Mau acondicionamento leva à perda de muita comida no Brasil

Agência Brasil
13.08.17 – 14h46

Em Palmas, capital do Tocantins, uma escola criou um projeto para diminuir o desperdício de comida nas refeições. Antes, as crianças jogavam em média 14 quilos de comida no lixo todos os dias.  Atualmente, a comida descartada está em torno de 1,5 por dia. É o projeto Desperdício Zero

Enquanto não é aprovada uma política nacional de combate ao desperdício de alimentos e de aproveitamento das sobras do processo de produção, alguns estados buscam regulamentar a questão. No Distrito Federal, por exemplo, foi sancionada no ano passado lei distrital que obriga os supermercados de Brasília a doar alimentos que estejam prestes a perder a validade. O descumprimento da medida pode resultar em multa de R$ 10 mil ao estabelecimento.

Alguns projetos do Congresso Nacional também previam a possibilidade de punição para o produtor ou distribuidor de alimentos que não adotasse medidas de combate ao desperdício. Tais propostas, no entanto, não avançaram ou foram modificadas sob pressão de parlamentares representantes do setor produtivo e agrícola.

Para os especialistas, o problema do desperdício não será resolvido com aumento da produção de alimentos, nem com políticas punitivas. Eles defendem mais campanhas educativas e debate sobre mudanças culturais e de comportamento.

“Hoje, o desafio maior do que aumentar produção de alimentos é criar mecanismos para evitar o desperdício, que é muito genérico, tem várias faces. Tem, por exemplo, comida em excesso. Outro ponto, muito comum no Brasil, é o desperdício de alimentos que estragam por estar mal-acondicionados, ou mal-armazenados, ou por se perder no transporte, ou na hora de serem processados. É o que eu chamo de cultura do desperdício, é um conjunto de situações em que se exigiriam até mudanças de hábitos alimentares”, afirma o professor Sérgio Sauer, da Universidade de Brasília (UnB).

Para o pesquisador da Embrapa Alimentos Murillo Freire, a punição não é a melhor forma de combater o problema. Freire diz também que as propostas em tramitação no Congresso precisam ser revistas em alguns pontos técnicos, como as que não inlcuem critérios para garantir a segurança química e biológica do produto doado. Ele questiona ainda as iniciativas que pretendem garantir benefícios fiscais para empresas que possam criar máquinas processadoras de alimentos, ou propostas que tratam da isenção de até 5% parte da alíquota do Imposto de Renda sobre o lucro das empresas como uma forma de incentivo à doação.

“Algumas empresas e supermercados posicionaram-se dizendo que isso não resolve. Se o supermercado doar o alimento, está tendo prejuízo, porque aquilo não entra no lucro líquido, não é descontado no imposto. Existem detalhes que os deputados não estão vendo. Os projetos de lei ainda são falhos e não abordam aspectos importantes. Com isso, a coisa não anda, vai e volta. Continuamos jogando comida fora. Hoje em dia já tem doação de alimentos e não tem lei, é tudo à margem da lei”, critica Freire.

De acordo com os pesquisadores, também faltam sugestões mais concretas para reaproveitamento de alimentos que não são comercializados por estarem fora dos padrões estéticos, como vegetais defeituosos, mas que ainda têm condições nutricionais seguras para consumo. A consultoria legislativa do Senado já elabora uma proposta específica para este ponto a pedido de um senador.

Todo esse conjunto de projetos legislativos está sendo analisado pela Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan), composta por representantes do governo federal e do Congresso e por especialistas da área de produção de alimentos. São atribuições da Caisan elaborar e indicar diretrizes para executar a Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, que tem como uma de suas metas “estabelecer marco legal para a redução das perdas e desperdício de alimentos abrangendo os bancos de alimentos”.

Na próxima reunião da Caisan, marcada para o dia 24 deste mês, o levantamento das propostas legislativas deve ser consolidado em um relatório que apontará o papel de cada ator na construção da política nacional de combate ao desperdício.

“É um processo que tem de ser constante de educação, capacitação, conscientização das pessoas a respeito da importância do combate ao desperdício. Ainda assim, para evitar o desperdício em algumas situações, é preciso acionar os últimos elos do processo, que são aqueles que levam a doação de alimentos para populações mais carentes. Então, é um grande gargalo jurídico esse da doação de alimentos”, diz consultor legislativo do Senado Marcus Peixoto.

Bancos de Alimentos

Uma das principais estratégias é o fortalecimento da atuação dos bancos de alimentos como intermediadores entre os doadores e receptores dos produtos que sobram. Levantamento da Rede Brasileira de Bancos de Alimentos mostra que o país tinha 218 bancos de alimentos em funcionamento até o ano passado. As unidades arrecadaram no último ano quase 60 mil toneladas de alimentos, das quais 59.610 foram distribuídas para mais de 17 mil entidades sociais. O processo beneficiou em torno de 6 milhões pessoas em situação de insegurança alimentar.

Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social, o governo disponibilizou R$ 5 milhões para apoiar os municípios que pretendem modernizar seus bancos de alimentos. A seleção das cidades aptas está sendo feita por edital público, do qual estão participando bancos em funcionamento há mais de dois anos, em municípios com mais de 150 mil habitantes.

Os recursos poderão ser usados para ampliação das unidades, compra de veículos de transporte dos alimentos, aquisição de geladeiras, computadores e material de escritório. O dinheiro, no entanto, não poderá ser destinado ao pagamento de funcionários e de contas de luz e aluguel.

A meta da rede é contar com a adesão dos 218 bancos em funcionamento para promover a qualificação da gestão dessas unidades. O Ministério do Desenvolvimento Social também deve começar ainda neste semestre a desenvolver manuais educativos para orientar as equipes técnicas.

Murillo Freire alerta, no entanto, que o incentivo ao aperfeiçoamento dos bancos de alimentos não deve ofuscar iniciativas que combatam o desperdício desde o início do processo. “Quando se fomenta banco de alimentos, que vive de doação, é porque a cadeia produtiva atrás não está bem. Algum problema tem. Então, não é também uma saída ficar incentivando o banco de alimentos. É melhor construir toda a infraestrutura da cadeia desde a época do plantio, conscientizar o consumidor na sua casa a planejar a compra para não jogar fora, arrumar a geladeira, além de campanhas de comunicação. É consertar a causa, e não a consequência, pondera Freire.

Direito à alimentação

Os especialistas ressaltam que o último marco na política de segurança alimentar foi a promulgação pelo Congresso Nacional da emenda à Constituição que introduziu a alimentação entre os direitos fundamentais, em 2010. O marco anterior, de 2006, foi a criação do Sistema Integrado de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan), que envolve ministérios da área social e programas do governo.

“Do ponto de vista formal, institucional, [a PEC e o Sisan] foram avanços importantes, pelo menos no sentido de reconhecer que, no Brasil, o direito à alimentação é um direito humano, antes não tinha nem isso”, destaca o professor Sauer, que foi relator do direito humano à terra e alimentação da DhESCA Brasil – Plataforma Brasileira de Direitos Humanos Econômicos, Sociais, Culturais e Ambientais.

Depois da promulgação, o Brasil intensificou as políticas de combate à pobreza, o que resultou na saída do país do Mapa da Fome, em 2014. Ainda em 2002, o Brasil já tinha atingido a meta de reduzir a fome, conforme os Objetivos do Milênio, estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2000. Para o país, o desafio agora é erradicar a fome até 2030, uma das metas dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, também estabelecidos pela ONU.

No entanto, o direito à alimentação previsto na Constituição é mais amplo do que simplesmente comer. O direito só é efetivo se a pessoa estiver livre da fome e da desnutrição e tiver acesso a uma alimentação adequada e saudável. No Brasil, cerca de 8 milhões de pessoas ainda passam fome, diz a ONU. E, com a crise econômica atual, os especialistas temem que o problema se agrave e possa levar o país de volta ao Mapa da Fome.

“É importante aquele mapa, mas o fato de o Brasil ter saído dele significa que não temos mais problemas? Não, nós saímos do Mapa da Fome mas ainda tinha muito a ser feito. Por exemplo, o auxílio do Bolsa Família deu um alento, mas não solucionou o problema. Agora, com o limite para os gastos públicos e essa combinação entre recessão e desemprego, que gera pobreza e gera fome, infelizmente, há um risco bastante real de o Brasil, se não voltar para o Mapa da Fome, ter uma quantidade maior de famílias em vulnerabilidade social e alimentar”, afirma Sauer.

A redução pela metade do índice de desperdício de alimentos per capita mundial e as perdas ao longo do processo produtivo até a chegada do alimento ao consumidor também está entre as metas da ONU para 2030. Segundo a FAO, órgão das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, o mundo perde ou desperdiça entre um quarto e um terço dos alimentos produzidos anualmente. O volume equivale a cerca de 1,3 bilhões toneladas de alimentos, o que inclui 30% dos cereais, entre 40% e 50% das raízes, frutas, hortaliças e sementes oleaginosas, 20% da carne e produtos lácteos e 35% dos peixes.

A FAO estima que o total desperdiçado seria suficiente para alimentar 2 milhões de pessoas.

O Brasil não tem estimativa real sobre desperdício de alimentos, o que pode dificultar ainda o cumprimento da meta da ONU de redução das perdas ao longo do processo produtivo. Murillo Freire lembra que é preciso conhecer os  números de hoje para reduzir metade daqui a 10, 20 anos.

“Não existe uma meta quando não se tem os dados iniciais. Ainda não temos uma metodologia padrão para avaliar perdas e desperdícios. Qualquer perda e desperdício que se tenha, deve-se considerar várias coisas para incluir nesse resultado. Em que ano se fez essa pesquisa de produção? Que produto foi? É cultivado, melhorado? É resistência à praga e doença? Em qual ano se plantou? Foi na chuva ou na seca, no verão ou no inverno? Qual o nível tecnológico usado, adubação, fertilização? Tem treinamento de mão de obra? Não tem? Tudo isso ocasiona perdas adiante ou produto de má qualidade”, questiona o pesquisador.

Amazon mira nova tecnologia alimentar para entregas em domicílio

Companhia busca novas alternativas para penetrar no mercado de supermercados nos EUA, avaliado em 700 bilhões de dólares
Por Jeffrey Dastin, da Reuters
11 ago 2017, 12h20

São Francisco – A Amazon.com está explorando uma tecnologia desenvolvida pela primeira vez para o Exército dos Estados Unidos para produzir refeições prontas que não precisam de refrigeração, em busca de novas alternativas para penetrar no mercado de supermercados nos EUA, avaliado em 700 bilhões de dólares.

A maior varejista online do mundo discutiu a venda de pratos prontos para comer, como o cozido de carne bovina e uma frittata de vegetais, já no próximo ano, disseram à Reuters funcionários da empresa que está vendendo a tecnologia.

Os pratos seriam fáceis de armazenar e enviar porque não requerem refrigeração e podem ser oferecidos de forma bastante barata em comparação com os pratos prontos para a viagem de um restaurante.

A técnica pioneira de preparação de alimentos, conhecida como esterilização térmica assistida por micro-ondas, ou Mats, na sigla em inglês, foi desenvolvida por pesquisadores da Universidade do Estado de Washington e está sendo trazida ao mercado por uma startup chamada 915 Labs, sediada em Denver.

O método envolve colocar pacotes selados de alimentos em água pressurizada e aquecê-los com micro-ondas por vários minutos, de acordo com 915 Labs.

Ao contrário dos métodos de processamento tradicionais, em que os pacotes ficam em panelas de pressão por até uma hora até que as bactérias e os nutrientes desapareçam, os pratos mantêm seu sabor e textura naturais, disse a empresa. Também podem ficar em uma prateleira por um ano, o que os tornará adequados ao modelo de negócios de armazenamento e entrega da Amazon.

Se a tecnologia alimentar de ponta se concretizar, e a Amazon a implementá-la em larga escala, seria um grande passo em frente para a empresa, que procura aproveitar mais clientes de supermercados que optam por opções de refeições rápidas e fáceis em casa.

A entrega de refeições baseia-se no serviço AmazonFresh da empresa, que vem entregando mantimentos nas casas dos clientes por uma década.

Também poderia complementar a planejada comprada Whole Foods Market por 13,7 bilhões de dólares e a loja de conveniência sem parada para pagamento da Amazon, que está na fase de teste.

A Amazon não quis comentar.

Uberlândia Refrescos conclui 1ª fase de projeto

Serão entregues um centro de distribuição de 28 mil metros quadrados, prédio social e portaria

Thaíne Belissa

A primeira etapa das obras da nova fábrica da Uberlândia Refrescos, no Triângulo Mineiro, está prestes a ser entregue. De acordo com o superintendente da empresa, Sérgio Gallo, estão sendo finalizados nessa primeira fase a construção de um centro de distribuição (CD) de 28 mil metros quadrados com galpão de armazenamento, prédio social e portaria. A expectativa é de que a fábrica seja transferida para o local no início do ano que vem. O CD é apenas a primeira fase de um projeto que já vem sendo planejado há, pelo menos, dois anos, e que dará lugar à nova planta industrial da Uberlândia Refrescos. Em 2015, o projeto da fábrica tinha previsão de investimento de R$ 130 milhões mas, de lá para cá, esse orçamento mudou, e o novo aporte não foi revelado.

Com 41 anos de operação em Uberlândia, a fábrica de bebidas é franqueada da Coca-Cola. Ela produz e distribui refrigerantes da marca norte-americana, além da Heineken, contendo, ao todo, 250 itens em seu mix. A empresa atende 24 mil clientes no Triângulo Mineiro, no Alto Paranaíba e na região Noroeste de Minas Gerais.

O superintendente explica que a construção da nova fábrica é uma ação estratégica para garantir o crescimento do negócio, tendo em vista que a planta, hoje, opera no limite de sua capacidade de armazenamento. Atualmente, a unidade produz 35 milhões de caixas com 24 garrafas de 237 ml de Coca-Cola por ano.

“Com a crise econômica houve uma retração no consumo e o resultado da fábrica também recuou – sem revelar o montante. Mesmo assim, estamos mantendo o planejamento estratégico e investindo na expansão da fábrica a fim de continuar crescendo. Hoje, estamos com a capacidade de armazenagem esgotada, então temos que investir, senão quando houver uma retomada no crescimento, como vamos expandir?”, afirma.

Gallo explica que o projeto prevê a construção de uma fábrica completa na mesma cidade, a 9 Km da atual planta. Em 2015, o superintendente chegou a afirmar que o investimento seria de R$ 130 milhões e que a nova fábrica geraria 500 empregos. Mas, ele explica que o projeto foi todo revisto e ainda não é possível dizer o novo aporte e nem a estimativa de geração de empregos.

O superintendente explica que a primeira fase da construção inclui um CD de 28 mil metros quadrados, com galpão de armazenamento, prédio social e portaria. De acordo com ele, o CD tem capacidade para atender a demanda da Uberlândia Refrescos até 2030. Segundo o executivo, o espaço foi todo projetado para atender à certificação Leadership in Energy and Environmental Design (Leed), que é entregue a construções sustentáveis e que cumprem critérios de racionalização de recursos.

“Só para se ter ideia, o CD terá dois tanques de 200 mil litros para reaproveitamento da água da chuva. Além disso, teremos uma usina de energia fotovoltaica com a instalação de 840 placas no teto do galpão”, afirma. De acordo com Gallo, a obra está em execução desde o ano passado e a expectativa é que ela seja entregue em dezembro deste ano. A mudança do armazenamento da fábrica para o novo espaço acontecerá até o início do ano que vem.

Reconhecimento – Além de comemorar o início de sua expansão física, a Uberlândia Refrescos também está celebrando uma recente conquista: o Prêmio Mineiro de Qualidade (PMQ), na categoria Rumo à Excelência, concedido pelo Instituto Qualidade Produtividade Minas (IQOM). O prêmio, entregue à empresa no início deste mês, avalia empresas que estão em busca de excelência em sua gestão e é concedido mediante uma análise baseada em um Modelo de Excelência de Gestão (MEG). “Receber esse prêmio foi muito gratificante porque comprova a maturidade da nossa gestão”, destaca Gallo.

Ambev cria cesta para transporte de cascos seguindo aumento de embalagens retornáveis

Jornal do Brasil

Mais da metade dos consumidores já conhecem as garrafas de vidro retornáveis e veem nessa opção o melhor custo benefício, por serem até 30% mais baratas. É o que mostra uma pesquisa exclusiva encomendada pela Ambev para entender a percepção em relação às embalagens retornáveis.

Além da economia, essas embalagens têm um ciclo de vida maior e são mais sustentáveis. E para 21% dos entrevistados essa pegada mais verde das garrafas também é decisiva na hora da compra. Por outro lado, 35% apontam o transporte das garrafas como problema para a compra.

Só em 2016, a cervejaria conseguiu aumentar em 64% o volume de vendas de retornáveis em supermercados. A Ambev desenvolveu uma cesta que ajuda o consumidor a reunir os seus cascos, trocar na máquina e levar novas cervejas para casa de um jeito ainda mais fácil. Os consumidores poderão adquirir suas cestinhas em grandes redes varejistas.

“Os resultados nos mostram que a ampliação da oferta de garrafas de vidro retornáveis é uma estratégia que tem dado certo. Por isso, vamos continuar investindo em soluções que facilitem a troca e engajem ainda mais os consumidores a optarem pelo retornável”, afirma Oscar Sala, diretor de trade marketing da Ambev.

Cervejeiros se reúnem na Ampe Tubarão para debater estratégias do setor

By Diagramação – Notisul on 12 de Agost de 2017

Publicado em 12 de Agost de 2017 às 7:38

O objetivo é desenvolver o segmento e construir uma rota turística cervejeira da região.

TUBARÃO

Em meio à crise econômica que prejudica o desenvolvimento do país, há um setor que não apenas está comemorando bons números como também projeta crescimento para os próximos anos. Perspectivas mais otimistas apontam que até 2025 o segmento das cervejas artesanais deva passar do atual 1% do mercado nacional e conquistar uma fatia de 5%. O Brasil é um dos maiores consumidores de cerveja do mundo e o terceiro maior produtor, atrás de Estados Unidos e China, e supera a Rússia e a Alemanha.

Na região, as marcas de cervejas artesanais têm se consolidado e na busca do desenvolvimento do segmento, foi criado em Tubarão, nesta quinta-feira, o Núcleo Cervejeiro. O evento de lançamento ocorreu na Associação dos Micro e Pequenos Empresários (Ampe) Tubarão e contou com a presença de empresários da Cidade Azul, Laguna, São Martinho, Braço do Norte, Imbituba, Garopaba e São Bonifácio.

A ideia, conforme o secretário de Desenvolvimento Econômico, Alexandre Moraes, é desenvolver o segmento e construir uma rota turística cervejeira da região. “Fortalecer o associativismo é uma forma de desenvolver o potencial de Tubarão e de toda a região”, destaca o secretário.

As cervejas especiais representavam 8% do mercado nacional da bebida em 2012 e encerraram 2014 com uma participação de 11%, segundo o Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja, que aponta a existência de 300 microcervejarias no país. A projeção é de que essa cota suba para 20% em 2020. O principal responsável pelo aumento do consumo é a difusão entre os consumidores.

Fábrica na Capital produzirá 200 mil litros de cerveja por mês

Ricardo Campos Jr. e Mayara Bueno

Com a pedra fundamental lançada nesta quarta-feira (9) como parte dos eventos em comemoração ao aniversário de Campo Grande, a cervejaria terá capacidade de produzir 200 mil litros da bebida por mês. Na construção da fábrica serão investidos R$ 14,7 milhões e quando ficar pronta deve empregar 60 pessoas.

O empresário Bruno Navarro, dono do futuro empreendimento, diz ter escolhido a Capital com base em pesquisa que coloca Mato Grosso do Sul como o terceiro maior consumidor de cerveja do Brasil. Cada habitante, segundo ele, consome em média 72 litros por ano.

Segundo ele, o produto genuinamente campo-grandense se chamará “Promesa”. Ainda não há prazo para começar e concluir a obra, já que apesar do evento, o processo de doação da área pública ainda está tramitando na Câmara Municipal.

“Não sou daqui, mas moro na cidade há dez anos e trabalho com engenharia. A cervejaria vai ser a primeira empresa desse ramo”, afirma Navarro.

Como incentivo para receber os investimentos e empregos, a prefeitura concedeu desconto no ISS (Imposto Sobre Serviços) e IPTU.

O secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Turismo, Ciência, Tecnologia e Agronegócio de Campo Grande, Luiz Fernando Buainain, estima que o trâmite para liberação do terreno, e o consequente início das obras, deve ser concluído em até 45 dias.

Buainaim calcula que a renúncia fiscal concedida à cervejaria corresponda a um desconto de 50% nos valores dos impostos que seriam recolhidos da empresa nos próximos cinco anos. “Em troca, nós temos investimento e geração de empregos”, afirma.

Programação – A agenda em comemoração ao aniversário da cidade continua à tarde com Curso de Capacitação Profissional oferecido pela Subsecretaria da Juventude, às 13h30. Em seguida, no Teatro Glauce Rocha acontece a etapa final da 1ª Edição do Prêmio Helena Meirelles.

Às 14h30 a prefeitura lança o aplicativo “Fala Campo Grande” , uma plataforma para que a população envie sugestões ou reclamações à administração.

Por fim, às 15h30, alunos da Escola Municipal Nazira Anache recebem o Clube do Setinha: Pedestre e a trilha segura na Cidade Morena.

Água de coco de caixinha é 100% natural como dizem? Veja teste com 6 marcas

Foram avaliadas as marcas Do Bem, KeroCoco, Obrigado, Coco do Vale, Sococo e Ducoco em diversos quesitos
Por Weruska Goeking 09 ago, 2017 11h46

SÃO PAULO – A bebida refrescante, que antigamente era popular apenas nas cidades litorâneas, conquistou os centros urbanos depois que passou a ser comercializada em caixinhas. No Brasil, o consumo de água de coco chega a alcançar 64 milhões de litros por ano, ultrapassando, por exemplo, o volume de bebidas energéticas vendidas no país. Por isso, a Proteste avaliou, pela primeira vez, seis marcas de água de coco vendidas em território nacional.

Foram avaliadas as marcas Do Bem, KeroCoco, Obrigado, Coco do Vale, Sococo e Ducoco em diversos quesitos, como rotulagem, acidez, presença de açúcar e micro-organismos e análise sensorial. Todas as marcas atenderam aos padrões de higiene e pH previstos na legislação, além de apresentarem baixos teores de açúcar 

No entanto, o teste identificou que, algumas afirmações presentes no rótulo, como "100% coco praiano", "sem conservadores" e "sem adição de açúcar”, podem induzir o consumidor a uma interpretação errada, segundo a entidade de defesa do consumidor.

É o caso da Sococo, vendida como um produto natural, mas que traz entre os seus ingredientes sacarose e metabissulfito de sódio, substância que pode desencadear crises de asma em pessoas que sofrem da doença.

A marca Ducoco traz a mensagem "0% gordura e colesterol", fazendo marketing para uma característica que toda água de coco possui naturalmente, alerta a Proteste. O próprio produto informa, em letras bem pequenas, que é um benefício natural do produto. Em contrapartida, como exemplo positivo nesse quesito, a Proteste cita a marca Obrigado, que cumpre as alegações "sem adição de açúcar" e "sem adição de conservadores" à risca.

Em relação ao modo de conservação, as marcas Obrigado e Do Bem deixaram a desejar, já que não só omitem orientações sobre o armazenamento do produto como também não alertam sobre o perigo à saúde quando essas indicações não são seguidas, como prevê a lei.

O teste constatou, ainda, que das seis marcas testadas, quatro (Coco do Vale, DuCoco, KeroCoco e Obrigado) não apresentam a data de fabricação na embalagem. Por lei a informação não é obrigatória, mas permite que o consumidor opte por bebidas que tenham sido produzidas a menos tempo.

Na análise da veracidade das informações, algumas marcas apresentaram variação na rotulagem superior aos 20% permitidos. A Coco do Valle e DuCoco mostraram diferenças de mais de 30% para sódio e potássio e a Sococo chega a ter 64% menos de sódio do que o informado na rotulagem.

Veja as notas de cada marca em todos os quesitos e a avaliação final:

Nos últimos testes realizados pela Proteste foi constatado a falta de veracidade nas informações dos rótulos. "Esse tipo de conduta configura oferta enganosa e de acordo com o Código de Defesa do Consumidor, a oferta e apresentação de produtos deve assegurar informações corretas sobre suas características, entre outros dados, bem como sobre os riscos que apresentam à saúde dos consumidores", afirma a associação.

Por isso, a Proteste enviou os resultados do teste para a Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária), pedindo fiscalização, e ao Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária), pedindo que sejam determinadas as adequações das embalagens.

Em nota enviada ao InfoMoney, a marca Do Bem afirma que a embalagem do produto já traze informações sobre como armazenar o produto. "A do bem esclarece que o único quesito apontado pela Proteste – sobre a informação no rótulo sobre possíveis riscos do armazenamento inadequado – já está em processo de ajuste. A mensagem será complementada nos próximos lotes da água de coco", explica a empresa.

Ao declarar que a água de coco é um produto 0% gordura e colesterol temos a intenção de informar ao consumidor os benefícios desta bebida. Como manda a legislação, inclusive com o tamanho de fonte recomendado,  afirmamos na embalagem que esta é uma característica inerente ao produto.

A Ducoco afirmou que seu produto é "natural, não existe manipulação, ou seja: não adicionamos e nem retiramos sódio ou potássio. Apesar das variações do fruto, trabalhamos sempre de acordo com a legislação".

A empresa afirma ainda que seus produtos são aprovados pelo FDA (Food and Drugs Administration), possuem as certificações ISO 14001, ISO 9001, ISO 22.000, FSSC 22.000 e selo Kosher, além da certificação Rainforest Alliance, que visa a promoção e o incentivo do manejo florestal e agrícola ambientalmente corretos e economicamente viáveis.

A PepsiCo, responsável pela marca Kero Coco, diz que "segue todas as diretrizes e regulamentações exigidas pelos órgãos de fiscalização no Brasil, bem como assegura a qualidade dos processos adotados na produção". 

A água de coco Obrigado informou ao InfoMoney que "segue a legislação e todas as regras de segurança na fabricação de seus produtos". Quanto aos dados apontados pela Proteste, a marca afirma que a informação sobre a data de fabricação, apesar de não ser legalmente necessária, já está em análise para que seja
implementada em seus produtos.

"Sobre as instruções do modo de conservação, a marca deixa claro no rótulo que após aberto, o produto deve ser consumido em até três dias, e deve ser conservado na temperatura de 1°C a 8°C, observando o prazo de validade impresso na embalagem. A informação será complementada com os possíveis riscos à saúde nos próximos lotes da água de coco", acrescenta a empresa, em nota.

A Coco do Vale informou ao InfoMoney apenas que já enviou uma nota ao Proteste e a marca Obrigada não respondeu o contato até o momento.

Indústria de bebidas tenta barrar no STF aumento de imposto no Amazonas

CNI afirma que medida fere livre concorrência

Poder360

09.ago.2017 (quarta-feira) – 15h16

A CNI (Confederação Nacional da Indústria) entrou com uma ação direta de inconstitucionalidade no STF (Supremo Tribunal Federal) contra o aumento de 2 pontos percentuais no ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre insumos para refrigerantes produzidos no Amazonas.

O dinheiro arrecadado com a mudança seria usado pelo governo do Estado no Fecop (Fundo Estadual de Combate à Pobreza). Além dos insumos para refrigerantes, outras 12 categorias de produtos tiveram a alíquota reajustada.

A Zona Franca de Manaus é grande produtora de concentrados de refrigerantes, usados na fabricação da bebida em outras regiões.

De acordo com a CNI, a cobrança adicional no mesmo exercício financeiro da criação da lei que determina o aumento na alíquota viola a Constituição.

A entidade também afirma que a atitude contraria a livre concorrência. Escolher apenas os insumos para refrigerantes concederia vantagens a outras bebidas não-alcóolicas do mercado, como chás.

A ação é a adi 5733. Corre no STF (Supremo Tribunal Federal) desde 22 de junho. Está sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes.

A presidente do Supremo, Cármen Lúcia, pediu explicações ao governado e à Assembleia Legislativa do Estado em 18 de julho.

Em 19 de julho, a Abir (Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas não Alcóolicas) se tornou amicus curiae na ação –ou seja, passou a fornecer informações ao Tribunal. A entidade representa as maiores fabricantes do setor.

Em geral, produtoras regionais de refrigerantes não usam concentrado da Zona Franca.

A Afebras (Associação de Fabricantes de Refrigerantes do Brasil), que representa as empresa do ramo de menor porte, protesta frequentemente contra as vantagens concedidas às fabricantes de bebidas em Manaus. Afirma que as gigantes têm R$ 9,2 bilhões anuais em benefícios.

Paviloche lança quatro novos sabores entre picolés e sorvetes

hamilton 10 agosto, 2017

Alguns doces são tão marcantes que merecem ganhar versões em outros tipos de produtos e essa é a proposta da fabricante de sorvetes Paviloche para os lançamentos da marca. Pelas mãos do Engenheiro Químico, Michel Tramontin, paçoca e petit gateau ganharam versões em picolé. “Esses dois novos sabores são novidades para o Inverno, mas permanecem no nosso catálogo nas outras estações também. Notamos que, mesmo com os dias mais frios, as pessoas não deixam de consumir totalmente as delícias geladas. Por isso, sempre procuramos lançar produtos que combinem com o clima”, explica o diretor comercial da Paviloche, Diógenes Pavinato.

Outra novidade é a linha “Os Preferidos”, composta por dois novos sabores de sorvete em potes de 1 litro: Pavê de Chocolate (sorvete sabor nata, mesclado com chocolate trufado e biscoitos de massa flora) e Trufa Dois Amores (sorvete sabor baunilha, mesclado com chocolate trufado e cereais cobertos com chocolate branco e ao leite). De acordo com o diretor comercial da marca catarinense, esses produtos já foram sucesso em vendas no passado, como edição limitada, e agora retornam com nova embalagem. “Optamos por um novo visual, com potes redondos e transparentes que proporcionam ao público a experiência de ver o produto antes da compra”, complementa. Os lançamentos já começaram a chegar nos três mil pontos de venda de Santa Catarina e do Paraná.

Informações para imprensa – Oficina das Palavras:
Letícia Oberger – jornalismo4@grupoodp.com.br – (47) 3322-0545 / (47) 99994-1534

Paviloche
Rua Landmann, 259, Costa e Silva – Joinville (SC)

Nestlé apoia produção de leite orgânico em SP

Empresa pretende ampliar a participação no segmento por meio de parcerias com pecuaristas que incluem pagamento de bônus, apoio na aquisição de insumos e na certificação de fazendas

São Paulo – A Nestlé pretende adquirir de 20 mil a 30 mil litros de leite orgânico por dia até 2019. A empresa capta hoje 1,7 bilhão de litros por ano, ou 4,8 milhões litros por dia, dos quais apenas 16 mil são orgânicos.

O volume ainda não é suficiente para que a empresa tenha um produto elaborado apenas com leite orgânico, mas denota o interesse da empresa no segmento.

De acordo com a gerente de Desenvolvimento de Qualidade e Fornecedores da Nestlé Brasil, Taissara Martins, a meta será atingida por meio de parcerias já firmadas com 18 produtores do interior de São Paulo e com outras 30 propriedades interessadas em mudar a forma de produção.

"Deste total, apenas uma propriedade fez a transição completa para a produção orgânica e as demais estão em processo de conversão de pasto e dos animais", afirma.

É considerado orgânico o leite produzido por animais que não recebem insumos químicos, como medicamentos, por exemplo, e que se alimentam de pastagem ou grãos que não recebem agroquímicos, entre outras exigências.

A busca de parceiros para o fornecimento do produto começou este ano e tem no pagamento de um bônus um dos principais atrativos. O preço médio pago pelo litro de leite, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), foi de R$ 1,2343 por litro em julho. Além disso, a companhia firma contratos de 36 meses com os produtores e paga o preço do leite orgânico desde o começo do processo de conversão como forma de estímulo.

A empresa também auxilia na aquisição de ração orgânica e arca com os custos da certificação orgânica e subsídio parcial para assistência técnica.

A companhia justifica o interesse no segmento por se tratar de um mercado que, como um todo, cresce 30%, conforme dados da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) e do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês). "Acreditamos que o consumidor brasileiro está mais atento a informado sobre as novas tendências de consumo, como é o caso dos produtos orgânicos", observa Taissara Martins,.

Ajustes

Na fazenda Recanto SS, de Claudinei Saldanha Júnior, em Itirapina (SP) o processo de conversão para a produção orgânica teve início em 2013. Ele é o único dos parceiros da Nestlé a concluir todas as etapas e mantém um rebanho de 42 vacas, das quais 37 em lactação, e produz 620 litros por dia.

"Atingimos hoje a mesma média que tínhamos antes de a produção de se tornar orgânica", comenta. "Mas tivemos quedas ao longo do processo até nos acostumarmos com as mudanças", reconhece ele.

O primeiro passo foi deixar de usar produtos químicos no solo, como herbicidas e fertilizantes, na produção de milho e de cana-de-açúcar, cultivados para a produção de silagem, e na pastagem.

Essa primeira etapa leva um ano e é seguida pela substituição dos medicamentos aplicados no rebanho por produtos de homeopatia, que leva seis meses. "Os carrapatos, por exemplo, sempre foram um problema para nós", afirma o produtor. "No processo de transição para o novo sistema chegamos a perder 10% do rebanho para os carrapatos. Mas acredito que o sistema orgânico é muito mais eficaz nesse sentido." Concluídas essas fases, foi feita a certificação da propriedade.

Júnior planeja ampliar a área de pastagem especialmente devido à remuneração maior obtida por litro. "Recebemos 50% em cima do valor do Cepea", conta. Ele pretende adquirir outros cinco hectares nos quais manterá o mesmo sistema de produção. Ele mantém sete hectares de pastagem irrigada e em sistema de rotação. "Estamos segurando nosso estoque de novilhas para produzir 1,1 mil litros por dia nos próximos dois anos", estima o produtor.

Marcela Caetano