Primeiro estudo com imunoterapia e terapia-alvo mostra redução no risco de agravamento ou morte em câncer de pulmão avançado

Quarta, 03 Janeiro 2018 15:14 Escrito por Brunna Mariel
Estudo de fase III IMpower150 mostrou que a combinação dos medicamentos atezolizumabe e bevacizumabe, mais quimioterapia, reduziram em 38% o risco de agravamento da doença ou morte em pessoas com um tipo de câncer de pulmão avançado

A Roche, líder mundial em biotecnologia, divulgou resultados do estudo inédito de fase III IMpower150, com uma nova perspectiva para o tratamento de câncer de pulmão de células não-pequenas (CPCNP), não escamoso e avançado, ainda não tratado. A combinação terapêutica dos medicamentos Tecentriq (atezolizumabe), um imunoterápico, e Avastin (bevacizumabe), terapia-alvo consolidada, mais quimioterapia (carboplatina e paclitaxel), reduziram em 38% o risco de agravamento da doença ou morte em pessoas com este tipo da doença, em comparação aos que receberam apenas bevacizumabe mais quimioterapia.

Este é o primeiro estudo de fase III que avalia a imunoterapia combinada ao anticorpo monoclonal e mostra melhora da sobrevida livre de progressão neste tipo de câncer. Um importante fato demostrado foi a duplicação da taxa de sobrevida livre de progressão em 12 meses, um marco no tratamento, observada com a combinação de atezolizumabe e bevacizumabe mais quimioterapia (37%) comparada a bevacizumabe mais quimioterapia (18%).

A taxa de encolhimento do tumor (taxa de resposta global, TRG), um parâmetro secundário do estudo, foi maior nos pacientes tratados com atezolizumabe e bevacizumabe mais quimioterapia comparados aos que receberam bevacizumabe mais quimioterapia (64% vs. 48%). “O estudo reduziu o risco de agravamento da doença quando usado como tratamento inicial em um amplo grupo de pacientes com CPCNP não escamoso avançado e representa um importante avanço, e logo que possível, um novo padrão de tratamento para os pacientes que convivem doença”, conclui Dra. Sandra Horning, Diretora Médica e de Desenvolvimento Global de Produtos da Roche.

O atezolizumabe foi a primeira droga aprovada pela agência reguladora americana, a Food and Drugs Administration (FDA), como imunoterapia anti-PD-L1, em outubro de 2016 e foi aprovada no Brasil, no segundo semestre de 2017. A droga impede que o tumor inative as células T, que são responsáveis por detectar e atacar efetivamente as células tumorais. Com este bloqueio, o sistema imune ganha força contra a metástase, fase avançada da doença, dando mais sobrevida aos pacientes. Já o anticorpo bevacizumabe é consagrado no tratamento de câncer ao longo das últimas décadas, seu mecanismo bloqueia a ação do VEGF (vascular endothelial growth factor), ou seja, impede o crescimento de vasos sanguíneos que alimentam tumores malignos.

A combinação terapêutica das moléculas atezolizumabe e bevacizumabe pode aumentar o potencial do sistema imunológico de combater diversos tipos de câncer, incluindo o CPCNP avançado tratado em primeira linha. Bevacizumabe pode aumentar ainda mais a capacidade de atezolizumabe de ativar as respostas de células T contra o tumor.

O perfil de segurança da combinação desses medicamentos, mais quimioterapia, foi consistente com os perfis de segurança dos medicamentos individualmente, e não foram identificados novos sinais de alerta de segurança. O estudo será submetido as autoridades regulatórias de todo mundo.

Câncer de pulmão não-pequenas células

Apesar dos recentes avanços no tratamento do câncer de pulmão de células não pequenas, ainda existe a necessidade de novas opções terapêuticas, uma vez que ele é o mais prevalente na população, representando cerca de 85% de todos os casos da doença. O câncer de pulmão é a principal causa de morte por câncer em todo o mundo. Todos os anos, 1,59 milhão de pessoas morrem em decorrência dessa doença, o que se traduz em mais de 4.350 óbitos por dia em todo o mundo. Em termos gerais, o câncer de pulmão pode ser subdividido em dois tipos principais: CPCNP e câncer de pulmão de pequenas células.

Sobre a Roche

A Roche é uma empresa global, pioneira em produtos farmacêuticos e de diagnóstico, dedicada a desenvolver avanços da ciência que melhorem a vida das pessoas. Combinando as forças das divisões Farmacêutica e Diagnóstica, a Roche se tornou líder em medicina personalizada – estratégia que visa encontrar o tratamento certo para cada paciente, da melhor forma possível.

É considerada a maior empresa de biotecnologia do mundo, com medicamentos verdadeiramente diferenciados nas áreas de oncologia, imunologia, infectologia, oftalmologia e doenças do sistema nervoso central. É também líder mundial em diagnóstico in vitro e tecidual do câncer, além de ocupar posição de destaque no gerenciamento do diabetes. Fundada em 1896, a Roche busca constantemente meios mais eficazes para prevenir, diagnosticar e tratar doenças, contribuindo de modo sustentável para a sociedade. A empresa também visa melhorar o acesso dos pacientes às inovações médicas trabalhando em parceria com todos os públicos envolvidos. Vinte e oito medicamentos desenvolvidos pela Roche fazem parte da Lista de Medicamentos Essenciais da Organização Mundial da Saúde, entre eles, antibióticos que podem salvar vidas, antimaláricos e terapias contra o câncer. Pelo oitavo ano consecutivo, a Roche foi reconhecida como a empresa mais sustentável do grupo Indústria Farmacêutica, Biotecnologia e Ciências da Vida pelos Índices Dow Jones de Sustentabilidade (DJSI).

Com sede em Basileia, na Suíça, o Grupo Roche atua em mais de 100 países e, em 2016, empregou mais de 94.000 pessoas em todo o mundo. No mesmo ano, a Roche investiu 9,9 bilhões de francos suíços em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) e suas vendas alcançaram 50,6 bilhões de francos suíços. A Genentech, nos Estados Unidos, é um membro integral do Grupo Roche. A Roche é acionista majoritária da Chugai Pharmaceutical, no Japão. Para mais informações, visite www.roche.com.br.

Via metabólica envolvida na resposta imune ao Zika também participa de neurogênese

04 de janeiro de 2018

Karina Toledo  |  Agência FAPESP – Pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) identificaram no soro sanguíneo de pacientes com Zika moléculas que servem como marcadores dessa infecção viral.

O achado permitiu ao grupo desvendar uma importante via de sinalização celular envolvida na resposta imune contra o Zika. Os resultados da pesquisa – que conta com a participação da Rede Zika, apoiada pela FAPESP – foram divulgados na revista Frontiers in Microbiology.

“Essa mesma via de sinalização celular está envolvida na neurogênese, o processo de formação de novos neurônios, e está muito ativa durante o desenvolvimento embrionário. Sabemos que alguns vírus, entre eles o Zika, liberam uma proteína capaz de bloquear essa cascata de sinalização para escapar do sistema imune – o que pode estar associado também à microcefalia e outras malformações do sistema nervoso central”, disse Carlos Fernando Melo, autor principal do artigo.

A pesquisa envolveu 79 participantes, sendo 35 com diagnóstico confirmado de Zika por meio de testes moleculares capazes de detectar o RNA viral em amostras de sangue durante a fase aguda da infecção.

Outros 34 pacientes incluídos no estudo apresentavam, no momento da coleta do material para análise, sintomas parecidos com os causados pelo Zika, como febre, conjuntivite e dor de cabeça. No entanto, tiveram resultado negativo nos testes diagnósticos para esse vírus e também para os causadores da dengue e da febre chikungunya. O terceiro grupo de participantes foi composto por 10 indivíduos sadios, sem qualquer sintoma infeccioso.

O trabalho de coleta e análise das amostras foi realizado durante o doutorado de Melo, com apoio da FAPESP e orientação de Rodrigo Ramos Catharino, professor na Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) e coordenador do Laboratório Innovare de Biomarcadores da Unicamp.

“Separamos as amostras em dois grupos: um contendo apenas os casos positivos para o Zika e outro, considerado o grupo-controle, que continha tanto material de pacientes sintomáticos cujo teste havia dado negativo como o de voluntários saudáveis. Fizemos isso justamente para evitarmos marcadores não específicos do Zika, que poderiam estar relacionados a infecções causadas por outros patógenos”, explicou Melo.

O soro sanguíneo dos participantes foi analisado em um espectrômetro de massas – equipamento que mede a massa das moléculas e, com base nessa informação, permite identificar cada composto presente na amostra. Em seguida, os dados foram interpretados com auxílio de um modelo estatístico conhecido como análise discriminante ortogonal por mínimos quadrados parciais (OPLS-DA, na sigla em inglês).

“Essa metodologia nos permite tabular, por ordem de importância, o que há de diferente nas amostras. Desse modo, conseguimos identificar os metabólitos capazes de diferenciar os dois grupos. Para nossa surpresa, encontramos nas amostras de pacientes infectados os peptídeos angiotensina 1-7 e angiotensina I, que fazem parte do chamado sistema renina-angiotensina”, disse Melo.

Segundo o pesquisador, o conjunto de peptídeos, enzimas e receptores celulares que formam o sistema renina-angiotensina está associado principalmente com o controle da pressão arterial e do volume de líquidos no corpo. Porém, estudos recentes mostraram que alguns elementos desse sistema têm função importante na resposta imune contra vírus.

Como relataram os autores no artigo, experimentos feitos por outros grupos mostraram que ratos infectados com o vírus da dengue e tratados com losartana ou enalapril – medicamentos contra hipertensão que atuam como inibidores da enzima que converte angiotensina I em angiotensina II (ECA) – apresentaram sintomas mais severos da doença viral.

Em outro teste, ratos modificados geneticamente para não expressar a ECA foram infectados com o vírus sincicial respiratório e, após algum tempo, apresentaram carga viral cinco vezes maior que a dos ratos-controle (capazes de expressar a ECA).

“Os dados da literatura científica sugerem que, no caso do Zika, os peptídeos angiotensina 1-7 e angiotensina I estão envolvidos na resposta imune celular. Eles dariam o sinal para que tenha início, nas células infectadas, o processo de autofagia [no qual as estruturas do meio intracelular são degradadas], de modo a impedir a replicação do vírus. Mas é uma hipótese que ainda precisa ser confirmada”, explicou Melo.

Os cientistas também encontraram nas amostras positivas um grupo de mediadores lipídicos que integram justamente a cascata de sinalização iniciada pela angiotensina quando esta se liga ao seu receptor celular. Na avaliação de Melo, esse achado corrobora a participação desses peptídeos do sistema renina-angiotensina na resposta imune contra o Zika.

Um início, dois desfechos

A via de sinalização que, em teoria, leva às células infectadas pelo vírus a se autodevorarem para barrar a infecção é mediada por uma proteína conhecida como mTOR (alvo da rapamicina em mamíferos, na sigla em inglês). Em determinadas circunstâncias, essa mesma proteína pode regular o início do processo de neurogênese. Os fatores que determinam se a sinalização seguirá para um ou outro lado ainda não são bem compreendidos.

“Sabemos que nos adultos a neurogênese está bem menos ativa do que nos embriões em desenvolvimento. Pretendemos agora estudar melhor a via da mTOR para entender quando e como ocorre a sinalização para autofagia ou para neurogênese”, disse Melo.

Segundo o pesquisador, esse conhecimento poderá abrir caminho para o desenvolvimento de terapias capazes de bloquear a infecção pelo Zika antes de o vírus causar danos ao sistema nervoso central.

Outra possibilidade futura seria usar marcadores encontrados no sangue para auxiliar clínicos no processo de diagnóstico. “Usando essa mesma abordagem, mas com outras ferramentas tecnológicas, poderemos obter um conjunto de marcadores capaz de discriminar os casos positivos. Mas, para isso, precisamos de parceiros na área de tecnologia da informação, processamento de dados e também de apoio financeiro para continuar a pesquisa”, disse Diogo de Oliveira, pós-doutorando na Unicamp e coautor do artigo.

Para Catharino, o trabalho apresenta a descrição fisiopatológica mais completa da infecção pelo Zika em humanos já feita. “Graças às ferramentas metabolômicas, conseguimos identificar marcadores não usuais da infecção [peptídeos e lipídeos em vez de proteínas e DNA] de forma rápida e direta, sem a necessidade de modelos ou culturas celulares. Esta é uma ferramenta bastante aplicável, porém ainda desconhecida”, disse.

Segundo o coordenador, o estudo só foi possível graças à colaboração com pesquisadores da Zika-Unicamp Network. “Estamos desenvolvendo com essa mesma rede um método de diagnóstico para dois tipos de fluidos biológicos. Mas o avanço depende de parceiros e de recursos financeiros”, disse Catharino.

O artigo Serum Metabolic Alterations upon Zika Infection (doi: https://doi.org/10.3389/fmicb.2017.01954), de Carlos Fernando O. R. Melo, Jeany Delafiori, Diogo N. de Oliveira, Tatiane M. Guerreiro, Cibele Z. Esteves, Estela de O. Lima, Victoria Pando-Robles, Rodrigo R. Catharino e Rede Zika, está publicado em www.frontiersin.org/articles/10.3389/fmicb.2017.01954/full.

OMS aprova primeira vacina contra febre tifoide para uso em bebês

03/01/2018 16h03 Da Agência EFE

A Organização Mundial da Saúde (OMS) aprovou no fim de dezembro a primeira vacina para a febre tifoide que pode ser ampliada em crianças maiores de 6 meses.

A informação foi divulgada pelo organismo nesta quarta-feira (3). As vacinas conjugadas contra a febre tifoide (TCV, na sigla em inglês) são inovadoras por gerarem uma imunidade maior do que as mais antigas, requerem menos doses e podem ser administradas em crianças pequenas por meio de programas rotineiros de imunização.

Outras vacinas também foram aprovadas internacionalmente para serem usadas em humanas, mas só a partir dos dois anos.

O aval da OMS faz com que a vacina possa ser adquirida pelas demais agências da ONU, como o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Gavi, a Aliança Mundial para Vacinas.

A decisão foi tomada depois de o grupo de especialistas de assessoria estratégica sobre imunização, que aconselha a OMS, ter recomendado em outubro de 2017 a TCV para uso rotineiro em crianças maiores de seis meses em países onde a febre tifoide é endêmica.

O grupo de especialistas recomendou, além disso, a introdução da vacina conjugada de maneira prioritária em países com as taxas mais elevadas de febre tifoide ou de resistência antibiótica à bactéria Salmonella Typhi, que causa a doença.

O uso da vacina também deve ajudar a conter o uso frequente de antibióticos contra a doença e, portanto, auxiliar a reduzir o "alarmante aumento" da resistência da bactéria aos medicamentos.

Pouco depois da recomendação do grupo de especialistas, o conselho da Gavi aprovou um financiamento de US$ 85 milhões para adotar o uso da TCV a partir de 2019.

A febre tifoide é uma infecção grave, às vezes mortal, contraída através da água ou alimentos contaminados. Entre os sintomas da doença estão febre, cansaço, dor de cabeça, de estômago, diarreia e resfriados.

Para milhões de pessoas em países pobres, a doença é uma realidade diária. A cada ano são registrados entre 11 milhões e 20 milhões de casos, além de cerca de 161 mil mortes.

* É proibida a reprodução total ou parcial desse material. Direitos Reservados

Edição: –

Novalgina: com seus quase 100 anos de mercado lança segunda campanha publicitária

Novo filme do medicamento referência em dipirona estreou neste mês nas principais emissoras mineiras .

Novalgina, uma das marcas mais tradicionais do mercado farmacêutico, lança sua segunda campanha publicitária em quase 100 anos de existência. Com linguagem bem-humorada, o filme reforça o conceito "É mais do que você imagina. Novalgina" e apresenta aos telespectadores a propriedade de alívio dos sintomas de dores intensas, por meio das apresentações de Novalgina 1g (1000 mg de dipirona monoidratada) em comprimidos ou efervescente sabor limão.

Criado pela Publicis, o filme traz um diálogo entre um casal que conversa sobre os benefícios do medicamento, como, ser 2x mais analgésico*. O homem se surpreende em saber que o medicamento também é indicado para enxaqueca e dores intensas e a mulher comenta: "Pra você ver… às vezes a gente tem uma coisa em casa e nem percebe tudo que ela pode fazer". Na cena seguinte, é possível ver um lindo gato tocando piano, o que faz uma alusão de que é possível descobrir novos usos, especialmente, quando falamos do medicamento.

(*Cada comprimido de 1g de Novalgina tem 2x mais analgésico que cada comprimido de 500mg de Novalgina)

O novo filme apresenta mais uma característica do medicamento, que é trazer aos consumidores novas opções para o alívio dos sintomas até de dores intensas1-3. E nada melhor que contar de forma bem-humorada essa conveniência da marca mais tradicional e conhecida dos brasileiros.

Serão dois filmes, um de 15" e outro de 30", que estrearam em dezembro em todo o estado de Minas Gerais nos principais canais de televisão.| www.novalgina.com.br.

Cliente: Sanofi | Produto: Novalgina® | Agência: Publicis Brasil | Título: Mais do que você imagina | Criação: Equipe Publicis | Atendimento: Gabriela Borges, Adriana Bertoni, Flávia Afonso | Planejamento: Diana Santos, Brenno Nocite, Vittório Laginestra | Mídia: Valéria Brasil, Marcela Isa, Mariana Moreira, Pedro Tognini | Tráfego: Rose Ramalho | RTVC: Tato Bono, Cayan Lobo, Camila Ximenes | Art Buyer: Selma Momosse, Raphael Macedo | Produtora: Vetor | Atendimento: Isabela Gava, Vandreia Ribeiro, Giovana Grigolin | Produtor executivo: Alberto Lopes, Paula Moraes, Francisco Puech | Direção do filme: Fabio Hacker | Direção de fotografia: Beto Hacker | Montador: Poliana Marting | Pós-Produção: Equipe Vetor Zero | Finalização: Equipe Vetor Zero | Produtora de som: Jamute | Atendimento: Sabrina Geraissate | Produtor Musical: James Pinto, Thiago Laster, Eliezer Borges | Locutora: Caro Carvalho | Aprovação do cliente: Vinicius Santos, Raphael Nascimento, Edgar Policelli, Julia Nascimento.

Novalgina — Presente no mercado brasileiro há 96 anos, Novalgina (dipirona monoidratada) é um medicamento indicado como analgésico e antitérmico, utilizado para o tratamento da dor e febre, inclusive as causadas pela dengue, zika e chikungunya de acordo com as recomendações do Ministério da Saúde para alívio sintomático da dor e febre que ocorrem nessas arboviroses4-6. As apresentações indicadas para o tratamento da febre e dor causadas pela dengue são: comprimidos 500mg, gotas 500mg/mL, solução oral infantil 50mg/mL e supositório 300mg.

Além disso, Novalgina ainda disponibiliza em seu portfólio a versão 1g, que contém 1000mg de dipirona monoidratada, com duas diferentes apresentações: comprimidos e comprimidos efervescentes.

Novalgina é o medicamento de referência em dipirona.

Não use este medicamento durante a gravidez e em crianças menores de três meses de idade. Novalgina® (dipirona monoidratada). Indicação: analgésico e antitérmico. M.S.: 1.1300.0058. Última revisão: 26/02/14. Em caso de febre ou alergia, procure seu médico. se persistirem os sintomas o médico deverá ser consultado

Perfil — A Sanofi se dedica a apoiar as pessoas ao longo de seus desafios de saúde. Somos uma companhia biofarmacêutica global com foco em saúde humana. Prevenimos doenças por meio de nossas vacinas e proporcionamos tratamentos inovadores para combater dor e aliviar sofrimento. Nós estamos ao lado dos poucos que convivem com doenças raras e dos milhões que lidam com doenças crônicas.

Com mais de 100 mil pessoas em 100 países, a Sanofi está transformando inovação científica em soluções de cuidados com a saúde em todo o mundo.

Sanofi, Empowering Life, uma aliada na jornada de saúde das pessoas.

Este material é dirigido exclusivamente à imprensa especializada como fonte de informação. Recomenda-se que o conteúdo não seja reproduzido integralmente. As informações veiculadas neste documento têm caráter apenas informativo e não podem substituir, em qualquer hipótese, as recomendações do médico ou farmacêutico nem servir de subsídio para efetuar um diagnóstico médico ou estimular a automedicação. O médico é o único profissional competente para prescrever o melhor tratamento para o seu paciente.

Biossimilar de Trastuzumabe desenvolvido pela Biocon e Mylan é aprovado pela ANVISA por meio de sua empresa parceira Libbs

Terça, 02 Janeiro 2018 14:02 Escrito por Paula Lopes
O biossimilar de Trastuzumabe, codesenvolvido pela Biocon Ltd. (Código BSE: 532523, NSE: BIOCON) e pela Mylan N.V. (NASDAQ, TASE: MYL), recebeu aprovação da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), por meio de sua empresa parceira Libbs, uma das principais empresas farmacêuticas do Brasil.

““O biossimilar de Trastuzumabe poderá ajudar a expandir o acesso dos pacientes com câncer e gerar economias significativas ao SUS"Local: São Paulo, SP

O biossimilar de Trastuzumabe, codesenvolvido pela Biocon Ltd. (Código BSE: 532523, NSE: BIOCON) e pela Mylan N.V. (NASDAQ, TASE: MYL), recebeu aprovação da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), por meio de sua empresa parceira Libbs, uma das principais empresas farmacêuticas do Brasil.

Codesenvolvido pela Biocon e Mylan, este é o primeiro biossimilar de Trastuzumabe aprovado no Brasil, é indicado para o tratamento de câncer de mama metastático HER2, câncer de mama com estágio inicial HER2-positivo e câncer gástrico avançado com HER2-positivo. A Libbs comercializará o produto no Brasil sob nome de Zedora, proporcionando maior acesso a uma terapia biológica de ponta para pacientes no Brasil.

O médico Arun Chandavarkar, CEO e Diretor Administrativo Adjunto da Biocon, afirmou que “este lançamento marca a primeira aprovação de um biossimilar de Trastuzumabe pela ANVISA no Brasil e demonstra nosso compromisso em promover acesso a produtos biológicos e de alta qualidade a pacientes em todo o mundo. Pacientes com câncer na Índia e em alguns mercados emergentes se beneficiaram com o Trastuzumab e a aprovação no Brasil ampliará o acesso a esta importante terapia biológica para o tratamento de cânceres mamários e gástricos no país. Estamos empenhados em causar um impacto global com os nossos anticorpos contra o câncer”.

“O número de mulheres diagnosticadas com câncer de mama no Brasil está crescendo. Infelizmente, muitas dessas mulheres com HER2 positivo não têm acesso ao Trastuzumabe pelo sistema público de saúde no país. A aprovação do Zedora é um passo importante em nossos esforços para aumentar o acesso a esse produto primordial para as pacientes, além de possibilitar redução no encargo financeiro nos sistemas de saúde em todo o mundo”, comenta o CEO da Mylan, Heather Bresch.

Segundo Alcebiades de Mendonça Athayde Júnior, presidente da Libbs Farmacêutica, a aprovação do Zedora permitirá trazer este biossimilar de Trastuzumabe a pacientes com câncer gástrico e de mama para tratamento de primeira linha no Brasil. “O biossimilar de Trastuzumabe, desenvolvido em parceria pela Biocon e Mylan, poderá ajudar a expandir o acesso dos pacientes com câncer e gerar economias significativas ao sistema de saúde pública do Brasil. O Zedora fortalecerá nosso portfólio atual de produtos com uma nova geração de terapia que poderá beneficiar imensamente pacientes com câncer.”

A Biocon e a Mylan são responsáveis pelo desenvolvimento, fabricação e fornecimento do Trastuzumabe à Libbs. Inicialmente, o medicamento será fornecido à Libbs, que já tem fábrica para a produção no mercado nacional. No entanto, a tecnologia será transferida à farmacêutica e à entidade pública parceira, o Instituto Butantan, por meio de uma Parceria de Desenvolvimento Produtivo (PDP).

Esta é uma aprovação significativa, pois abre caminho para a entrada do biossimilar de Trastuzumabe no Brasil, que figura entre os três principais mercados emergentes desse anticorpo monoclonal do mundo. A previsão é que o mercado farmacêutico no Brasil cresça dos US$ 26 bilhões, em 2016, para US$ 30 bilhões, em 2021. (Fonte: GlobalData).

O câncer de mama é a principal causa de morte por câncer em mulheres no Brasil. Calcula-se que mais de 57 mil novos casos são descobertos por ano, com uma incidência estimada de 56 casos a cada 100 mil mulheres. Ele é o segundo tipo de câncer mais comum que afeta as brasileiras, após o câncer de pele não melanoma*. O Trastuzumabe está agora incluído na lista de medicamentos essenciais da OMS.

No início deste mês, a Biocon e a Mylan alcançaram um marco importante com a aprovação de seu biossimilar Trastuzumabe pela Agência de Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA (FDA). O biossimilar de Trastuzumabe da Biocon e da Mylan também está sob análise de agências reguladoras na Austrália, Canadá, Europa e vários outros mercados. Ele já foi aprovado em diversos países ao redor do mundo, incluindo a Índia, onde os pacientes com câncer tiveram um maior acesso a este produto biológico.

*Fonte: Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes Da Silva. Estimativa 2014: incidência de câncer no Brasil. Rio de Janeiro, 2014.

Sobre a Parceria Biocon e Mylan
A Mylan e a Biocon são parceiras exclusivas em um amplo portfólio de produtos biossimilares e insulinas. O biossimilar de Trastuzumabe é um dos seis produtos biossimilares codesenvolvidos pela Mylan e pela Biocon para o mercado global. A Mylan possui os direitos de comercialização exclusiva para produção nos EUA, Canadá, Japão, Austrália, Nova Zelândia e nos países da União Europeia e países-membros da Associação Europeia de Livre Comércio. A Biocon detém os direitos de comercialização exclusivos com a Mylan para a produção no restante do mundo.

Sobre a Libbs
A Libbs é uma indústria farmacêutica brasileira 100% nacional, que está no mercado há 59 anos e conta com cerca de 2.500 colaboradores. Atualmente, ocupa o 8º lugar no ranking de laboratórios do varejo farmacêutico nacional. A companhia investe 10% de seu faturamento entre P&D e inovação e comercializa cerca de 90 marcas em mais de 200 apresentações de medicamentos, distribuídos nas seguintes especialidades: sistema nervoso central, ginecologia, oncologia e dermatologia. Sua unidade de Biotecnologia, inaugurada no final de 2016, é responsável pela produção de anticorpos monoclonais.

Indústria farmacêutica fortalece combate à umidade

Terça, 02 Janeiro 2018 16:28 Escrito por Larissa Sólis
A produção de medicamentos pela indústria farmacêutica passa por rigorosas exigências. Um emaranhado de leis, portarias e regulamentações regem cada passo na produção de um medicamento. No âmbito federal, portanto de maior abrangência, o Ministério da Saúde baixou em 16/04/10 a RDC-17 que dispõe sobre as práticas de fabricação de medicamentos. A umidade do ar foi objeto de vários artigos dessa RDC. Um deles, o artigo 109, trata também da umidade no ambiente. Exige que as instalações sejam apropriadas e não atentem direta ou indiretamente à qualidade dos medicamentos durante os processos de fabricação ou o funcionamento adequado dos equipamentos.

Na indústria farmacêutica o controle de qualidade é imperioso, dada a finalidade de seus produtos, qual seja a prevenção, preservação ou restauro da saúde.

É necessário um controle absoluto sobre a integridade do material a ser utilizado, sobre o processo em todas as suas fases de produção e também sobre instrumentos e equipamentos. A observação meticulosa desses procedimentos deve se estender também a estocagem. O severo controle sobre a umidade na produção de medicamentos é um dos mais importantes, em função dos danos que pode causar. A umidade em excesso desencadeia a atividade de micro-organismos como bactérias e fungos, responsáveis, dentre outros, por processos de contaminação e proliferação de moléstias. Também são afetados por ela materiais higroscópicos (aqueles que absorvem água), muito comuns na elaboração de medicamentos, em várias de suas formas de apresentação, cápsulas, drágeas, efervescentes, pó, etc.

Alguns efeitos nocivos que a umidade pode provocar nos medicamentos

Nos comprimidos: manchas, descoloração e formação de depósitos de cristais sobre o produto;

Nas drágeas: fissuras, rachaduras e manchas na superfície;

Em cápsulas: alteração na consistência ou aparência (amolecimento

ou endurecimento);

Em pó: mudanças na cor, endurecimento e aspecto de pó grudado; e

Em creme e pomada: redução do volume, mudança na consistência ou presença de líquido.

Nas soluções injetáveis: mudança na coloração, vazamento e formação de cristais.

Hoje, a concepção e estruturação de um projeto de ambiente para abrigar a produção de medicamentos já deve contemplar premissas como: controle absoluto de temperatura e umidade relativa do ar. O objetivo é garantir a integridade de todo medicamento que ali for fabricado, não sendo toleradas quaisquer alterações na formulação, coloração, apresentação e principalmente eficácia.

Ferramentas poderosas no combate a umidade, os Desumidificadores da Linha Desidrat da Thermomatic tem desempenhado papel importante na preservação de ambientes. Desenvolvidos dentro dos mais altos padrões tecnológicos, atendem a todas as necessidades da indústria farmacêutica.

Hackaton reúne empresas em prol do paciente com câncer

Microsoft Empresas 5 horas atrás Enterprise Brasil

Iniciativa da Bristol-Myers Squibb uniu cinco empresas com o objetivo de criar cinco soluções tecnológicas que melhorem a qualidade de vida do paciente com câncer   Para a Microsoft, avanços tecnológicos devem ajudar pessoas e organizações a resolverem os problemas mais importantes da sociedade. Em se tratando do segmento da saúde, a responsabilidade de prover tecnologias que melhorem a vida do ser humano é um dos pilares mais importantes para a empresa. Por conta disso, a Microsoft participou, no início de dezembro, do evento Jornada da Inovação, um Hackathon promovido pela Bristol-Myers Squibb, empresa biofarmacêutica global, em parceria com o Hospital Israelita Albert Einstein e a ONG Instituto Lado a Lado pela Vida para gerar ideias que melhorem a qualidade de vida dos pacientes com câncer. 

Durante os três dias de hackaton, pessoas das quatro empresas, com diferentes expertises, trabalharam lado a lado com pacientes que convivem com a doença para entender suas necessidades, medos, expectativas e pontos de melhorias. Segundo Alessando Januzzi, diretor de engenharia e inovação na Microsoft, essa diferença de habilidades é o grande diferencial para que grandes ideias ganhem vida. “Inovação, colaboração, transgressão e perspectivas variadas de como resolver o mesmo problema são essenciais. É essa riqueza de ideias que nos faz ir além”, afirmou o executivo. 

O evento foi inspirado na edição que aconteceu na Suécia, no início do ano, mas com particularidades que atendessem às necessidades do paciente brasileiro. “Nos baseamos no evento da Suécia, mas trouxemos para o Brasil um modelo abrasileirado. Lá, por exemplo, não houve a participação de pacientes. Para o nosso país, a proximidade com o paciente e o lado humano da questão é extremamente importante, portanto, tê-los conosco no evento é uma maneira de gerar soluções ainda mais assertivas”, contou Roger Miyake, diretor médico da Bristol-Myers Squibb Brasil.  A participação desses pacientes funcionou como casos de sucesso, em que eles dividiam suas experiências para que os participantes do Hackaton pudessem entender profundamente como é a vida de quem passa pela doença. Para Maria Amélia Telles, paciente que convive há oito anos com um diagnóstico de câncer de mama, o evento dá um foco diferenciado para a vida. “É muito bom ver empresas unindo forças para ajudar a promover a melhora da nossa situação. Fico agradecida em saber que minha experiência ajuda esses times a ter ideias que vão ajudar pessoas a viver melhor daqui para frente”, afirmou a paciente.

Além de Miyake, Ana Baldini, líder de Ti da Bristol-Myers Squibb Brasil, também esteve no evento e deixou claro a importância de colocar o paciente no centro. “Faz parte da nossa estratégia melhorar a qualidade de vida dos pacientes por meio do desenvolvimento de medicamentos inovadores para doenças complexas e não atendidas. Nesse processo, a inovação é um pilar chave para que isso aconteça. Neste evento, queremos unir a expertise de diferentes mentes para que nasçam ideias livres, de curto ou médico prazo”, afirmou Ana.  Para ajudar a validar ideias, a Microsoft disponibilizou diversos especialistas técnicos durante o evento. Esses profissionais trabalharam como mentores dos grupos durante os três dias de hackaton, ajudando a desenvolver e a validar as sugestões, para que estas saíssem do papel de uma forma viável e alinhada com as tecnologias disponíveis.

Para que as ideias do projeto possam se tornar soluções para o setor hospitalar, a visão de um especialista setor foi muito importante durante o evento. “É muito relevante para o mercado de tecnologia que essas mentes se unam em prol da qualidade de vida do ser humano. Para nós, com uma visão hospitalar, que estamos no dia a dia, sabemos do histórico e tudo o que um paciente passa. Saímos daqui felizes, com ideias factíveis e que, certamente, serão absorvidas pela equipe do hospital”, finalizou Juliana Coleridge, gerente de desenvolvimento de projetos e relacionamento de oncologia do Hospital Israelita Albert Einstein.   Transformação Digital na saúde na prática: veja como a Inteligência Artificial da Microsoft tem apoiado o setor.   

Em busca de “vacinas” contra o câncer, cientistas já testam injeções que possam nao só tratar mas também evitar a doença

Marcello Campos

2 de janeiro de 2018

Imagine uma substância que, ao entrar no corpo, é capaz de tratar um tumor maligno já existente e, também, prevenir que o paciente volte a desenvolver a doença. Essa terapia genética que faz as vezes de “vacina” é o que buscam pesquisadores de todo o mundo, alguns com resultados já promissores em laboratório. Um desses estudos, com foco em câncer de pele, é desenvolvido há seis anos no CNPEM (Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais), em Campinas (SP).

Agora, os cientistas de lá conseguiram comprovar em camundongos que a “vacina” criada por eles conseguiu curar a doença em 30% dos casos e que, de todos os animais tratados, 40% não voltaram a desenvolver câncer mesmo depois de tomar injeções de células com o tumor. Os resultados foram publicados na revista científica “Frontiers in Immunology”.

O tumor investigado no estudo é o melanoma, tipo mais agressivo de câncer de pele. Aliás, grande parte das pesquisas que trabalham com terapia genética para estimular o próprio sistema imunológico a eliminar o câncer centram seus esforços no melanoma. Isso acontece porque, embora ele represente apenas 3% dos cânceres de pele, tem alto risco de gerar metástase — quando o tumor se espalha para outro órgão.

Pesquisador do CNPEM e um dos autores do estudo, Marcio Chaim Bajgelman explica que células de melanoma foram cultivadas em laboratório e modificadas geneticamente para que sua superfície passasse a ter imunomoduladores. São eles que tornam as células reconhecíveis para o sistema imunológico, que, assim, pode atacá-las. Uma forma de fazer com que esse efeito fosse mais forte foi combinar três linhagens diferentes de células tumorais, cada uma com um tipo de imunomodulador.

“Essa combinação foi muito significativa e essencial para que vários camundongos terminassem o estudo, após um ano de acompanhamento, sem vestígio do tumor”, diz Bajgelman. “O novo caminho dos tratamentos oncológicos é, justamente, a combinação de imunomoduladores. Isso dá origem a “vacinas” derivadas da própria célula tumoral.”

Especialista em bioquímica e também doutor em biotecnologia, ele destaca que o grande avanço dessa pesquisa foi indicar a possibilidade de a droga criar uma memória imunológica: o organismo do paciente tratado com ela “se lembra” de como atacar as células de câncer, o que impede que o tumor volte a aparecer.

Essa memória não foi observada em todos os camundongos “vacinados”, mas em 40%, índice considerado expressivo pelo pesquisador. “O grande diferencial deste trabalho em relação a outros de mesmo tipo é indicar um efeito de duração de longo prazo. Quando os animais foram “redesafiados”, ao injetarmos neles células de melanoma, muitos não desenvolveram o tumor. O tratamento aumentou a imunovigilância do organismo, a capacidade de reconhecer e inibir doenças”, afirma Bajgelman.

Segundo ele, a mesma lógica pode ser usada para outros tumores que não os de pele. O próximo passo é testar o funcionamento da “vacina” em células de câncer retiradas de pacientes, por biópsias, por exemplo. Até agora, os testes foram apenas com células tumorais cultivadas em laboratório. “Devemos começar ensaios em células humanas nos próximos meses”, acredita.

Para a analista de marketing Patrícia Miranda, a existência de uma “vacina” assim seria motivo de alívio. Ela foi diagnosticada há três meses com melanoma grau 3 – o nível de agressividade é medido numa escala de 1 a 5. Incomum para a idade dela, que tem só 26 anos, esse tipo de câncer é mais frequente em pessoas acima dos 60 anos. E, quanto mais jovem se é, mais rapidamente precisa ser feita a cirurgia de retirada, porque o risco de metástase é ainda maior. Patrícia se submeteu à operação menos de um mês após o diagnóstico.

Esclarecimento

Para o coordenador do Departamento de Cirurgia e Oncologia da SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia), Curt Mafra Treu, a pesquisa desenvolvida em Campinas é promissora, mas são necessários mais estudos que haja certeza da existência de uma memória imunológica. Ele destaca, também, que é importante não confundir esse tipo de droga com uma vacina convencional.

“Não é um tratamento preventivo, não será aplicado em uma pessoa saudável”, ressalta. “Já houve diversos estudos de melanoma com vacinas. Infelizmente, a maioria deu negativo. Mas esse campo nos deixa muito animados. É o futuro do tratamento oncológico.”

Também segundo Andreia Melo, oncologista clínica da Oncologia D’Or, as pesquisas têm caminhado para a elaboração de terapias que estimulem de alguma forma o sistema imunológico. Tanto por medicamentos que ajudem o organismo a reconhecer características do tumor, quanto por “vacina”.

Tecpar se prepara para independência orçamentária como ICT 4.0

2 de janeiro de 2018 Ray Santos

O ano de 2017 foi um momento de transição e reinvenção para o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar). Foi nesse período que a instituição planejou a independência orçamentária do Governo do Estado sem deixar de ser uma empresa pública paranaense e adotou um novo posicionamento perante o mercado: Tecpar ICT 4.0.

O instituto foi criado pelo Governo do Estado do Paraná em 1940, com o intuito de apoiar o desenvolvimento tecnológico do Estado e para atender a demandas de saúde humana e animal. Desde então, atuou em projetos específicos, para o controle de determinadas doenças, e hoje atua em projetos de longo prazo, dentro da política do Complexo Industrial da Saúde, do Ministério da Saúde.

A perspectiva positiva do Tecpar como fornecedor de medicamentos e vacinas ao Sistema Único de Saúde (SUS) deve elevar o faturamento do instituto significativamente já em 2018 e, por essa razão, manter o compromisso assumido com o Ministério da Saúde com as Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDP), o Tecpar passa a ser independente do Orçamento do Estado em 2018.

O ano de 2017 foi marcado por muito planejamento, para que a transição de modelo seja o mais suave possível. Em 1º de janeiro de 2018 seremos uma empresa independente, com um portfólio diversificado de produtos e focados em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I), salienta o diretor-presidente do Tecpar, Júlio C. Felix.

Esse modelo contempla um reposicionamento com o mercado, consequência da mudança de processos internos no instituto. Desde 2017 a empresa passou a adotar o conceito de ICT 4.0, na qual as instituições científicas e tecnológicas, como são definidos institutos como o Tecpar, entram em sua quarta revolução.

Uma ICT 4.0 é uma instituição que aproveita a eliminação dos limites entre os mundos digital e físico para alterar a sua cadeia de valor. Como instituição científica e tecnológica, devemos buscar convergir entre os mundos digital e físico para criar produtos e serviços inteligentes, analisa Felix.

Reconhecimento
O modelo de gestão do Tecpar foi premiado em 2017. O instituto conquistou o Troféu Bronze no Prêmio Paranaense de Qualidade em Gestão (PPrQG), na categoria Rumo à Excelência (Nível III 500 pontos), do Modelo de Excelência da Gestão (MEG). O prêmio, promovido pelo Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade (IBQP), tem como objetivo reconhecer as melhores práticas de gestão criadas ou adotadas por organizações.

Ao todo, participaram 24 organizações em três categorias, com a apresentação de relatório de gestão que aponta o que a empresa faz para promover a busca da qualidade, produtividade e competitividade.

Assessoria de Comunicação
Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar)
(41) 3316-3007 / (41) 2104-3355

Droga para tratar diabetes pode ajudar a reverter perda de memória causada por Alzheimer

Por: Leo Escudeiro
2 de Janeiro de 2018 às 14:02

O desenvolvimento de remédios às vezes traz boas surpresas. O Viagra, por exemplo, foi descoberto após uma tentativa de desenvolvimento de uma droga para cardíacos. Agora, uma nova droga feita para tratar o diabetes tipo 2 pode ajudar também a reverter a perda de memória de pacientes com Alzheimer.

O estudo, feito por universidades do Reino Unido e da China e publicado na Brain Research, é o primeiro a observar uma nova droga de diabetes combinada, com três diferentes substâncias agindo em caminhos biológicos que poderiam impactar também o tratamento da enfermidade. Essa droga combinada poderia ser usada em pacientes com Alzheimer e outras doenças degenerativas.

Christian Holscher, da Universidade de Lancaster, é o autor principal da pesquisa e afirma que, consistentemente, “drogas de multiação feitas para diabetes 2 têm mostrado efeitos neurológicos de proteção”. Holscher já relatou anteriormente descobertas interessantes de uma droga para diabetes anterior, e testes estão sendo realizados em humanos atualmente.

Nessa pesquisa mais recente, o tratamento combina GLP-1, GIP e glucagon, que protegem contra a deterioração neurológica. O estudo, feito em ratos com mutações genéticas causadas pelo Alzheimer, consistiu em dois meses de injeções diárias da droga combinada. Os ratos que receberam o tratamento começaram a mostrar melhoria significativa em desafios em labirintos projetados especialmente para testar a memória.

Os ratos ainda mostraram níveis menores de um tipo de proteína que se acumula, formando plaquetas no cérebro de pessoas com Alzheimer, e responsável pela inibição da capacidade das células nervosas de se comunicar, levando-as à morte.

Os ratos ainda perderam células nervosas em velocidade menor, além de apresentarem menores níveis de inflamação dos nervos.

O diabetes tipo 2 é notoriamente um fator de risco para a doença de Alzheimer, e a produção debilitada de insulina está ligada à degeneração cerebral. Essa última descoberta, em particular, abriu caminho para pesquisas como a de Holscher, além de mostrar que mudanças no estilo de vida que previnem contra o diabetes tipo 2 podem ser usadas também para diminuir as chances de desenvolver Alzheimer.

[The Independent]