Fábrica de chocolates deve indenizar distribuidora por entrega de mercadoria vencida

Uma fabricante de chocolates deve indenizar em R$ 5 mil uma distribuidora que adquiriu 130 kits de caixas de bombom, cujas unidades estavam com a data de validade vencida.

A ré deve ainda ressarcir a distribuidora em R$ 13.337,17 pagos pelos kits que informavam uma data de validade diferente da do seu conteúdo.

Segundo a requerente, ao receber os produtos e colocá-los a venda, foi surpreendida com reclamações de seus clientes de que as caixas de bombom estavam vencidas, diferente do informado na embalagem externa.

O autor da ação apresentou ainda uma testemunha que confirmou os danos sofridos pela distribuidora, obrigada a ressarcir os valores pago pelos compradores que devolveram o produto e prestaram reclamações por conta de seu vencimento.

Em sua defesa, a parte requerida alegou não serem verdadeiras as alegações da parte autora, porém, o juiz da 1º Vara Cível de Guaçuí, Eduardo Geraldo de Matos, afirma em sua decisão que as provas apresentadas comprovam o alegado no pedido inicial.

Segundo o magistrado, verifica-se que a parte ré praticou uma conduta abusiva, que violou os direitos da requerente, com claros indícios de má-fé, uma vez que teria embalado os produtos comprados com vencimento diferente do que constava na embalagem interna.

"Analisando a reprovabilidade da conduta da parte ré, deve-se destacar que ela praticou um delito que vitimou a autora, lhe repassando produto com vício de qualidade, que foi vendido vencido, com a data de vencimento diferente da real, o que lhe causou transtornos perante seus clientes comerciais", concluiu o magistrado, justificando assim sua decisão.

PROCESSO Nº 0000995-42.2009.8.08.0020 (020.09.000995-0)
Fonte: Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo

Cooperativa aumenta quatro vezes a produção

Os produtores comercializam os alimentos em feiras livres de MT, para as escolas e prefeituras municipais de Cuiabá e Várzea Grande

Imagem créditos: Eduardo Aigner / Arquivo Sead
Por: Portal do Ministério do Desenvolvimento Agrário -Marília Fidélis
Publicado em 15/08/2017 às 21:37h.

Município de Poconé, Mato Grosso. É lá que agricultores familiares da Cooperativa Mista de Produtores Rurais de Poconé (COMPRUP) têm investido – tempo e recurso – na produção de hortifrútis, farinha de mandioca, rapadura, melado de cana e castanha de baru. A base do grupo tem sido o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). Desde 2010, os agricultores participam da política e, de lá para cá, aumentaram o plantio quatro vezes.

O Pnae é o incentivador da produção da Cooperativa que, hoje, gira em torno de seis a 12 toneladas, por semana, para as entregas de hortaliças e frutas nas escolas das redes estadual e municipal. Além disso, eles vendem de 12 a 15 mil unidades de rapadurinha e 2,5 mil kg de farinha de mandioca, com distribuição a cada 30 dias. O programa é operacionalizado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) , em parceria com a Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead).

Os produtores comercializam os alimentos em feiras livres de MT, para as escolas e prefeituras municipais de Cuiabá e Várzea Grande. “Antes, não tínhamos mercado. A produção não chegava nem a uma tonelada, mas o Pnae apareceu e se tornou um grande incentivador, que fez com que as vendas só aumentassem. Foi um avanço para nós”, afirma Luiz Carlos Souza, de 34 anos, diretor administrativo da COMPRUP.

Dos 100 agricultores familiares associados, 70 participam do Pnae e do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Cada agricultor investiu na sua propriedade de acordo com a necessidade. Compraram maquinários, sementes, adubos e contrataram mão de obra. No dia 9 de agosto, a Cooperativa recebeu a permissão para uso do Selo da Identificação da Participação da Agricultura Familiar (Sipaf), que beneficiará mais de 100 agricultores. Saiba mais aqui.

“Para quem vive no campo, com uma renda baixa, é fundamental ter acesso a programas que incentivam os plantios, porque temos a certeza de onde fornecer nossos produtos”, justifica o agricultor familiar Tadeu Lucas de Almeida, de 33 anos. Ele é um dos associados da Cooperativa e produz mandioca, abóbora e cebolinha. Antes do acesso ao Pnae e PAA, ele conta que passou dificuldades na hora de plantar. Hoje, com o apoio das políticas, investe pesado em sementes. O retorno da produção já possibilitou a compra de um carro e uma reserva para continuar na produção.

Agroleite começa com expectativa de 54 mil visitantes

/Fernando Rogala

Começa oficialmente nesta terça-feira, dia 15 de agosto, a edição 2017 do Agroleite. Reconhecido nacionalmente como um dos maiores eventos da cadeia do leite no país, nesta 17ª edição o foco vai para os tempos modernos: a tecnologia. Realizado pela Castrolanda Cooperativa Agroindustrial, o Agroleite ocorre na Cidade do Leite e anexa ao Parque de Exposições Dario Macedo, em Castro, na região dos Campos Gerais. A cerimônia de abertura está marcada para as 10 horas, no Centro de Eventos. Até sábado (19), último dia do evento, são esperados mais de 54 mil visitantes, que deverão movimentar mais de R$ 45 milhões em negócios.

A exemplo do ano passado, são 180 empresas expositoras. Evento estritamente técnico, nesta terça será um dia mais ‘livre’ para os presentes conhecerem todas as novidades trazidas pelos expositores. Já na quarta-feira começa a programação com os eventos voltados aos agricultores e pecuaristas, como o Fórum da Pecuária Leiteira, Dia de Campo sobre Pastagem, Dinâmica de Máquinas, Painel Técnico da Ovinocultura e o primeiro julgamento de animais, o da Raça Holandesa V&B. Já a noite ocorre a premiação dos vencedores do Troféu Agroleite 2017.

O evento conta com empresas de todos os nichos ligados à cadeia leiteira. Com a expansão anual do evento e o reconhecimento internacional, neste ano uma empresa estrangeira está entre os patrocinadores e expositores: New Zealand Trade e Enterprise, agência internacional de desenvolvimento de negócios da Nova Zelândia. “O principal fator que nos levou a investir na Agroleite é porque sabemos que a feira é uma referência no lançamento e divulgação de produtos e serviços no país. Entendemos que se nós queremos difundir o que a Nova Zelândia tem a oferecer em termos de tecnologias para a produção leiteira, o local certo de estar é aqui em Castro”, afirmaram o Cônsul Geral da Nova Zelândia para o Brasil e Diretor Geral da NZTE na América do Sul, Nicholas Swallow, e a gerente de desenvolvimento de negócios em agribusiness da NZTE, Nádia Alcântara.

A Cargill Nutrição Animal, por meio da marca Nutron, participa do evento para orientar os produtores sobre o estresse térmico e os cuidados no manejo das vacas leiteiras. De acordo com o Coordenador de Bovinos de Leite, Eduardo Ribas, o estresse térmico pode se evidenciar por redução do desempenho reprodutivo, laminite, menor pico de produção de leite e aumento na contagem de células somáticas (CCS). “Nossa equipe técnica irá auxiliar os produtores a realizarem investimentos em estratégias nutricionais que aumentem a eficiência energética e, assim, diminuírem a temperatura corporal dos animais. Um dos produtos recomendado para isso é o I.C.E, um blend de ativos que ajuda as vacas a dissipar o calor e lidar com o estresse térmico”, avalia.

Evento terá plataforma de negócios

Neste ano, o Agroleite está lançando uma nova plataforma de negócios durante o evento: o Shopping Agroleite. A ideia do projeto é criar um ambiente de comercialização, onde os expositores poderão colocar à venda os animais jovens das raças que participam do evento: Holandesa Preta e Branca, Holandesa Vermelha e Branca e Jersey. A ferramenta estará disponível tanto para os animais que participarão da pista de julgamento quanto os específicos para comércio. Além do aspecto visual e layout privilegiado, o Shopping contará com o apoio da venda virtual através do site da Embral Leilões Rurais. O sistema de vendas terá um novo formato, já adotado nas principais exposições mundiais, o de vendas através de lances em propostas no papel

Taffman-EX chega aos 35 anos com muita vitalidade

Alimento enriquecido de vitaminas e com apenas 40 calorias é o único do gênero no Brasil dirigido ao público masculino

O Taffman-EX, lançado pela Yakult em 1982, completa 35 anos como único produto do gênero no Brasil voltado ao público masculino. O alimento enriquecido com vitaminas foi desenvolvido para ajudar os adultos sadios a terem uma boa saúde física por meio da reposição dos nutrientes perdidos no dia a dia.

O Taffman-EX tem como principais ingredientes vitaminas A, C, E e do complexo B. O produto também contém mel de abelha, guaraná e extratos de ervas aromáticas, que conferem aroma e sabor característicos. Além de saudável, o produto ajuda a manter o peso, pois possui apenas 40 calorias por frasco de 110ml.

O Taffman-EX é apresentado em frascos de vidro âmbar, que confere proteção e estabilidade às vitaminas fotossensíveis. O produto deve ser guardado em local seco, fresco, arejado e ao abrigo de luz direta, o que garante validade de seis meses a partir da data de fabricação.

A palavra taffman deriva do inglês tough, que significa forte, robusto ou, na linguagem popular: duro na queda. “Embora a ideia tenha sido originada da matriz da Yakult, no Japão, a fórmula foi totalmente adequada aos padrões das necessidades nutricionais e ao paladar dos brasileiros. Aos 35 anos, podemos afirmar que o Taffman-EX é um sucesso consolidado no Brasil”, ressalta o vice-presidente da Yakult do Brasil, Atsushi Nemoto.

Composição: Vitamina A – Auxilia na visão e no funcionamento do sistema imune, além de crescimento dos ossos e regeneração da pele. O Taffman-EX oferece 50% da ingestão diária recomendada (IDR).

Vitamina B1 (Tiamina) – Auxilia no funcionamento normal do sistema nervoso. A carência geralmente acompanha a deficiência de todo o grupo de vitaminas do complexo B. O frasco de 110ml de Taffman-EX oferece 80% da ingestão diária recomendada (IDR).

Vitamina B2 (Riboflavina) — Tem papel importante em diversos processos metabólicos e está envolvida na transformação dos lipídios, proteínas e glicídios. O frasco de 110ml contém 80% da ingestão diária recomendada (IDR).

Vitamina B6 (Piridoxina, Piridoxamina, Piridoxal) — Contribui para a prevenção da anemia, pois auxilia na formação das células vermelhas do sangue e no funcionamento do sistema imune. No Taffman-EX encontra-se 80% da ingestão diária recomendada (IDR).

Vitamina B12 (Cianocobalamina) — Exerce várias funções importantes no organismo e contribui para a prevenção da anemia, pois auxilia na formação de células vermelhas do sangue e no funcionamento do sistema imune. Cada frasco de 110ml de Taffman-EX possui 80% da ingestão diária recomendada (IDR).

Vitamina C (Ácido Ascórbico) Excelente antioxidante, auxilia na absorção de ferro dos alimentos, na proteção dos danos causados pelos radicais livres e no funcionamento do sistema imune. O Taffman-EX possui 70% da ingestão diária recomendada (IDR).

Vitamina E — Nutriente essencial para os humanos, pois não é sintetizada pelo organismo, a vitamina E auxilia na proteção dos danos causados pelos radicais livres. O frasco de 110ml de Taffman-EX contém 70% da ingestão diária recomendada (IDR) de vitamina E.

Pantotenato de cálcio (Vitamina B5 + Cálcio) — Auxilia no metabolismo intermediário de carboidratos, gorduras e proteínas, e apresenta papel importante na regulação dos processos de suprimento de energia. O Taffman-EX oferece 80% da ingestão diária recomendada (IDR).

Nicotinamida (Niacina, Niacinamida, ácido nicotínico) — Exerce importantes funções na regulação do metabolismo dos glicídios, proteínas e ácidos graxos. O Taffman-EX contém 70% da ingestão diária recomendada (IDR).

Guaraná e Ervas aromáticas – O Taffman-EX também possui na composição extrato de ervas aromáticas contendo guaraná e algumas especiarias, para conferir a característica marcante no sabor do produto.

Yakult — A Yakult completa 82 anos em 2017. Desde o início de suas atividades, em 1935, quando o médico Minoru Shirota criou o leite fermentado com Lactobacillus casei Shirota, a empresa sempre teve grande preocupação em desenvolver alimentos que pudessem beneficiar a saúde das pessoas. Por isso, mantém o Instituto Central Yakult, em Kunitachi, Tóquio, no Japão, que realiza inúmeros estudos relacionados ao intestino humano. A Yakult está presente em 37 países e regiões, além do Japão (incluindo escritórios de representação), e possui 35 mil comerciantes autônomas no Japão (conhecidas como Yakult Ladies) e 45 mil em 12 outros países. No mundo, mais de 37 milhões de pessoas consomem Leite Fermentado Yakult com Lactobacillus casei Shirota diariamente. A fábrica brasileira, localizada em Lorena, produz média de 2 milhões de frascos de Leite Fermentado Yakult com Lactobacillus casei Shirota por dia e é uma das mais modernas da companhia no mundo| www.yakult.com.br.

Orgânicos: mercado com credibilidade e responsabilidade

como a nossa atuação no setor, seja como produtor, processador, educador ou consumidor, pode mudar e exercitar mais a ética na sua essência?

Por Ming Liu *

Brasil tem cerca de 600 feiras de produtos orgânicos, onde consumidor pode encontrar e conversar com os produtores dos alimentos.

Atravessamos um momento não muito favorável ao que podemos dizer sobre credibilidade e ética em nosso dia a dia.  A questão da ética, em nosso caso, envolve o mercado como um todo e não apenas de uma parte da cadeia produtiva.  Ela é mais do que simplesmente um dever legal, mas uma característica natural do segmento, na sua essência e nos seus fundamentos. Todos têm seu papel independentemente de sermos o servidor ou o servido.

Ouvimos, diariamente, as empresas com áreas de Compliance, Responsabilidade Social, governos com suas áreas de auditoria, procuradoria, ouvidoria e, mesmo assim, a credibilidade não parece ser o que esperaríamos. Pessoas, empresas e governos de países passam por esta avaliação.

Há algumas semanas, sentimos na pele (bem próximos a nós) sobre a atuação de fiscais do Ministério da Agricultura no processo de aprovação e liberação de frigoríficos.  Este incidente abala não somente quem compra, seja ele do exterior ou no mercado doméstico, mas a todos nós, consumidores e que no final pagamos pelo serviço.

Não cabe a este espaço falar sobre ética e responsabilidade, pois traria um Leandro Karnal ou Mario Sergio Cortela, entre dezenas de outros historiadores e filósofos frequentes nas mídias, para a discussão dos fundamentos. Cabe sim fazer a provocação e alertar: como a nossa atuação no setor, seja como produtor, processador, educador ou consumidor, pode mudar e exercitar mais a ética na sua essência?

Até 2011, ano em que houve o processo da regulamentação da Lei 10.831, o mercado do setor de orgânicos vivia muito desta credibilidade. Podemos destacar como exemplo, principalmente, as empresas com produtos processados ou com embalagem, que utilizavam a credibilidade do mercado com selos de certificadoras privadas, selos de sustentabilidade voluntários e de atestados internacionais para demonstrar sua ética e credibilidade.  Selos como do USDA ou da Comunidade Europeia ou até de uma certificadora eram comuns nos rótulos, até que, em 2011 veio a obrigatoriedade da utilização do selo SISORG de Produto Orgânico, que poucos ainda conhecem ou a identificam.  
Preocupante, porém, é que apenas 8% dos consumidores informaram terem utilizado o selo SISORG como referência para a compra do produto."

Já se foi o tempo em que podíamos confiar apenas na palavra, mas ainda vivemos em parte esta cultura: é só ir a uma das mais de 600 feiras orgânicas espalhadas no país, e observamos que esse processo ainda existe, pois quando o consumidor inicia a conversa com o produtor, passa a conhecê-lo pelo nome, alguns se encontram semanalmente, outros se tornam amigos, perguntam: qual é a boa da semana, produtos específicos da época ou item que por algum motivo tenha uma quebra na semana e não tenha sido colhido, enfim, são os momentos que o consumidor tem para ainda buscar um pouco de civilidade e acreditar no próximo, sem a necessidade de alguém para garantir que todos estão “em conformidade” ou “em aderência” aos propósitos de cada um.

Trazemos este assunto para demonstrar os resultados da primeira pesquisa nacional de consumidor que o Conselho Brasileiro da Produção Orgânica e Sustentável (ORGANIS) realizou, no período de março a abril, apontando que a grande maioria dos consumidores acaba sabendo que o produto é orgânico na loja ou no local de compra. Desse total, cerca de 30% dos consumidores percebem o produto como orgânico pela orientação ou informação obtida por um atendente no ponto de venda e quase 40% percebem o produto como orgânico através da rotulagem ou embalagem do produto. Preocupante, porém, é que apenas 8% dos consumidores informaram terem utilizado o selo SISORG como referência para a compra do produto.
o boca a boca ainda é muito importante na formação do conceito para o consumidor"

AutorEste fato nos traz a conclusão de que o boca a boca ainda é muito importante na formação do conceito para o consumidor, fortalecendo também a impressão de que uma boa embalagem e a informação de mídia moldam as impressões dos consumidores, seguidas de experiências vividas.  O reconhecimento do selo SISORG é maior na região Sul, onde 14% dos consumidores apontaram sua importância no processo de compra.

Quando perguntados sobre o reconhecimento ou lembrança de ver o selo na embalagem após a compra, este número foi um pouco maior: 45% lembram ter visto o selo, porém 55% não indicaram ter visto. O resultado mostrou que na região sul a percepção do selo é maior com cerca de 60% dos consumidores, sendo que no Nordeste foi registrado o menor índice, pouco mais de 17% afirmaram o reconhecimento.

O Decreto Lei 10.831 institui a obrigatoriedade do uso do selo SISORG em todas as embalagens, e na pesquisa foi apontado que em média 80% dos consumidores sabiam que a aplicação do selo na embalagem era obrigatória e 71% dos que compraram o produto utilizaram o selo como um dos atributos para sua decisão de compra.  

Estes dados apontam como devemos seguir com a ação de esclarecimento, educação e orientação junto ao mercado para que possamos continuar a construir e manter a credibilidade do segmento.
Certificações

Cabe lembrar de que o Selo SISORG tem a aplicação em três casos distintos de conformidade e que todos os consumidores devem conhecer.  Todos os produtores e produtos certificados por auditoria, através de certificadoras privadas homologadas pelo Ministério da Agricultura, têm a obrigatoriedade de utilizar o selo SISORG com a denominação “por auditoria” ao lado do logo do selo.  A grande maioria dos produtos in natura e industrializados (e que podem ser exportados) utiliza deste sistema de conformidade por auditoria para a certificação.  
o Brasil tem se destacado neste sistema de certificação, que promove a inclusão social de pequenos e agricultores familiares na cadeia"

AutorA segunda forma de certificação se dá pelos organismos participativos (SPG – Sistemas Participativos de Garantia), ou seja, grupo de produtores devidamente registrados e fiscalizados pelo MAPA, se organizam e se auto certificam entre os seus produtores, e neste caso o selo SISORG aparece com a denominação “por sistema participativo”.   Produtos de associação de produtores e cooperativas são os que mais encontramos neste tipo de Certificação.  Cabe ressaltar que o Brasil tem se destacado neste sistema de certificação, que promove a inclusão social de pequenos e agricultores familiares na cadeia, sendo referência para implantação deste modelo em outros países.

O terceiro caso e onde o selo de conformidade não aparece de forma direta são os OCS – Organismos de Controle Social.  Esta modalidade envolve o registro direto dos pequenos produtores junto ao Ministério da Agricultura, representados pelos milhares de produtores presentes nas feirinhas com venda direta ao consumidor.

Nas feiras orgânicas, onde se vendem a granel e muitas vezes não há embalagem ou rótulo individual, não há a obrigatoriedade da aplicação do selo no produto, porém todos os produtores têm que apresentar seu registro e licença do MAPA, como produtor orgânico, em local visível ou caso seja solicitado pelo consumidor.

Claro que em um modelo ideal, poderíamos viver sem ter selos, carimbos e atestados de conformidade, para checar em cada momento, e nos basearíamos nos relacionamentos pessoais e diretos e que cada vez são mais raros e difíceis, mas essa volta aos princípios ainda é possível e existe. Por isso, convido para que visitem uma das mais 600 feiras orgânicas espalhadas pelo país e vivenciem esta oportunidade.

Cooxupé dobra produção em planta industrial de café torrado e passa a produzir mais de mil toneladas por mês

Com a ampliação dos turnos, a planta passou a contar com 151 colaboradores diretos, ante os 108 do início

Por: Cenário MT

Publicado em 14/08/2017 às 16:05h.

São mais de mil toneladas de produção mensal. Em apenas dois anos, a Torrefação Cooxupé – inaugurada em nova planta industrial em julho de 2015 – dobrou a produção e chegou a sua capacidade total de 1 milhão de quilos por mês em três turnos de trabalho. A indústria funciona no Complexo Japy, localizado em Guaxupé, sul de Minas Gerais, onde fica a sede da cooperativa que hoje conta com 13,5 mil cooperados.

Este crescimento, na contramão do ritmo mais lento da economia nacional, é fruto do constante investimento da Cooxupé em buscar alternativas para os produtores de café associados. “Apesar das nossas atividades terem foco maior em exportação do café verde, a nossa participação no mercado interno, de café torrado e moído, tem apresentado bons resultados, justificados pela nossa capacidade total de produção ser atingida em apenas dois anos depois de operarmos na nova planta industrial. A Torrefação é também uma outra alternativa de mercado para nossos cooperados que têm o seu café consumido aqui no Brasil, na opção torrado e moído”, afirma o presidente da Cooxupé, Carlos Paulino. A fábrica conta com mais de 3.100 m² dedicados somente à área de produção.

Alta em empregos e qualidade
Com a ampliação dos turnos, a planta passou a contar com 151 colaboradores diretos, ante os 108 do início. Positivos para o mercado, os resultados na nova planta também mostram a qualidade na produção. Segundo Mário Panhotta da Silva, gerente de Divisão Comercial da Cooxupé, os investimentos realizados na Torrefação, asseguram a qualidade final dos produtos, atrelados ao trabalho dos mais de 100 colaboradores envolvidos nos processos produtivos da indústria que utilizam as boas práticas de fabricação. “Levamos ao consumidor um café de excelente qualidade, através de um processo produtivo de última geração que prevê a segurança alimentar. Temos regras e práticas que garantem a produção de alimentos de forma adequada e segura”, declara.

Mercado
A linha de café produzida pela cooperativa -incluindo as marcas Evolutto, Prima Qualità e Terrazza- está presente nos mercados da Grande São Paulo e interior do estado nas regiões do Vale do Rio Pardo, Ribeirão Preto, Franca, São José do Rio Preto, Araraquara e Limeira. Presença também no Rio de Janeiro e Região dos Lagos; Sul de Minas Gerais; Belo Horizonte, Juiz de Fora e algumas cidades do Sul do País.

Segurança
A Torrefação Cooxupé está implantando também o APPCC – Análise de Perigo e Pontos Críticos de Controle (ou HACCP – sigla em inglês). Um sistema de controle que aborda a segurança do alimento por meio da análise e controle dos riscos físicos, químicos e biológicos, desde a produção da matéria-prima, suprimento e manuseio até a fabricação, distribuição e consumo do produto acabado. Com este sistema, a Torrefação dá o primeiro passo para a implantação da certificação da ISO 22.000 de Segurança Alimentar e da FSSC 22.000.

Pirulito Chupa Chups ganha versão em refrigerante

Lançamento na Coreia do Sul acontece em parceria com a rede 7-Eleven
Por Guilherme Dearo
14 ago 2017, 13h51

São Paulo – Na infância você já deve ter amado um pirulito Chupa Chups.

Pois agora os fãs da Coreia do Sul poderão curtir o doce de uma forma bem inusitada.

Por lá, a marca espanhola lançou, em parceria com a rede 7-Eleven, a versão refrigerante dos pirulitos.

Os refrigerantes vêm nos sabores “Morango e Creme”, “Laranja” e “Uva”.

Ainda não há previsão de venda em outros países.

Ações da Danone sobem após reportagem especular sobre oferta de aquisição

PARIS, – As ações do grupo francês de alimentos Danone subiram nesta segunda-feira depois de o jornal New York Post ter revelado, no fim de semana, que a Danone poderia ser alvo de aquisição.

As ações da Danone subiam cerca de 2,3 por cento às 11h20 (no horário de Brasília), colocando-a entre os melhores no índice STOXX Europe 600 Alimentos e bebidas que subia 0,9 por cento.

O New York Post citou uma fonte do mercado de ações, que teria dito que "alguém vai comprar a Danone", acrescentando que "a Danone pode ser comprada pela Kraft ou a Coca-Cola e o governo francês permitirá".

Uma porta-voz da Danone, maior fabricante de iogurte do mundo, cujas marcas incluem Actimel e Activia, disse que a empresa não comentaria a reportagem.

A gestora de fundos da Roche Brune Asset Management Meriem Mokdad disse que, embora a Kraft a e Coca-Cola sejam capazes de abordar a Danone, permanece cautelosa sobre o relatório.

"Estas duas empresas têm meios para lançar uma oferta pela Danone, mas em todo o caso nós permaneceremos cautelosos sobre este rumor e esperaremos para ver se surgem mais detalhes ou desdobramentos", disse Mokdad, cuja empresa possui ações da Danone.

(Por Sudip Kar-Gupta; reportagem adicional por Matthieu Protard

Reuters

Saco de batatas atinge menor preço em 5 anos no Sul de Minas, diz Ceasa

Segundo levantamento, saco de 50 kg que era vendido por aproximadamente R$ 90 custa cerca de R$ 30 atualmente.

Por Jornal da EPTV 2ª Edição, Pouso Alegre, MG

14/08/2017 19h36

O preço da batata despencou no Sul de Minas. Segundo um levantamento feito pela Central de Abastecimento de Minas Gerais (Ceasa), o saco de 50 kg que era vendido por aproximadamente R$ 90 hoje sai por R$ 30 em média. O valor é o menor em 5 anos, segundo a central.

Em uma rede de supermercados de Pouso Alegre, por exemplo, o preço da batata tem se mantido baixo há um bom tempo. O quilo da batata extra sai a RS 0,99. Já a bolinha bolinha está sendo vendida por R$ 0,49 o quilo.

“Por sermos atacarejo, às vezes reúne um grupo de pessoas, família e aproveitam e levam um saco fechado e dividem depois”, diz o gerente Sérgio Almeida.

Segundo produtores do município, essa queda vem desde o mês de novembro de 2016. De acordo com o gerente da Ceasa de Pouso Alegre, um dos motivos é o tamanho da área plantada na região.

“Aumentou a demanda, o preço vai lá embaixo. Aumento a oferta de produto, o preço tende a cair. Se juntando à crise, faz muito tempo que a gente não via um preço tão baixo da batata na central”, explica Henrique Aparecido de Oliveira Joia.

“É mais gente querendo vender a batata do que procurando para comprar. É muita oferta e pouca procura”, diz o comerciante José Cândido Filho.

Um problema para quem apostou na produção. Os primos Édson da Silva Teixeira e Carlos Alberto do Couto têm parceria no cultivo e na comercialização das batatas, mas dizem que esse ano tem sido difícil.

“Vamos ver se a gente aguenta até o fim do ano, passar esse momento, essa crise mais forte. Porque ganhar dinheiro, ninguém vai ganhar”, afirma Teixeira.

Por isso, se o mercado não reagir, eles acreditam que no ano que vem terão que reduzir a produção.

“Planejo reduzir mais da metade do meu plantio. E, como se diz, esperar para ver como que vai reagir, as coisas”, completa Couto.

Técnica inédita da UPF testa novos emulsificantes naturais

Descoberta já teve a patente registrada e pode auxiliar uma empresa local no desenvolvimento de novos produtos

Comer bem é um desafio na atualidade. Por conta da correria do dia a dia, do aumento das demandas de trabalho e da falta de tempo, as pessoas buscam cada vez mais uma alimentação completa: saudável, nutritiva e funcional. Pensando nisso, as empresas e as indústrias alimentícias estão desenvolvendo produtos que vão ao encontro dessa procura. Nesse processo, alguns desafios são superados por meio da ciência. E foi exatamente isso que aconteceu com a empresa Pazze Alimentos e duas alunas do curso de Engenharia de Alimentos da Universidade de Passo Fundo. Com um problema em mãos, elas encontraram uma nova técnica para a produção de um creme vegetal. A inovação já teve sua patente registrada junto ao Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI).

A ideia surgiu a partir de um problema enfrentado pela empresa Pazze Alimentos. Fundada em 2002, a empresa trabalha com uma linha de óleos vegetais prensados a frio e cereais Integrais. O desafio era conseguir homogeneizar o óleo extraído com as nozes, cereais e grãos para obter um creme vegetal e natural, com uso de emulsificantes naturais. Foi nesse momento que entraram em ação as então acadêmicas Luana Garbin Cardoso e Janine Fernanda Ceolan, hoje egressas do curso de Engenharia de Alimentos da UPF, que, naquele momento, eram alunas da disciplina de Projeto de Conclusão de Curso, orientadas pela professora Dra. Luciane Maria Colla. Hoje, Luana continua suas atividades como pesquisadora, agora, fazendo seu mestrado em Ciência e Tecnologia de Alimentos (PPGCTA).

De acordo com Luana, o primeiro contato foi feito com a engenheira de alimentos formada na UPF Joice Barea Mello, que prestava assessoria para a empresa. Como a extração dos óleos é feita por prensagem a frio, a fim de manter as características antioxidantes, após o processo, restam as farinhas das matérias-primas como amendoim, castanha do Brasil, gergelim, linhaça, macadâmia, banana verdade, quinoa, coco e noz pecan com um residual de óleo. O objetivo era desenvolver um creme a partir desses materiais, mas o desafio era misturar os ingredientes.

Inovação

A novidade na técnica desenvolvida é que os emulsificantes usados são naturais e não sintetizados a partir de derivados de ácidos graxos ou álcoois. Conforme as pesquisadoras, grande parte dos emulsificantes (que auxiliam na absorção) disponíveis comercialmente é sintetizada quimicamente, podendo apresentar toxidade dependendo da concentração de uso. Por conta disso, elas explicam que as novas tendências de desenvolvimento de produtos alimentícios têm levado à procura de aditivos naturais como alternativa aos existentes.

Aproveitando alguns estudos já desenvolvidos com o uso da *Spirulina platensis*, o grupo viu uma possibilidade de ampliar os testes. “Vimos a oportunidade de alinhar uma necessidade da empresa com a ciência desenvolvida aqui no laboratório. Como já estávamos trabalhando com a microalga *Spirulina* e com outros microrganismos (levedura de fermento de pão), testamos quatro possibilidades, com os materiais puros e com os emulsificantes extraídos deles e todos deram resultado positivo”, frisa Luana.

Segundo a professora Luciane Colla, o emulsificante normalmente utilizado na indústria de alimentos é a lecitina de soja, mas ela é quem domina o mercado e, por isso, não existem muitas opções. “Existem opções sintéticas, mas criamos novas opções de emulsificantes naturais, oferecendo, juntamente com isso, um elemento com proteínas e antioxidantes. A descoberta abre caminho para que, no futuro, exista a possibilidade de utilizar a *Spirulina* de forma comercial, podendo entrar no mercado como emulsificante natural, além das demais propriedades benéficas que possui”, ressalta.