Aprenda a identificar os medicamentos falsos

OMS estima que uso desses produtos cause a morte de 72 mil crianças por ano, vítimas de pneumonia

Uma pesquisa divulgada em novembro pela Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que um em cada dez medicamentos consumidos em países em desenvolvimento é falso. Produzidos com ingredientes errados, sem os princípios ativos necessários, em doses incorretas ou sem as condições de higiene recomendadas, esses medicamentos não só deixam de tratar as doenças para as quais são indicados como podem piorar a saúde do paciente, pois muitas vezes contêm substâncias tóxicas.

O problema afeta de forma mais dramática as regiões mais pobres do planeta. Estima-se que, anualmente, o uso de medicamentos falsos no tratamento de pneumonia cause a morte de ao menos 72 mil crianças, e cerca de 116 mil mortes por malária poderiam ser evitadas na região da África Subsaariana com o uso de medicamentos adequados. Os dados foram coletados pela Universidade de Edimburgo e pela Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, a pedido da OMS.

Ainda de acordo com a pesquisa, drogas usadas no tratamento de infecções bacterianas e da malária respondem por cerca de 65% dos medicamentos falsos. O número é preocupante sobretudo quando se leva em consideração o recente aumento nos casos de malária no Brasil: segundo o Ministério da Saúde, foi registrado em 2017 um crescimento de 28% da doença em relação a 2016.

“Identificar um medicamento falso muitas vezes é uma tarefa difícil, já que sua aparência costuma ser quase idêntica à original. Por isso, é importante ficar atento aos itens da embalagem que atestam sua procedência. É importante lembrar também que todos os medicamentos originais podem ser consultados no site da Anvisa”, explicou Adriano Heleno Ribeiro, farmacêutico da Extrafarma, rede nacional de farmácias.

Sobre a Extrafarma

Com 57 anos de tradição, a Extrafarma juntou-se em 2014 aos negócios do Ultra, companhia multinegócios da qual fazem parte também Ipiranga, Ultragaz, Ultracargo e Oxiteno.

A rede de farmácias se encontra em forte expansão no país e tem hoje cerca de 400 lojas e 7 mil colaboradores diretos. Seu programa de fidelidade, o Clube Extrafarma, possui mais de 6 milhões de clientes cadastrados.

Mais informações:
Néctar Comunicação Corporativa / Assessoria de Imprensa da Extrafarma
Renata Justi – (11) 5053-5123 / renata.justi@nectarc.com.br
Vanessa Corrêa – (11) 5053-5122 / vanessa.correa@nectarc.com.br
Isabela Nader – (11) 5053-5127 / isabela.nader@nectarc.com.br

Comissão Europeia faz estudos sobre legalização da maconha para fins medicinais

19/02/2018 16h49 Da Agência EFE

A Comissão Europeia (CE) segue estudando, através de relatórios de especialistas, se deve ou não legalizar a maconha para fins medicinais no bloco europeu, explicou nesta segunda-feira (19) uma representante do organismo em um debate sobre esta questão na Comissão de Meio Ambiente do Parlamento Europeu. A informação é da EFE.

"Surgem muitos pontos de vista e opções. A Organização Mundial da Saúde (OMS) e outras instituições estão há anos trabalhando nisso. Alguns relatórios dizem que é conveniente e outros que é o contrário. Por isso, é preciso se aprofundar nas pesquisas", explicou a especialista da CE sobre delitos ambientais, Paola Mazzarini.

A representante da Comissão Europeia se pronunciou assim em resposta a uma pergunta elaborada pela eurodeputada Estefanía Torres, do partido político espanhol de esquerda “Podemos”, que defendeu a regularização medicinal da cannabis porque "acabaria com os impedimentos à pesquisa médica e melhoraria a qualidade de vida de muitos doentes", apontou.

No mesmo debate, a eurodeputada do Partido Popular espanhol, Pilar Ayuso, opinou que dado os diferentes resultados dos relatórios elaborados pelas distintas organizações internacionais, é preciso iniciar "uma pesquisa de verdade, que nos demonstre o verdadeiro valor terapêutico" da planta.

O uso medicinal de cannabis já está regularizado dentro da União Europeia em países como Bélgica, Áustria, Itália, República Tcheca, Polônia, Macedônia, Croácia e Alemanha.

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Edição: –

Medicamentos inéditos para o câncer no Brasil

Publicada em: 19/02/2018 – 08:15

Aprovado o uso de lenalidomida, durvalumabe, olaratumabe e netupitanto associado com palonosetrona

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou quatro novos medicamentos para o câncer no Brasil. A lenalidomida, o durvalumabe, o olaratumabe e o netupitanto associado com a palonosetrona são medicamentos inéditos no país e ampliam as variedades para o tratamento de diferentes tipos de câncer. Os produtos chegarão ao mercado de acordo com a programação de cada fabricante. Esses medicamentos trazem muitos benefícios para os pacientes oncológicos. Um dos produtos, o netupitanto em associação com a palonosetrona, por exemplo, está aprovado para prevenção de náuseas e vômitos, um dos efeitos colaterais mais temidos pelos pacientes. “Todos esses medicamentos com suas indicações específicas trarão muitos benefícios aos pacientes em tratamento. Um medicamento novo para controle de um efeito colateral como náuseas traz significativos resultados na resposta ao tratamento”, destaca a farmacêutica do Centro de Tratamento do Câncer (CTCAN), Michelli Schaefer.

Durvalumabe
Foi aprovado para o tratamento em segunda linha do carcinoma urotelial para doença localmente avançada ou metastática com progressão durante ou após o tratamento com platina. É um anticorpo monoclonal contra o receptor PD-L1. A inibição do PD-L1 no tumor e estroma tumoral aumenta a eficácia do ataque imunológico dos linfócitos T contra as células neoplásicas. “Essa aprovação pela Anvisa amplia as opções em tratamento deste tipo de câncer em segunda linha e naqueles pacientes que não toleram a quimioterapias”, observa a farmacêutica do CTCAN.

Olaratumabe
Em associação com a doxorrubicina, o olaratumabe tem indicação para tratamento de sarcoma de partes moles. É um anticorpo monoclonal que reconhece e liga-se especificamente à proteína PDGFR-a (receptor-a do fator de crescimento derivado das plaquetas). Essa proteína estimula o crescimento e divisão celular. A inibição do PDGFR-a pelo olaratumabe resultou em aumento da sobrevida global quando comparado à doxorrubicina em monoterapia. “É uma boa opção de tratamento para pacientes que não podem fazer radioterapia ou realizar procedimento cirúrgico”, destaca Michelli.

Lenalidomida
Em combinação com dexametasona, a lenalidomida é indicada para paciente com mieloma múltiplo refratário ou recidivado que já tenham recebido pelo menos um tratamento anterior. Também tem indicação para pacientes com anemia dependente de transfusões decorrentes de síndrome mielodisplasica. “A Anvisa definiu algumas regras para o controle especial do medicamento, pois pode causar malformação congênita grave. O tratamento foi regulamentado como produto controlado”, pontua a farmacêutica.

Netupitanto
O netupitanto, associado com a palonosetrona, foi aprovado para prevenção de náuseas e vômitos agudos ou tardios em pacientes que estão em tratamento quimioterápico de alto e moderado potencial emetogênico. De acordo com a farmacêutica do CTCAN, é uma novidade que beneficiará os pacientes que estão em tratamento, pois é o segundo efeito colateral mais temido entre os pacientes oncológicos, impactando significativamente na qualidade de vida. “Em estudos de fase 3 já pode-se perceber sua eficácia e boa tolerabilidade, com atividade por vários dias no organismo. As sociedades Americana e Europeia já fazem essa recomendação, e agora está disponível no Brasil, podendo beneficiar mais pacientes, tornando o tratamento oncológico mais confortável”, enfatiza Michelli.

Exeltis anuncia aquisição da marca Gynotran® da Bayer, indicada para infecções vaginais, no Brasil e América Latina

Exeltis, laboratório europeu focado na Saúde da Mulher e parte da multinacional farmacêutica Insud Pharma, anuncia a aquisição da marca Gynotran® da empresa Bayer para o tratamento de infecções vaginais.

Esta aquisição faz parte da estratégia da Exeltis de expandir sua presença no mercado brasileiro e de tornar-se uma das empresas líderes no segmento de Saúde da Mulher nos próximos anos.

A partir desta data, a Exeltis assume no Brasil a distribuição, comercialização e promoção de Gynotran® à classe médica, mantendo os mesmos preceitos éticos e de qualidade garantidos pela Bayer até então.

Segundo o Diretor Global da Exeltis, Yann Brun, “a Exeltis tem como objetivo ser uma referência para o cuidado da saúde da mulher em todas as suas etapas, e por isso estamos muito satisfeitos com esse acordo que, com o suporte da empresa Bayer, vai nos permitir ter uma resposta para um dos principais motivos da visita que a mulher faz ao ginecologista. No Brasil, anualmente cerca de 1,5 milhão de mulheres serão

acometidas por episódios agudos de candidíase vaginal”.

Sobre Exeltis: Rethinking Healthcare

Fundada em 2013, a Exeltis é o resultado da evolução natural e do crescimento sustentado do negócio farmacêutico do Grupo Insud Pharma, um grupo integrado de ciências da saúde com Sede Principal em Madri, Espanha e com 40 anos no mundo.

A Exeltis combina seu espírito inovador com a experiência e o conhecimento do Grupo, transformando-se em uma organização global com capacidade de descobrir, desenvolver, produzir e comercializar produtos farmacêuticos e dispositivos médicos que possam auxiliar na melhoria da qualidade de vida de milhões de pessoas ao redor do mundo. A Exeltis conta com uma sólida posição na área de Saúde da Mulher e

também em outras áreas como Sistema Nervoso Central, Respiratórios, Dermatologia e Oftalmologia.

Conta ainda com o suporte de 15 plantas industriais em Europa, Ásia e América; mais de 6 mil profissionais distribuídos em suas 40 subsidiárias ao redor do mundo e 10 centros de pesquisa e desenvolvimento dedicados a encontrar soluções inovadoras e novos tratamentos que atendam às necessidades de pacientes e profissionais da saúde.

No Brasil, a Exeltis iniciou suas atividades em 2015 com o objetivo de cuidar da saúde de mães e crianças brasileiras, trazendo soluções diferentes e inovadoras nos cuidados com a saúde. A sede administrativa da empresa está na Vila Olímpia, Cidade de São Paulo, e o Laboratório de Qualidade e Centro de Distribuição estão na cidade de Goiânia, GO. A empresa conta hoje com uma equipe de 87 Propagandistas altamente

capacitados, distribuídos em todo o território brasileiro.

Sobre a Bayer : Science For A Better Life

A Bayer é uma organização global com competências centrais nas áreas de saúde e agricultura. Os produtos e serviços da Bayer são projetados para beneficiar a população e melhorar sua qualidade de vida. Ao mesmo tempo, o Grupo tem como objetivo criar valor através da inovação e crescimento.

A Bayer se adere aos princípios da sustentabilidade e como bom cidadão corporativo, atua de maneira social e eticamente responsável. No exercício de 2016, o Grupo, com aproximadamente 99.600 funcionários, obteve o faturamento de 34.900 milhões de euros, realizou investimentos em capital de 2.200 milhões de euros e destinou 4.400 milhões de euros em pesquisa e desenvolvimento.

Mais informações em www.bayer.com

Esclarecimento

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Novo medicamento elimina herpes ocular

19/02/2018 Saúde

A estimativa do OMS (Organização Mundial da Saúde) é de que 67% da população global está infectada com HSV-1 (vírus simplex do herpes – tipo 1) que causa o herpes ocular e o labial.

A boa notícia é que o HSV-1 pode ser eliminado da córnea, lente externa do olho responsável pela refração da luz. É o que mostra um estudo inédito realizado na Universidade de Illinois (Chicago), recentemente divulgado pela renomada revista Science Translational Medicine. O medicamento tem como princípio ativo o BX79, substância que bloqueia a síntese proteica do vírus. A pesquisa também revela que o BX79 não causa toxidade que poderia levar as células da córnea à morte e é um antiviral de amplo espectro capaz de combater inclusive uma cepa do HSV-1 resistente ao antiviral aciclovir, largamente utilizado para tratar este tipo da infecção,.

Risco da recorrência

Segundo o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier a descoberta do novo medicamento é, sem dúvida, de grande importância. Isso porque atualmente o tratamento é feito com antivirais e corticosteroides que não curam a doença e o novo medicamento elimina o vírus. O tratamento hoje permite a recorrência da crise herpética que afina a córnea, torna o vírus resistente, predispõe ao glaucoma nos casos de uso prolongado de corticosteroide e pode até provocar uma perfuração do olho afetado.

Este foi o caso de Nélida Lorenzo que chegou ao consultório com o humor aquoso, líquido que preenche o globo ocular, vasando em um lenço. Queiroz Neto conta a levou imediatamente ao centro cirúrgico, onde selou a perfuração com cola de cianoacrilato. O oftalmologista explica que a perfuração poderia levar à perda do globo ocular caso o humor aquoso continuasse vazando por mais tempo. A cola permitiu manter a marca da perfuração que prioriza o transplante de córnea, além de ter ação bactericida e evitar a necrose. Por isso, em cinco dias ela já tinha passado pelo transplante e retomado as atividades.

Como o HSV-1 é contraído

Queiroz Neto afirma que a maioria das pessoas carregam o HSV-1 pela vida toda sem jamais ter uma infecção ocular. Por isso, o vírus pode ser contraído pelo beijo de uma pessoa que nem desconfia estar contaminada. A saliva, secreção nasal e das vesículas que se formam ao redor das pálpebras ou dos lábios nas crises herpéticas são os veículos de transmissão elencados pelo especialista. “O herpes só se manifesta nos olhos quando o HSV-1 se instala na raiz do nervo oftálmico”, explica. Apesar de ser uma doença contagiosa, ressalta, geralmente só afeta um olho e tem sintomas bastante parecidos com a conjuntivite: dor no olho, vermelhidão. lacrimejamento, sensibilidade à luz e redução da acuidade visual.

Prevenção

O oftalmologista afirma que este novo medicamento pode demorar alguns anos para chegar ao mercado. Ele destaca que os principais gatilhos das recidivas de crises herpéticas são: queda da imunidade, outras viroses, exposição excessiva ao sol, stress físico ou emocional e distúrbios odontológicos. Por isso, recomenda noites regulares de sono e alimentação balanceada para prevenir recidivas. Outra dica do oftalmologista é incluir na dieta queijos, ovos, peixes, leite e seus derivados. Isso porque, contêm lisina. um aminoácido que estimula a hibernação do vírus, diminui a replicação e o tempo de recuperação. A absorção desta substância naturalmente varia de uma pessoa para outra, mas o consenso é de que o ideal é consumir de 1 a 3 gramas de lisina/dia, conclui.

Plano de reestruturação da Teva gera demissões globais

Última atualização 15 Fevereiro, 2018

A Teva Pharmaceutical apresentou à Comissão de Valores Mobiliários norte-americana, no dia 30 de janeiro, um plano de oferta de dívida no valor de US$ 5 bilhões. A divulgação do documento ocorre cerca de seis semanas depois do anúncio de uma reestruturação que exigirá a eliminação de 14 mil empregos em todo o mundo – mais de 25% de sua força de trabalho total – nos próximos dois anos.

A farmacêutica israelense, maior fabricante mundial de medicamentos genéricos, informou que espera vender os títulos de dívidas por meio de um ou mais subscritores, negociantes ou agentes, ou diretamente aos compradores. A Teva acumula US$ 35 bilhões em dívidas desde que adquiriu a divisão de genéricos da Allergan em 2016. O plano, agora, é economizar US$ 3 bilhões até o fim de 2019.

Outro problema foi a perda da patente do Copaxone, remédio para tratamento de esclerose múltipla, que correspondia a cerca de 50% dos lucros. A patente expirou em 2015 nos Estados Unidos e o laboratório nunca conseguiu um substituto à altura. Há duas semanas, a redação do Panorama Farmacêutico contata a Teva Brasil para saber como a reestruturação irá afetar as operações no país, mas não teve nenhum retorno da empresa até o fechamento desta edição.

Fonte: Panorama Farmacêutico

Bahiafarma representa laboratórios públicos em fórum promovido pela Folha

Escrito por: Camaçari Notícias/Secom – Ciência e Saúde -15 de Fevereiro de 2018

O diretor-presidente da Bahiafarma participa do Fórum Medicamentos Biológicos e Biossimilares, que acontece no próximo dia 22, em São Paulo, onde será discutida a produção nacional desse tipo de medicamento, acesso da população e regulação, além do impacto para os pacientes. O diretor-presidente da Fundação Baiana de Pesquisa Científica e Desenvolvimento Tecnológico, Fornecimento e Distribuição de Medicamentos (Bahiafarma), Ronaldo Dias, representará os laboratórios públicos brasileiros no Fórum Medicamentos Biológicos e Biossimilares, evento promovido pela Folha de S.Paulo no próximo dia 22, em São Paulo.

O fórum vai discutir a produção nacional desse tipo de medicamento, acesso da população e regulação, além do impacto para os pacientes. Também presidente da Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Oficiais do Brasil (Alfob), Ronaldo Dias participará da mesa ‘A produção brasileira de medicamentos biológicos e biossimilares’, ao lado de expositores como o diretor da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Rodrigo Silverstre, e do médico Valdair Pinto, consultor em Medicina Farmacêutica e Pesquisa Clínica.

“No encontro, vamos mostrar a experiência dos laboratórios oficiais em temas como transferência de tecnologias para produção nacional de medicamentos biológicos e biossimilares, e expor a importância desse tipo de instrumento para o desenvolvimento da indústria farmacêutica brasileira”, afirma Dias.

Além disso, enfatiza o diretor “poderemos falar da própria experiência da Bahiafarma no tema, já que o laboratório baiano passará a fornecer insulina para o Sistema Único de Saúde [SUS] e vai iniciar a construção de uma fábrica para a produção do medicamento, que é um dos mais importantes entre os medicamentos biológicos”. O fórum será realizado no Museu da Imagem e do Som e terá entrada gratuita. Inscrições devem ser feitas pelo site do evento.

FDA concede autorização de marketing para a Banyan Biomarkers para a primeira análise de sangue diagnóstica para lesão traumática do cérebro

SAN DIEGO–(BUSINESS WIRE-DINO – 15 fev, 2018) –
A Banyan Biomarkers, Inc., pioneira em desenvolvimento de biomarcadores de lesão traumática do cérebro (traumatic brain injury, TBI), anunciou hoje que a U.S. Food and Drug Administration (FDA) aprovou a solicitação da De Novo para comercialização do indicador de trauma do cérebro (Brain Trauma Indicator) Banyan BTITM, um teste de diagnóstico do sangue in vitro para ajudar na avaliação de pacientes com suspeita de TBI, também conhecida como concussão. A FDA, mantendo seu compromisso de abordar as preocupações médicas relativas a lesões do cérebro, analisou o teste de acordo como o programa de dispositivos inovadores (Breakthrough Devices), voltado para facilitar o desenvolvimento e acelerar a avaliação de tecnologias avançadas inovadoras. A Banyan BTI identifica dois biomarcadores de proteína específica do cérebro (Ubiquitina C-terminal Hidrolase-L1, ou UCH-L1, e Proteína Ácida Fibrilar Glial, ou GFAP) que rapidamente aparecem no sangue depois de uma lesão do cérebro, fornecendo informação objetiva para avaliar pacientes com suspeita de TBI moderada. O objetivo do estudo foi identificar pacientes com traumatismo craniano que pudessem abrir mão, com segurança, de se submeter a tomografia computadorizada, dessa forma evitando radiação desnecessária para o cérebro e reduzindo os custos de assistência.
"Com extensa pesquisa clínica e validação científica, a Banyan BTI mostrou que esses dois biomarcadores de proteínas específicas, que são liberadas do cérebro e circulam no sangue depois de uma lesão do cérebro, podem oferecer dados objetivos para os prestadores de assistência médica quando avaliam pacientes com uma lesão traumática do cérebro", disse Henry L. Nordhoff, presidente do conselho e diretor executivo da Banyan Biomarkers. "Receber autorização para comercialização da FDA para a primeira análise de sangue para TBI é um marco significativo que vai transformar a forma como a lesão do cérebro é administrada. Estamos honrados por ter o Departamento de Defesa dos EUA e o Comando de Material e Pesquisa Médica do Exército dos EUA como nossos parceiros para apoiar a pesquisa e desenvolvimento de um teste diagnóstico que agora oferece informação quantificável objetiva aos médicos para eliminar tomografias computadorizadas desnecessárias e orientar a assistência ao paciente."
Acidentes de automóvel, quedas, lesões relacionadas com esportes, agressões e, no setor militar, ferimentos em combate e por dispositivos explosivos improvisados (improvised explosive devices – IEDs) são causas comuns de TBI. O Centro para controle de doenças dos EUA estima que há mais de 2,5 milhões de ocorrências de procura a prontos socorros nos Estados Unidos como resultado de lesões na cabeça e TBI, sendo um fardo econômico de mais de US$76 bilhões anualmente para o sistema de assistência médica.1 A lesão traumática do cérebro é a principal causa de deficiência e a primeira causa de morte de adultos jovens.2
"O impacto das lesões traumáticas do cérebro é sentido em cada ramo do serviço e em todo o Departamento de Defesa, e essas lesões foram até mesmo consideradas como o 'ferimento distintivo' dos conflitos recentes", disse o Tenente Coronel Kara Schmid, gerente de projetos do Escritório de gestão de projetos de saúde psicológica e traumas neurológicos da Atividade de desenvolvimento de material médico do Exército dos EUA (U.S. Army Medical Materiel Development Activity). "Encontrar soluções de diagnóstico e avaliação de TBI moderada é uma primeira prioridade há uma década. Obter autorização da FDA para os primeiros biomarcadores objetivos de TBI moderada baseados em sangue é um enorme sucesso para a comunidade de TBI. Esse teste vai fornecer uma capacidade marcante para a forma como avaliamos e cuidamos dos membros do nosso serviço com TBI."
Atualmente, a tomografia computadorizada é rotineiramente usada para ajudar os médicos a avaliarem a TBI. No entanto, o uso de tomografias computadorizadas é altamente variável, especialmente diante de trauma significativo com sintomas mínimos. Não tendo um biomarcador para orientar a tomada de decisão, o padrão para os médicos era obter uma tomografia computadorizada. Mais de 90% dos pacientes que procuram o pronto socorro com TBI moderada ou concussão apresentam uma tomografia negativa.
"Os biomarcadores cerebrais mudarão a prática dos cuidados de urgência para TBI moderada e ajudarão muito um grande número de pacientes. O impacto será o de melhor assistência médica com a redução de exposição à radiação para o paciente e maior eficiência no pronto socorro", disse Andy Jagoda, médico, professor e presidente do Departamento de Medicina Emergencial da Icahn School of Medicine do Mount Sinai.
A aprovação da solicitação da De Novo para a Banyan BTI também cria uma regulamentação de classificação para dispositivos desse tipo e permite que esse teste diagnóstico sirva como dispositivo homologado. A aprovação da FDA foi apoiada por um estudo pivotal prospectivo multicêntrico. O estudo, chamado ALERT-TBI, teve 2.011 pacientes inscritos em 24 unidades clínicas independentes nos Estados Unidos e na União Europeia, e comparou os resultados dos testes com tomografias computadorizadas da cabeça de pacientes que compareciam ao pronto socorro com suspeita de lesão da cabeça. O estudo mostrou que a Banyan BTI alcançou alta sensibilidade e alto valor preditivo negativo (negative predictive value, NPV) para descartar a necessidade de tomografia da cabeça e oferece dados objetivos para os prestadores de assistência médica para ajudar na avaliação de pacientes com suspeita de TBI. A empresa está envolvida em estudos adicionais para determinas se os biomarcadores têm aplicações no monitoramento de recuperação depois da lesão, bem como sua aplicação em outras condições degenerativas do cérebro.
O desenvolvimento da Banyan BTITM foi apoiado pelo Comando de Material e Pesquisa Médica do Exército dos EUA (U.S. Army Medical Research and Materiel Command) de acordo com o Contrato N.º W81XWH-10-C-0251. Os pontos de vista, opiniões, conclusões e/ou achados contidos neste comunicado à imprensa são aqueles da Banyan Biomarkers, Inc. e não devem ser entendidos como posição oficial, política ou decisão do Departamento do Exército, a não ser que assim designado por outra documentação.
1 CDC https://www.cdc.gov/traumaticbraininjury/severe.html
2 CDC www.cdc.gov/traumaticbraininjury/get_the_facts.html
Sobre a Banyan Biomarkers
A Banyan Biomarkers, Inc. desenvolveu a primeira análise de sangue, Banyan BTI?, que pode ser usada por médicos para ajudar objetivamente na avaliação de pacientes com suspeita de lesão traumática do cérebro (TBI), também conhecida como concussão. A Banyan BTI consiste de dois kits de testes (Banyan UCH-L1® e Banyan GFAP® ) que medem dois biomarcadores de proteína específica que rapidamente aparecem no sangue depois de uma lesão do cérebro. Para saber mais sobe a empresa e sobre a Banyan BTI, acesse www.banyanbio.com.
Banyan Biomarkers, Banyan, Brain Trauma Indicator, BTI, Banyan UCH-L1, Banyan GFAP, e as logomarcas de cérebro e árvore são marcas registradas e direitos autorais da Banyan Biomarkers, Inc.
O texto no idioma original deste anúncio é a versão oficial autorizada. As traduções são fornecidas apenas como uma facilidade e devem se referir ao texto no idioma original, que é a única versão do texto que tem efeito legal.

Ver a versão original em businesswire.com: http://www.businesswire.com/
news/home/20180215006248/pt/
Contato:
Banyan Biomarkers, Inc.
Tony Grover
Vice-presidente de desenvolvimento de negócios
tgrover@banyanbio.com +1 (760) 710-0423
ou
Little Dog Communications Inc.
Jessica Yingling, Ph.D.
Presidente
jessica@litldog.com +1 (858) 344-8091

Fonte: BUSINESS WIRE

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Estudo com participação de pesquisador brasileiro traz luz à futura vacina contra malária vivax

Descoberta de uma nova via de entrada na hemácia muda o que se sabia em relação à P. vivax

Marcelo Urbano Ferreira, um dos principais especialistas em malária no Brasil, é um dos pesquisadores que participam do estudo publicado recentemente na revista Science intitulado “Transferrin receptor 1 is a reticulocyte-specific receptor forPlasmodium vivax”. O trabalho mostra que anticorpos contra PvRBP2b bloqueiam parcialmente a invasão de reticulócitos por P. vivax, sugerindo um alvo interessante para o desenvolvimento de vacinas. Para o teste de anticorpos, foram utilizados parasitos obtidos de pacientes do Brasil e da Tailândia. Com eles, obteve-se até 64% de inibição da invasão de reticulócitos in vitro.

De acordo com o Dr. Ferreira, até o momento, sabia-se que o Plasmodium vivax invade preferencialmente reticulócitos, especialmente aqueles bem jovens, que ainda expressam o receptor de transferrina-1 (TfR1), também conhecido como CD71, em sua superfície. “O que esse trabalho traz de novo é a identificação de TfR1 como um receptor para a entrada de merozoítos de P. vivax em reticulócitos, explicando assim sua preferência por esse tipo celular” detalha. Além disso, o trabalho identifica a molécula de P. vivax que interage com TfR1 no processo de invasão; trata-se de uma das proteínas de ligação em reticulócitos de P. vivax (reticulocyte binding proteins, PvRBP) conhecida como PvRBP2b.

Para o pesquisador, a larga colaboração internacional contribuiu para este achado inovador. A parte principal do trabalho foi realizada na Austrália, pelo grupo capitaneado pela Dra. Wai-Hong Tham, a quem cabe o mérito pela descoberta. Os demais colaboradores participaram de etapas específicas do trabalho delineado por ela. “Junto com o grupo do Dr. Manoj Duraisingh, da Escola de Saúde Pública de Harvard (também coautor do artigo), temos aprimorado estratégias de cultivo de curto prazo de P. vivax in vitro, para uso em ensaios de re-invasão de reticulócitos. Esses ensaios foram importantes para mostrar o efeito inibitório de anticorpos anti-PvRBP2b no processo de invasão”, completa.

O grupo do Dr. Duraisingh também padronizou ensaios de invasão de P. vivax in vitro em uma linhagem de células (JK-1) de eritroleucemia. O interessante é que essas células podem ser manipuladas geneticamente, por exemplo, mediante o uso de CRISPR/Cas9 (um sistema de edição genômica muito utilizado nos dias atuais). Desse modo, o Dr. Duraisingh obteve reticulócitos derivados de células JK-1 que não expressam TfR1 e mostrou que elas são refratárias à invasão por P. vivax (que depende desse receptor) mas não por P. falciparum (que não depende desse receptor).

Segundo o Dr. Ferreira, agora diversos grupos estão interessados em caracterizar respostas naturalmente adquiridas de anticorpos contra a PvRBP2b, para saber se são protetoras contra a infecção por P. vivax. “Em outras palavras, se a presença de tais anticorpos pode ser interpretada como um marcador de imunidade adquirida contra a malária vivax. Este é um de nossos interesses na colaboração com a Dra. Tham”, ressalta.

O especialista acredita que em longo prazo seja natural que a PvRBP2b seja vista como um importante candidato para o desenvolvimento de vacinas contra a malária vivax. “O nível de otimismo em relação ao desenvolvimento e ao uso de vacinas contra a malária é muito variável entre os pesquisadores da área, mas este não deixa de ser um desdobramento possível desse trabalho”, avalia.

Por fim, o Dr. Ferreira salienta a importância estratégica do Brasil como país endêmico onde há boa capacidade de pesquisa em malária. “Se soubermos desenvolver nossa capacidade de fazer trabalho de campo de bom nível e pesquisa laboratorial de ponta, teremos nosso lugar assegurado entre os principais produtores de ciência de ponta, especialmente em malária e outras doenças tropicais”, conclui.

Vacina de célula-tronco ‘ataca’ e previne três tipos de câncer em estudo

Uma vacina de célula-tronco conseguiu atacar tumores de mama, de pulmão e de pele em cobaias. A injeção também impediu que o câncer voltasse em animais que tiveram tumores removidos.

O feito foi possível porque as células-tronco foram utilizadas para ensinar o sistema imunológico a lutar contra o tumor.

O estudo, feito por pesquisadores da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, foi publicado na "Cell Stem Cell" nesta quinta-feira (15).

A célula-tronco que deu origem à vacina é do tipo pluripotente: células adultas que são reprogramadas para "imitar" células-tronco embrionárias e se diferenciar em outras células do corpo.

No estudo, 75 ratos receberam versões da vacina. Desses, 70% rejeitaram completamente as células de câncer; já os 30% restantes, apresentaram células significativamente menores.

Essa mesma eficácia, segundo o estudo, se repetiu nos cânceres de pulmão e de pele.

O que são células-tronco

Células-tronco têm o potencial de se diferenciarem em qualquer outra célula do corpo
Essa habilidade tem possibilitado uma série de estratégias na medicina
Assim, elas podem tanto substituir células doentes por outras mais saudáveis, quanto podem ser usadas para ativar o sistema imune do corpo (a estratégia do estudo)
Fonte: Instituto Nacional de Saúde do Reino Unido (NHS)/ Mayo Clinic (EUA)

Por que a célula-tronco foi eficaz

Antes dos testes, cientistas verificaram que células-tronco apresentam estruturas específicas (antígenos) que também estão presentes em células cancerígenas.

Com isso, hipotetizaram que essas células poderiam funcionar como uma vacina e ensinar o sistema imune a lutar contra o tumor.

Depois dos testes em cobaias, foi isso o que se verificou, dizem os autores: as células-tronco ativaram células T (de defesa) a reconhecer o tumor por meio de estruturas presentes em sua superfície.

Com isso, o tumor foi entendido como um "invasor" e atacado.

Os autores esperam que, no futuro, células da pele e do sangue de um paciente possam ser reprogramadas para habilitar o sistema imunológico a lutar contra o câncer.