Uso medicinal da maconha

Programa discute o tema na quarta-feira (17), ao vivo, a partir das 13 horas

A utilização de óleo à base de canabidiol tem ajudado pacientes que sofrem de convulsões a controlarem a enfermidade, mas as dificuldades em obter substâncias da maconha para fins medicinais no país impedem os avanços científicos.

A Anvisa registrou, no ano passado, o primeiro medicamento do país a base de canabidiol, o Mevatyl. Além disso, desde 2014, a Agência autoriza a importação deste medicamento por aqueles que possuem indicação médica.

Convidados

– Ernane Maciel, neurologista e professor da Faculdade de Medicina da Escola Superior de Ciências da Saúde;
– Renan Rego, pai de adolescente tratada com THC, princípio ativo da maconha.

Perguntas, críticas e sugestões: 0800 619 619, e-mail participacaopopular@camara.leg.br, Twitter @participacaopop e WhatsApp (61) 99620-2573.

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Apresentação – Fabricio Rocha

Governo antecipa uso de vacina fracionada contra a febre amarela em São Paulo

16/01/2018 12h57 Fernanda Cruz – Repórter da Agência Brasil

O governo do estado de São Paulo antecipou para o próximo dia 29 o início do uso de vacinas fracionadas – dose com um quinto da quantidade padrão – contra a febre amarela. A campanha com doses fracionadas estava prevista para começar no dia 3 de fevereiro.

O governador Geraldo Alckmin anunciou também o aumento da meta de pessoas a serem imunizadas, de 6,3 milhões para 7 milhões, com maior atenção às áreas prioritárias, onde as pessoas estão mais susceptíveis à febre amarela silvestre. Segundo o governador, um milhão de doses extras serão enviadas pelo Ministério da Saúde para atender ao estado.

Quem recebe a vacina com a dose padrão fica imunizado a vida inteira contra a febre amarela. Desde setembro do ano passado, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de São Paulo vem aplicando esse formato de vacina.

A vacina fracionada, que será oferecida a partir do dia 29, terá validade mínima de oito anos. Para receber a imunização, basta apresentar um documento de identidade com foto e a carteira de vacinação nas Unidades Básicas de Saúde e locais de vacinação.

O último balanço da Secretaria de Estado da Saúde, divulgado sexta-feira (12), indica 40 casos confirmados e 21 mortes em decorrência da doença desde janeiro de 2017.

Edição: Fernando Fraga

Takeda é reconhecida como a farmacêutica mais amada do Brasil

Terça, 16 Janeiro 2018 14:14 Escrito por Debora Paris
Em 2º lugar no ranking das 50 grandes empresas mais amadas pelos seus funcionários no Brasil pelo Love Mondays, Takeda tem suas práticas organizacionais como destaque

A Takeda Farmacêutica, que conta com presença no Brasil por mais de 60 anos, foi reconhecida como a farmacêutica mais amada por seus funcionários, de acordo com ranking realizado pela plataforma Love Mondays. Dentro da categoria ‘50 grandes empresas mais amadas pelos seus funcionários no Brasil’, a companhia está em segundo lugar com índice de satisfação geral de 4,51 em uma escala que vai até 5. Anualmente, o portal realiza um ranking com as organizações de todo o país que possuem alguma avaliação na plataforma. O resultado se dá de acordo com a avaliação dos colaboradores que publicam resenhas anônimas e de maneira espontânea no próprio site.

Renata Campos, presidente da Takeda Brasil e Área Head LATAM, afirma que “ser reconhecida pela 3º vez consecutiva como uma das empresas mais amadas do Brasil é resultado de nossas práticas internas e esforços diários em empoderar nossos colaboradores como agentes de mudança na sociedade, com uma base de valores sólida, prioridades claras e o compromisso de colocar foco em nossos pacientes acima de qualquer decisão do negócio. Esse reconhecimento reflete que o caminho que estamos seguindo como companhia está na direção certa”.

A colocação da empresa entre as TOP3 é o reflexo do efetivo trabalho que a organização vem realizando com foco no cuidado e bem-estar de seu público interno. Além dos programas de desenvolvimento profissional como mentoring e quality conversation, a Takeda busca sempre ouvir seus funcionários. “Prezar pelo clima da companhia e criar um canal aberto e de mão dupla com todos os colaboradores da empresa nos faz compreender as necessidades do nosso público e buscar soluções que proporcionem um ambiente de trabalho leve, descontraído e com maior eficiência”, afirma Veronika Falconer, Diretora de RH, Administração e Comunicação.

“Ações como day off de aniversário dos filhos*, assessoria de corrida, horário flexível, oportunidades de job rotation internacional, entre outros benefícios, saíram de conversas entre líderes e liderados e opiniões expostas em canais de comunicação. Essas ideias foram apesentadas para o RH e Comitê Executivo da empresa que estudou a possibilidade de execução”, complementa Veronika.

Cada prática que a Takeda tem hoje é uma conquista do trabalho de cada individuo da companhia, para a presidente “mais do que um dever, é um grande prazer para nós cuidar e desenvolver nossos colaboradores, inspirar e proporcionar uma experiência de trabalho única. Assim, podemos juntos oferecer uma saúde melhor e um futuro mais brilhante para nossos pacientes por meio da liderança em inovação de medicamentos”.

O perfil da Takeda no website da Love Mondays conta atualmente com 227 avaliações e, entre os pontos elogiados pelos colaboradores na plataforma estão a evolução das pessoas e dos processos, os valores realmente colocados em prática no dia a dia, as oportunidades de aprendizado que formam o ambiente leve, interativo e respeitoso e a abertura da companhia para novas ideias e projetos. Além dessas informações, a Love Mondays também divulga vagas disponíveis na empresa e faixa salarial dos cargos contemplados.

*Aplicável para mães e pais de crianças de até 12 anos

Sobre a Takeda Farmacêutica

Sediada em Osaka, Japão, a Takeda é uma companhia farmacêutica global que investe em pesquisa e inovação para comercializar mais de 700 produtos em 70 países, sendo especialmente forte na Ásia, América do Norte, Europa e Mercados Emergentes, incluindo América Latina, Rússia-CIS e China. Fundada há mais de 230 anos, é hoje uma das 15 maiores farmacêuticas do mundo e a número 1 no Japão, graças ao esforço contínuo de seus 31.000 colaboradores em lutar pela melhoria da saúde e um futuro mais brilhante das pessoas em todo o mundo, por meio da liderança na inovação de medicamentos. Com a integração da Millennium Pharmaceuticals e da Nycomed, a Takeda vem se transformando, aumentando sua expertise terapêutica e alcance geográfico.

A Takeda está entre as 10 principais farmacêuticas do Brasil e tem duas fábricas instaladas em território nacional – Jaguariúna (SP) e São Jerônimo (RS) –, contando com quase 2.000 colaboradores. A área de MIPs (medicamentos isentos de prescrição) possui medicamentos que são líderes no mercado e representam 48% do faturamento da companhia, que tem no portfólio produtos para dor de cabeça, problemas digestivos, antibactericida e tratamento dos sintomas da gripe4. Na área de prescrição médica, as principais especialidades atendidas pela Takeda são: gastroenterologia, cardiometabólica e imunologia, além da oncologia, lançada em 2015.

A afiliada no Brasil adquiriu em julho de 2012 o laboratório nacional Multilab – com portfólio focado em MIPs, genéricos e genéricos de marca – com o objetivo de diversificar a carteira de produtos da companhia e aproximar-se ainda mais da nova classe média.

1. IMS Health do Brasil Classe N02b – MAT Mai/16

2. IMS Health do Brasil – MAT Mai/16

3. IMS Health do Brasil Classes D06A0; D08A0 e D04A0 – MAT Mai/16

4. IMS Health do Brasil Classe R05A0- MAT Mai/16

Atividades da Fiocruz em Ribeirão podem começar no segundo semestre de 2018

Contrato de instalação de uma unidade da fundação na cidade foi assinado nesta terça-feira, 16

Leonardo Santos 16 Jan 2018 15h43

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) espera que no segundo semestre de 2018 já esteja em funcionamento a unidade que será instalada em Ribeirão Preto. O anúncio foi feito nesta terça-feira, 16, com a assinatura da liberação dos recursos para a construção da primeira etapa da plataforma de medicina translacional. O acordo foi assinado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo.

A unidade da Fiocruz na cidade ficará instalada junto à Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, em um prédio de 800 metros quadrados cedidos pela instituição, local em que já está ocorrendo a reforma também custeada pela faculdade.

Na unidade ribeirãopretanana, será trabalhado um equipamento para o diagnóstico rápido para os quatro tipos de dengue, além da zika e chikungunya, com tecnologia desenvolvida pela própria Fiocruz e produção de uma empresa alemã. O equipamento poderá estar disponível em laboratórios e consultórios médicos e resultado ficará pronto em até 40 minutos.

Em Ribeirão Preto será feita a embalagem desse chip de diagnóstico, além do controle de qualidade dentro das instalações já disponíveis. No entanto, existe a possibilidade de o material ser produzido na cidade, com a instalação de uma planta produtiva. A prefeitura estuda uma área para construí-la. Essa planta tem o investimento estimado em R$ 50 milhões, sendo que R$ 18 milhões serão investidos na primeira fase do processo.

Primeira indicação da combinação de imuno-oncológicos no Brasil é aprovada pela Anvisa

Segunda, 15 Janeiro 2018 16:55 Escrito por Patrícia Lázaro

Uso conjunto de nivolumabe e ipilimumabe, da farmacêutica Bristol-Myers Squibb, amplia opções de tratamento para pacientes com melanoma, o tipo mais grave de câncer de pele

A indicação do uso combinado entre os imunoterápicos Opdivo (nivolumabe) e Yervoy (ipilimumabe) para o tratamento de pacientes com melanoma avançado irressecável ou metastático acaba de ser aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) no Brasil. O regime de combinação apresentou aumento de taxa de sobrevida global de três anos tornando-se mais uma opção de tratamento para a população que enfrenta esse tipo de câncer no país.

Segundo Dr. Antonio Carlos Buzaid, chefe-geral do Centro de Oncologia Antonio Ermírio de Morais, do Hospital São José, ligado à Beneficência Portuguesa, esta aprovação representa mais uma sólida opção para pacientes com melanoma metastático. “Esta combinação de imunoterapia pode resultar em respostas duráveis, podendo levar a cura em uma parcela de pacientes, até mesmo com metástases cerebrais”, afirma o especialista.

Os resultados do estudo de fase III, CheckMate 0671, demonstraram percentuais significativos de sobrevida livre de progressão em pacientes adultos tratados para melanoma avançado. Na análise, que considerou o monitoramento mínimo de 36 meses, a mediana de sobrevida global ainda não foi atingida no grupo tratado com a combinação de nivolumabe com ipilimumabe e foi de 37,6 meses para o grupo tratado apenas com nivolumabe, em comparação com 19,9 meses no grupo tratado com ipilimumabe. Nivolumabe em associação com ipilimumabe e como monoterapia reduziu o risco de morte (HR – Hazard Ratio, na sigla em inglês) em 45% e 35% respectivamente, em comparação com ipilimumabe sozinho. As taxas de sobrevida global de três anos foram de 58% para a combinação de nivolumabe com ipilimumabe, 52% para nivolumabe sozinho e 34% para ipilimumabe sozinho. O regime de Opdivo com Yervoy demonstrou 58% de taxa de resposta objetiva, Opdivo como monoterapia 44% de resposta e Yervoy obteve 19%.

O uso combinado entre os imuno-oncológicos passa a ser uma opção com maiores chances de sucesso para os tipos mais agressivos de melanoma, como explica o oncologista clínico do A. C. Camargo Cancer Center, Dr. Milton Barros. “O melanoma em fase de metástase é uma situação clínica bastante heterogênea, em que determinadas apresentações como, por exemplo, metástases cerebrais, alta carga de doença e pacientes com elevação do DHL são sabidamente de pior prognóstico”, afirma. “São casos em que são necessárias terapias com maior poder de controle de doença. Nesse aspecto, a combinação de nivolumabe e ipilimumabe, de acordo com os dados do estudo fase III, Checkmate 067, demonstrou, maior taxa de resposta, sobrevida livre de doença e global quando comparado com ipilimumabe”, conclui Barros.

O estudo de fase III, CheckMate 067, duplo cego, randomizado, avaliou as duas terapias associadas, em comparação ao uso de Opdivo e Yervoy como monoterapia, em pacientes não tratados anteriormente com gene BRAF, mutação V600, e para casos graves de melanoma avançado. Cerca de 945 pacientes foram avaliados por 36 meses, tratados até a progressão da doença ou efeitos tóxicos aceitáveis.

Sobre o melanoma

O melanoma é um tipo de câncer que atinge os melanócitos, células produtoras de melanina, altamente letal devido à grande possibilidade de metástase.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), atualmente, no Brasil, a doença representa apenas 3% dos tumores malignos da pele, enquanto o câncer de pele representa 30% de todos os tumores malignos, no país e a estimativa de novos casos para os anos de 2016 e 2017 é de 5.670, sendo 3.000 em homens e 2.670 em mulheres.2

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) a incidência do melanoma vem aumentando nas últimas quatro décadas. Por ano são registrados 132.000 novos casos em todo o mundo.3

Imuno-Oncologia na Bristol-Myers Squibb

Cirurgia, radioterapia, citotóxicos ou terapias-alvo têm sido as alternativas de tratamento para o câncer nas últimas décadas, entretanto a sobrevida a longo prazo e qualidade de vida continuam sendo prioridade para os pacientes com a doença em fase avançada.

Para atender a essa necessidade médica, a Bristol-Myers Squibb está liderando pesquisas em áreas inovadoras do tratamento de câncer, como a Imuno-Oncologia, que envolve agentes cujo mecanismo primário é estimular o sistema imunológico para combater o câncer. A empresa estuda uma variedade de compostos e abordagens imunoterapêuticas para pacientes com diferentes tipos de câncer, incluindo pesquisas sobre o potencial de combinações entre agentes imuno-oncológicos que têm como alvo diferentes caminhos no tratamento do câncer.

A Bristol-Myers Squibb está comprometida em avançar na ciência da Imuno-Oncologia com o objetivo de mudar a expectativa de vida e a maneira como os pacientes com câncer vivem.

Sobre a Bristol-Myers Squibb

A Bristol-Myers Squibb é uma biofarmacêutica norte-americana global cuja missão é descobrir, desenvolver e disponibilizar medicamentos inovadores que ajudem os pacientes a superar doenças graves. Para mais informações sobre a Bristol-Myers Squibb, visite http://www.bms.com/br

Fontes:
1. The New England Journal of Medicine – September 13, 2017
2. http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/tiposdecancer/
site/home/pele_melanoma/definicao
3. http://www.who.int/uv/faq/skincancer/en/index1.html

Fiocruz Brasília integra rede de pesquisa sobre criptococose

Nayane Taniguchi (Fiocruz Brasília)

A criação de uma rede de informação sobre a ocorrência de casos de criptococose nos serviços de saúde do DF, a partir do estabelecimento da Rede Criptococose no Brasil (RCB) no DF e na Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride/DF), possibilitou o levantamento de dados que revelam a ocorrência da criptococose na região do DF e entorno. “Estabelecemos um sistema de vigilância no qual conseguimos saber como funciona e como se comporta a criptococose no Distrito Federal, que era algo totalmente desconhecido até então”, destaca o coordenador do Programa de Epidemiologia em Saúde (PEPIVS) da Fiocruz Brasília, Vitor Laerte, colaborador da Rede de Criptococose Brasil no Distrito Federal (RCB-DF).

Em um levantamento realizado a partir do monitoramento dos casos de criptococose diagnosticados entre 2000 e 2012 na Rede SUS DF, foram identificados 56 pacientes com a micose. De acordo com o Laerte, o número não indica uma alta incidência da doença, mas esta é considerada de alta gravidade. Do total, 56,3% são oriundos do DF, 32,1 % da Ride/DF, e 14,3% de outros estados. O estudo revela ainda que 69,6% dos diagnosticados são do sexo masculino e 30,4% do feminino.

“Não se tinha ciência do que acontecia com a criptococose aqui no DF”, afirma o pesquisador. Segundo Vitor, são notificados entre 30 e 35 casos por ano nessa região. “No Brasil, a letalidade pelos dois agentes de criptococose [Cryptococcus neoformans (Cn) e Cryptococcus gattii (Cg)] ainda é inaceitavelmente elevada, de 45% a 65% em casos de meningite, seja associada ou não à Aids”, afirma o pesquisador. A criptococose é uma micose causada pelas leveduras capsuladas Cryptococcus neoformans (Cn) e Cryptococcus gattii (Cg). A primeira tem caráter predominantemente oportunista, causando cerca de um milhão de casos de meningoencefalite por ano em pacientes com Aids em todo mundo, com aproximadamente 625 mil óbitos. Já a segunda – Cg – pode atingir qualquer pessoa, entre eles crianças, adolescentes, adultos jovens e idosos.

Em relação ao DF, o levantamento indicou letalidade geral da criptococose de 51,8%, sendo de 53,5 % para o Cn e de 40 % para o Cg. “O DF, que é uma das Unidades da Federação mais ricas do país ainda tem níveis africanos de letalidade da criptococose quando comparados aos dos Estados Unidos, que é em torno de 20% a 30%. A realização de um estudo piloto no DF e sua Ride demonstrou que a criptococose tem um prognóstico reservado, sendo que mais da metade dos pacientes morrem pela micose”, avalia Vitor, que acrescenta: “outro achado importante foi a constatação de elevada proporção de pacientes soronegativos. Infelizmente não foi possível identificar a espécie causadora em todos os casos. Este achado é inédito e comprova o desconhecimento da epidemiologia da micose na região estudada”. Dos 56 pacientes registrados, 38 apresentaram sorologia positiva para o HIV, 15 pacientes eram soronegativos e em 3 o resultado não era conhecido.

Segundo o pesquisador, outros dados importantes levantados pelo estudo são a falta de uniformidade no tratamento e a dificuldade em se organizar uma rede de referenciamento e contrarreferenciamento para a abordagem clínica, o que pode ter contribuído para a elevada letalidade. Para Laerte, faltam estudos epidemiológicos sistematizados sobre a criptococose no Brasil e no DF, cujo diagnóstico geralmente é realizado tardiamente.

O estudo contou com a participação de pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB), Universidade Católica de Brasília (UCB), da Secretaria de Saúde do DF e do Laboratório de Micologia do Instituto Nacional de Infectologia (INI/Fiocruz), além dos pesquisadores da Fiocruz Brasília.

Rede de Criptococose Brasil no Distrito Federal (RCB-DF)

Constituída em Brasília no final de 2013, a Rede integra, além de pesquisadores da Fiocruz Brasília, representantes da Secretaria de Estado de Saúde do DF, por meio do Laboratório de Micologia Médica do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-DF), da Universidade de Brasília (UnB) e da Universidade Católica de Brasília (UCB).

Além da realização de estudos retrospectivos, Vitor ressalta ainda, como resultados da criação da Rede na Capital Federal, a execução de projetos de pesquisa para profissionais da Rede SUS DF em nível de mestrado e doutorado. “A implantação da RCB no DF tem por objetivo criar um sistema de vigilância da criptococose e estudar o seu perfil epidemiológico e a evolução clínica dos casos da forma primária e oportunista no DF e Ride/DF, identificando fatores de risco associados aos diversos desfechos clínicos e viabilizando a construção de subprojetos para estudá-los”, explica Vitor.

O grupo faz o acompanhamento da ocorrência de casos de criptococose no DF, a partir dos resultados de laboratório do Lacen-DF, possibilitando saber quantos pacientes estão com criptococose, fazer trabalhos prospectivos e colher informações clínicas e epidemiológicas no DF. Em setembro de 2017, a RCB-DF apresentou resultados de suas pesquisas no Congresso Brasileiro de Infectologia, realizado em setembro deste ano no Rio de Janeiro.

No Brasil, a RCB foi constituída em 2011, na Fiocruz (RJ), e atualmente conta com a adesão de profissionais de saúde e pesquisadores de universidades, institutos de pesquisa, hospitais e laboratórios de saúde pública de 21 estados, entre eles Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Goiás, Mato Grosso do Sul, Bahia, Ceará, Piauí, Minas Gerais, Roraima e DF.

Criptococose

A criptococose é uma micose emergente e cosmopolita, causada pelas leveduras capsuladas Cryptococcus neoformans (Cn) e Cryptococcus gattii (Cg). A primeira tem caráter predominante oportunista, causando cerca de um milhão de casos de meningoencefalite por ano em pacientes com Aids em todo mundo, com aproximadamente 625.000 óbitos. Já a segunda – Cg – é agente de micose sistêmica em indivíduos aparentemente normais, com casos endêmicos nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, incluído o semiárido, atingindo crianças, adolescentes e adultos jovens, HIV-negativos.

De elevada letalidade e morbidade, a criptococose tem início com uma infecção pulmonar que pode progredir para uma meningoencefalite. Segundo dados da Rede no DF, em todo o mundo, são notificados, a cada ano, entre 200 e 300 mil novos casos da doença, com cerca de 180 mil óbitos. O pesquisador da Fiocruz Brasília afirma que, por ser uma infecção grave e de diagnóstico demorado, há risco de os pacientes terem sequelas neurológicas e motoras, por exemplo.

A Fiocruz Brasília foi a instituição que idealizou a introdução da RCB na Capital Federal, visto que os pesquisadores da instituição já desenvolviam trabalhos com o Laboratório Nacional de Referência em Micose do Instituto Nacional de Infectologia da Fiocruz do Rio de Janeiro, coordenador nacional da RCB. A rede no DF foi estabelecida em 2013, juntamente com parcerias com a Secretaria de Estado de Saúde do DF, especialmente com o laboratório de Micologia Médica do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-DF), a Universidade de Brasília (UnB) e a Universidade Católica de Brasília (UCB).

Na AFN

CGEE lança estudo sobre inovação na indústria farmacêutica brasileira

16 de janeiro de 2018

O Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) lançou a publicação Competências para inovar na indústria farmacêutica brasileira. Produzido em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o livro apresenta uma avaliação do estágio de desenvolvimento alcançado pela indústria farmacêutica brasileira, em especial de suas capacidades para inovar.

“O estudo estabelece um modelo inédito de aferição das capacidades para inovar na indústria farmacêutica e oferece uma fotografia da situação atual do setor no país, destacando o estágio intermediário na trajetória de desenvolvimento”, disse a coordenadora da iniciativa pelo CGEE, Mayra Juruá, à assessoria de comunicação do Centro.

A publicação contou com a participação de consultores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

A íntegra do estudo está disponível no endereço https://www.cgee.org.br/documents/10182/
734063/Ind_farmaceutica.pdf.

Boehringer Ingelheim fecha parcerias para desenvolvimento de novos medicamentos para câncer e doenças do fígado

Segunda, 15 Janeiro 2018 16:32 Escrito por Bruno Nogueira
A Boehringer Ingelheim anuncia parcerias estratégicas na área de pesquisa e desenvolvimento para terapias inovadoras para o tratamento do câncer e de doenças crônicas do fígado. Os acordos de colaboração foram fechados com duas entidades norte-americanas – no caso da oncologia, a parceria é com o Instituto de Pesquisa Sarah Cannon, líder global em pesquisas clínicas; já nas doenças do fígado, o parceiro é a farmacêutica Dicerna.

Inicialmente, o acordo com a Dicerna (www.dicerna.com) focará na esteatose hepática não alcoólica (NASH), uma doença crônica do fígado para a qual ainda não existe opção de tratamento aprovada – a NASH é causada pelo acúmulo de gordura no fígado, com potencial para o desenvolvimento de cirrose e fibrose no órgão. A doença, que geralmente demanda transplante do órgão, tem uma prevalência especialmente alta entre obesos e diabéticos e é esperado que se torne em breve a causa mais comum de distúrbios avançados no fígado. Segundo a Sociedade Brasileira de Hepatologia (SBH), estima-se que entre 20 e 30% da população mundial têm a esteatose hepática1.

Líder no desenvolvimento de terapêuticos com RNA de interferência (RNAi), a Dicerna entra na parceria com sua plataforma tecnológica GalXC, que utiliza o RNAi para silenciar os genes causadores de doenças no fígado. Essa abordagem traz oportunidades para o pipeline de metabólicos da Boehringer.

“Na Boehringer Ingelheim, nossa equipe de pesquisa trabalha diligentemente para descobrir novas e efetivas terapias para a NASH e outras doenças crônicas do fígado, que é uma área prioritária para nós”, disse Clive Wood, Vice-Presidente Global de P&D da Boehringer. “Essa parceria complementa nossos trabalhos de pesquisa e nossa expertise já existentes e oferece vantagens distintas no desenvolvimento de novas e animadoras opções de terapia”, acrescentou Wood.

Tratamentos inovadores para o câncer

Também foi acordada no último mês a expansão da parceria entre a Boehringer Ingelheim e o Instituto de Pesquisa Sarah Cannon (www.sarahcannon.com) para propiciar tratamentos inovadores para pacientes de câncer por meio do desenvolvimento de modernas terapias imuno-oncológicas. Com a extensão do acordo, serão combinadas a pesquisa oncológica da farmacêutica com a expertise no planejamento e recrutamento de testes clínicos do instituto para avaliar um novo e potente mimético de SMAC, seja sozinho ou em potencial parceria com a terapia direcionada PD-1 para tratamento do câncer.

Miméticos de SMAC são uma nova classe de pequenas moléculas direcionadas, que desencadeiam a morte de células tumorais e a ativação do sistema imunológico, podendo melhorar a atividade de imunoterapias no tratamento do câncer. Por meio desta colaboração, o novo tratamento será objeto de estudo em um ensaio clínico de fase 1 sozinho e em combinação com a formulação anti-PD-1 em pacientes com tumores sólidos em metástase avançada.

“A imunoterapia tem evoluído para revolucionar o tratamento do câncer. Acompanhando esse processo, nós estamos expandindo significativamente nossos esforços nesta área, incluindo um amplo programa de pesquisa com foco no desenvolvimento de novas combinações racionais”, disse Me*** Shahidi, Diretor Médico Global de Oncologia da Boehringer Ingelheim. “Como parte desses esforços em andamento para transformar a vida dos pacientes de câncer, estamos extremamente orgulhosos por estar entre as primeiras companhias a trazer esta inovadora terapia combinante entre um inibidor do ponto de controle e um tratamento de molécula pequena direcionada para o estágio clínico de desenvolvimento”, acrescentou Shahidi.

Dados pré-clínicos, apresentados este ano no Encontro Anual da Associação Americana para Pesquisa do Câncer e na Conferência Keystone Symposia de Biologia Molecular e Celular, ambas realizadas nos EUA, sugerem que a nova droga é uma promissora parceira para combinação com inibidores de ponto de controle e, quando utilizados juntos, podem propiciar uma nova abordagem para a terapia do câncer.

Sobre a Boehringer Ingelheim

A Boehringer Ingelheim é uma das 20 principais farmacêuticas do mundo e possui cerca de 50.000 funcionários globalmente. Atua há mais de 130 anos para trazer soluções inovadoras em suas três áreas de negócios: saúde humana, saúde animal e fabricação de biofármacos. Em 2016, obteve vendas líquidas de cerca de € 15.9 bilhões e os investimentos em pesquisa e desenvolvimento corresponderam a 19,6% do faturamento líquido (mais de € 3 bilhões). No Brasil há mais de 60 anos, a Boehringer Ingelheim possui escritórios em São Paulo e Campinas, e fábricas em Itapecerica da Serra e Paulínia. A empresa recebeu, em 2017, a certificação Top Employers, que a elege como uma das melhores empregadoras do país por seu diferencial nas iniciativas de recursos humanos. Para mais informações, visite www.boehringer-ingelheim.com.br e www.facebook.com/BoehringerIngelheimBrasil

Primeira Dicol do ano discute registro de produtos

Colegiada contará com a presença de nova diretora. Ampliação do prazo de de validade do registro de produtos está na pauta. Publicado:

15/01/2018 14:44
Última Modificação: 15/01/2018 17:45

A ampliação do prazo de validade de registro de produtos para saúde está na pauta da primeira reunião pública da Diretoria Colegiada da Anvisa em 2018. Esta é uma proposta de resolução que faz parte das adequações que a Anvisa está fazendo nas suas normas para que a duração do registro seja compatível com as características de cada produto e sua avaliação de risco.

Também estão na pauta duas iniciativas regulatórias, uma que trata dos requisitos técnicos para cosméticos e outra sobre requisitos de desempenho de instrumentos de autoteste para glicose.

Quórum completo

A reunião desta terça (16/1) será a primeira da diretora Alessandra Bastos Soares, nomeada recentemente para a quinta vaga da Diretoria Colegidada, que estava sem titular desde o ano passado.

Confira a pauta da 1ª Reunião Pública da Diretoria Colegidada da Anvisa de 2018.

Acompanhe a reunião, a partir das 10h desta terça-feira (16/1). Acesse: http://datasus.saude.gov.br/emtemporeal (somente pelo Internet Explorer)

Via Skype – https://join-noam.broadcast.skype.com/anvisa.gov.br/
80ed312eb6ab4ebdaeaa792e686b7d6b

Confira o texto atualizado da norma de importação

Novo texto sobre regras de importação de produtos de saúde já está disponível e atualizado. Anvisa simplificou alguns pontos da norma eliminando exigências.

Por: Ascom/Anvisa
Publicado: 15/01/2018 16:07
Última Modificação: 15/01/2018 16:20

O novo texto da resolução RDC 81/2008, que trata da importação de produtos sujeitos à vigilância sanitária, já está disponível com as alterações recentes feitas pela Anvisa. Basta acessar o link a seguir para conferir a versão atualizada das regras para importação de produtos que dependem de liberação da Anvisa.

Acesse a versão consolidada da RDC 81/2008.

Também é possível acessar o texto pela página que traz os regulamentos da Anvisa: http://portal.anvisa.gov.br/legislacao#.

Regulamentos sanitários consolidados

As normas disponíveis no Portal passam por uma rigorosa conferência de texto e modificações. Esta é a forma mais segura de ter acesso ao regulamento da Agência de forma rápida, confiável e gratuita.

A oferta de textos consolidados também permite aos interessados acessar as normas de forma mais fácil e prática.

Atualmente das 808 normas editadas pela Anvisa, 756 já estão compiladas, o equivalente a 93,6% do total. Para saber mais sobre o processo de compilação de normas da Anvisa, acesse as “Diretrizes Gerais para Compilação Normativa na Anvisa”.
Importação de produtos

No último dia 8 de janeiro a Anvisa publicou a resolução RDC 208/2018 que eliminou algumas exigências e simplificou o processo de importação. A medida simplifica alguns procedimentos e deve ter um impacto positivo no custo de armazenagem das empresas que trazem produtos relacionado à saúde para o Brasil.