já criou uma marca para sua farinha – Herança Holandesa -, mas hoje ela é distribuída apenas no atacado.

Isso deve mudar em breve: o projeto é que a venda no varejo paranaense comece em 2018, segundo o presidente da Frísia, Renato Greidanus. Será mais um passo para a cooperativa deixar de ser vista apenas como a centenária criadora da Batavo.