Nestlé apoia produção de leite orgânico em SP

Empresa pretende ampliar a participação no segmento por meio de parcerias com pecuaristas que incluem pagamento de bônus, apoio na aquisição de insumos e na certificação de fazendas

São Paulo – A Nestlé pretende adquirir de 20 mil a 30 mil litros de leite orgânico por dia até 2019. A empresa capta hoje 1,7 bilhão de litros por ano, ou 4,8 milhões litros por dia, dos quais apenas 16 mil são orgânicos.

O volume ainda não é suficiente para que a empresa tenha um produto elaborado apenas com leite orgânico, mas denota o interesse da empresa no segmento.

De acordo com a gerente de Desenvolvimento de Qualidade e Fornecedores da Nestlé Brasil, Taissara Martins, a meta será atingida por meio de parcerias já firmadas com 18 produtores do interior de São Paulo e com outras 30 propriedades interessadas em mudar a forma de produção.

"Deste total, apenas uma propriedade fez a transição completa para a produção orgânica e as demais estão em processo de conversão de pasto e dos animais", afirma.

É considerado orgânico o leite produzido por animais que não recebem insumos químicos, como medicamentos, por exemplo, e que se alimentam de pastagem ou grãos que não recebem agroquímicos, entre outras exigências.

A busca de parceiros para o fornecimento do produto começou este ano e tem no pagamento de um bônus um dos principais atrativos. O preço médio pago pelo litro de leite, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), foi de R$ 1,2343 por litro em julho. Além disso, a companhia firma contratos de 36 meses com os produtores e paga o preço do leite orgânico desde o começo do processo de conversão como forma de estímulo.

A empresa também auxilia na aquisição de ração orgânica e arca com os custos da certificação orgânica e subsídio parcial para assistência técnica.

A companhia justifica o interesse no segmento por se tratar de um mercado que, como um todo, cresce 30%, conforme dados da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) e do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês). "Acreditamos que o consumidor brasileiro está mais atento a informado sobre as novas tendências de consumo, como é o caso dos produtos orgânicos", observa Taissara Martins,.

Ajustes

Na fazenda Recanto SS, de Claudinei Saldanha Júnior, em Itirapina (SP) o processo de conversão para a produção orgânica teve início em 2013. Ele é o único dos parceiros da Nestlé a concluir todas as etapas e mantém um rebanho de 42 vacas, das quais 37 em lactação, e produz 620 litros por dia.

"Atingimos hoje a mesma média que tínhamos antes de a produção de se tornar orgânica", comenta. "Mas tivemos quedas ao longo do processo até nos acostumarmos com as mudanças", reconhece ele.

O primeiro passo foi deixar de usar produtos químicos no solo, como herbicidas e fertilizantes, na produção de milho e de cana-de-açúcar, cultivados para a produção de silagem, e na pastagem.

Essa primeira etapa leva um ano e é seguida pela substituição dos medicamentos aplicados no rebanho por produtos de homeopatia, que leva seis meses. "Os carrapatos, por exemplo, sempre foram um problema para nós", afirma o produtor. "No processo de transição para o novo sistema chegamos a perder 10% do rebanho para os carrapatos. Mas acredito que o sistema orgânico é muito mais eficaz nesse sentido." Concluídas essas fases, foi feita a certificação da propriedade.

Júnior planeja ampliar a área de pastagem especialmente devido à remuneração maior obtida por litro. "Recebemos 50% em cima do valor do Cepea", conta. Ele pretende adquirir outros cinco hectares nos quais manterá o mesmo sistema de produção. Ele mantém sete hectares de pastagem irrigada e em sistema de rotação. "Estamos segurando nosso estoque de novilhas para produzir 1,1 mil litros por dia nos próximos dois anos", estima o produtor.

Marcela Caetano

Danone lança mega promoção “Tampinha Premiada”

A companhia distribuirá mais de um milhão em prêmios na promoção que engloba as principais marcas da companhia e que irá animar a categoria de iogurtes no terceiro trimestre.

Quem nunca lambeu a tampinha ao abrir o seu iogurte? Pensando nisso, a Danone – que é sinônimo da categoria de iogurtes – criou a mega promoção “Danone Tampinha Premiada”: basta lamber a tampinha do seu Danone para saber se ganhou.

Danone aposta em uma mecânica fácil, desenvolvida em parceria com a agência Bullet, e que resgata um hábito de infância para distribuir mais de um milhão em prêmios instantâneos por todo o território nacional, dentre eles: prêmios de 10 mil reais, smartphones e bônus para celular. Os produtos contemplados com o prêmio estarão com as instruções impressas na tampinha, e, para resgatá-lo basta entrar no site ou fazer o contato por meio do telefone indicado.

As marcas participantes da promoção são: Activia, Danoninho, Danone Grego, Danette e Danone.

“A Danone, como líder de mercado, lança pela primeira vez uma iniciativa que engloba as principais marcas da companhia e visa movimentar a categoria de iogurtes no terceiro trimestre. Apostamos em um formato de promoção de fácil compreensão e que dado o alto volume de prêmios, todo mundo pode ganhar. Buscamos entender quais são os principais itens de desejo do consumidor, oferecendo assim premiações que possam ser relevantes para ele”, afirma Marília Zanoli, Diretora de Marketing de Activia.

Para o diretor geral de atendimento da Bullet, Eduardo Andrade: “essa grande promoção foi a forma encontrada para deixar o consumidor ainda mais próximo da marca Danone e seus produtos. Toda a mecânica será operada pela Bullet, assim como o atendimento aos vencedores. Além disso criamos uma identidade visual atrativa para o ponto de venda, para comunicar com força e relevância esta ação”.

A divulgação ocorrerá em campanha na TV aberta, mídia digital (Facebook, Waze, Google Search, Youtube), além de grande impacto nos pontos de venda a partir de agosto.

Campanha — Para divulgar a promoção, a agência Y&R também assina campanha composta por filme para TV aberta e desdobramentos em mídia digital (Facebook, Waze, Google Search, Youtube), além de grande impacto nos pontos de venda a partir de agosto. “O insight para a campanha “Danone Tampinha Premiada” partiu da observação minuciosa do consumidor de iogurtes, de uma verdade que acompanha a vida da maioria das pessoas comuns e da necessidade de comunicar uma promoção simples que mostre que todo mundo pode ganhar, garantindo assim um diálogo relevante e verdadeiro entre o público, promessa da promoção e a Danone”, acrescenta Luiz Villano, diretor-geral de atendimento da Y&R.

O filme “Azarada”, com 15” de duração com estreia no dia 5 de agosto, mostra a história da jovem Lara, que nunca ganhou nada – desde bingo, sorteios até mesmo jogos de baralho -, mas é contemplada com a “Tampinha Premiada”. | Vídeo: https://youtu.be/TRQ1q79WvDg

Filme.: Cliente: Danone Ltda | Agência: Y&R | Produto: Danone | Títulos: Azarada | Duração: 30” | VP de criação: Rafael Pitanguy | Dir. Criação: Rafael Pitanguy | Redator: Marina Erthal | Dir. Arte: Mariana Villela | Atendimento: Luiz Villano, Ticiana Cardoso, Natalia Vasconcelos, Karina Ribeiro e Camila Takahara | Aprovação Cliente: Eduardo Gagliardi, Marilia Zanolli, Marina Rizzardo, Daniela Pereira e Everton Gomes | Planejamento: Tatiana Tsukamoto | Mídia: Gustavo Gaion, Glaucia Montanha, Camila Felix, Julio Campos, Bruna Guise, Gabrielle Sousa e Bruno Trivigno | RTVC: Nicole Godoy, Camila Naito e Mariana Marinho | Produtora Filme: Mixer Films | Direção: Ricardo Gordo Carvalho | Direção de Fotografia: Fê Oliveira | Produção Executiva: Sergio Tikhomiroff | Atendimento produtora: Bianca Malburg | Montagem: Ricardo Gordo Carvalho | Pós-produção/ finalização: Equipe Mixer / Consulado (3D/Animação) | Produtora de som: Tesis | Produtor de som: Henrique Racz/ Silvio Piesco | Atendimento: Erica De Seta | Locutor: Helio Vaccari.

Promoção: Agência: Bullet | Cliente: Danone | Atendimento: Fernando Figueiredo, Eduardo Andrade, Bruna Bertolla e Álvaro Palma | Criação: Mentor Muniz Neto, Cesar Leite, Cleber Pereira, Alessandro Palermo, Victor Carvalho, Ewerton Campesi e Jair Barbosa | Planejamento: Janaina Navarrette e Vitor Tanabe | Pré-Produção: Neila Ceródio e Renata Montoro | Operação: Monica Regina Pedro, Teca Bedo e Cesar Laranjeira | Aprovação Cliente: Marília Zanolli, Marina Rizzardo e Daniela Pereira.

O Grupo Danone é um dos líderes mundiais no setor de alimentos e reúne quatro divisões: Produtos Lácteos Frescos, Early Life Nutrition, Nutrição Especializada e Águas. Sempre de forma inovadora e saborosa, a Danone está presente em mais de 140 países nos cinco continentes, conta com mais de 104 mil colaboradores e 190 fábricas.

Presente no Brasil há mais 40 anos, desde o lançamento do primeiro iogurte com polpa de frutas à variedade de opções dos dias de hoje, a Danone revolucionou os hábitos de consumo e conquistou o paladar dos brasileiros, consolidando-se como sinônimo não só de iogurte, mas também de nutrição, saúde, qualidade e inovação. Por meio de projetos e mobilização de parceiros (governo, entidades privadas e públicas), deseja conscientizar sobre a importância de uma dieta balanceada e a prática de atividades físicas. No Brasil o portfólio é composto por marcas de sucesso como Activia, Danoninho, Bonafont, Sustain, Souvenaid, entre outros.

Lámen Maruchan chega ao litoral paulista com campanha assinada por vencedor de reality show de culinária

Quarta, 09 Agosto 2017 14:48 Escrito por Maruchan Brasil

Léo Young estreia como embaixador brasileiro da marca de macarrão instantâneo favorita nos Estados Unidos e no México

A Maruchan estreia no varejo do litoral paulista com uma campanha promocional no ponto de venda: “Desperte seu lado Chef com Maruchan”. A marca –que é comercializada e distribuída pela Mitsui Alimentos no Brasil-, estampa as prateleiras com seu embaixador brasileiro, o chef Léo Young, conhecido como vencedor de um famoso reality show brasileiro de culinária, e apresenta receitas inéditas criadas por ele. O objetivo é mostrar ao consumidor que, com um toque pessoal e Maruchan, todo mundo pode elaborar pratos dignos de um “Chef”.

Além de promoção no PDV, nas redes nas redes Carrefour, Extra, Assaí, Roldão, Mercadão e Atacadão, a campanha envolve ações especiais nas redes sociais, eventos e publicidade.

Maruchan, que é a marca favorita nos Estados Unidos e no México, dispõe de duas linhas de produtos no País, compostas pelas versões lámen (pacote) e instant lunch (copo). E em cinco sabores: galinha, galinha caipira, carne, carne assada e camarão.

De acordo com o último ranking de consumo anual de lámen divulgado pela Associação Mundial de Macarrão Instantâneo (Wina) em 2015, o Brasil está no top ten, ocupando a décima posição com 2,28 bilhões de unidades consumidas anualmente. Os Estados Unidos, onde Maruchan é a marca favorita de lámen, estão em quinto lugar com 4,21 bilhões.

Essa colocação do Brasil entre os dez países que mais consomem macarrão instantâneo denota que o produto caiu no gosto do brasileiro e vem conquistando cada vez mais apreciadores, ganhando destaque nos cardápios gastronômicos e nas gôndolas dos supermercados.

No mercado, Maruchan está nas gôndolas das maiores redes de supermercado, e as expectativas da companhia para 2017 é incrementar as vendas em 100%, comparando com igual período de 2016.

Maruchan é uma empresa global, reconhecida por tradição e inovação. Foi fundada em 1953 e saiu do Japão para ganhar o mundo em 1972. No ano de 77, com sua nova fábrica sediada na Califórnia, conquistou rapidamente a confiança dos consumidores, aliando a qualidade dos seus produtos à credibilidade de sua marca. No Brasil, a marca iniciou atuação através da Mitsui Alimentos em 2014, quando chegou ao varejo em cidades do Centro-Oeste do País e, em 2015, expandiu para grandes capitais, como São Paulo.

A Mitsui Alimentos está há mais de 40 anos de mercado nacional e, além da Maruchan, tem em seu portfólio linhas de produtos das marcas: Café Brasileiro, Café .br, Café 3 Fazendas, Café Bandeira, Café no Bule e Café Premiado. Também é considerada uma das maiores torrefadoras e exportadoras de café do Brasil.

Fabricante de massas e biscoito vai construir parque fabril em Juiz de Fora

– 09/08/17

A M. Dias Branco, fabricante de massas e biscoitos dona de marcas como Adria, Vitarella e Fortaleza, informou que espera começar ainda neste ano a construção de um novo parque fabril em Juiz de Fora (MG). A companhia anunciou em julho de 2016 o plano de investir R$ 300 milhões na instalação de uma fábrica, um moinho de trigo e um centro de distribuição no município.

Geraldo Luciano Mattos Júnior, vice-presidente de investimentos e controladoria da M. Dias Branco, disse em teleconferência para analistas e investidores que concluiu a compra do terreno e obteve licença ambiental para o início das obras. "Falta a construção de um acesso entre a via pública e o terreno, que tem de ser feito pela prefeitura para começarmos a obra. Nossa expectativa é começar ainda neste ano", afirmou Mattos. A previsão do executivo é concluir a construção da unidade em 2019.

O anúncio não foi suficiente para animar investidores e as ações da companhia fecharam o dia em queda de 5,69% na B3, cotadas a R$ 48,10. Os papéis ficaram no território negativo durante todo o dia, após a companhia apresentar um desempenho abaixo do esperado no segundo trimestre.

A fabricante reportou uma alta de 8,3% no lucro líquido, em comparação ao segundo trimestre de 2016, para R$ 199,4 milhões. A receita líquida cresceu 3,7%, para R$ 1,38 bilhão. Em volume de vendas, houve aumento de 2,5%, mas em preço a alta foi de 1%. A margem bruta de lucro caiu 0,3 ponto percentual, para 42,3%. Os analistas do BTG Pactual, Thiago Duarte e Vito Ferreira, ponderaram em relatório que a expectativa era de ganho de margem bruta, considerando que houve queda nos preços de matérias-primas, como o trigo, que teve redução de 15,4%.

No trimestre, a M. Dias Branco teve um aumento médio de 2,3% nos preços de biscoitos e de 9,8% em margarinas e gorduras. Em massas e farelos houve queda nos preços de 1,2% e 8,5%, respectivamente. Fabio Cefaly, diretor de novos negócios e relações com investidores da M. Dias Branco, disse que a disputa de preços, principalmente na categoria de massas, foi muito forte no trimestre.

"A partir de maio, vimos uma retomada nos volumes vendidos de massas. Em biscoitos, a companhia está com um ritmo de crescimento muito bom, principalmente no Sul e no Sudeste. No médio e longo prazos, esse aumento de volumes vai ajudar a diluir custos fixos e trazer efeito nas margens de lucro", afirmou Cefaly. O executivo acrescentou que espera fechar o ano com crescimento em vendas.

No segundo trimestre, a participação da M. Dias Branco no mercado de massas, em volume vendido, ficou estável em 31,2%, segundo a Nielsen. Na categoria de biscoitos, a participação cresceu 2,1 pontos percentuais, para 32,8%.

A companhia também informou que fez investimentos mais fortes em marketing para promover novas linhas das marcas Richester, Vitarella, Finna e Fortaleza, lançadas no Sudeste e no Distrito Federal. Cefaly disse que até o fim do ano, as novas linhas serão distribuídas em todo o país, devendo contribuir para uma melhora no desempenho de vendas da fabricante. No segundo trimestre, o investimento mais alto em marketing contribuiu para um aumento de 15,7% nas despesas operacionais da companhia, para R$ 367,5 milhões.

Juiz de Fora recebe o Sevar

A Cidade da Zona da Mata recebe nos dias 16 e 17 de agosto, o 16º Super Encontro Varejista da região que será realizado no no Capitólio Eventos (Avenida Deusdedith Salgado, 4.088), bairro Teixeiras.

O evento é organizado pela Associação Mineira de Supermercados (AMIS) com o apoio da Associação Comercial e Empresarial de Juiz de Fora; do Juiz de Fora Convention & Visitors Bureau; do Sindicato da Panificação de Juiz de Fora e do Sindicato do Comércio de Juiz de Fora. O objetivo é apoiar o desenvolvimento do varejo no interior e promover maior aproximação entre o segmento supermercadista e a indústria fornecedora.

(Fonte: Valor Econômico)

ICMS das carnes: APAS irá à Justiça contra o Governo do Estado

Seguindo um dos maiores objetivos da entidade de lutar pelos direitos dos associados e do setor supermercadista, a APAS ingressará com uma ação judicial contra o governo do Estado de São Paulo. O motivo? O tratamento tributário diferenciado conferido aos açougues desde o fim de junho sobre o ICMS das carnes.

A intenção das redes varejistas é conseguir a alíquota de 4% de ICMS que, hoje, é paga pelos açougues paulistas nas vendas de carnes. Atualmente, a alíquota média de ICMS dos supermercados está próxima de 6%.

Em entrevista ao Valor Econômico, o vice-presidente da APAS, Ronaldo dos Santos, afirmou que a entidade deve ajuizar a ação ainda em agosto.

“Pedimos o mesmo tratamento para a Secretaria [da Fazenda], mas não foi concedido. Então, nós vamos procurar uma resguarda judicial”, afirmou.

Embora o decreto estadual que estabeleceu o regime especial de ICMS para os açougues tenha sido publicado no Diário Oficial do Estado de S. Paulo em 27 de junho, o imbróglio envolvendo supermercados e açougues teve origem em 1o de abril quando entrou em vigor o decreto 62.402, que extinguiu a isenção de ICMS nas carnes que beneficiava varejistas e consumidores desde meados de 2009.

Com a decisão, o varejo – incluindo os açougues – passou a pagar 11% de ICMS nas vendas de carnes e receberam um crédito outorgado de 7%. Na prática, isso significa que, quando adquire R$ 100 em carnes, o varejo tem um crédito tributário de R$ 7. Como as varejistas embutem uma margem no preço de venda da carne, a alíquota de 11% incide sobre o preço final. Assim, a alíquota efetiva é a diferença entre o valor a ser pago e o crédito apurado. De acordo com a APAS, no caso dos supermercados a alíquota efetiva é, em média, de 6%

Em tese, os açougues também pagariam a mesma alíquota, mas o Sindicato do Comércio Varejista de Carnes Frescas do Estado de São Paulo protestou contra a medida. De acordo com o presidente da entidade, Manuel Henrique Farias Ramos, a Secretaria da Fazenda foi acionada.

“Nossos contadores concluíram que pagaríamos 9,1% de ICMS. Obviamente, isso inviabilizava completamente os açougues”, argumentou.

Diante da situação, disse Ramos, a Secretaria da Fazenda propôs o regime especial com a alíquota de 4%.

“Ficamos relutantes a essa proposta, porque ainda é um tributo muito alto. Mas entre pagar 9,1% e 4%, é melhor pagar a alíquota menor”, afirmou, ressaltando que não considera o regime especial um benefício. Na visão de Ramos, o setor foi onerado, já que até abril era isento.

Os supermercados, no entanto, não tiveram o mesmo benefício.

“O decreto [da Fazenda] criou um desequilíbrio econômico no mercado”, criticou o tributarista Marcos Pagliaro, que é sócio do escritório Fagundes Pagliaro Advogados e presta assessoria para as varejistas. Segundo ele, a tributação diferenciada entre açougues e supermercados é inconstitucional. De acordo com a APAS, as vendas de carnes são relevantes, e rendem R$ 12 bilhões ao ano para o setor, 10% do faturamento total.

Procurada, a Secretaria da Fazenda informou que o regime especial de ICMS para os açougues foi feito para “simplificar” o recolhimento do tributo e para facilitar o trabalho do Fisco, dispensando o “confronto entre as informações do imposto devido sobre as operações tributadas e os créditos fiscais das operações anteriores”. Segundo a Fazenda, a medida não é aplicável aos supermercados porque eles comercializam diversos produtos.

Fonte: Valor Econômico

http://www.valor.com.br/agro/5073042/beneficio-acougues-leva-supermercados-justica

Produção de mel em alta no Norte de Minas

Da Redação

Adoçante natural, o mel de abelha é um dos produtos com potencial de comercialização na região de Minas Gerais. Um dos polos de produção fica no Norte do Estado, em Bocaiúva, na Cooperativa dos Apicultores e Agricultores Familiares do Norte de Minas (Coopemapi). Incentivados por programas do governo federal, os associados aumentaram a produtividade em 50% em seis meses, após acesso às políticas sociais de fomento e incentivo à comercialização.

Dos 258 associados, 40% acessam políticas executadas pela Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead), como o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf); Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).

Com recursos garantidos, os agricultores investiram na capacitação da cooperativa, na compra de maquinários, insumos e veículos novos. “Conseguimos agregar valor à nossa produção. Esse tipo de incentivo faz com que a gente tenha mais vontade de produzir”, enfatiza o presidente da Coopemapi, Luciano Fernandes.

A Cooperativa tem 18 mil colmeias, administradas por cerca de 1 mil agricultores familiares. Até julho deste ano, o grupo distribuiu aproximadamente 1,5 tonelada de mel para as escolas da rede estadual e municipal de Minas Gerais, por meio do Pnae, além de fornecer também para empresas privadas de exportação do produto.

Representatividade – De acordo com Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG), o Estado é responsável por aproximadamente 12% da produção do mel e quase 90% de própolis verde do País, além de reunir aproximadamente 1,6 mil apicultores na região.

O crescimento da produção é orgulho para o agricultor familiar Júlio César Pereira. “Fiz um financiamento na área de apicultura pelo Pronaf há seis meses e tudo mudou. Ainda estou na expectativa do aumento da produção. Desde 2010 só tive benefícios”, assegura. Com informações do MDA.

Laticínios e iogurtes serão tema de curso no Ital, em Campinas

Postado em: 09/08/2017 ás 14:46 | Por: Myrela Santana

O curso “Teórico-prático em tecnologias tradicionais e inovadoras para leites e bebidas lácteas fermentadas” será realizado no Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Laticínios, em Campinas, no dia 31 de agosto, pelo Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

A formação destinada a profissionais da indústria de alimentos e laticínios, técnicos, professores, estudantes e interessados irá apresentar os fundamentos da tecnologia de fabricação de iogurtes, leites fermentados e bebidas lácteas fermentadas e as inovações neste setor.

Temas abordados:
Fundamentos da tecnologia de fabricação de iogurtes e bebidas lácteas fermentadas; 
Aspectos práticos relevantes para a fabricação dos produtos (características das matérias-primas, teor e tipo de sólidos, parâmetros da fermentação, tipos de fermentos láticos e probióticos); Legislação; 
Tecnologias de fabricação de produtos com teor reduzido de lactose e outros açúcares, gorduras, com adição de fibras, com aumento do teor proteico; 
Aula prática de fabricação de iogurtes e bebidas lácteas fermentadas com teor reduzido de lactose, com probióticos, com polpa de frutas e aromatizantes; 
Degustação de iogurtes e bebidas lácteas fermentadas tradicionais, com teor reduzido de lactose e outros açúcares (diet), probióticos, com fibras, com polpa de frutas e com teor proteico aumentado.

Mais informações pelo e-mail eventos@ital.sp.gov.br ou pelo telefone (19) 3743 1700. O Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Laticínios fica na Avenida Brasil, 2880 – Jardim Brasil – Campinas – SP

Por Myrela Santana

JDE lança marca premium de café ao Brasil de olho em crescimento do mercado de luxo

JDE pretende distribuir o portfólio total do grão L'OR em até 2 mil pontos de venda no País

SÃO PAULO, – A Jacobs Douwe Egberts (JDE), a segunda maior comercializadora de café do mundo, anunciou nesta terça-feira que lançará no Brasil sua marca super premium L'OR, procurando ganhar uma fatia no segmento de rápido crescimento do país, apesar da crise econômica.

A JDE, que fica atrás apenas da Nestlé no comércio global de café com uma parcela de 9,5 por cento das receitas segundo a Euromonitor, pretende distribuir o portfólio total do café L'OR (grãos, torrado e moído, instantâneo e cápsulas) em até 2 mil pontos de venda no Brasil.

"As vendas de café não foram impactadas pela recessão e o segmento de luxo continua a crescer acentuadamente", disse a presidente da JDE no Brasil, Lara Brans, durante uma coletiva de imprensa em São Paulo.

A JDE espera que o mercado de café super premium no Brasil dobre em tamanho em três anos. A empresa vê o segmento apresentando crescimento semelhante ao reportado para itens como cervejas premiums e chocolates, que registraram aumentos de quase 20 por cento nas vendas no ano passado, apesar da mais acentuada recessão já vista no Brasil.

A maioria dos produtos L'OR estão sendo produzidos no Brasil, usando cafés brasileiros selecionados, mas a companhia também importará da França as cápsulas de café compatíveis com as máquinas da Nespresso.

Brans disse que a JDE será a primeira companhia a vender as cápsulas de alumínios compatíveis com a Nespresso em supermercados no Brasil (a Nestlé vende suas cápsulas diretamente a clientes, online ou em suas próprias lojas).

O mercado para café em cápsulas cresceu 50 por cento no Brasil em 2016, segundo a JDE.

(Por Marcelo Teixeira)

Reuters

Forno de Minas amplia presença no Rio Grande do Sul e planeja crescer em 28% em vendas nos próximos dois anos

08/08/2017 Sabores e Culinária

A praticidade, o sabor, a qualidade e a confiança dos produtos da Forno de Minas já são conhecidos dos gaúchos. Atualmente, os produtos da marca são comercializados em mais de três mil pontos de venda no Rio Grande do Sul. A expectativa é ampliar as vendas em 28% no estado, até 2019.

Como parte dessa estratégia, o mix de opções datradicional indústria de alimentos congelados acaba de chegar também à Rede Andreazza, no Supermercado Andreazza e no O Vantajão. A parceria com uma das principais redes supermercadistas da região Sul do Brasil, significa o alcance de mais 31 lojas, nos principais bairros de Caxias do Sul e municípios da Serra Gaúcha. Dentre os produtos escolhidos estão a linha de pão de queijo, com sete opções de tamanhos, formatos e receitas (tradicional, coquetel, lanche, gourmet, fit, palito de queijo e assado congelado); o waffle tradicional; a lasanha à bolonhesa; a batata noissete e a batata BQA.

Além do carro-chefe da marca, o pão de queijo, a Forno de Minas oferece aos gaúchos um portfólio de mais de 20 produtos, que atendem tanto o varejo quanto o food service. Destaque para a Lasanha Congelada à Bolonhesa que considera à crescente demanda do mercado de congelados e pratos prontos, tendo como diferenciais: o sabor caseiro, ingredientes selecionados, carne de qualidade e molho artesanal. Já o waffle chegou ao mercado brasileiro com exclusividade da indústria. Tornando-se a pioneira na introdução do produto no país. As especialidades de batatas congeladas surgem também como opção de praticidade. Feitas a partir da batata ralada ou purê de batata, são pré-fritas e bastar aquecer no forno para servir.

Sobre a Forno de Minas

A Forno de Minas Alimentos S/A, tradicional indústria de alimentos congelados e líder de mercado na comercialização de pães de queijo no Brasil, nasceu do sucesso da receita caseira de pão de queijo da Dona Dalva. Fundada em 1990, gerida pela própria Dona Dalva, pelos filhos Hélida e Helder e pelo sócio Vicente Camiloti, é nacionalmente reconhecida pela qualidade, praticidade e tradição de seus produtos. Tem o pão de queijo preferido dos brasileiros e oferece soluções para todas as ocasiões de consumo, com um portfólio de mais de 20 produtos, que atendem tanto o varejo quanto o food service. Em 2009, foi readquirida pela família Mendonça, 10 anos depois de ficar sob controle de uma multinacional norte-americana.

A sede da empresa é localizada em Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte, e possui 24 mil m². A Forno de Minas também possui um Indústria de Laticínios própria, que produz o queijo e outros produtos para a fábrica. Com mais de 1000 colaboradores e oito filiais no Brasil e uma subsidiária nos Estados Unidos.

PI: máquina acelera em até cinco vezes o beneficiamento de feijão verde

Teresina/PI

Uma máquina que quintuplica a produtividade da debulha de feijões ainda verdes deverá auxiliar milhares de agricultores familiares que trabalham com essa cultura no Nordeste brasileiro. O processo manual de separação do grão da casca, conhecido como debulha, quando executado por uma pessoa adulta, rende de quatro a seis quilos por hora. Com a máquina, o pequeno produtor consegue debulhar até 25 quilos de grãos de feijão verde por hora.

Desenvolvido com apoio do Banco do Nordeste pelos pesquisadores César Nogueira, da Embrapa Meio-Norte (PI), e Francisco Freire Filho, Embrapa Amazônia Oriental (PA), o equipamento mede 45 centímetros de comprimento por 43 de altura, pesa 12 quilos e funciona com um motor elétrico de 250 Watts.

“Esse avanço acelera o rendimento da mão de obra e incrementa a renda”, destaca César Nogueira, lembrando que a debulha de 25 quilos de feijão verde por hora é suficiente para atender à demanda de grupos familiares que vendem a produção a restaurantes, supermercados e em feiras.

A produção de feijão verde, majoritariamente da espécie caupi (Vigna unguiculata), no Nordeste brasileiro é manual do plantio ao beneficiamento. Nogueira explica que o processo de debulha é relativamente fácil quando se trata de quantidade para o consumo diário de uma família. “No entanto, quando a atividade visa à comercialização, se torna um trabalho cansativo e com baixo rendimento”, frisa o cientista.

“É importante que os agricultores saibam que a máquina pode ser usada também para debulhar o feijão seco ou maduro, com umidade do grão inferior a 15%”, detalha o pesquisador. Na debulha de feijões ainda verdes, a umidade do grão deve estar entre 35% e 60%. “Mas se a umidade estiver no intervalo de 16% a 35%, há uma tendência de amassar os grãos pelo fato de as vagens e os grãos estarem em estágio plástico”, alerta.

Ponto certo da colheita
Outra orientação dos pesquisadores que deve ser seguida à risca pelos produtores é sobre o momento da colheita. O agricultor que produz feijão verde sabe qual é o ponto ideal. Ele ocorre quando as vagens atingem o volume máximo de desenvolvimento e começam a mudar da cor verde para a roxa ou amarela, dependendo da cultivar.

Nesse momento, os grãos atingem o peso máximo. Ou seja: é o ponto em que os grãos param de crescer, dando início ao processo de desidratação natural. Isso é importante sob o aspecto econômico, porque o grão rende mais e pode ser mais bem trabalhado. Segundo Nogueira, nesse intervalo a umidade pode variar entre 40% e 60%.

Simplicidade
Criada para ser usada em feiras livres, a máquina é simples, de fácil construção e de baixo custo. Se produzida por unidade, em Teresina (PI), seu custo fica em cerca de R$ 800,00, ou mais. Se a produção for em série de pelo menos dez, o preço diminui para R$ 500,00 ou até menos do que isso, de acordo com César Nogueira.

Os pesquisadores levaram dois anos para desenvolver a debulhadora e contaram com investimentos de R$ 15 mil. Para chegar ao projeto definitivo da máquina, os cientistas foram buscar detalhes em um equipamento que debulha ervilha desenvolvido nos Estados Unidos.

Revolução na agricultura familiar
A primeira comunidade agrícola beneficiada com a debulhadora foi a Cooperativa dos Produtores Agropecuários do Portal do Parnaíba (Cooperagro), na zona rural norte de Teresina. Vinte famílias já testam a máquina há cerca de um ano e com ela conseguiram mudar de vida. “Essa debulhadora está sendo uma revolução na agricultura familiar”, exalta Marcos Venicíos Andrade de Araújo, 48 anos, presidente da cooperativa.

Segundo ele, com o uso da máquina, a Cooperagro deu um salto de eficiência no beneficiamento de feijão verde. “O que antes parecia impossível, hoje se tornou uma realidade. Antes, debulhávamos uma média de 30 quilos de feijão por dia. Hoje, com apenas um operador, conseguimos alcançar cerca de 200 quilos por dia”, comemora Araújo.

Além da velocidade no beneficiamento de feijões verdes, que têm vida curta de prateleira, a debulhadora está permitindo que os agricultores façam o plantio de forma escalonada, com irrigação, podendo colher o produto no tempo certo. “Estamos atendendo o mercado consumidor com maior rapidez e precisão”, comemora Araújo.

Cooperado-padrão
Domingos Ferreira Silva, de 50 anos, o Dominguinho, agente de saúde da Prefeitura de Teresina e nas horas vagas agricultor, obteve destaque da produção de feijão verde na Cooperagro. Trabalhando sempre com a cultivar de feijão-caupi BRS Guaribas, desenvolvida pela Embrapa, ele foi o cooperado que mais teve ganho real em 2016 e é o agricultor que mais vem se beneficiando da debulhadora na cooperativa.

Além de faturar mil reais todo mês, Dominguinho obteve seis mil reais de ganho real, no fim do ano passado. Também foi eleito cooperado-padrão pelo desempenho na produção, beneficiamento e comercialização de feijão verde. Sozinho, ele produziu 1,2 tonelada em pouco mais de um hectare. “Foi um esforço grande que fizemos, em horários fora do meu expediente de trabalho na prefeitura, para conseguir essa produção”, explica.

“A debulhadora desenvolvida pela Embrapa é um grande avanço na melhoria de vida da comunidade agrícola do Portal do Parnaíba, ” considera Dominguinho. O cooperado conta que as famílias estão entusiasmadas com a perspectiva de aumentar ainda mais a produção de feijão verde ao longo do ano. “Isso porque aquele trabalho duro de debulhar à mão acabou. É uma evolução”, sentencia.

A Cooperagro, mesmo ainda em construção, conseguiu produzir, beneficiar e comercializar cerca de três toneladas de feijão verde no ano passado, ao preço de doze reais o quilo, faturando quase R$ 40 mil. A cooperativa produz, beneficia e vende também macaxeira, outro produto nordestino de forte apelo culinário em todo o País.

Estratégico e fonte de proteínas
O pesquisador Francisco Freire Filho lembra que o feijão-caupi, feijão-de-corda ou feijão macassar (Vigna unguiculata), como é conhecido principalmente pelos nordestinos, continua sendo uma das mais importantes fontes de proteínas nas regiões tropicais e subtropicais no mundo. No Nordeste brasileiro, ele é estratégico na segurança alimentar e vem gerando emprego e renda.

A cultura também tem ganhado força e destaque na produção agrícola das regiões Norte e Centro-Oeste do País. O Mato Grosso é o estado que vem liderando nos últimos anos a produção de feijão-caupi. Em 2015, por exemplo, segundo o Levantamento Sistemático de Produção Agrícola do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (Ibge), foram produzidas 230.897 toneladas, numa área colhida de 224.683 mil hectares.

De origem africana, o feijão-caupi aportou no Brasil na segunda metade do século XVI, no Estado da Bahia, então centro administrativo do País, pelas mãos dos colonizadores portugueses. De lá, o produto foi levado para os outros estados nordestinos, onde conquistou espaço na agricultura e na mesa dos sertanejos

Fonte: Embrapa Meio-Norte