Instituto Vital Brazil testa medicamento inédito

27/06/2017 – 16:42h – Atualizado em 27/06/2017 – 18:27h
» Ascom da Secretaria de Saúde

Produto contra veneno de abelha deve ser comercializado em 2019

O Instituto Vital Brazil (IVB), em parceria com o Centro de Estudos e Venenos de Animais Peçonhentos da Universidade Estadual Paulista de Botucatu (Cevap/Unesp), está produzindo o soro antiapílico. O medicamento contra o veneno de abelhas é inédito no mundo. Há um ano, o produto vem sendo testado em humanos e apresentando ótimos resultados. Dez pacientes acometidos por múltiplas picadas de abelha já participaram do teste.

– Todos os pacientes que receberam o soro antiapílico neste período de testes tiveram uma melhora significativa nos sintomas do veneno em um tempo bastante curto. Além disso, não houve nenhum caso de reação adversa, o que para nós é uma grande notícia – comemorou Luís Eduardo Cunha, assessor da Diretoria Científica do IVB.

Na fase atual, chamada de estudo clínico, é preciso testar o soro em 20 pacientes antes de o medicamento receber o registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e, em seguida, ser liberado para consumo. Para participar do teste, é preciso ter entre 18 e 60 anos, não estar grávida e ter sofrido mais de cinco picadas de abelha. O tratamento consiste na utilização de 2 a 10 ampolas do soro.

Em julho, os pesquisadores envolvidos entregarão à Anvisa um relatório do atendimento desses 10 casos tratados com o soro. No relatório, as instituições pedirão um prazo de mais um ano para que os atendimentos cheguem a 20, número estipulado para que a fase de testes seja concluída.

– Há grandes chances de o soro entrar no mercado no segundo semestre de 2019, atendendo as demandas de pacientes tratados pelo Sistema Único de Saúde – explicou Luís Eduardo.

Picadas de abelhas podem levar à morte

De acordo com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação, em 2000 foram registrados 1.440 acidentes e três mortes causadas por envenenamento por abelhas no país. Quinze anos depois foram notificados quase 12 mil acidentes e 42 óbitos, número 14 vezes superior ao de 2000. A maior incidência de acidentes com abelhas se concentra na região Sul do país.

– Proporcionalmente, é muito parecido com os casos de óbitos com picadas de serpentes. Anualmente, são registradas cerca de 120 mortes para aproximadamente 30 mil acidentes – comparou Luís Eduardo Cunha, assessor da Diretoria Científica do IVB.

Sobre o IVB

O Instituto Vital Brazil (www.vitalbrazil.rj.gov.br) é uma instituição de ciência e tecnologia do Governo do Estado do Rio de Janeiro ligada à Secretaria de Saúde. É um dos 21 laboratórios oficiais brasileiros, um dos quatro fornecedores de soros contra o veneno de animais peçonhentos e produtor de medicamentos estratégicos para o Ministério da Saúde.

A nova RDC 157/2017 da Anvisa

Por Andre Pereira-Rastreabilidade Brasil

27 de junho de 2017

Segundo os dados da Organização Mundial de Saúde – OMS, 30% dos medicamentos consumidos no Brasil são falsificados ou contrabandeados. Inclusive, os medicamentos estão entre as cargas mais roubadas no Brasil fomentando um mercado clandestino.

1. De acordo com estimativas da OMS, 50% dos usuários fazem uso dos medicamentos de maneira incorreta e 19% dos medicamentos vendidos no Brasil são falsificados.
2. Segundo o Conselho Federal de Farmácia o Brasil está entre os 10 maiores países consumidores de medicamentos.
3. Segundo o Sistema Nacional de Informações Tóxico / Farmacológicas (SINITOX) os medicamentos foram responsáveis por 28% dos casos de intoxicação registrados no país.

A Lei 11.903, de 14 de janeiro de 2009 dispõe o rastreamento da produção e do consumo de medicamentos. Esta é realizada por meio de tecnologia de captura, armazenamento e transmissão eletrônica de dados.

O termo track and trace em inglês significa o processo de determinar a localização atual e também as localizações passadas por onde o item transitou. E por este recurso será obtido o histórico ou a localização do objeto através da identificação.

A Lei 13.410, de 28 de dezembro de 2016 alterou o conteúdo da Lei 11.903/2009 e seus respectivos prazos para torná-la flexível.

A referida Lei 13.410/2016 cita no 1º parágrafo, artigo 4º o seguinte: “O órgão de Vigilância Sanitária Federal competente implantará e coordenará o Sistema Nacional de Controle de Medicamentos”

Por isto a Anvisa publicou a RDC 157, de 11 de maio de 2017 que veio para substituir a revogada RDC 54, de 10 de dezembro de 2013.  A RDC dispõe sobre a implementação do Sistema Nacional de Controle de Medicamentos e os mecanismos e procedimentos para rastreamento de medicamentos e dá outras providências.

Esta norma aplica-se a todos os medicamentos e membros da cadeia de movimentação de medicamentos que participarem da fase experimental prevista no Art. 5º da Lei n.º 11.903, de 14 de janeiro de 2009.

Se os benefícios da rastreabilidade são inúmeros, por que a grande maioria das empresas está ficando para trás na implementação do processo?

Vários países começam a atender o projeto de rastreabilidade de medicamentos, o que naturalmente demonstra que o Brasil apenas segue uma tendência global. E não está inventando nenhuma regra, apenas deseja ser inserido numa necessidade urgente para coibir abusos e insegurança na comercialização de medicamentos.

1. Como ainda a Anvisa não publicou a Instrução Normativa com a listagem dos medicamentos e membros da cadeia de movimentação da fase experimental, é preciso aguardar.
2. As especificações tecnológicas necessárias à operacionalização do SNCM (Sistema Nacional de Controle de Medicamentos) serão publicadas por meio de Instrução Normativa, em até quatro meses a contar da publicação dessa norma.

Estão excluídos da fase experimental as seguintes categorias de medicamentos:

I – soros e vacinas integrantes do Programa Nacional de Imunização; (Será publicada Instrução Normativa com a listagem dos Programas do Ministério da Saúde e seus respectivos medicamentos)
II – radiofármacos;
III – medicamentos isentos de prescrição;
IV – medicamentos pertencentes a Programas do Ministério da Saúde, de distribuição gratuita e controle individualizado de entrega; (Será publicada Instrução Normativa com a listagem dos Programas do Ministério da Saúde e seus respectivos medicamentos)
V – medicamentos específicos, fitoterápicos e dinamizados;
VI – amostras grátis;
VII – meios de contraste injetáveis;
VIII – gases medicinais.

Custos, gastos, investimentos são as primeiras perguntas que começam a surgir por mais que se sinta atraído pela possibilidade de garantir a integridade de sua imagem, ou seja, segurança do seu produto e acima de tudo o respeito pelo consumidor.

Marvel se alia pela primeira vez à uma empresa farmacêutica

O laboratório Takeda e o estúdio se uniram em uma campanha de conscientização sobre a doença inflamatória intestinal (DII), que traz quadrinhos e super-heróis personalizados

Karina Julio
27 de junho de 2017 – 11h45

Conhecida no mundo do entretenimento e licenciamentos, a Marvel se associa pela primeira vez a uma empresa farmacêutica, a Takeda. Na semana passada, o laboratório lançou no Brasil sua campanha “DII Sem Máscaras”, em parceria com o estúdio, para conscientizar a população sobre a doença inflamatória intestinal (DII), que soma dez mil novos casos por ano no Brasil. No mundo, existem mais de cinco milhões de pessoas com DII, sendo os dois tipos mais comuns a retocolite ulcerativa (RCU) e a doença de Crohn (DC).

Focado no digital, com site próprio e peças nas mídias sociais, o projeto traz quadrinhos com cinco super-heróis criados pela Marvel, com idades e personalidades distintas e em diferentes estágios da doença. O objetivo é trazer informação de forma leve e destacar o cotidiano de quem convive com a doença, oferecendo informação para as famílias e para a comunidade

médica. “A indústria farmacêutica tem uma abordagem muito tradicional, sempre focada na figura do médico e do profissional de saúde. Buscamos potenciais parceiros que pudessem engajar o paciente e trazer uma mensagem positiva, e não uma conversa chata. Para a Marvel, também é inovador falar de uma questão de saúde”, afirma Rodrigo Rodriguez, diretor de marketing para medicamentos com prescrição da Takeda.

A campanha já foi realizada na Europa, com início no Reino Unido, e expandida para Estados Unidos e Canadá. Na América Latina, Peru e Argentina já receberam a campanha antes do Brasil. A Takeda tem um novo medicamento relacionado à doença, o Entyvio. “É claro que queremos inovar, mas de uma forma muito responsável. Esta área é altamente regulada, e queremos levar conhecimento sem gerar nenhum impacto no sistema de saúde”, completa Rodrigo.

Detalhes sobre medicamentos genéricos que você precisa conhecer

26/06/201714h53

Anna Edney

(Bloomberg) — Para manter sua ansiedade sob controle, Peter, funcionário público de 35 anos, tomou uma pílula azul e branca todas as noites antes de dormir durante nove anos: Cymbalta, da Eli Lilly & Co. Quando uma versão genérica saiu no mercado, oferecendo a chance de economizar, ele trocou.

Mas não deu certo. Os antigos sintomas de ansiedade recomeçaram junto com outros totalmente novos: "Irritabilidade e também a sensação de ter um cobertor no cérebro o tempo todo". Peter nem pensou em culpar o remédio — ele achava que era igual ao que ele sempre tinha tomado. Mas seu médico, que já tinha visto reações semelhantes, tinha outra opinião e recomendou que ele tomasse novamente o Cymbalta.

"Eu estou me sentindo muito melhor", disse Peter, três dias depois da troca. Ele pediu para não ser identificado pelo sobrenome para manter a confidencialidade. "É claro que o problema era com o genérico", disse ele.

Os americanos, começando pelo presidente Donald Trump, são muito conscientes de que os remédios são muito caros. Trump diz que os laboratórios vêm "escapando de tudo" e promete agir em breve. Seja qual for a solução que ele propuser, é provável que implique um aumento do papel dos genéricos. Os pacientes dos EUA já economizaram cerca de US$ 230 bilhões ao longo de três décadas com eles. Para a maioria das pessoas eles funcionam sem problemas, como se fossem idênticos aos equivalentes de marca. No entanto, em muitos casos eles não são.

Motivos

Existem duas razões pelas quais a diferença da eficácia pode estar aumentando.

Primeiro, os medicamentos — especialmente os que tratam de transtornos como a ansiedade e a depressão — estão se tornando mais complexos. Os fabricantes de genéricos precisam reproduzir não apenas a combinação de ingredientes ativos, mas também o mecanismo de liberação, que controla a maneira como esses ingredientes são absorvidos — por exemplo, retardando ou dosando a entrada no organismo para que o paciente só precise tomar um comprimido por dia.

Essa tecnologia, também conhecida como liberação prolongada, é coberta por patentes independentes, por isso muitas vezes não está disponível para os produtores de genéricos. Eles têm que criar suas próprias versões, que podem não funcionar do mesmo jeito. A FDA está estudando maneiras de avaliar melhor os riscos que surgem dessas diferenças. O órgão diz que cerca de um terço dos 200 medicamentos mais receitados nos EUA dependem desses mecanismos.

Segundo, cada vez mais produtos farmacêuticos vendidos nos EUA são produzidos em países de baixo custo como Índia e China, e muitas vezes também são testados lá. A Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA (FDA, na sigla em inglês) detectou casos em que os dados podem ter sido manipulados nos testes de qualidade. Mas como a FDA, com pessoal insuficiente em seus escritórios, tem dificuldades para regular as enormes industrias locais, suas iniciativas são uma gota d'água no oceano.

Título em inglês: What You Don't Know About Generic Drugs, and How It Can Hurt You

Sandoz participa do Fórum Latino-Americano de Biossimilares 2017

26 de junho de 2017 Ray Santos

Fórum Latino-Americano traz as novidades em Biossimilares

A Sandoz, divisão de genéricos e biossimilares da Novartis, traz um especialista internacional para falar sobre a importância dos biossimilares no cenário mundial e brasileiro durante o 7º Fórum Latino-Americano de Biossimilares (FLAB). O Dr. William Christopher Lamanna, gerente global de Assuntos Científicos da Sandoz, virá para uma palestra sobre equivalência, o desenvolvimento e os atributos dos biossimilares.

O 7º Fórum Latino-Americano de Biossimilares será realizado em Brasília nos dias 28 e 29 de junho e é o principal evento sobre o tema na região. No FLAB serão abordadas questões que envolvem a farmacovigilância dos biossimilares, equivalência clínica, intercambialidade, além de novidades relacionadas a este tipo de medicamento.

Uma das prioridades da Sandoz é ampliar o acesso à informação sobre os biossimilares e trazer todas as novidades deste segmento, por isso, a Sandoz é uma das apoiadoras do Fórum: “Somos a empresa líder em biossimilares no mundo e o FLAB é um dos eventos mais importantes sobre este assunto. Os biossimilares ainda precisam ser mais debatidos no meio científico para gerar mais conhecimento e sedimentar o conceito com médicos, associações de pacientes, pagadores, farmacêuticos e outros profissionais envolvidos na cadeia de utilização destes produtos. Por este motivo, apoiamos a realização do FLAB e contribuimos para a troca de conhecimento”, afirma Diego Santoro, diretor de Especialidades da Sandoz Brasil.

Diego Santoro, diretor de Especialidades da Sandoz Brasil.

Sobre a Sandoz
A Sandoz é líder global em medicamentos genéricos e biossimilares. Como divisão do Grupo Novartis, nosso propósito é descobrir novas maneiras de melhorar e prolongar a vida das pessoas. Contribuímos com a sociedade, apoiando crescentes necessidades de cuidados de saúde, por meio abordagens inovadoras para ajudar as pessoas em todo o mundo a terem acesso a medicamentos de alta qualidade. Nosso portfólio possui aproximadamente 1.000 moléculas, abrangendo todas as principais áreas terapêuticas. Em 2016, as vendas da companhia representaram US$ 10,1 bilhões. No ano passado, nossos produtos atingiram mais de 500 milhões de pacientes e aspiramos atingir um bilhão. A Sandoz está sediada em Holzkirchen, na região de Munique, na Alemanha.

Sobre a Novartis

A Novartis oferece soluções inovadoras em saúde que atendem às necessidades dos pacientes e da população. Com sede na Basileia, na Suíça, a Novartis conta com um diversificado portfólio de produtos para atender estas demandas: medicamentos inovadores, genéricos e biossimilares e cuidados com os olhos. A Novartis é a única empresa global com liderança nessas áreas. Em 2016, as operações do Grupo atingiram vendas líquidas de US$ 48,5 bilhões e cerca de US$ 9 bilhões foram investidos em pesquisa e desenvolvimento. As empresas do Grupo Novartis empregam aproximadamente 118.000 colaboradores e seus produtos estão presentes em mais de 155 países ao redor do mundo.

7º Fórum Latino-Americano de Biossimilares – FLAB 2017

Palestra Sandoz: 28/06, das 9h às 9h30
BIOSSIMILARES:
EQUIVALÊNCIA CLÍNICA ATRAVÉS DA TOTALIDADE DE EVIDÊNCIA
Dr. William Christopher Lamanna, gerente global de Assuntos Científicos da Sandoz

Mais informações: http://www.biossimilares.com.br/

Nesta quarta, o Simpósio Novas Fronteiras Farmacêuticas reúne 30 especialistas internacionais, em Brasília

Nas próximas quarta e quinta-feira (28 e 29), o Sindusfarma promove em Brasília o Simpósio Novas Fronteiras Farmacêuticas nas Ciências, Tecnologia, Regulamentação e Sistema de Qualidade, com a participação de 30 palestrantes internacionais.

Em sua a sexta edição, o encontro é uma realização do Sindusfarma, da International Pharmaceutical Federation (FIP) e da Anvisa.

Em cinco grandes eixos temáticos, o Simpósio vai abordar, entre outros temas:Harmonização, Convergência e Reliance Regulatório – Cooperação entre Agências ReguladorasBioequivalência e seus Desafios para o Século XXIPlano de Ação para Atendimento do Nível 2 da ICH – Próximos 5 AnosAnálise de Risco Aplicada ao Desenvolvimento Tecnológico e Produção de MedicamentosO Impacto do Brexit sobre EMA & PRACPalestrantes

Conheça os palestrantes do Simpósio:

Quarta-feira
Dr. Jarbas Barbosa, diretor-presidente da Anvisa
José Peña, Organização Pan-Americana da Saúde (Opas)
Petra Doerr, Consortium Internacional ACSS
Patrícia Tagliari, Anvisa
Looi Yee Hoo, Agência Reguladora de Cingapura
Fernando Mendez, Anvisa
Kowid Ho, Roche
Petter Pitts, CMPI
Sini Eskola, IPS/FIP

Quinta-feira
Peter Lin, diretor médico
Filip Mussen, J&JMarcos Pereira, Janssen
Bretta Lichtenhan, Merck
Shawn Gould, Janssen
Christine Moore, Merck
José Cardoso Menezes, 4tune Engeneering
Peter Pitts, CMPI
Herve Le Louet, Comissão Europeia de Farmacovigilância
Susan Proulx, Institute for Safe Medication Practices (ISMP – US)
Magaly Aham, PharmaBioServ
Marcia Gonçalves, Anvisa

Cladribina oral recebe opinião positiva do CHMP para o tratamento de formas recorrentes da Esclerose Múltipla

Ciência & Saúde / São Paulo, 23 de junho de 2017 – A Merck, empresa alemã líder em ciência e tecnologia, anunciou hoje que o Comitê dos Medicamentos para Uso Humano (CHMP) da Agência Europeia de Medicina (EMA), emitiu uma opinião positiva para a aprovação do comprimido de Cladribina (nome comercial MAVENCLAD) para o tratamento de formas recorrentes de esclerose múltipla (EMRR) em pacientes com alta atividade da doença.

"A opinião positiva do CHMP é um marco extraordinário para a Merck, reforçando nossa confiança no comprimido de Cladribina como uma possível opção de tratamento para pacientes que vivem com esclerose múltipla", disse Belén Garijo, CEO de Healthcare e Membro da Diretoria Executiva da Merck. "Agora aguardamos ansiosamente a decisão da Comissão Europeia, e a oportunidade de fazer a diferença no tratamento da EM. Nosso mais sincero agradecimento a toda a comunidade da EM por seu apoio incansável durante toda a jornada de MAVENCLAD".

"Nós acreditamos firmemente no valor terapêutico da Cladribina Oral e o impacto significativo que esta terapia em investigação pode ter no futuro do cuidado da EM", disse Luciano Rossetti, chefe global de pesquisa e desenvolvimento para o negócio da Biopharma da Merck. "Ainda há necessidades significativas no tratamento e acompanhamento de pacientes com EM, particularmente aqueles com alta atividade da doença. Esperamos que a nossa parceria com a EMA, que tem sido um inestimável assessor científico, nos ajude a avançar o desenvolvimento do comprimido de Cladribina".

A opinião positiva do CHMP baseia-se em informações de estudos com 10.000 pacientes-ano, 2.700 pacientes incluídos no programa de ensaios clínicos e mais de 10 anos de observação em alguns pacientes. O desenvolvimento clínico incluiu dados de três ensaios de Fase III, CLARITY, CLARITY EXTENSION e ORACLE MS, estudo de fase II ONWARD e dados de seguimento de longo prazo, o PREMIERE, com acompanhamento de 8 anos. Os resultados de eficácia e segurança desses estudos permitiram uma caracterização completa do perfil risco/benefício de MAVENCLAD.

Para pacientes com alta atividade de doença, as análises post hoc do CLARITY, estudo de Fase III, mostraram que Cladribina oral na dose de 3,5 mg/kg reduziu a taxa anualizada de surtos em 67% e o risco de progressão de incapacidade em 6 meses em 82% versus placebo.

Conforme demonstrado no estudo de fase III CLARITY EXTENSION, não foi necessário repetir o esquema de tratamento com Cladribina nos anos 3 e 4 para obter estabilidade clínica. Os dados confirmam a posologia e monitoramento propostos, além de fornecer dados de segurança sobre os riscos de linfopenia, infecções e neoplasias.

A recomendação do CHMP será encaminhada à Comissão Europeia, que deverá tomar uma decisão final sobre o pedido de autorização de comercialização de Cladribina Oral dentro de 60 dias a partir da opinião do CHMP.

MAVENCLAD é o nome próprio enviado à EMA para o medicamento de investigação Cladribina Oral.

Sobre a Cladribina

Cladribina em comprimidos é uma terapia oral de curta duração ainda em fase de estudos clínicos, que tem como alvo populações selecionadas de linfócitos considerados parte integrante do processo patológico da EM. O tratamento com Cladribina em comprimidos está atualmente sob investigação clínica e ainda não foi aprovado para o tratamento e/ou uso nos Estados Unidos, Canadá, Europa e nem no Brasil. Em julho de 2016, a Agência Europeia de Medicamentos [EMA] aceitou a indicação para Aplicação de Autorização de Introdução no Mercado (MAA), de Cladribina para o tratamento de esclerose múltipla, e aguarda resposta da avaliação.
O desenvolvimento clínico para os comprimidos de Cladribina inclui:
• O estudo CLARITY (Cladribine Tablets Tratando MS OrallY) e sua extensão: estudo Fase III de dois anos, placebo-controlado projetado para avaliar a eficácia e segurança de Cladribina comprimidos como monoterapia em pacientes com EMRR e sua extensão de dois anos projetada para fornecer dados sobre a segurança e a eficácia de longo prazo (4 anos) da administração prolongada de Cladribina.
• O estudo ORACLE MS (ORAL CLadribine in Early MS): estudo Fase III de dois anos controlado com placebo destinado para avaliar a eficácia e segurança de Cladribina em pacientes com síndrome clínica isolada e alto risco de desenvolver esclerose múltipla (pacientes que tiveram um primeiro evento desmielinizante).
• O ONWARD (Oral Cladribine Added ON To Interferon beta-1a in Patients With Active Relapsing Disease): um estudo controlado por placebo, de fase II, destinado principalmente a avaliar a tolerabilidade de adicionar o tratamento de Cladribina a pacientes com formas ativas de EMRR e que estavam em uso de interferon beta 1a
• PREMIERE (Prospective Observational Long-term Safety Registry of Multiple Sclerosis Patients Who Have Participated in Cladribine Clinical Studies): dados de acompanhamento de longo prazo do estudo prospectivo, PREMIERE, para avaliar a segurança e eficácia do uso de comprimidos de Cladribina. O acompanhamento será composto por mais de 10.000 pacientes-ano de exposição no total, com acompanhamento em alguns pacientes que excedem oito anos de uso na conclusão do estudo.
Sobre Esclerose Múltipla

A esclerose múltipla (EM) é uma doença crônica e inflamatória do sistema nervoso central, de natureza neurológica não traumática, incapacitante, apresentando maior incidência em adultos jovens. Estima-se que aproximadamente 2,3 milhões de pessoas em todo o mundo têm EM. Embora os sintomas possam variar, os comuns incluem visão turva, dormência ou formigamento dos membros e problemas com força e coordenação. As formas reincidentes de EM são as mais comuns.

Merck adiciona produtos químicos ao banco de dados de química do Reaxys

DARMSTADT, Alemanha, 26 de junho de 2017 /PRNewswire/ — A Merck, importante empresa de ciência e tecnologia, anunciou hoje uma colaboração com a Elsevier, empresa de analítica de informações que se especializa em ciência e saúde, para adicionar seus produtos ao Reaxys, o banco de dados de química da Elsevier.

Merck, Elsevier | 26/06/2017 09:00

DARMSTADT, Alemanha, 26 de junho de 2017 /PRNewswire/ — A Merck, importante empresa de ciência e tecnologia, anunciou hoje uma colaboração com a Elsevier, empresa de analítica de informações que se especializa em ciência e saúde, para adicionar seus produtos ao Reaxys, o banco de dados de química da Elsevier.

Pesquisadores e químicos que usam o Reaxys podem agora acessar um acréscimo de 43.000 compostos da ciência da vida e produtos químicos da Merck, com dados fornecidos diretamente pela fornecedora. A colaboração significa que os usuários terão acesso imediato à disponibilidade de produtos da Merck.

"Essa integração torna o processo cotidiano de tomada de decisões dos pesquisadores muito mais fácil, à medida que eles buscam maneiras de reduzir o tempo empregado na compra dos compostos que necessitam", disse o membro do Conselho Executivo da Merck e CEO da Life Science, Udit Batra. "Juntos, estamos proporcionando aos clientes a tranquilidade que desejam no que se refere à qualidade dos produtos em desenvolvimento, o que é importante em um setor tão competitivo".

A colaboração com a Elsevier proporciona aos usuários do Reaxys, que trabalham na descoberta de produtos farmacêuticos, em pesquisa e desenvolvimento de produtos químicos e em outras áreas, um processo de compra mais eficiente. Os clientes podem comparar rapidamente o custo de compra de um composto com o de produzi-lo internamente, o que significa melhor alocação de recursos e economia de tempo.

"A Merck é reconhecida como uma líder do setor, de forma que essa colaboração é um grande acréscimo ao Reaxys", disse o diretor de Soluções de Química da Elsevier, Christian Boehm.

O Reaxys contém um conteúdo de química incomparável, de mais de 240 anos, incluindo 105 milhões de compostos orgânicos, inorgânicos e organometálicos, 42 milhões de reações químicas, 500 milhões de fatos experimentais publicados, 16.000 periódicos relacionados à química e seis fontes de indexação para uma visão interdisciplinar da química.

Todos os comunicados à imprensa da Merck são distribuídos por e-mail ao mesmo tempo em que são disponibilizados no website da Merck. Por favor, visite www.merckgroup.com/subscribe para se registrar online, mudar suas opções ou suspender esse serviço.

Sobre a Merck

A Merck é uma importante empresa de ciência e tecnologia das áreas de saúde, ciência da vida e materiais de alto desempenho. Cerca de 50.000 empregados trabalham para desenvolver tecnologias que melhoram e expandem a vida — de terapias biofarmacêuticas para tratamento do câncer ou esclerose múltipla, sistemas avançados para pesquisa e produção científica, a cristais líquidos para smartphones e televisores LCD. Em 2016, a Merck gerou vendas de € 15,0 bilhões, em 66 países.

Fundada em 1668, a Merck é a empresa farmacêutica e química mais antiga do mundo. A família fundadora mantém uma participação majoritária no grupo corporativo de capital aberto. A Merck detém os direitos globais do nome e da marca "Merck". As únicas exceções estão nos Estados Unidos e Canadá, onde a empresa opera como EMD Serono, MilliporeSigma e EMD Performance Materials.

FONTE Merck

Vacina busca combater o vício em cocaína e crack

Pesquisa está sendo realizada há três anos e tem tido resultados promissores

Revista Brasil
No AR em 26/06/2017 – 10:55

O programa Revista Brasil entrevistou nesta segunda-feira (26) o professor Frederico Garcia, coordenador do Centro Regional de Referência em Drogas da UFMG e um dos responsáveis por uma pesquisa de vacina que combate o vício em cocaína e crack. Segundo o especialista, a substância consiste numa molécula que estimula a produção de anticorpos contra a droga e impede que ela produza o efeito do prazer no cérebro. Garcia revelou, ainda, que os testes da vacina em animais terminaram há quase seis meses e foram "promissores".

Segundo ele, o Brasil está trabalhando há quase três anos no projeto. Os pesquisadores acreditam que quem é imunizado com essa vacina e estiver dentro de um programa de tratamento, terá menos vontade de usar a droga.

O país é o terceiro do mundo a tentar produzir uma vacina contra a droga. Porém, apenas a vacina não será suficiente para o dependente químico e, sim, um tratamento com assistente social, psicólogos, psiquiatras e outros médicos clínicos.

Lei que autoriza emagrecedores é inconstitucional e um risco à saúde, diz Anvisa

Texto foi sancionado nesta sexta; agência diz que é dela a atribuição de regular registro sanitário de medicamentos

Lígia Formenti, O Estado de S. Paulo

23 Junho 2017 | 19h00

BRASÍLIA – A Agência Nacional de Vigilância Sanitária considera inconstitucional e um grave risco à saúde pública a lei que libera o uso de anorexígenos no Brasil. Em nota divulgada nesta sexta-feira, 23, a agência afirma que, por lei, é dela a atribuição para regular o registro sanitário de medicamentos.

“A decisão de sancionar a liberação da comercialização desses anorexígenos no Brasil vai contra o que ocorre em outros países desenvolvidos, cuja competência para avaliar se estão aptos a serem oferecidos à população é das respectivas agências reguladoras”, diz a nota.

O Ministério da Saúde afirma acompanhar o parecer técnico da Anvisa sobre registro de medicamentos. Embora argumente ter o mesmo entendimento técnico da agência, o ministério acrescenta que “a decisão política é do governo federal.”

A proibição de femproporex, mazindol e anfepramona ocorreu em 2011, depois de uma série de debates e estudos promovidos pela Anvisa. A conclusão era a de que, além de não ter eficácia comprovada, os riscos das substâncias eram significativos. O femproporex não é usado nos Estados Unidos e foi proibido em 1999 na Europa. O mazindol foi retirado do mercado nos Estados Unidos e na Europa. A anfepramona, por sua vez, é vendida apenas nos Estados Unidos. Na Europa, ela não é usada.

A agência argumenta ainda que há opções terapêuticas para obesidade no País. Embora também tenha sido alvo de discussão na Anvisa em 2011, a sibutramina foi mantida no mercado brasileiro, mas com regras mais reforçadas.

Os efeitos da sanção da lei que libera os anorexígenos, no entanto, ainda são incertos. Conforme o Estado antecipou, a indústria disse não ter interesse em retomar a produção do produto no País. Para que tal atividade fosse retomada, seria necessária a realização de estudos demonstrando a eficácia e segurança dos emagrecedores à base de mazindol, anfepramona e femproporex. Algo caro, demorado e, sobretudo, pouco atrativo economicamente. Esses medicamentos são considerados de baixo custo.

As farmácias de manipulação mantêm a cautela em torno do assunto. Apesar da liberação, a Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais disse que não tem uma definição sobre qual estratégia será adotada. Conforme o Estado apurou, o receio é de a regulação seja feita de uma forma tão rígida que acabe dificultando a importação da matéria-prima para o preparo das formulações.