AbbVie é a companhia farmacêutica com melhor reputação, segundo estudo do Reputation Institute

SÃO PAULO, 28 de junho de 2017 /PRNewswire/ — Reputation Institute, com sede em Boston e mais de 20 anos em pesquisa de reputação corporativa em todo o mundo, apurou a biofarmacêutica AbbVie como a companhia com melhor reputação, no setor farmacêutico, no mundo. A pesquisa (Global Pharma RepTrack®) foi realizada em oito mercados, incluindo Brasil, entre janeiro e fevereiro deste ano. No total, foram 16.500 questionários coletados.

No resultado global, a AbbVie avançou 5.3 pontos em relação a 2016, ficando no topo do ranking mundial com 74,2 pontos totais; no Brasil, a reputação da AbbVie avançou 2.3 pontos em relação ao ano anterior, alcançando o marco de 73,7, ficando entre as cinco companhias farmacêuticas melhor avaliadas no país.

O Global Pharma RepTrak®2017, maior estudo de reputação corporativa do mundo,  avaliou a percepção do público em geral sobre 17 companhias farmacêuticas, a respeito das dimensões de desempenho, produtos/serviços, inovação, local de trabalho, governança, cidadania e liderança.

Nos sete aspectos analisados, a AbbVie obteve melhor pontuação global como local de trabalho, governança e cidadania corporativa. No Brasil, as melhores pontuações foram em qualidade de produtos e serviços, cidadania corporativa e governança corporativa, incluindo atuação ética.

"Os resultados mostram que o público em geral tem uma percepção positiva sobre as companhias farmacêuticas, em vários aspectos, principalmente em produtos e serviços oferecidos, inovação e liderança", afirmou Kasper Ulf Nielsen, sócio executivo do Reputation Institute. "Reputação é a percepção que o público em geral tem e é esta percepção que é captada pelo estudo RepTrak®.

"Este é um resultado positivo e, essencialmente,  um reconhecimento do  trabalho que a AbbVie tem feito desde seu estabelecimento, há menos de cinco anos no mundo e quatro no Brasil, junto aos pacientes, profissionais de saúde, governos e autoridades de saúde", afirma Patricia Sant'Anna, Diretora de Comunicação e Assuntos Corporativos da AbbVie no Brasil.

Para mais informação sobre os resultados da pesquisa, confira o relatório completo Pharma RepTrak®  em https://www.reputationinstitute.com/Global-Pharma

Sobre Reputation Institute

A metodologia RepTrak® do Reputation Institute é o padrão ouro na ciência da reputação. O Reputation Institute auxilia companhias globais a avaliar o poder de sua reputação como vantagem competitiva. O Reputation Institute tem realizado pesquisas nos últimos 20 anos, sobre 7.000 companhias, em 40 países, desenvolvendo, assim, a maior base global de dados normativos do mundo sobre gestão de reputação, KPI (Key Performance Indicator ? Indicador chave de desempenho), benchmark (processo de avaliação de um empresa frente à sua concorrência), métricas e melhores práticas. Para mais informação, acesse http://www.reputationinstitute.com

Sobre a AbbVie

A AbbVie é uma companhia biofarmacêutica global, que tem compromisso de desenvolver terapias inovadoras avançadas, para algumas das mais complexas e críticas condições de saúde. A missão da companhia é usar seu conhecimento, equipe dedicada e foco em inovação para aprimorar, de forma notável, tratamentos em quatro áreas terapêuticas principais: imunologia, oncologia, virologia e neurociência. Em mais de 75 países, os colaboradores da AbbVie trabalham todos os dias para desenvolver soluções em saúde para pessoas ao redor do mundo.

No Brasil, suas unidades de negócios locais incluem imunologia, neonatologia e virologia e, entre suas diferentes áreas de atuação, conduz mais de 25 estudos clínicos, envolvendo mais de 750 pacientes, em 200 centros de pesquisa. Para mais informação, www.abbvie.com.br

Contato para a Imprensa:
Maria José Arrojo
SPMJ
(mjarrojo@spmj.com.br)
+55 11 3289-2699

FONTE AbbVie

PRNEWSWIRE

‘Simpósio se consolida como um dos principais eventos das ciências regulatórias’, diz presidente da Anvisa

“Esta parceria entre o Sindusfarma e a Anvisa na realização da sexta edição deste evento se consolida como um dos principais eventos que temos no Brasil no campo das ciências regulatórias, que permite uma plataforma de diálogo transparente, técnico, fundamental entre indústria farmacêutica e autoridade regulatória”. Com estas palavras, o presidente da Anvisa, Jarbas Barbosa, abriu os trabalhos do VI Simpósio Novas Fronteiras Farmacêuticas, na manhã desta quarta-feira (28), no auditório da Anvisa, em Brasília.

Falando em nome do Sindusfarma, a diretora de Assuntos Regulatórios, Rosana Mastellaro, concordou: “É por causa do ambiente favorável para o aprimoramento constante dos processos produtivos e regulatórios dos medicamentos que o Sindusfarma tem organizado tantos workshops em parceria com a Anvisa, com tanto sucesso em termos de intercâmbio de informações e tanto resultado prático na atuação da indústria farmacêutica”, disse . “Eventos como este Simpósio são importantes e fundamentais para o desenvolvimento de nossa atividade”, concluiu Rosana.

Com a participação de 30 palestrantes internacionais, o Simpósio Novas Fronteiras Farmacêuticas nas Ciências, Tecnologia, Regulamentação e Sistema de Qualidade acontece nesta quarta e quinta-feira, numa realização de Sindusfarma, International Pharmaceutical Federation (FIP) e Anvisa.

Em cinco grandes eixos temáticos, o Simpósio está abordando, entre outros temas: Harmonização, Convergência e Reliance Regulatório – Cooperação entre Agências ReguladorasBioequivalência e seus Desafios para o Século XXIPlano de Ação para Atendimento do Nível 2 da ICH – Próximos 5 AnosAnálise de Risco Aplicada ao Desenvolvimento Tecnológico e Produção de MedicamentosO Impacto do Brexit sobre EMA & PRACIntegrantes da comissão organizadora do Simpósio, Igor Linhares, diretor da FIP, e Lauro Moretto, presidente da Academia Nacional de Farmácia, estão presentes ao evento.

Conheça os palestrantes do Simpósio:

Quarta-feira Dr. Jarbas Barbosa, diretor-presidente da AnvisaJosé Peña, Organização Pan-Americana da Saúde (Opas)Cammilla Horta, AnvisaPetra Doerr, Consortium Internacional ACSSLooi Yee Hoo, Agência Reguladora de CingapuraRenato Porto, AnvisaKowid Ho, RochePetter Pitts, CMPISini Eskola, IPS/FIP Quinta-feiraPeter Lin, diretor médicoFilip Mussen, J&JMarcos Pereira, JanssenBretta Lichtenhan, MerckShawn Gould, JanssenChristine Moore, MerckJosé Cardoso Menezes, 4tune EngeneeringPeter Pitts, CMPIHerve Le Louet, Comissão Europeia de FarmacovigilânciaSusan Proulx, Institute for Safe Medication Practices (ISMP – US)Magaly Aham, PharmaBioServLívia Santos, Anvisa

‘Parceria com Sindusfarma permite diálogo transparente e técnico fundamental’, diz Jarbas Barbosa

Na abertura do VI Simpósio Novas Fronteiras Farmacêuticas, na quarta (28), em Brasília, o presidente da Anvisa, Jarbas Barbosa, falou da bem-sucedida parceria com o Sindusfarma, "que permite uma plataforma de diálogo transparente, técnico, fundamental entre indústria farmacêutica e autoridade regulatória".

“Esta parceria entre o Sindusfarma e a Anvisa na realização da sexta edição deste evento, que eu acredito que se consolida como um dos principais eventos que nós temos no Brasil no campo das ciências regulatórias; e que permite uma plataforma de diálogo transparente, técnico, mas fundamental entre indústria farmacêutica e autoridade regulatória, no sentido de buscar pontos que são desafiantes para ambos – os produtores de medicamentos e os reguladores da área de medicamentos –, que precisam tanto se basear nas melhores evidências científicas disponíveis, nas melhores práticas internacionais, fazendo com que haja um desenvolvimento harmônico entre o nosso setor produtivo farmacêutico e a capacidade da agência regulatória, que é a Anvisa”.

“Acredito que esse evento, como outros que temos feito, têm sido extremamente benéficos, no sentido de promover um conhecimento melhor dos desafios, dos problemas enfrentados pela indústria farmacêutica brasileira e por toda a cadeia que se movimenta em torno dos medicamentos – além da indústria farmacêutica, distribuidores, varejo etc. – e autoridades regulatórias”.

‘Eventos como este Simpósio são fundamentais para o desenvolvimento da indústria farmacêutica’, diz Sindusfarma

“É por causa do ambiente favorável para o aprimoramento constante dos processos produtivos e regulatóriosdos medicamentos que o Sindusfarma tem organizado tantos workshops em parceria com a Anvisa, comtanto sucesso em termos de intercâmbio de informações e tanto resultado prático na atuação da indústria farmacêutica”, disse a diretora de Assuntos Regulatórios do Sindusfarma, Rosana Mastellaro, na abertura do VI Simpósio Novas Fronteiras Farmacêuticas, na manhã da quarta-feira (28), no auditório da Anvisa, em Brasília.

Falando em nome do presidente executivo da entidade, Nelson Mussolini, ela concluiu: “Eventos como este Simpósio são importantes e fundamentais para o desenvolvimento de nossa atividade”.

Veja abaixo a íntegra do pronunciamento da diretora de Assuntos Regulatórios do Sindusfarma:

"Como se costuma dizer, o Brasil é muito maior do que a crise".

"Este Simpósio é a prova desta afirmação".

"Hoje e amanhã, cientistas e especialistas internacionais, profissionais do órgão regulador e de outras áreas do governo e profissionais das empresas reguladas vão alargar as fronteiras da indústria farmacêutica no Brasil".

"Num mesmo fórum e com o mesmo propósito de cumprir as respectivas missões cada vez melhor, nós, profissionais responsáveis pelo funcionamento deste sistema complexo e vital para a saúde da sociedade brasileira, vamos debater o estado da arte dos principais aspectos da produção, da qualidade e do controle sanitário dos medicamentos".

"Esta convergência só se tornou possível porque a indústria farmacêutica instalada no Brasil encontrou eco, na Anvisa, para suas demandas de excelência".

"Porque a indústria tem na Anvisa um interlocutor sério, rigoroso e exigente – muito exigente, diga-se -, mas verdadeiramente comprometido com o desenvolvimento da cadeia produtiva farmacêutica".

"Eu, que frequento semanalmente este espaço, que converso diariamente com diretores, gerentes e técnicos da Anvisa, que acompanho permanentemente o andamento das consultas, dos processos e da elaboração das resoluções, sou testemunha deste clima propício para o diálogo, mesmo quando nossos pleitos não são atendidos".

"O importante é que a indústria pode discutir francamente seus problemas com a Anvisa".

"E é justamente por causa desse ambiente favorável para o aprimoramento constante dos processos produtivos e regulatórios dos medicamentos que o Sindusfarma tem organizado tantos workshops em parceria com a Anvisa, com tanto sucesso em termos de intercâmbio de informações e tanto resultado prático na atuação da indústria farmacêutica".

"Resumindo: eventos como este Simpósio são importantes e fundamentais para o desenvolvimento de nossa atividade. Tenho certeza de que estes dois dias serão muito produtivos e nos brindarão com novos conhecimentos e novos desafios".

Novo antibiótico é descoberto no solo

Publicação: 29/06/2017 04:00
Pesquisadores americanos descobriram um novo antibiótico que pode ajudar a combater infecções bacterianas. O medicamento, chamado de pseudouridimicina, foi encontrado durante uma busca de microrganismos na terra que pudessem ser usados na área médica. Ele estava presente em uma amostra de solo coletada na Itália. Os mecanismos de ação do remédio foram apresentados na última edição da revista científica especializada Cell.

Testes realizados com tubos de ensaio mostraram que o novo antibiótico mata um amplo espectro de bactérias que são resistentes aos fármacos atuais, e também curou infecções bacterianas em camundongos. Os pesquisadores explicaram que a pseudouridimicina funciona como um inibidor de nucleósideo, característica semelhante a uma grande classe de medicamentos já existentes. “Inibidores de análogos de nucleósideos tolhem seletivamente as polimerases de nucleótidos virais e causam um impacto transformador no tratamento do HIV-AIDS e da hepatite C.

Os fármacos anti-AIDS Zidovudine, Videx, Zalcitabine, Lamivudine e Viread são dessa classe. Os anti-hepatite C Solvadi e Harvoni também”,explicou, em um comunicado à imprensa, Stefano Donadio, um dos autores do estudo e pesquisador da clínica farmacêutica NAICONS.

Donadio também destacou a importância do medicamento encontrado e como a busca por novos remédios no meio ambiente pode ser promissora. “Inibidores de análogos de nucleósideos podem ter um impacto similarmente transformador no tratamento de infecções bacterianas. Essa descoberta também mostra a importância dos produtos naturais no fornecimento de novos antibióticos. Os micróbios tiveram bilhões de anos para se desenvolver e possivelmente se tornar ‘armas químicas’ para matar outros micróbios”, ressaltou o autor do estudo.

Prati-Donaduzzi leva Projeto Mais Saúde à Maringá

Durante o evento será distribuído o primeiro volume da série "Tudo sobre Medicamentos", parceria de conteúdo entre a Prati-Donaduzzi e o site Dr. Drauzio Varella

No próximo dia 30, a Prati-Donaduzzi, maior produtora de medicamentos genéricos do Brasil*, realizará a 5ª edição do projeto Mais Saúde, em Maringá, região norte do Paraná. Durante um dia inteiro serão realizadas atividades de cuidados com a saúde e bem-estar da população.

Alertando sobre os perigos de doenças contemporâneas como o diabetes, o mutirão vai oferecer serviços como aferição de pressão arterial e teste de glicemia, além de sanar dúvidas sobre a eficácia dos genéricos. O evento ocorrerá das 9h às 17h, na Praça Deputado Renato Celidônio, e conta com o apoio da Rede de Farmácias Drogamais e das universidades Unicesumar e Uningá.

A novidade fica por conta da distribuição do 1° volume da série “Tudo sobre Medicamentos”, uma parceira de conteúdo entre Prati-Donaduzzi e site Dr. Drauzio Varella, que neste fascículo explica o que é o princípio ativo e como funcionam os estudos que garantem eficácia e segurança dos medicamentos. O volume também está disponível para download gratuito através do link: https://goo.gl/HkNVRH
*Fonte: IMS Health MAT Maio/2017 PMB+NRC Doses Terapêuticas
Serviço:

Projeto Mais Saúde Prati-Donaduzzi
Data: 30/06/2017
Local: Praça Deputado Renato Celidônio
Cidade: Maringá/PR
Horário: 9h às 17h
Sobre a Prati-Donaduzzi

A Prati-Donaduzzi, indústria farmacêutica especializada no desenvolvimento e produção de medicamentos genéricos e similares, é a primeira no país a comercializar os medicamentos fracionáveis. Com sede em Toledo, oeste do Paraná, tem mais de 4 mil colaboradores e possui um dos maiores portfólios de medicamentos genéricos do Brasil. Produz, em média, 12 bilhões de doses terapêuticas por ano.

Nova vacina contra tuberculose apresenta resultados promissores

28 de junho de 2017

Karina Toledo  |  Agência FAPESP – Uma nova vacina contra a tuberculose – mais potente do que a atualmente usada na imunização de crianças – está sendo desenvolvida no Instituto Butantan com apoio da FAPESP.

Resultados promissores de ensaios pré-clínicos, feitos com camundongos, foram publicados na revista Scientific Reports, do grupo Nature.

“A vacina BCG tradicional é eficaz para proteger crianças das formas mais graves da doença, mas oferece proteção limitada contra infecções pulmonares em adultos. Portanto, desenvolver um novo imunizante mais potente tem sido um desafio da comunidade científica internacional. Diversas estratégias estão sendo testadas”, comentou Luciana Leite, diretora do Laboratório Especial de Vacina do Butantan e coordenadora do projeto.

A estratégia adotada pelo grupo paulista foi desenvolver uma versão recombinante da BCG, ou seja, modificar a bactéria usada na formulação da vacina convencional – a Mycobacterium bovis – para fazê-la produzir uma proteína típica de outra bactéria, a Escherichia coli.

“Essa proteína recombinante, que chamamos de LTAK63, tem um efeito adjuvante na formulação, isto é, faz com que a resposta do sistema imune à vacina seja muito mais forte”, contou Leite.

Nos experimentos com camundongos, os pesquisadores compararam a proteção oferecida pela BCG convencional e pela BCG recombinante. O grupo controle foi composto por animais não imunizados.

Doze semanas após a vacinação, os três grupos foram infectados com a bactéria causadora da tuberculose, a Mycobacterium tuberculosis. Depois de 30 dias, a quantidade de bactérias presente no pulmão foi avaliada.

Nos animais não imunizados, a análise histológica revelou uma grande infiltração de células inflamatórias no pulmão e a quantidade de bactérias no tecido chegou a 1 milhão. No grupo que recebeu a BCG convencional, o número de microrganismos encontrado foi em torno de 100 mil e o grau de inflamação bem mais moderado, porém maior do que o observado no grupo que recebeu a versão recombinante da vacina. Nesse terceiro grupo, foram encontradas no pulmão apenas cerca de 1 mil bactérias.

“Fizemos, em seguida, um segundo experimento no qual desafiamos os animais com uma quantidade até 100 vezes maior de Mycobacterium tuberculosis e observamos que apenas a versão recombinante da BCG ofereceu proteção nesse caso. No grupo que recebeu a vacina convencional os animais começaram a morrer depois de alguns dias”, contou Leite.

Encurtando etapas

O desenvolvimento dessa nova vacina contra a tuberculose foi, de acordo com Leite, desdobramento de um projeto de pesquisa anterior, que tinha como objetivo criar uma versão recombinante da vacina DTP – contra difteria, tétano e coqueluche.

Esse trabalho começou no ano 2000, quando, com apoio da FAPESP, Leite montou um laboratório para desenvolver a metodologia necessária para a produção de BCG recombinante.

“Por ser capaz de induzir no organismo uma resposta imune forte e inespecífica, a bactéria usada na vacina BCG também tem sido empregada como adjuvante no tratamento do câncer e na imunização contra várias doenças. Nossa ideia, na época, foi criar uma versão recombinante desse microrganismo capaz de produzir, por exemplo, uma proteína da bactéria causadora da coqueluche. Assim, seria possível imunizar ao mesmo tempo contra as duas doenças”, explicou a pesquisadora.

Esse projeto inicial está em fase avançada de desenvolvimento e, segundo Leite, os primeiros ensaios clínicos da vacina recombinante contra a coqueluche devem ter início em breve, com financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Durante a realização dos experimentos pré-clínicos, o grupo percebeu que a proteína recombinante que imunizava contra a coqueluche também tinha um efeito adjuvante sobre a própria BCG, ou seja, modificava também a resposta imune do organismo à tuberculose.

“Observamos que a resposta estava diferente, mas não o suficiente para aumentar a proteção contra a tuberculose, causada por uma bactéria muito virulenta. Começamos então a procurar uma proteína diferente que fosse capaz de aumentar ainda mais essa resposta imune contra a tuberculose. Foi como chegamos à LTAK63”, contou.

A boa notícia, segundo a pesquisadora, é que grande parte do conhecimento adquirido durante o projeto da coqueluche poderá ser aproveitado no desenvolvimento da nova vacina contra a tuberculose, encurtando etapas cruciais.

“Levamos muitos anos para conseguir adaptar a formulação testada em camundongos para uso em humanos, no caso da vacina contra a coqueluche. Mas agora estamos com a metodologia pronta e o processo deverá ser mais rápido”, afirmou.

O trabalho iniciou durante o pós-doutorado de Ivan Pereira Nascimento com apoio da FAPESP e continua no doutorado de Carina Carvalho dos Santos, que atualmente realiza um estágio de pesquisa no Leiden University Medical Center, na Holanda, também apoiado pela FAPESP. A  pesquisa já teve patente aprovada nos Estados Unidos e na África do Sul. 

A estimativa é que a nova vacina contra a tuberculose possa estar disponível em até 10 anos. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a doença atinge mais de 10 milhões de pessoas no mundo e o Brasil está entre os 30 países com maior incidência da doença.

O artigo Recombinant BCG Expressing LTAK63 Adjuvant induces Superior Protection against Mycobacterium tuberculosis pode ser lido em: www.nature.com/articles/s41598-017-02003-9.

Bayer é multada por vender remédio como se fosse ‘bala’

Keka Werneck, repórter de A Gazeta

Entidade estadual agiu mediante denúncia

Por vender medicamento como se fosse “balinha” nas farmácias locais, a empresa multinacional Bayer S.A., que tem 150 anos de história e é referência nas áreas de saúde e agricultura, foi multada pelo Procon Estadual em R$ 1,5 milhão. A multa é a maior já aplicada pela entidade estadual de que se tem notícia. A empresa é acusada de veicular publicidade abusiva direcionada ao público infantil do suplemento alimentar de vitamina “C” Redoxitos.

Processo do caso foi aberto em 10 de setembro de 2015, com a lavratura do auto de infração, feito pela equipe de fiscalização, atendendo à denúncia encaminhada pelo Instituto Alana, uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, que atua em favor da “plena da infância”, tendo como missão “honrar a criança”.

A fiscalização identificou 4 infrações em Mato Grosso relacionadas à publicidade de suplemento vitamínico, comercializado como alimento “bala de goma”.

No auto de infração consta que a publicidade da embalagem promocional do Redoxitos – comercializada em todo o país – foi considerada abusiva porque o frasco é decorado com imagens de personagens do filme de desenho animado “Divertidamente” com distribuição de brinde. Isso se tornava um apelo ao público infantil, associando o consumo do produto à diversão. A Bayer é acusada também de, utilizando versão do conto “Os três porquinhos”, levar a crer que se as crianças tomassem o suplemento ficariam imunes a doenças ou resfriados.

Reprodução

O Procon Estadual avalia que o caso é grave daí o valor recorde da multa. “Na hora de aplicar uma multa, levamos em consideração a gravidade da infração, a vantagem auferida com prática infrativa e a condição econômica do infrator. Então, são 3 aspectos para firmar o valor”, explica o gerente de Fiscalização, Controle e Monitoramento de Mercado do Procon-MT, Ivo Vinícius Firmo. “Neste caso, como se trata de uma empresa que tem atuação global – apesar de que a gente considerou só a atuação aqui em Mato Grosso – e pela gravidade da publicidade abusiva prejudicial às crianças, entendemos que este é o valor adequado”, justifica.

A Bayer já recorreu em um primeiro momento, mas o Procon avaliou que deveria multá-la. Um outro recurso foi impetrado e está em análise. A Bayer foi procurada pela reportagem, por meio da assessoria de imprensa, mas o contato só foi conseguido no início da noite. A assessoria afirmou que a empresa fará uma análise do caso para só então se posicionar.

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A nova RDC 157/2017 da Anvisa

Por Andre Pereira-Rastreabilidade Brasil

27 de junho de 2017

Segundo os dados da Organização Mundial de Saúde – OMS, 30% dos medicamentos consumidos no Brasil são falsificados ou contrabandeados. Inclusive, os medicamentos estão entre as cargas mais roubadas no Brasil fomentando um mercado clandestino.

1. De acordo com estimativas da OMS, 50% dos usuários fazem uso dos medicamentos de maneira incorreta e 19% dos medicamentos vendidos no Brasil são falsificados.
2. Segundo o Conselho Federal de Farmácia o Brasil está entre os 10 maiores países consumidores de medicamentos.
3. Segundo o Sistema Nacional de Informações Tóxico / Farmacológicas (SINITOX) os medicamentos foram responsáveis por 28% dos casos de intoxicação registrados no país.

A Lei 11.903, de 14 de janeiro de 2009 dispõe o rastreamento da produção e do consumo de medicamentos. Esta é realizada por meio de tecnologia de captura, armazenamento e transmissão eletrônica de dados.

O termo track and trace em inglês significa o processo de determinar a localização atual e também as localizações passadas por onde o item transitou. E por este recurso será obtido o histórico ou a localização do objeto através da identificação.

A Lei 13.410, de 28 de dezembro de 2016 alterou o conteúdo da Lei 11.903/2009 e seus respectivos prazos para torná-la flexível.

A referida Lei 13.410/2016 cita no 1º parágrafo, artigo 4º o seguinte: “O órgão de Vigilância Sanitária Federal competente implantará e coordenará o Sistema Nacional de Controle de Medicamentos”

Por isto a Anvisa publicou a RDC 157, de 11 de maio de 2017 que veio para substituir a revogada RDC 54, de 10 de dezembro de 2013.  A RDC dispõe sobre a implementação do Sistema Nacional de Controle de Medicamentos e os mecanismos e procedimentos para rastreamento de medicamentos e dá outras providências.

Esta norma aplica-se a todos os medicamentos e membros da cadeia de movimentação de medicamentos que participarem da fase experimental prevista no Art. 5º da Lei n.º 11.903, de 14 de janeiro de 2009.

Se os benefícios da rastreabilidade são inúmeros, por que a grande maioria das empresas está ficando para trás na implementação do processo?

Vários países começam a atender o projeto de rastreabilidade de medicamentos, o que naturalmente demonstra que o Brasil apenas segue uma tendência global. E não está inventando nenhuma regra, apenas deseja ser inserido numa necessidade urgente para coibir abusos e insegurança na comercialização de medicamentos.

1. Como ainda a Anvisa não publicou a Instrução Normativa com a listagem dos medicamentos e membros da cadeia de movimentação da fase experimental, é preciso aguardar.
2. As especificações tecnológicas necessárias à operacionalização do SNCM (Sistema Nacional de Controle de Medicamentos) serão publicadas por meio de Instrução Normativa, em até quatro meses a contar da publicação dessa norma.

Estão excluídos da fase experimental as seguintes categorias de medicamentos:

I – soros e vacinas integrantes do Programa Nacional de Imunização; (Será publicada Instrução Normativa com a listagem dos Programas do Ministério da Saúde e seus respectivos medicamentos)
II – radiofármacos;
III – medicamentos isentos de prescrição;
IV – medicamentos pertencentes a Programas do Ministério da Saúde, de distribuição gratuita e controle individualizado de entrega; (Será publicada Instrução Normativa com a listagem dos Programas do Ministério da Saúde e seus respectivos medicamentos)
V – medicamentos específicos, fitoterápicos e dinamizados;
VI – amostras grátis;
VII – meios de contraste injetáveis;
VIII – gases medicinais.

Custos, gastos, investimentos são as primeiras perguntas que começam a surgir por mais que se sinta atraído pela possibilidade de garantir a integridade de sua imagem, ou seja, segurança do seu produto e acima de tudo o respeito pelo consumidor.

Marvel se alia pela primeira vez à uma empresa farmacêutica

O laboratório Takeda e o estúdio se uniram em uma campanha de conscientização sobre a doença inflamatória intestinal (DII), que traz quadrinhos e super-heróis personalizados

Karina Julio
27 de junho de 2017 – 11h45

Conhecida no mundo do entretenimento e licenciamentos, a Marvel se associa pela primeira vez a uma empresa farmacêutica, a Takeda. Na semana passada, o laboratório lançou no Brasil sua campanha “DII Sem Máscaras”, em parceria com o estúdio, para conscientizar a população sobre a doença inflamatória intestinal (DII), que soma dez mil novos casos por ano no Brasil. No mundo, existem mais de cinco milhões de pessoas com DII, sendo os dois tipos mais comuns a retocolite ulcerativa (RCU) e a doença de Crohn (DC).

Focado no digital, com site próprio e peças nas mídias sociais, o projeto traz quadrinhos com cinco super-heróis criados pela Marvel, com idades e personalidades distintas e em diferentes estágios da doença. O objetivo é trazer informação de forma leve e destacar o cotidiano de quem convive com a doença, oferecendo informação para as famílias e para a comunidade

médica. “A indústria farmacêutica tem uma abordagem muito tradicional, sempre focada na figura do médico e do profissional de saúde. Buscamos potenciais parceiros que pudessem engajar o paciente e trazer uma mensagem positiva, e não uma conversa chata. Para a Marvel, também é inovador falar de uma questão de saúde”, afirma Rodrigo Rodriguez, diretor de marketing para medicamentos com prescrição da Takeda.

A campanha já foi realizada na Europa, com início no Reino Unido, e expandida para Estados Unidos e Canadá. Na América Latina, Peru e Argentina já receberam a campanha antes do Brasil. A Takeda tem um novo medicamento relacionado à doença, o Entyvio. “É claro que queremos inovar, mas de uma forma muito responsável. Esta área é altamente regulada, e queremos levar conhecimento sem gerar nenhum impacto no sistema de saúde”, completa Rodrigo.