Tecpar avança como fornecedor de remédios para o SUS

25/12/17 às 10:43 AEN

Novos projetos na área da saúde e novas unidades no interior do Estado marcaram o ano de 2017 na área industrial do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar). Neste ano, o instituto assinou Termos de Compromisso com o Ministério da Saúde para fornecer seis novos medicamentos para o Sistema Único de Saúde e ainda consolidou a política de interiorização dos negócios.

Em dezembro, o Ministério da Saúde contratou o Tecpar para o fornecimento de seis medicamentos usados no tratamento de câncer e de artrite reumatoide. O ministério definiu que o Tecpar vai abastecer 50% do que é usado hoje pelo SUS nos medicamentos Bevacizumabe e Infliximabe, 40% do Trastuzumabe, 30% do Adalimumabe e 20% do Etanercepte e do Rituximabe. O Trastuzumabe deve ser fornecido no início do segundo semestre de 2018 e o Infliximabe no final do ano que vem – os demais, devido à patente, só serão fornecidos a partir de 2019.

A partir de agora, as etapas previstas no programa de Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) iniciam com fornecimento de medicamentos ao SUS e transferência de tecnologia das indústrias farmacêuticas ao Tecpar. As empresas parceiras para o fornecimento dos produtos são Axis Biotec e Roche (Trastuzumabe), Orygen e Pfizer (Infliximabe, Rituximabe, Adalimumabe e Bevacizumabe) e Cristália (Etanercepte).

O programa de busca fortalecer a indústria farmoquímica brasileira e estimular a produção no Brasil de medicamentos distribuídos pelo SUS. Segundo o diretor-presidente do Tecpar, Júlio C. Felix, a contratação do Instituto para ser o fornecedor desses medicamentos é resultado de esforços iniciados em 2013 para o Tecpar diversificar sua plataforma tecnológica na área da saúde.

“É importante para o Tecpar, por constituir a nova plataforma tecnológica de produtos monoclonais do instituto, e ainda para Sistema Único de Saúde, que será abastecido com produtos estratégicos para o país por laboratório público”, salienta.

MARINGÁ – A produção dos novos medicamentos para qual o Tecpar foi escolhido será feita em Maringá, onde o Instituto está instalado há mais de 30 anos. Na cidade está em construção o Centro de Desenvolvimento e Produção de Medicamentos Biológicos.

O Tecpar vai construir uma fábrica de finalização de medicamentos e vacinas, que dará suporte à produção da vacina antirrábica, já produzida pelo instituto, e aos demais medicamentos biológicos que serão produzidos. A unidade de fill and finish tem como objetivo realizar a formulação, envase, embalagem e armazenamento de medicamentos produzidos pelo instituto. Nos próximos anos, novas plantas biológicas serão instaladas no local.

PONTA GROSSA – Ainda em 2017, o Tecpar assinou, junto à Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), o termo de comodato do Laboratório de Produção de Medicamentos (Lapmed), unidade do instituto voltada ao desenvolvimento de pesquisas e produção de medicamentos sintéticos, localizado no campus Uvaranas da UEPG.

A utilização do espaço no Campus Ponta Grossa, inicialmente, se dará com atividades de importação e distribuição de medicamentos, com um laboratório de Controle da Qualidade e de Garantia da Qualidade. Na sequência será implantada uma fábrica completa para a produção de medicamentos em pequenos volumes, mas com significativo valor agregado.

ANTIRRÁBICA – Além de novos produtos, o Tecpar continuou fornecendo para o Ministério da Saúde vacinas que produz há décadas, no Centro de Desenvolvimento e Produção de Imunobiológicos, no campus CIC, em Curitiba. Este ano, o Instituto foi contratado para fornecer mais 30 milhões de doses da vacina para serem utilizadas nas campanhas de vacinação de cães e gatos.

EUA proíbe Triclosan e outros 23 ingredientes anti-sépticos

Última atualização 22 dezembro, 2017

A agência reguladora norte-americana Food and Drug Administration (FDA) proibiu, em documento oficial (em inglês), a comercialização de produtos anti-sépticos de assistência médica que contenham triclosan ou outros 23 ingredientes ativos.

A FDA afirma que esses ingredientes geralmente não são reconhecidos como seguros e eficazes, já que as empresas que os fabricam não forneceram dados adicionais de segurança e eficácia. A Agência Reguladora propôs a proibição do produto pela primeira vez em 2015.

Nos Estados Unidos, os produtos que contém esses ingredientes ativos devem passar por uma revisão pré-comercial. A FDA considerará esses produtos como novos medicamentos e exigirá que os fabricantes obtenham aprovação através de novas fórmulas.

A Agência está dando aos fabricantes um ano para reformular ou remover esses produtos do mercado, embora os fabricantes já tenham parado de usar muitos desses ingredientes. Esta regra não afetará a maioria dos anti-sépticos de saúde atualmente no mercado.

A FDA adiou a regulamentação final por um ano sobre os seis ingredientes ativos mais comuns em produtos anti-sépticos de saúde atualmente no mercado. Esses ingredientes são álcool (etanol), álcool isopropílico, povidona-iodo, cloreto de benzalcónio, cloreto de benzetônio e cloroxilenol. O adiamento, que está sujeito a renovação, dará aos fabricantes tempo adicional para realizar estudos de segurança e eficácia.

“Esta ação apenas diz respeito a produtos que são comercializados para prestadores de cuidados de saúde e utilizados principalmente em ambientes médicos, como hospitais, clínicas de saúde e consultórios médicos. Determinamos que 24 ingredientes, incluindo o triclosan, não podem ser usados como anti-sépticos de saúde sem revisão prévia do mercado, porque faltam dados suficientes de segurança e eficácia”, disse o comissário da FDA, Scott Gottlieb, em comunicado para imprensa.

Segundo Gottlieb, esta ação não afeta todos os ingredientes anti-séptico de cuidados de saúde. Em vez disso, dada a importância da saúde pública desses produtos, a FDA está adiando a elaboração de regras finais nos seis ingredientes mais usados, enquanto os fabricantes coletam os dados necessários.

“A FDA espera que esta informação possa nos ajudar a nos informar melhor sobre a resistência cruzada anti-séptica e de antibióticos. Isso não significa que os produtos que contenham esses seis ingredientes sejam ineficazes ou inseguros. Esses produtos anti-sépticos continuam sendo um recurso importante nos cuidados de saúde. Os médicos devem continuar a usar esses produtos de acordo com as diretrizes de controle de infecção enquanto os dados adicionais são reunidos”, explica.

O Comissário garantiu que a segurança e a eficácia dos anti-sépticos de saúde de venda livre tem sido uma prioridade para a FDA, não só porque esses produtos são um componente importante das estratégias de controle de infecção em configurações de cuidados de saúde, mas também pelo papel que esses produtos podem contribuem para a resistência antimicrobiana se não forem fabricados ou utilizados adequadamente.

“Os prestadores de cuidados de saúde estão na linha de frente dos cuidados. Eles precisam e merecem ter meios seguros e eficazes para prevenir a propagação da infecção. É por isso que a FDA esteve vigilante na busca dos dados para apoiar o uso contínuo de 30 ingredientes ativos usados em anti-sépticos de assistência médica”, finaliza.

Veja a lista dos ingredientes anti-sépticos listados pela FDA:

·        Álcool 60 a 95 por cento

·        Cloreto de benzalcônio

·        Cloreto de benzetónio

·        Gluconato de clorhexidina

·        Cloroxilenol

·        Cloflucarban

·        Fluorosalan

·        Hexilresorcinol

·        Complexo de iodo (sulfato de éter de amônio e polioxietileno monolaurato de sorbitano)

·        Complexo de iodo (fosfato éster de alquilariloxi polietileno glicol)

·        Tintura de iodo da United States Pharmacopeia (USP)

·        Solução tópica de iodo da United States Pharmacopeia (USP)

·        Nonilfenoxipoly (etilenooxi) iodano

·        Complexo de poloxâmero-iodo

·        Povidona-iodo 5 a 10 por cento

·        Cloreto de indecoylio complexo de iodo

·        Álcool isopropílico 70-91.3por cento

·        Cloreto de mercufenol

·        Metilbenzetônio cloreto

·        Fenol

·        Amyltricresols (em inglês)

·        Oxicloroseno de sódio

·        Triclocarban

·        Triclosan

No Brasil

O Setor Saúde entrou em contato com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e constatou que produtos com Triclosan continuam no mercado brasileiro, disponíveis em drogariase farmácias para uso médico e pessoal. Segundo a Anvisa, não há nenhuma estimativa de mudança de regra para o ingrediente anti-séptico no momento.

Fonte: Setor Saúde

Luiz Donaduzzi recebe prêmio da Confederação Nacional da Indústria

22 de dezembro de 2017 Ray Santos

O fundador da indústria farmacêutica Prati-Donaduzzi, maior produtora de medicamentos genéricos do Brasil*, Luiz Donaduzzi, foi contemplado com a “Medalha da Ordem do Mérito Industrial 2017”, concedida pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

A homenagem é considerada a mais importante do setor e contempla empresários e agentes públicos por sua participação no desenvolvimento da indústria e do Brasil. Para a Prati, que tem como um de seus pilares a participação efetiva no desenvolvimento sócio econômico, a homenagem reforça ainda mais a importância de sua visão social.

Fonte: IMS Health MAT Setembro/2017 PMB + NRC/Doses Terapêuticas.

Sobre a Prati-Donaduzzi

A Prati-Donaduzzi, indústria farmacêutica especializada no desenvolvimento e produção de medicamentos genéricos e similares, é a primeira no país a comercializar os medicamentos fracionáveis. Com sede em Toledo, oeste do Paraná, tem mais de 4 mil colaboradores e possui um dos maiores portfólios de medicamentos genéricos do Brasil. Produz, em média, 12 bilhões de doses terapêuticas por ano.

Sobre a CNI

A Confederação Nacional da Indústria é o órgão responsável por defender os interesses da indústria nacional e articular com os três poderes do governo brasileiro. A entidade também administra instituições técnicas renomadas como SESI, SENAI e IEL, bem como estimula o desenvolvimento tecnológico na indústria com o auxílio de pesquisa e inovação.

Fn | ADS Comunicação Integrada

Laboratórios Bagó em Colatina anunciam novos medicamentos

25 de dezembro de 2017

Representantes dos Laboratórios Bagó, em Colatina, anunciaram em visita ao prefeito da cidade, Sergio Meneguelli, que a multinacional terá novidades em 2018, entre elas, o lançamento de dois novos medicamentos que serão comercializados mundialmente e cuja manipulação será feita na unidade de Colatina.

Os medicamentos são o Kytril (utilizado no tratamento de pessoas que estejam em processo de quimioterapia – Combate enjoos e vômitos) e o Akinedon – (para o tratamento do mal de Parkinson). A empresa recebeu recentemente Certificação Máxima – CBPF – Certificação de Boas Praticas de Fabricação concedida pela Anvisa. Além do aumento de receita prevista a empresa irá gerar novos empregos no município.

Participaram da visita Soraia Alcoforado Moraes e Marco Vinicius Mesquita diretores do Laboratórios Bagó, o prefeito Sérgio Meneguelli, secretário de Desenvolvimento Econômico, Marcos Geraldo Guerra, secretário de Saúde, Thadeu Giuberti, procurador Geral Devacir Mário Zacché Júnior, procuradora Santina Benezolli, analista de Gestão Luzilene Ramos e secretário de Comunicação, José Paulo da Costa.

Fonte: Prefeitura de Colatina

OMS renova referência regional da Fiocruz para rubéola e sarampo

Lucas Rocha (IOC/Fiocruz)

A rubéola e a síndrome da rubéola congênita foram consideradas eliminadas no Brasil e nos demais países das Américas em 2015. No ano seguinte, a região também se livrou do sarampo. Para manter essas conquistas, frutos de um esforço conjunto, pesquisadores de diversos países atuam firmemente em estratégias de vigilância, monitoramento e prevenção. A experiência do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) nessas atividades é reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) desde 1995, quando o Laboratório de Vírus Respiratório e Sarampo foi designado referência regional para os agravos no âmbito da América do Sul. Após uma série de avaliações, o Laboratório teve o título renovado pela entidade em 2017.

“A avaliação positiva reflete o empenho de uma equipe dedicada ao suporte técnico e científico para a rede de laboratórios que colaboram com a OMS na América do Sul. O reconhecimento reforça nosso compromisso em responder às necessidades em sarampo e rubéola de países que enfrentam diferentes situações e realidades em relação às duas doenças”, ressaltou Marilda Siqueira, chefe do Laboratório do IOC. A equipe desenvolve atividades de epidemiologia molecular, diagnóstico diferencial e avaliação das estratégias de controle. Além disso, realiza estudos sobre genótipos de sarampo e de rubéola para identificar os caminhos da transmissão viral. Enquanto referência no tema, o Laboratório recebe amostras clínicas de casos suspeitos ou confirmados das duas doenças, e contribui com o conhecimento científico por meio de consultorias e treinamentos em apoio a diversos países sul-americanos. O Laboratório também atua em referência de nível nacional junto ao Ministério da Saúde. 

O reconhecimento foi avaliado pelos auditores Miguel Norman Mulders, coordenador da Rede de Laboratórios da OMS, e Gloria Rey, consultora regional da Rede de Laboratórios da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS). Realizada a cada quatro anos, a auditoria considera uma série de aspectos, incluindo o desempenho da equipe, a aplicação de metodologias preconizadas pela OMS, infraestrutura, procedimentos operacionais padrão (POPs) e critérios de biossegurança. “Um dos maiores desafios para a manutenção do título de referência é facilitar o processo de recebimento e envio de amostras biológicas para outros países”, pontua Marilda, parabenizando toda a equipe envolvida nas atividades.

A OMS conta com três laboratórios de referência internacional para rubéola e sarampo, localizados nos Estados Unidos, Inglaterra e Japão. Atuam como referência regional nas Américas, o Brasil, representado pelo IOC/Fiocruz, e o Canadá.

Na AFN

Pesquisadores da Uepa testam novo remédio contra o câncer

23/12/2017 10:50h

Uma pesquisa realizada na Universidade do Estado do Pará (Uepa) poderá beneficiar quem luta contra o câncer. Os testes estão sendo realizados em camundongos, no biotério do Centro de Ciências Biológicas, resultado da parceria entre a Uepa e a Universidade Federal do Pará (UFPA). A substância, desenvolvida a partir de um medicamento já utilizado no combate ao câncer, está sendo patenteada.

Segundo a pesquisadora Simone Haru, que está à frente da pesquisa do antitumorígeno, a substância funcionará como medicamento principal ou auxiliar nas terapias. Ela informa que a motivação para o desenvolvimento da nova droga foi a observação de que os medicamentos em uso nos tratamentos contra o câncer causam muitas reações adversas. “Estamos desenvolvendo um fármaco que diminui esses efeitos”, afirma a pesquisadora.

Devido ao processo de busca da patente, os detalhes do novo medicamento não podem ser revelados, mas a pesquisadora adianta que é derivado de um medicamento já existente no mercado. “Os beneficiados serão os pacientes que lutam contra o câncer e sofrem com reações adversas aos medicamentos utilizados em seus tratamentos”, reitera Simone Haru.

Para um medicamento ser liberado para uso por seres humanos deve passar por várias fases. A primeira é a fase não clínica, em que os cientistas testam as substâncias em laboratório e em animais de experimentação, sempre obedecendo à normas de proteção aos animais. O objetivo principal desta fase é verificar como a substância se comporta em um organismo.

“Primeiramente, nós temos a fase in vitro, onde o medicamento é testado em células com câncer, para somente depois ser aplicado aos camundongos. Tudo isso para diminuir os óbitos entre os animais. Após os camundongos, os testes serão realizados com animais maiores, até chegar aos testes com seres humanos voluntários”, informa a pesquisadora. Todo esse processo leva aproximadamente 15 anos.

O biotério da Uepa foi inaugurado em maio deste ano, em uma área de 285 metros quadrados, para abrigar animais em condições adequadas à utilização em experimentos científicos ou produção de vacinas e soros. O biotério visa atender às demandas de pesquisadores da Uepa, mas também colabora com outras instituições.

Biotérios são instalações para produzir e manter animais destinados a pesquisas em diferentes áreas da ciência. Independentemente da espécie ou linhagem dos animais, o manejo e a manutenção devem atender aos princípios éticos na experimentação animal.

Ampliação – “Hoje, o biotério da Uepa segue toda a legislação para o bem-estar dos animais e para o desenvolvimento da pesquisa científica”, ressalta o veterinário Mário Leal, responsável pelo biotério. Atualmente, o biotério mantém cerca de 80 animais, mas em 2018 esse número deverá chegar a 900, para atender à demanda de novas pesquisas.

Mesmo sendo um prédio novo, que atende às exigências da legislação, algumas adaptações foram necessárias para receber os animais. Hoje, o biotério conta com alojamentos específicos para cada espécie de animal, com temperatura e luminosidade controladas, e acesso restrito, para facilitar a limpeza e o manuseio dos animais, e garantir que fiquem livres de contaminação. “O biotério da Uepa se encaixa em todos estes pré-requisitos”, informa o veterinário.

De acordo com a Rede Nacional de Biotérios de Produção de Animais para Fins Científicos, Didáticos e Tecnológicos (Rebioterio), mantido pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), agência do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), as instituições de pesquisa devem investir na construção e manutenção de biotérios de criação e experimentação, com o objetivo de promover o desenvolvimento da ciência e tecnologia, com reflexos diretos na saúde pública.

Por Márcio Flexa

Indústria de fármacos e automóveis sinaliza crescimento em 2018

Especialista explica que privatizações e concessões podem aumentar a confiança e os investimentos no País

Por Redação – Editorias: Atualidades, Rádio USP, Jornal da USP no Ar

O crescimento do setor produtivo vem sendo retomado desde o terceiro trimestre deste ano, após quatro anos de quedas e resultados negativos. Os avanços ganharam maior destaque a partir de outubro, quando a taxa de investimentos fechou com crescimento de 1,6%.

O professor de MBA da Faculdade de Economia e Administração (FEA) da USP, Gilson Garófilo, afirma que a retomada da confiança do empresariado no Brasil se dará por meio das reformas trabalhista e previdenciária. Ele explica que os programas de concessões e privatizações significam, também, um impulso aos investimentos.

O docente destaca que a indústria automobilística e a farmacêutica são exemplos significativos de crescimento. A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) aponta um avanço de 7,3% nas vendas de veículos no ano que vem. Além disso, houve uma ampliação inusitada da rede de farmácias e drogarias em todo o País.

Garófilo conta que as expectativas de melhoria do PIB (Produto Interno Bruto) estão em torno de 3%.

Para o analista, esse é um crescimento modesto ao se comparar com a variação de 7,5% de 2010 e ainda não atinge um patamar desejável para o mercado. No entanto, segundo ele,  a sinalização é positiva diante dos índices negativos dos últimos dois anos.

O Jornal da USP, uma parceria do Instituto de Estudos Avançados, Faculdade de Medicina e Rádio USP, busca aprofundar temas nacionais e internacionais de maior repercussão e é veiculado de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 9h30, com apresentação de Roxane Ré.

Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 93.7, em Ribeirão Preto FM 107.9, pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular.

Empresa cria impressora 3D que imprime remédios personalizados

Gustavo Sumares 21/12/2017 13h35 Medicina Saúde

A empresa Vitae Industries anunciou recentemente uma impressora 3D chamada AutoCompounder, voltada especificamente para a impressão de pílulas e remédios. Com tamanho parecido com o de uma torradeira, ela deve permitir que farmácias e outros postos de saúde "imprimam" cápsulas customizadas contendo diferentes quantidades de diversos medicamentos.

Normalmente, cápsulas desse tipo precisam ser feitas manualmente por farmacistas especializados. Mas de acordo com a Bloomberg, a AutoCompounder consegue produzir essas mesmas cápsulas em aproximadamente um terço do tempo que um trabalhador humano levaria. Ela é capaz tanto de fazer píluas mais rígidas quanto cápsulas gelatinosas.

Um remédio para tudo

Fora a velocidade, a impressora 3D de remédios também tem outrass vantagens. Ela pode, por exemplo, combinar diferentes doses de diversas drogas em uma única cápsula. Isso é particularmente útil para pessoas que precisam tomar muitos remédios diferentes: com o auxílio da máquina, elas podem colocar todos os seus remédios em uma única cápsula.

Outra vantagem dela é que ela permite a criação de dosagens bastante específicas de determinados remédios. Normalmente, medicamentos só ficam disponíveis em algumas dosagens específicas (500 mg ou 1.000 mg, por exemplo). Embora essas dosagens sejam geralmente adequadas, elas podem acabar sendo menos eficientes para determinados pacientes. Nesses casos, com o auxílio da AutoCompounder, seria possível criar cápsulas com outras doses (750 mg ou 250 mg, por exemplo).

Robô farmacista

Mesmo com a máquina, os farmacistas não vão perder o emprego: ainda é necessário que um humano carregue os medicamentos e opere na impressora. Mas de acordo com a empresa, a máquina ainda é capaz de automaticamente misturar os ingredientes na dose certa com o excipiente (o material que é usado para fazer as pílulas) e de se limpar automaticamente.

Todo o processo levar cerca de 10 minutos, de acordo com o Digital Trends. Em entrevista ao site, a CEO da empresa, Jeanine Sinanan-Singh, disse que o principal objetivo da máquina é permitir que a empresa "trate o indivíduo, e não a mitológica 'média estatística'". Por isso a preocupação em criar uma máquina que permitisse a criação de pílulas com quantidades customizáveis de diferentes medicamentos. Segundo ela, a máquina começará a ser testada em algumas farmácias no começo de 2018.

Para repetir o sucesso de 2016, Novalgina, com seus quase 100 anos de mercado, lança segunda campanha publicitária

– Novo filme do medicamento referência em dipirona estreou neste mês nas principais emissoras mineiras –

São Paulo, dezembro de 2017 – Novalgina, uma das marcas mais tradicionais do mercado farmacêutico, lança sua segunda campanha publicitária em quase 100 anos de existência. Com linguagem bem-humorada, o filme reforça o conceito "É mais do que você imagina. Novalgina" e apresenta aos telespectadores a propriedade de alívio dos sintomas de dores intensas, por meio das apresentações de Novalgina 1g (1000 mg de dipirona monoidratada) em comprimidos ou efervescente sabor limão.

Criado pela Publicis, o filme traz um diálogo entre um casal que conversa sobre os benefícios do medicamento, como, ser 2x mais analgésico*. O homem se surpreende em saber que o medicamento também é indicado para enxaqueca e dores intensas e a mulher comenta: "Pra você ver… às vezes a gente tem uma coisa em casa e nem percebe tudo que ela pode fazer". Na cena seguinte, é possível ver um lindo gato tocando piano, o que faz uma alusão de que é possível descobrir novos usos, especialmente, quando falamos do medicamento.

(*Cada comprimido de 1g de Novalgina tem 2x mais analgésico que cada comprimido de 500mg de Novalgina)

O novo filme apresenta mais uma característica do medicamento, que é trazer aos consumidores novas opções para o alívio dos sintomas até de dores intensas1-3. E nada melhor que contar de forma bem-humorada essa conveniência da marca mais tradicional e conhecida dos brasileiros.

Serão dois filmes, um de 15" e outro de 30", que estrearam em dezembro em todo o estado de Minas Gerais nos principais canais de televisão.

Para mais informações sobre a marca acesse o site http://www.novalgina.com.br.

Ficha Técnica
Cliente: Sanofi
Produto: Novalgina®
Agência: Publicis Brasil
Título: Mais do que você imagina
Criação: Equipe Publicis
Atendimento: Gabriela Borges, Adriana Bertoni, Flávia Afonso
Planejamento: Diana Santos, Brenno Nocite, Vittório Laginestra
Mídia: Valéria Brasil, Marcela Isa, Mariana Moreira, Pedro Tognini
Tráfego: Rose Ramalho
RTVC: Tato Bono, Cayan Lobo, Camila Ximenes
Art Buyer: Selma Momosse, Raphael Macedo
Produtora: Vetor
Atendimento: Isabela Gava, Vandreia Ribeiro, Giovana Grigolin
Produtor executivo: Alberto Lopes, Paula Moraes, Francisco Puech
Direção do filme: Fabio Hacker
Direção de fotografia: Beto Hacker
Montador: Poliana Marting
Pós-Produção: Equipe Vetor Zero
Finalização: Equipe Vetor Zero
Produtora de som: Jamute
Atendimento: Sabrina Geraissate
Produtor Musical: James Pinto, Thiago Laster, Eliezer Borges
Locutora: Caro Carvalho
Aprovação do cliente: Vinicius Santos, Raphael Nascimento, Edgar Policelli, Julia Nascimento
Sobre Novalgina
Presente no mercado brasileiro há 96 anos, Novalgina (dipirona monoidratada) é um medicamento indicado como analgésico e antitérmico, utilizado para o tratamento da dor e febre, inclusive as causadas pela dengue, zika e chikungunya de acordo com as recomendações do Ministério da Saúde para alívio sintomático da dor e febre que ocorrem nessas arboviroses4-6. As apresentações indicadas para o tratamento da febre e dor causadas pela dengue são: comprimidos 500mg, gotas 500mg/mL, solução oral infantil 50mg/mL e supositório 300mg.

Além disso, Novalgina ainda disponibiliza em seu portfólio a versão 1g, que contém 1000mg de dipirona monoidratada, com duas diferentes apresentações: comprimidos e comprimidos efervescentes.

Novalgina é o medicamento de referência em dipirona.

NÃO USE ESTE MEDICAMENTO DURANTE A GRAVIDEZ E EM CRIANÇAS MENORES DE 3 MESES DE IDADE.

NOVALGINA® (dipirona monoidratada). Indicação: analgésico e antitérmico. M.S.: 1.1300.0058. Última revisão: 26/02/14.

EM CASO DE FEBRE OU ALERGIA, PROCURE SEU MÉDICO.
SE PERSISTIREM OS SINTOMAS O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO

Referências bibliográficas
1 – Tulunay FC, Ergün H, Gülmez SE, Ozbenli T, et al. Theefficacy and safety of dipyrone (Novalgin) tablets in the treatment of acute migraine attacks: a double-blind, crossover, randomized, placebo-controlled, multi-center study. Funct Neurol. 2004 JulSep;19(3):197-202.
2 – Jiménez JG, Patino RF, Vera JC, et al. Clinical Efficacy of Mild Analgesics in Pain Following Gynaecological or Dental Surgery : Report on Multicentre Studies.Br J clin Pharmac. 1980; 10: 355S-358S.
3 – Novalgina® (dipirona monoidratada) [bula]. Suzano: Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda; 2017.
4 – Ministério da Saúde (Brasil), Secretaria de Vigilância em Saúde. Dengue- diagnóstico e manejo clínico (adulto e criança). [Internet]. Brasília- DF:5ºedição; 2016. [acesso em 2017 mai 24]. Disponível em: http://www.saude.go.gov.br/public/media/ZgUINSpZiwmbr3/10900120219262619909.pdf
5 – Ministério da Saúde (Brasil), Secretaria de Vigilância em Saúde. Febre de Chikungunya-manejo clínico. [Internet]. Brasília-DF; 2015. [acesso em 2017 mai 30]. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/febre_chikungunya_manejo_clinico.pdf
6 – Ministério da Saúde (Brasil), Portal da Saúde. Manejo Clínico. [Internet]. Brasília. [acesso em 2015 dez 22]. Disponível em: http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/
principal/leia-mais-o-ministerio/1139-secretaria-svs/vigilancia-de-a-a-z/zika/17874-manejo-clinico

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Sanofi, Empowering Life, uma aliada na jornada de saúde das pessoas.
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Quantidade de proteínas ingeridas pode ser crucial em câncer colorretal

EFE21 de dezembro de 2017

Madri, 21 dez (EFE).- A quantidade de proteínas ingeridas na dieta pode ser um fator importante para prevenir o câncer colorretal em certos grupos de risco, diz um estudo do Centro Nacional de Pesquisas Oncológicas (CNIO, na sigla em espanhol) da Espanha.

A medicina já tinha conhecimento de que fatores como a dieta e a inflamação intestinal têm papel importante no desenvolvimento dessa doença, mas os vínculos diretos entre nutrientes, inflamação e câncer colorretal ainda não foram comprovados.

O trabalho do CNIO, publicado nesta quinta-feira na revista "Cell Metabolism", explica que as pessoas que já sofrem com a doença inflamatória intestinal poderiam se beneficiar de uma dieta rica em proteínas. Por outro lado, uma dieta baixa em proteínas poderia ser o mais adequado para quem têm predisposição genética para o câncer de cólon.

Além disso, o trabalho revela porque um determinado tipo de medicamento utilizado contra o câncer colorretal (os inibidores do complexo de proteínas mTORC1) praticamente não tem efetividade em alguns pacientes, uma descoberta que "abre caminho para otimizar e personalizar os tratamentos", afirmaram os pesquisadores em sua publicação.

Mais de 75% dos casos de câncer colorretal são atribuídos a causas ambientais, pois não estão associados a fatores genéticos.

Tudo indica que hábitos como uma alimentação inadequada, a falta de exercícios físicos e o tabagismo podem afetar o sistema digestivo e levar a doenças inflamatórias, como a doença de Crohn e a colite ulcerosa, que frequentemente evoluem para o câncer colorretal.

No entanto, os mecanismos precisos que vinculam a dieta, a inflamação e o câncer colorretal não são muito bem conhecidos.

Para estudá-los, Nabil Djouder, chefe do Grupo de Fatores de Crescimento, Nutrientes e Câncer do CNIO, se concentrou em mTORC1, um complexo de proteínas que funciona como sensor de nutrientes.

O estudo foi realizado em ratos modificados geneticamente e os resultados foram confirmados com amostras humanas de inflamação intestinal (causadas pela doença de Crohn e a colite ulcerosa) e câncer colorretal.

Alguns tratamentos contra o câncer de cólon agem sobre mTORC1 inibindo sua atividade, mas nas experiências clínicas é possível observar que os inibidores de mTORC1 são praticamente ineficientes em determinados pacientes.

O trabalho de Djouder mostra que inibir mTORC1 pode ser mais benéfico nos cânceres colorretais que têm base genética importante, especialmente nos pacientes que têm uma mutação no gene APC, que representam menos de 5% de todos os casos.

Quanto aos outros tipos de câncer colorretal, que são maioria e que se desenvolvem em pessoas com inflamação intestinal e sem origem genética, a estratégia de prevenção passa por promover a atividade de mTORC1, segundo o estudo.

Os cientistas descobriram que se mTORC1 for inibido nos ratos com doença inflamatória, o câncer avança.

Em seguida os especialistas concluíram que se o câncer colorretal se deve a mutações no gene APC é melhor inibir mTORC1, e se estiver associado à inflamação intestinal esta proteína deve ser ativada, o que se consegue através da alimentação.

Os investigadores afirmam que uma dieta rica em proteínas, por exemplo, utilizando suplementos de proteína de soro de leite, promove a atividade de mTORC1 e pode reduzir a formação de tumores em ratos com inflamação gastrointestinal crônica.

Por outro lado, "uma dieta baixa em proteínas pode ser uma opção para prevenir o câncer colorretal em pacientes com uma predisposição genética, por exemplo, aqueles que apresentam mutações no APC, enquanto que uma dieta rica em proteínas poderia proteger os pacientes com doença inflamatória intestinal", segundo os autores.

"Os nossos resultados podem ter implicações importantes para o uso clínico dos inibidores de mTORC1, bem como para abrir novos caminhos para otimizar e personalizar os tratamentos contra o câncer colorretal", concluíram os especialistas do CNIO. EFE