Parecer sobre fármacos experimentais para tratar doença grave pode ser votado na terça

A subcomissão especial que analisa o uso de fármacos experimentais para o tratamento de doenças graves ou raras reúne-se nesta terça-feira (5) para votar o relatório final da deputada Leandre (PV-PR). O texto ainda não foi divulgado.

O colegiado, que é vinculado à Comissão de Seguridade Social e Família, foi recriado em maio deste ano. Em 2016, a subcomissão ouviu pesquisadores e mapeou as dificuldades para o desenvolvimento de pesquisas. A discussão prosseguiu durante este ano.

A reunião para votação do parecer está marcada para as 16 horas, na sala 145, da ala A do anexo 2.

Da Redação – ND

Janssen inicia primeiro estudo de eficácia para vacina “global” contra o HIV

Fundação Bill & Melinda Gates e Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos unem forças à companhia para desenvolver vacina que pode impedir ampla variedade de cepas virais

Na véspera do Dia Mundial da Luta contra a AIDS (1º de dezembro), a Janssen, divisão farmacêutica da Johnson & Johnson, anuncia que iniciou, junto com parceiros globais, o primeiro estudo de eficácia para uma vacina preventiva em mosaico de HIV-1. A Fundação Bill & Melinda Gates e o Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (NIH) uniram-se à companhia para desenvolver o que eles chamam de "vacina global", que poderia impedir uma ampla gama de cepas virais responsáveis pela pandemia do HIV.

O novo estudo em larga escala (HVTN 705/HPX2008), também chamado de "IMBOKODO", avaliará se o regime de vacinação proposto pela Janssen é seguro e capaz de reduzir a incidência de infecção por HIV. A vacina será testada em 2.600 mulheres no sul da África. Embora tenha havido grandes avanços no tratamento e prevenção do HIV nos últimos anos, quase dois milhões de pessoas são infectadas pelo vírus a cada ano. Segundo o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS), mulheres e meninas representam quase 60% das pessoas que vivem com HIV no leste e sul da África.

O início do IMBOKODO significa que, pela primeira vez em mais de uma década, dois estudos de eficácia de vacinas estão sendo realizados ao mesmo tempo. Outra pesquisa (HVTN 702) está em andamento na África do Sul. Historicamente, a busca por uma vacina contra o HIV tem sido um desafio devido, em parte, às propriedades únicas do vírus – incluindo sua capacidade de rápida mutação e sua diversidade genética global com múltiplos subtipos prevalentes em diferentes partes do mundo.

“Ter uma vacina preventiva seria uma ferramenta vital para acabar com a pandemia do HIV. Nossa vacina é baseada em antígenos de mosaico que foram projetados utilizando genes de uma ampla gama de diferentes subtipos de HIV. O objetivo final é entregar uma ‘vacina global’ que possa ser utilizada em qualquer região geográfica para ajudar a proteger populações vulneráveis em risco de infecção”, ressalta Johan Van Hoof, líder global de área terapêutica da Janssen Vacinas.

O HIV/AIDS continua a ser um dos desafios mundiais de saúde mais urgentes do mundo. Em 2016, cerca de 37 milhões de pessoas viviam com HIV-1 em todo. No Brasil, mais de 830 mil pessoas convivem com a doença e estima-se que o número de mortes por HIV foi de 14 mil no mesmo período[1]. Além disso, o país também corresponde há 49% das novas infecções em todo o mundo. Na Janssen, desenvolvemos medicamentos para a doença há mais de 10 anos.

Sobre IMBOKODO (HVTN 705/HPX2008)

O estudo avaliará a segurança e a eficácia da vacina baseada em mosaico, em comparação com o placebo, na prevenção da infecção pelo HIV-1. O teste pretende incluir 2.600 mulheres sexualmente ativas de 18 a 35 anos em cinco países do sul da África. Os primeiros participantes começaram a receber vacinas em locais de pesquisa clínica na África do Sul. O estudo também deve ser realizado em outros locais, após aprovação regulatória, como em Malawi, Moçambique, Zâmbia e Zimbábue. "IMBOKODO" é a palavra Zulu para "rock", que é parte de um conhecido proverbio na África do Sul que se refere à força das mulheres e sua importância na comunidade.

Dois ensaios clínicos de fase 1 e 2a, em estágio inicial (APPROACH e TRAVERSE), avaliaram vacinas baseadas em mosaico. O estudo TRAVERSE ainda em curso compara dois regimes contendo vacinas vetorizadas de adenovírus 26 (Ad26) que fornecem três antígenos de mosaico (trivalentes) ou quatro (quadrivalentes). Os dados preliminares sugerem que ambos os tipos de vacinas baseadas em mosaicos parecem ser bem tolerados e capazes de provocar respostas imunes anti-HIV. Com base nestes estudos, um regime de vacina de chumbo, que compreende o candidato de mosaico Ad26 de 4 componentes e uma proteína solúvel Clade C gp140, será avaliado em HVTN 705 para ver se ele realmente reduz infecções por HIV.

Visite www.jnj.com/HIV para obter mais informações.

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[1] Relatório Global de epidemia de AIDS do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) – https://unaids.org.br/estatisticas/

Agência reguladoras federais buscam inovação

Anvisa promove primeiro seminário para compartilhar experiências bem-sucedidas em inovação e design thinking voltado às agências reguladoras federais.

Por: Ascom/Anvisa
Publicado: 01/12/2017 19:25
Última Modificação: 01/12/2017 19:40

A Anvisa promoveu na manhã desta sexta-feira (1º/12), no auditório da sede, em Brasília, o primeiro seminário sobre tendências e experiências em inovação e Design Thinking no serviço público, voltado às agências reguladoras federais.

Representantes da Anvisa, que tem uma área focada em inovação, da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) conheceram o que se faz hoje, neste campo da inovação, na Escola Nacional de Administração Pública (Enap), no Instituto Serzedello Corrêa (ISC-TCU), e no Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MPDG).

Mesa

Na mesa de abertura estavam o diretor-presidente da Anvisa, Jarbas Barbosa, o diretor do Departamento de Modernização da Gestão do MPDG, Luiz Felipe Monteiro, o subchefe de Acompanhamento de Políticas Governamentais da Casa Civil, Marcelo Guaranys, e o diretor-geral do ISC-TCU, Maurício Wanderley, Francisco Gaetani, presidente da Enap, Wladmir Ventura de Souza, adjunto da Diretoria de Gestão da ANS e Eduardo Chaffin Júnior, superintendente de Gestão de Pessoas da Anac.

Foco na cidadania

O diretor-presidente da Anvisa, Jarbas Barbosa, afirmou que a agência já tem adotado iniciativas de inovação em busca de maior eficiência, transparência e melhora do ambiente organizacional.

Jarbas Barbosa destacou como exemplo o fim das filas para liberação de entrada, no Brasil, de produtos para a saúde, uma maior capacidade de diálogo entre a Anvisa e a sociedade por meio da realização de reuniões periódicas com o setor regulado e aumento de 25% na eficiência do registro de medicamentos, com a adoção do teletrabalho e da dispensa do controle de frequência.

De acordo com Barbosa, a Agência precisa ter a capacidade de transformar críticas em novos processos para prestar melhores serviços para a sociedade. “O laboratório de inovação terá papel fundamental para que as boas ideias não terminem frustradas por não encontrarem uma metodologia adequada que resulte em mudanças efetivas de processos e na melhoria dos serviços”, defendeu.

O subchefe de Análise e Acompanhamento de Políticas Governamentais da Casa Civil da Presidência da República, Marcelo Guaranys, disse que a Anvisa sempre foi pioneira na doação de práticas de inovação. Para Guaranys, as agências reguladoras são essenciais para a segurança jurídica e a garantia de um bom ambiente de negócio.

O representante da Casa Civil explicou que o design thinking é uma metodologia capaz de testar ideias e avaliar qual é a melhor a partir de um olhar em que o serviço público se coloca no lugar do cidadão. “O grande foco da nova política de governança pública é pensar na prestação de serviços para a população”, defendeu.

Anvisa: resultados

A rede da Anvisa responsável por inovação, o LAB-i Visa, desenvolveu como primeiro projeto, o CapaciPAF, de harmonização de procedimentos técnicos realizados nas coordenações da Agência nos estados, responsáveis pelas atividades de fiscalização em áreas de portos, aeroportos e fronteiras.

Conhecida, internamente, pela sigla de PAF, estas coordenações da Anvisa nos estados têm um número aproximado de 750 servidores – todo o corpo técnico da Anvisa é formado por aproximadamente dois mil servidores.

Agilidade

O gerente-geral de Portos, Aeroportos e Fronteiras da Anvisa, Marcos Aurélio Miranda de Araújo, disse que, como primeiro resultado, o CapacitaPAF reduziu o tempo de conclusão de um documento chamado Licença de Importação de até 30 dias, para sete dias. Foram necessários quatro meses de trabalho.

Marcos Aurélio Miranda disse que a metodologia desenvolvida na área de inovação, pelo LAB-I Visa, será utilizada para aprimorar a fiscalização de ambientes de portos, aeroportos e fronteiras, e dos meios de transportes em uso nestes locais, que são também inspecionados pela Anvisa, como embarcações e aeronaves.

Para rever o seminário, acesse o link: https://join-noam.broadcast.skype.com/anvisa.gov.br/
028081a8e2014b1eab185fab84b42620/pt-BR/

Aumento de medicamentos deve ser de 2,8%

Segundo levantamento da empresa IQVIA, de janeiro a outubro deste ano o faturamento das lojas das redes associadas a Febrafar cresceu 20,81% em comparação ao mesmo período de 2016

Publicado em 02/12/2017 às 20:41

O mercado farmacêutico apresentou um expressivo crescimento nos dez primeiros meses de 2017 e as farmácias filiadas à Federação Brasileira das Redes Associativas de Farmácias (Febrafar) mostraram resultados ainda mais interessantes, já projetando a continuidade desses resultados em 2018.

Segundo levantamento da empresa IQVIA, de janeiro a outubro deste ano o faturamento das lojas das redes associadas a Febrafar cresceu 20,81% em comparação ao mesmo período de 2016. Já o mercado farmacêutico em geral cresceu 12,85% no mesmo corte de tempo.

“Com a proximidade do fim de ano, já podemos afirmar que o mercado farmacêutico terá resultados positivos e a Febrafar ainda mais, tendo um aumento maior que 50% em comparação ao mercado. Esse resultado se deve a uma preocupação cada vez maior das redes com a capacitação para gestão e a utilização das ferramentas fornecidas pela Febrafar”, explica o presidente da Febrafar, Edison Tamascia.

Ele afirma que os números não terão maiores modificações até o fim de ano. Acreditando que o fechamento do mercado será com um aumento médio no faturamento de 13%, e em venda unitária de medicamentos será de 4%. Já no associativismo as projeções é para o fechamento do ano com um aumento no faturamento na faixa de 21%, em venda unitária o aumento será na faixa de 5%.

Projeções para 2018

Um importante dado para o mercado em 2018 é que já estão sendo feitas as primeiras projeções do aumento de medicamentos para o próximo ano, que não deverá ser muito expressivo. Já foi publicado o Comunicado CMED nº 21, que fixa o valor do Fator de Produtividade (Fator X), para o ano de 2018 em 0,75%, esse é um dos fatores componentes do ajuste anual de preços de medicamentos.

Com base nele e em simulações do mercado, já se projeta que o aumento dos medicamentos para 2018 será de 2,8% em média, segundo a Sindusfarma. Outros pontos em relação ao próximo ano que deverão movimentar o mercado são questões políticas que podem impactar diretamente no mercado, como é o caso das negociações relacionadas ao programa Aqui Tem Farmácia Popular.

Entretanto, Tamascia explica que essa tendência de alta nas vendas deverá ser mantida em 2018. “Acredito que manteremos a faixa de crescimento obtida neste ano, esse fato se deve a diversos fatores, dentre os quais o de que não se projetar um aumento muito alto nos preços de medicamentos”.

Contudo, o presidente da Febrafar alerta que é preciso muito cuidado por parte dos administradores das farmácias, principalmente por parte das independentes, em função desse mercado ser cada vez mais desafiador. O que se observa é um intenso movimento das grandes redes, com a abertura de novas lojas.“Os proprietários de farmácias possuem um desafio enorme pela frente, precisando se adaptar para as novas características que o mercado impõe.

O que se observa é que o varejo independente está encolhendo e não reagindo à altura. O que é muito preocupante. Assim, reforço que o caminho para essas lojas está no associativismo, desde que essa adesão ocorra de forma a realmente utilizar os benefícios e qualificação para a gestão”, finaliza Tamascia.

Prati-Donaduzzi comemora 24 anos

On 1 dezembro, 2017

Para comemorar os 24 anos da Prati-Donaduzzi, a empresa trouxe a Toledo, o Dr. Drauzio Varella que proferiu palestra a funcionários e convidados. O médico destacou que em 24 anos os fundadores construíram a mais importante indústria de genéricos do Brasil. Ele esclareceu que este tipo de medicamento segue parâmetros técnicos rigorosos e garante segurança e eficácia para o tratamento indicado.

No Brasil os genéricos representam 24% do mercado. Enquanto os medicamentos de marca crescem 7% ao ano, os genéricos crescem na ordem de 14%. A Prati-Donaduzzi é responsável por abastecer com seus remédios mais de 50 mil farmácias, mais de 40 mil Unidades Básicas de Saúde, mais de 5500 municípios totalizando uma assistência de mais de 25 milhões de pessoas. “No Brasil a produção de genéricos já atende os principais antibióticos, a tratamentos de doenças como diabetes e hipertensão. Não se trata de gostar ou não gostar, é um medicamento seguro, pois atende as especificações técnicas de alto controle e qualidade”, defendeu Drauzio Varella.

O diretor fundador da indústria, Luiz Donaduzzi destaca o papel da empresa no cuidado da saúde pública. “Nós não nos damos conta da importância do trabalho que desenvolvemos no país. O Drauzio mostrou a importância de fazermos um medicamento de qualidade, com preço justo, o que não acontecia há 20 anos. Atualmente o Brasil possui cerca de 13 milhões de diabéticos. Na Prati nós tratamos entre 3,5 a 4 milhões de diabéticos por dia, como nosso remédio. A cada quatro comprimidos em uma farmácia um é da Prati-Donaduzzi e isto é muito significativo”, comemora Donaduzzi.

Os genéricos são produtos consolidados na indústria de medicamentos, mas há ainda espaço de expansão. “Existe ainda a necessidade de sensibilizar população para o consumo dos genéricos, que são medicamentos que tem tanta segurança quanto os de marca. Hoje é a fatia que mais cresce em relação ao consumo de medicamento (24%) e isso só vem a aumentar. E a Prati está pronta para este desafio. Somos uma empresa consolidada com uma histórica e com capacidade de entender os novos desafios de um mercado que é mutante”, pondera Luiz Donaduzzi.

O atual presidente da indústria farmacêutica, Eder Maffissoni reafirma que este mercado em expansão tem desafios a serem enfrentados. “Nos EUA quase 60% dos medicamentos consumidos são genéricos Tem que ter um período de familiarização, quebra de paradigmas e construção de confiança. No Brasil ainda há muita falta de informação. Existe um tabu a ser quebrado em relação ao passado histórico de falsificação de medicamentos, pílulas de farinhas. Hoje a ANVISA é uma das mais severas do mundo e esse contexto histórico ficou para trás. Nosso trabalho é fortalecer a imagem do medicamento genérico, que é tão bom quando os de marca. Aliás, as indústrias de medicamento genérico são muito mais modernas que as de medicamentos de referência. O Brasil está no caminho certo”, aposta Maffissoni.

Sucessão

O legado da maior indústria de genéricos do Brasil deve seguir e para isso a empresa se preparou. “Não temos o direito ético de vender a Prati. Nos últimos dez anos o Eder pegou a frente da Prati e eu só cuido do PDI até o fim de dezembro. Depois estarei um pouco afastado”. Dr. Luiz Donaduzzi está à frente do Parque Científico e Tecnológico de Biociências do Paraná – Biopark.

Eder Maffissoni garante que a indústria deve seguir o caminho trilhado ao longo dos 24 anos. “Queremos seguir o legado do patrão nos próximos 24 anos. Tentar manter o ritmo de conhecimento que temos, desenvolver novos produtos, novos mercados. Temos um planejamento estratégico robusto para isso. Temos um amplo portfólio depositado na ANVISA, o que traz sustentabilidade para a empresa e tranquilidade à médio e longo prazo”.

A Prati-Donaduzzi gera cerca de cinco mil empregos diretos; é a segunda maior empregadora do município e a segunda maior folha, no quesito montante financeiro, mas muito próximo da primeira colocada.

A defesa do SUS

O palestrante Drauzio Varella estabeleceu uma linha histórica da atenção a saúde pública no Brasil. “Antes dos anos 1960 o que tínhamos era o INPS que garantia a assistência apenas a quem tinha carteira de trabalho assinada. Deixando a maioria da população, que na época era rural, desassistida”.

Varella defende que o Sistema Único de Saúde – SUS foi a invenção mais importante na história médica. “Quando se fala em SUS as pessoas logo pensam nas filas, na espera no pronto-socorro, mas o SUS é muito mais. Somos a população com maior cobertura em vacina, mais de 95%. Nos casos hepáticos, quando há necessidade de transplante, tendo ou não plano de saúde, é na fila do SUS que o paciente terá a garantia do transplante. Ou ainda, temos segurança na transfusão de sangue e quem controla isso: o SUS”.

Outra história de sucesso do SUS, defendida pelo Dr. Drauzio Varella é a conduta do Brasil no tratamento da AIDS. “Revolucionamos o tratamento da AIDS, com a distribuição gratuita dos medicamentos, apesar das críticas quando diziam que com esta postura deixaríamos o vírus mais resistente o que não aconteceu”, comemora Varella.

O médico lembra que quando explodiu os casos de AIDS o Brasil e África do Sul tinham números semelhantes de casos, com a conduta brasileira que virou referência mundial as diferenças foram exponenciais. “Com a distribuição de medicamentos o Brasil ficou na marca de 820 mil infectados, enquanto a África do Sul, 10% da população está contaminada”. Varella alertou que o controle não significa a cura, por isso as pessoas devem seguir tomando os cuidados de prevenção à contaminação.

Qualidade de Vida

O médico num clima descontraído levou a plateia a reflexão que o maior acesso a medicamentos e atenção a saúde não deve significar a transferência da responsabilidade do cuidado próprio do indivíduo ao Estado. Ele defendeu a importância da atividade física e a prevenção, em especial da população masculina, que segundo ele, se esconde atrás do mito de superioridade física e deixa de tomar cuidados básicos. Varella enfatizou que a superioridade genética está com as mulheres que se desenvolvem neurologicamente mais rápido que os homens e vivem em média sete anos a mais que os homens.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

Para 68% dos brasileiros a saúde está piorando

Pesquisa encomendada pela INTERFARMA ao Instituto DataPoder 360 revela o descontentamento com a situação

Apenas 7% dos brasileiros enxergam melhorias, enquanto 68% consideram que a saúde esteja piorando no País. Para o futuro, as expectativas estão bem divididas: 32% acreditam em melhorias, enquanto o mesmo percentual espera a manutenção do quadro negativo.

Os dados fazem parte da pesquisa “Saúde no Brasil”, encomendada pela INTERFARMA (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa) ao Instituto DataPoder 360, coordenado pelo jornalista Fernando Rodrigues. A pesquisa foi realizada por telefone, em outubro, com 4.133 moradores de 178 diferentes municípios espalhados pelo Brasil.

Em termos de assistência, os hospitais lideram as críticas negativas, com 39% das reprovações. Já os planos de saúde ficam com 18%. Os médicos, em contrapartida, se destacam por serem bem avaliados. Eles alcançaram 39% de aprovação dos brasileiros. Coube às farmácias 29% das avaliações positivas.

Medicamentos

Os brasileiros (64%) acham que o preço dos medicamentos é composto sobretudo pelos impostos cobrados pelo governo. Vale lembrar que a INTERFARMA já conduziu uma ampla campanha pela redução de tributos sobre medicamentos, como forma de promover mais acesso, e atualmente participa de iniciativas pela desoneração dos medicamentos, respaldada em princípios constitucionais de que os bens devam ser tributados segundo a sua essencialidade.

A questão dos tributos se torna ainda mais grave quando observamos que a maioria dos brasileiros (53%) diz arcar sozinha com o custo de seus medicamentos. Mais da metade dos respondentes (55%) disse já ter deixado de comprar algum tratamento por falta de dinheiro. E uma parcela dos brasileiros (23%) diz adquirir medicamentos por meio de algum programa ou (6%) do Farmácia Popular.

No geral, segundo a pesquisa, 63% dos brasileiros dizem que prefeririam medicamentos de referência, caso esses e os genéricos tenham o mesmo preço. Nessas condições, só 11% consumiriam os genéricos. A decisão para optar entre um medicamento de referência ou genérico é basicamente o preço. Para 54%, esse é o fator preponderante. Em seguida, 34% falam que a qualidade deva ser considerada.

Embora os médicos sejam a fonte prioritária de informações para medicamentos segundo 54% dos respondentes, mais da metade da população confia nas informações encontradas pela internet. Cerca de 10% confiam nas orientações de parentes e 7% seguem as recomendações dos farmacêuticos.

Veja o estudo na íntegra aqui.

Ministério da Saúde e Emprapii vão destinar R$ 150 milhões para pesquisa

01/12/2017 13h09 Daniel Mello – Repórter da Agência Brasil

O Ministério da Saúde firmou hoje (1º) uma parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) para destinar R$ 150 milhões para pesquisa na área de saúde. Os recursos repassados pelo ministério serão distribuídos por meio de convênios com institutos, empresas e universidades para desenvolver produtos e equipamentos.

Os investimentos de recursos públicos devem representar um terço do custo de cada projeto. Os outros dois terços, que incluem aportes de infraestrutura e equipamentos, são de responsabilidade da entidade conveniada. “É uma parceria, a Embrapii põe uma parte do recursos, que é esse que nós aportamos, e dois terços dos recursos são colocados pela empresa. Isso ajuda que um determinado projeto, que é interessante para o governo, com esse aporte se transforme em patente. Se transformando em patente, vira produto, se tornando um avanço tecnológico para a sociedade”, destacou o ministro da Saúde, Ricardo Barros.

Segundo o ministro, o incentivo à inovação nacional pode reduzir os gastos do poder público, em especial na compra de medicamentos. “Ela [a inovação] permitirá que desenvolvamos produtos que estamos comprando fora, de outras patentes. No caso da saúde [há] uma gama enorme de produtos, especialmente os biológicos, que são os mais caros para o poder público e que precisamos desenvolver localmente”, acrescentou.

Além dos remédios, Barros disse que a ideia é que sejam desenvolvidos processos e equipamentos que melhorem a rotina do sistema de saúde brasileiro e exemplificou: “o monitoramento, que são equipamentos eletrônicos que controlam leitos e pacientes remotamente, nos permitirá desospitalizar as pessoas que passarão a ser cuidadas em casa ou em hospitais de cuidados paliativos, sem a desassistência. Haverá o grupo de alta especialidade acompanhando remotamente esses pacientes e dando as orientações necessárias”.
Edição: Lidia Neves

Anvisa participa de reunião da OMS sobre produtos falsificados

Estados Membros discutem o nível de avanço do Mecanismo na atualidade e as prioridades para o biênio 2018-2019

Por: Ascom/Anvisa
Publicado: 01/12/2017 09:48
Última Modificação: 01/12/2017 10:15

Equipe da Anvisa está em Genebra, entre os dias 30 de novembro e 1° de dezembro, onde participa da Sexta Reunião Plenária do Mecanismo de Estados Membros da OMS sobre Produtos Medicinais Abaixo dos Padrões de Qualidade e Falsificados.

Este grupo formal debate temas relativos às boas práticas para o combate à falsificação de produtos medicinais e para a proteção dos interesses em saúde pública. Trata-se do único foro global de discussão entre Governos sobre o tema.

Nesta oportunidade, os Estados Membros da OMS discutem o nível de avanço do Mecanismo na atualidade e as prioridades para o biênio 2018-2019, que incluem atividades de prevenção, detecção e resposta a estes produtos, do ponto de vista da atuação das autoridades reguladoras.

A Anvisa coordena uma das atividades prioritárias, relacionada ao desenvolvimento de material de treinamento e documentos de referência para a atuação das autoridades competentes. Também participa do grupo de trabalho sobre atividades de comunicação e conscientização, com foco em ações de prevenção.

Informações sobre os trabalhos do Mecanismo da OMS estão disponíveis no portal da OMS: http://www.who.int/medicines/regulation/ssffc/mechanism/en/.

Sindusfarma sedia 1º workshop Latino-americano de Comunicações e Informações Médicas

Pela primeira vez no Brasil, o workshop Latino-americano de Comunicações e Informações Médicas foi promovido pelo DIA (Drug Information Association) na terça-feira (28), no Sindusfarma. A entidade possui um acordo de cooperação com a instituição internacional.

O evento foi organizado por um comitê de profissionais de Informações Médicas e SAC de indústrias farmacêuticas, coordenado por Viviane Arid e David Bowers.

O DIA é uma organização global sem fins lucrativos que reúne profissionais da área de desenvolvimento de produtos para a saúde, em um ambiente onde possam compartilhar ideias e impulsionar o desenvolvimento e o gerenciamento do ciclo de vida desses produtos.

Grupos de Trabalho

O Sindusfarma possui Grupos de Trabalho para temas relacionados a SAC e Informações Médicas no âmbito da Diretoria de Assuntos Regulatórios, liderada por Rosana Mastellaro.

Pessoas que nunca tiveram dengue não devem tomar vacina da doença, diz Anvisa

29/11/2017 21h58 Maiana Diniz – Repórter da Agência Brasil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária divulgou nesta quarta-feira (29) que o laboratório Sanofi-Aventis, fabricante da vacina da dengue, apresentou informações que sugerem que pessoas que nunca tiveram contato com o vírus da dengue podem desenvolver formas mais graves da doença caso tomem a vacina. A vacina Dengvaxia foi aprovada no Brasil em 28 de dezembro de 2015 e não é oferecida pelo Programa Nacional de Imunizações.

A suspeita do laboratório, apresentada nesta semana, ainda não é conclusiva, mas, diante do problema, a recomendação da Anvisa é que a vacina não seja tomada por pessoas que nunca tiveram dengue. Apesar de esclarecer que a vacina por si só não é capaz de desencadear um quadro grave da doença nem induzir ao aparecimento espontâneo da dengue – para isso, é preciso ser picado por um mosquito infectado -, existe a possibilidade de que pessoas soronegativas desenvolvam um quadro mais agudo de dengue caso sejam infectadas após terem recebido o medicamento.

A bula da vacina será atualizada enquanto a Anvisa avalia os dados completos dos estudos, que ainda serão apresentados pelo fabricante. A vacina da Sanofi, chamada Dengvaxia, é a única aprovada no Brasil. O produto é indicado para imunização contra os quatro subtipos do vírus. Para as pessoas que já tiveram dengue, a Anvisa avalia que o benefício do uso da vacina permanece favorável.

Por meio de um comunicado, a Anvisa esclareceu que “este risco não havia sido identificado nos estudos apresentados para o registro da vacina na população para a qual a vacina foi aprovada”. A agência informou que, antes do registro, os efeitos da imunização foram estudados em mais de 40 mil pessoas em todo o mundo, e que as pesquisas seguiram os padrões estabelecidos por guias internacionais da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Edição: Davi Oliveira