Anvisa cria instrumento para avaliar ações de Vigilância

Agência promove seminário internacional para apresentar a metodologia para avaliar ações em Vigilância Sanitária, desenvolvida em parceria com o Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

Por: Ascom / Anvisa
Publicado: 29/11/2017 16:41
Última Modificação: 29/11/2017 17:15

O Seminário Internacional de Avaliação da Vigilância Sanitária – O Desafio de Aprender e Institucionalizar Práticas – reuniu nestes dois dias, até esta quarta-feira (28/11), profissionais das Vigilâncias Sanitárias de estados e municípios, pesquisadores deste campo e representantes de agências reguladoras de outros países em Brasília, no hotel Golden Tulip.

Organizado pela Anvisa, o Seminário é o momento de a Agência apresentar o resultado do projeto de Elaboração de Indicadores para a Avaliação de Ações de Vigilância Sanitária, desenvolvido em parceria com o Hospital Alemão Oswaldo Cruz (HAOC).

A parceria entre a Anvisa e o Hospital Alemão Oswaldo Cruz (HAOC) foi viabilizada por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), do Ministério da Saúde. As instituições de serviços de saúde consideradas pelo Ministério como de excelência podem se beneficiar de renúncia fiscal, em troca de apoiar projetos que impliquem avanços no SUS.

Na abertura do Seminário, o diretor-presidente da Anvisa, Jarbas Barbosa, lembrou que “as instituições públicas precisam atuar com a devida transparência, prestando contas à sociedade, dentro do que a população espera delas”, comentou.

Para o diretor-presidente da Anvisa, Jarbas Barbosa, “o que se buscou foi uma metodologia validada cientificamente, para que se possa mensurar resultados, de forma objetiva, no momento apresentar resultados no campo da Vigilância Sanitária”.

A diretora do Instituto Social Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Ana Paula Pinho, agradeceu à receptividade das autoridades regulatórias de Portugal, Infarmed e à Direção Geral de Saúde (DGS), e do Reino Unido, a MHRA (Medicines & Healthcare Products Regulatory Agency) e PHE (Public Health England), pelo apoio que ela e o assessor de Planejamento da Anvisa, Rodrigo Lino de Brito, receberam quando estiveram nestes países para pesquisar ideias para o projeto.

Também na cerimônia de abertura, Viviane Luiz, representante do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) no Conselho Consultivo da Anvisa, parabenizou a Anvisa pela iniciativa e pelo ineditismo de construir este instrumento de avaliação.

O presidente do Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Mauro Guimarães Junqueira, comentou que os municípios contam com 82 diferentes fontes e formas de receber financiamento para ações de saúde, mas que caminham para a racionalização deste fluxo, por meio da destinação dos recursos para custeio e investimento.

A conferência magna de abertura, Os desafios da avaliação das políticas sociais no Brasil, foi apresentada por Paulo de Martino Jannuzzi, professor de pós-graduação da Escola Nacional de Ciências Estatísticas (Ence) do IBGE.

Sete Lagoas recebe fábrica de embalagens farmacêuticas

On 29 novembro, 2017

O conglomerado italiano Stevanato Group – produtor global de sistemas, processos e serviços para a indústria farmacêutica – inaugurou oficialmente sua primeira fábrica sul-americana em Sete Lagoas (MG). A unidade, resultado de um investimento direto de 30 milhões de euros (aproximadamente R$ 115 milhões), atuará com a marca Ompi e expande a capacidade de produção do Grupo em termos de cartuchos e ampolas de vidro para responder à crescente demanda do mercado brasileiro e sul-americano. A empresa espera iniciar a produção local de frascos para medicamentos em 2018.

Com 12 mil metros quadrados de área construída em um terreno de 40 mil metros quadrados, a unidade, que está operando desde agosto, emprega hoje 120 pessoas e poderá empregar até 200 pessoas quando estiver operando em plena capacidade, é considerada o “estado da arte” na produção de embalagens primárias de vidro, com maquinário de última geração, layout eficiente, “sala branca” (“clean room”) na área produtiva e infraestrutura geral otimizada. “O Brasil deve se tornar o quinto maior mercado farmacêutico do mundo em 2019 e em nossa visão continuará crescendo a taxas de dois dígitos no futuro próximo”, explica Marco Stevanato (foto), vice-presidente do Stevanato Group.

Fonte: Blog do PCO

CAS aprova Alessandra Soares para diretoria da Anvisa

Sergio Vieira | 29/11/2017, 15h07 – ATUALIZADO EM 29/11/2017, 16h51

A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) aprovou nesta quarta-feira (29) a indicação da farmacêutica Alessandra Bastos Soares para a diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Também foi aprovado um pedido de urgência na análise da mensagem indicando o nome (MSF 68/2017) no Plenário do Senado.

O fato de Alessandra Soares não ter ainda qualquer experiência de gestão na área pública foi questionado pelos senadores Flexa Ribeiro (PSDB-PA) e Eduardo Amorim (PSDB-SE).

Na resposta, a farmacêutica confirmou que a indicação dela tem o intuito de "ventilar o olhar da Agência, uma leitura mais ágil nos procedimentos, principalmente daqueles que requerem mais celeridade neste momento". Mas a profissional deixou claro que este viés não significa sob nenhuma hipótese comprometer "a segurança e eficácia dos medicamentos e produtos".

— Isto é indiscutível, com isso a gente não brinca. A segurança não será jamais relegada a segundo plano. Se a gente não cuida antes do que entrega aos pacientes, vamos ter que cuidar depois, e o ônus é incomensurável — afirmou Alessandra.

A indicada fez questão de ressaltar aos senadores que uma parte de seus 20 anos atuando na área se deu dentro de hospitais públicos e privados, trabalhando para planos de saúde e empresas que comercializam medicamentos e produtos. Experiências que segundo ela lhe permitiram um background direto voltado para a saúde e o bem-estar das pessoas. Alessandra Soares questão de mencionar também que "todos os brasileiros usam os serviços da Anvisa diariamente, desde a hora que acordam, pois os produtos que você usa para escovar os dentes foram inspecionados por ela".

Fosfoetanolamina

Alguns senadores questionaram Alessandra Soares sobre que tipo de atuação a Anvisa pode ter na análise da fosfoetanolamina, a pílula que supostamente teria o poder de curar o câncer. A profissional deixou claro que a Anvisa só pode avaliar a eficácia de algum produto se for solicitada pelos interessados, o que até o momento não ocorreu.

— Eu pessoalmente adoraria que ela cumprisse o que promete. Mas é preciso antes que quem controla a produção solicite à Agência a pesquisa e a obtenção do registro. Como a Anvisa vai avaliar algo que até o momento não foi exposto por quem eventualmente queira a liberação? — finalizou Soares.

Agência Senado

Aché e Ferring inauguram laboratório de pesquisa em Nanotecnologia

Guarulhos – O Aché e a Ferring inauguram o NILE – Nanotechnology Innovation Laboratory Enterprise, laboratório exclusivo de pesquisa e desenvolvimento de novas plataformas tecnológicas baseadas em Nanotecnologia para aplicação no desenvolvimento de medicamentos, cosméticos e alimentos. Resultado da parceria firmada entre a farmacêutica brasileira Aché e a empresa global Ferring Pharmaceuticals, o NILE está alocado dentro no Innovatech Solutions, o ICT (Instituto de Ciências e Tecnologia) do Aché, em sua sede, em Guarulhos (SP).

Iniciativa pioneira no Brasil, o novo laboratório recebeu R$ 7 milhões em investimentos em equipamentos e infraestrutura e tem como objetivo o desenvolvimento de plataformas tecnológicas e transferência de tecnologia para aplicação em produtos. É a primeira iniciativa da Ferring em pesquisa no Hemisfério Sul e, apesar de a empresa possuir 10 centros de P&D em inovação ao redor mundo em países como Alemanha, EUA, Índia e China, o Brasil será o primeiro em nanotech.

A parceria ressalta o interesse e investimento das duas empresas na pesquisa e desenvolvimento de tecnologias disruptivas, que colocam as necessidades do paciente no centro de partida das pesquisas. “Estamos muito satisfeitos em ver este projeto sair do papel, pois ele está fincado nos pilares inovação, foco no cliente e crescimento de nosso planejamento estratégico, com objetivos claros que irão, em poucos anos, melhorar efetivamente a vida de milhares de pessoas no Brasil e no mundo”, afirma Vânia Nogueira de Alcantara Machado, presidente do Aché Laboratórios Farmacêuticos.

Linhas de pesquisa

O NILE tem como foco a pesquisa em novas tecnologias farmacêuticas em diversas áreas, incluindo moléculas como hormônios, peptídeos, anti-inflamatórios, medicamentos para doenças cardiovasculares, inibidores de bombas de prótons (que diminuem a secreção de ácido gástrico e acidez estomacal) entre outras moléculas e áreas.

A parceria é destinada ao desenvolvimento de plataformas tecnológicas que buscam melhorar a disponibilidade dos medicamentos no organismo, transformando, por exemplo, princípios ativos que hoje são apresentados na forma de injetáveis em formulações que poderão ser administradas por via oral, de forma mais prática e indolor. “As pesquisas nesta área proporcionam a redução de efeitos adversos, o aumento da aderência do paciente ao tratamento e a comodidade na administração posológica”, esclarece Stephani Saverio, diretor do Núcleo de Inovação do Aché.

CPI da Fosfoetanolamina ouve pesquisadores da USP e do Instituto do Câncer

29/11/2017 21h20 Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Fosfoetanolamina, da Assembleia Legislativa de São Paulo, ouviu hoje (29) um farmacêutico e um professor que participaram das pesquisas sobre a chamada pilula do câncer. A CPI investiga se houve falhas no estudo que concluiu que a substância não tem efeitos sobre pacientes de câncer e proibiu sua distribuição.

Nas audiências, os deputados têm ouvido pessoas que participaram de todo o processo da pesquisa, desde a síntese, encapsulamento e transporte até a distribuição da substância aos pacientes de câncer em estudo. De acordo com o presidente da CPI, deputado Roberto Massafera (PSDB), todas “as pessoas necessárias serão convocadas” a comparecer à comissão.

Os depoentes de hoje foram o pesquisador Salvador Claro Neto, professor da Universidade de São Paulo (USP), que acompanhou a produção no laboratório responsável pela síntese da fosfoetanolamina; e Roberto Jun Arai, do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp).

Claro Neto disse aos deputados que sua função na pesquisa foi sintetizar a substância para que ela fosse entregue aos pacientes participantes do estudo, o que, segundo ele, ocorreu segundo os protocolos estabelecidos. “O que saiu de dentro da empresa PDT [laboratório PDT Pharma] foi a substância com a mesma qualidade que estava sendo feita dentro da universidade [USP, onde a pílula começou a ser distribuída antes dos testes com pacientes], disse. “Todo o produto feito passava por um laudo técnico e depois era enviado”, acrescentou.

Após a audiência, o professor da USP disse a jornalistas que estranhou o fato de apenas 70 pessoas terem sido objeto do estudo, já que a previsão, segundo ele, era testar o medicamento em 200 pacientes. Outro problema, segundo Claro Neto, foi a falta de realização de farmacocinética (estudo do destino dos fármacos no organismo após sua administração). “Acredito que se deveria fazer de novo a pesquisa. Houve muitas dúvidas”, ponderou.

Já Roberto Jun Arai, gerente do Núcleo de Pesquisa do Icesp, disse que sua atuação na pesquisa se restringiu ao apoio operacional, ou seja, fornecer infraestrutura ou apoio administrativo para que ela fosse realizada. Segundo Arai, o apoio operacional obedeceu às normas. Durante depoimento, quando foi questionado se o processo deveria ser refeito, Arai disse que, se há dúvidas sobre a pesquisa, essas questões precisam ser esclarecidas. “Se há margem de dúvidas, ela precisa ser sanada. Não existem dúvidas da minha parte”.

CPI quer nova pesquisa 

Segundo Massafera, o depoimento de Claro Neto comprovou que, “da fábrica, o produto saiu com qualidade”. “Agora, a partir do instante que foi encapsulado e foi dado aos pacientes, não houve o controle de qualidade, não se pegou a amostra do que foi distribuído. E isso já consideramos uma falha”, disse o presidente da CPI.

“Nosso objetivo principal é que ela [a pesquisa] seja feita de novo”, disse o deputado. “O Estado gastou dinheiro nessa pesquisa. Nossa função é fiscalizar onde o Estado aplicou o dinheiro. Se o dinheiro não foi bem aplicado, isso passa a ser problema do Ministério Público, da Justiça e de apurar responsabilidade. Nós vamos apurar se a pesquisa foi bem-feita. Se não foi, vamos querer que ela seja feita de novo”, disse Massafera.

Segundo ele, o tratamento atual para o câncer é muito caro e a liberação da fosfoetanolamina poderia baratear esses custos. “Se você fizer uma cirurgia você gasta X. Se você fizer quimioterapia, se o tratamento custa R$ 5 mil por mês, em dez meses são R$ 50 mil. Se fizer radioterapia, mais. Se fizer imunoterapia, pode-se gastar R$ 200 mil. Se eu tiver plano de saúde, ele cobre. Se você não tiver nada, o SUS [Sistema Único de Saúde] paga. Se você entrar na Justiça, juiz manda que você tenha o tratamento gratuito. A sociedade é onerada para isso. Se a fosfoetanolamina funcionar, é um tratamento barato. Estimamos que, em seis meses, fazendo o tratamento com três pílulas ao dia, vai se gastar R$ 1,2 mil [por pessoa]”, comparou.

O deputado reconheceu que a fosfoetanolamina pode não ser “a solução para tudo”,mas disse que a substância pode ser uma alternativa a mais no tratamento do câncer. “Tem pessoas que não reagem à fosfoetanolamina. Cada pessoa é um universo diferente. Mas o que queremos é que se tenha oportunidade de testar algo a mais”.

Histórico

Sintetizada há mais de 20 anos, a fosfoetanolamina foi estudada pelo professor aposentado Gilberto Orivaldo Chierice quando ele era ligado ao Grupo de Química Analítica e Tecnologia de Polímeros da USP, campus de São Carlos. Algumas pessoas passaram a usar as cápsulas contendo a substância, produzidas pelo professor, como medicamento contra o câncer.

A pílula gerou polêmica no país. Ela vinha sendo distribuída a pacientes oncológicos mesmo sem ter sido testada e comprovada por testes clínicos e sem registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A distribuição foi proibida e diversas pessoas começaram a entrar na Justiça pedindo acesso à substância. Testes clínicos em humanos então começaram a ser realizados em São Paulo para testar a eficácia da droga.

Os testes foram conduzidos pelo Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, com acompanhamento de Chierice. Em março deste ano, o Icesp concluiu pela falta de comprovação da eficácia da substância no combate ao câncer. Segundo a pesquisa, de 73 pacientes com tumores sólidos avançados tratados com a pílula do câncer, apenas um obteve resposta parcial.

Em outubro, a CPI da Fosfoetanolamina foi instalada para apurar se houve falhas nos testes clínicos que impediram a liberação da substância.
Edição: Luana Lourenço

Sistemas já estão funcionando normalmente

Empresas que utilizam os sistemas da Anvisa relataram alguns problemas com peticionamento, agendamento parlatório e geração de GRUs. Normalidade já foi reestabelecida.

Por: Ascom/Anvisa
Publicado: 29/11/2017 17:10
Última Modificação: 29/11/2017 17:13

A Anvisa recebeu nos últimos dias informações sobre a dificuldade de algumas empresa em utilizar os sistemas da Anvisa. Os relatos foram encaminhados pelo Sindicato da Indústria Farmacêutica do Estado de São Paulo (Sindusfarma).

As reclamações tratam principalmente dos sistemas de peticionamento de medicamentos, importação, histórico de modificação de produto (HMP), agendamento no Parlatório e geração da GRU para pagamento de taxas.

Os usuários dos sistemas da Agência também podem acompanhar a disponibilidade dos serviços e evitar dificuldades durante uma eventual indisponibilidade.

Confira: http://disponibilidade.anvisa.gov.br

Em alguns casos, as falhas podem ser provocadas também por problemas em sistemas de outras instituições que são integrados com a Anvisa, como Serpro e Banco do Brasil.

Entenda a situação e providências adotadas em relação aos sistemas da Anvisa.
Histórico de modificação de produtos e notificação simplificada de medicamentos

Foi identificada uma situação anormal que provocou a interrupção do fluxo de peticionamento. Este problema está sendo tratado pela equipa de TI e deve ser concluído nesta quarta-feira (29/11). A Anvisa também ampliou o número de máquinas dedicadas a este seviço para diminuir situações de indisponibilidade.

Agendamento de reunião no Parlatório

O sistema está funcionando normalmente. A última ocorrência foi no dia 29 de setembro quando um incidente provocou a idisponibilidade do sistema por 3 dias úteis. Desde então o sistema funciona normalmente. Nos últimos 30 dias foram feitas 573.121 requisições e apenas 0,08% apresentaram falhas. A disponibilidade no período foi de 100%

Peticionamento Eletrônico de Importações (PEI)

No último mês foi registrado apenas um incidente, no dia 8 de novembro. Neste caso não houve necessidade de ação dos usuários já que as emissões de GRU foram processadas no dia seguinte e encaminhadas normalmente para as caixas postais das empresas reguladas.

Em 30 dias, foram submetidos 36.659 processos e petições e apenas 24 casos foram reportados pelos usuários para correções pontuais.

Peticionamento Eletrônico

No último mês foram realizadas 3.771.936 requisições, sendo que apenas 4,25% tiveram algum tipo de falha. Mesmo nestes casos as falhas não são normalmente identificadas pelo usuários em razão do sistema de balanceamento da ferramenta. O sistema também teve 100% de disponibilidade nos últimos 30 dias.
UniGRU (geração de GRUs)

Nos últimos 30 dias foram feitas 238.865 requisições e apenas 1,02% apresentaram falhas. A disponibilidade também foi de 100%.

Bahiafarma passa a poder produzir todos os testes rápidos para ISTs do SUS

Escrito por: Secom – Ciência e Saúde -29 de Novembro de 2017

A Bahiafarma obteve o registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a fabricação do teste rápido para diagnóstico de Hepatite B. O documento foi publicado no Diário Oficial da União e, com a autorização, o laboratório público baiano passa a poder produzir e distribuir nacionalmente todos os dispositivos de diagnóstico rápido utilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para detectar infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) – os testes de HIV, Sífilis e Hepatite C da Bahiafarma já haviam recebido registros anteriormente.

Chamado Teste Rápido HBsAg Bahiafarma, o dispositivo para diagnóstico de Hepatite B é o primeiro do gênero desenvolvido por um laboratório público brasileiro. Trata-se de um ensaio imunocromatográfico para a detecção rápida e qualitativa de antígenos de superfície do vírus causador da doença (HbsAg). O teste, que fornece o resultado em até 20 minutos, utiliza pequena amostra sanguínea do paciente.

Para o diretor-presidente da Bahiafarma, Ronaldo Dias, o registro do teste rápido de Hepatite B conclui mais um ciclo de desenvolvimento de produtos do laboratório baiano. “Assim como ocorreu com os testes para diagnóstico de arboviroses que desenvolvemos ao longo dos últimos anos e hoje estão disponíveis para a população por meio do SUS, agora oferecemos uma solução completa para diagnóstico rápido de ISTs”, afirma o executivo. “A possibilidade de produção nacional desse tipo de insumo permite ao Ministério da Saúde ampliar ainda mais o alcance de suas políticas de identificação e controle das ISTs.”

Dias também ressalta a importância do trabalho continuado que foi desenvolvido na Bahiafarma em torno do eixo produtivo de dispositivos de diagnóstico. “Hoje, a Bahiafarma é uma das referências nacionais em desenvolvimento de testes de diagnóstico e o principal fornecedor do Ministério da Saúde para esse tipo de insumo”, lembra o gestor.

Portfólio

Com o registro da ANVISA para o teste rápido de diagnóstico de Hepatite B, a Bahiafarma passa a ser o primeiro laboratório público brasileiro a poder fabricar e distribuir todos os dispositivos de diagnóstico rápido de ISTs utilizados pelo SUS (HIV, Sífilis, Hepatite C e Hepatite B).

Além disso, a Bahiafarma já produz e disponibiliza ao Ministério da Saúde dispositivos para diagnóstico rápido de infecção por arboviroses, como Zika, Dengue e Febre Chikungunya, que estão sendo distribuídos para todo o País. O laboratório público baiando também já obteve registros para fabricação de outras soluções diagnósticas, como os testes rápidos para Febre Amarela e Leishmaniose.

Medicamento reduz em mais da metade o risco de fratura por osteoporose, revela estudo inédito

Quarta, 29 Novembro 2017 14:23 Escrito por Vinicius Volpi
Trabalho publicado no The Lancet compara pela primeira vez a eficácia de Forteo® sobre risedronato na prevenção de fraturas vertebrais em osteoporose grave na pós-menopausa

Um estudo inédito feito no Brasil. e em mais 14 países da Europa, América do Norte e América do Sul. comparou a eficácia de duas terapias – Forteo (teriparatida) e risedronato , na redução de fraturas vertebrais, em 1.360 mulheres, acima dos 45 anos, com osteoporose grave na pós-menopausa. Os resultados do estudo Vero, que acaba de ser publicado no periódico científico inglês The Lancet, mostraram que após 24 meses de tratamento com Forteo as mulheres apresentaram redução de 56% na incidência de novas fraturas vertebrais quando comparado ao risedronato. De acordo com o estudo, os resultados positivos já foram vistos nos primeiros 12 meses de tratamento, com uma queda significativa de 48% na incidência de fraturas osteoporóticas.

Este é o primeiro estudo com comparador ativo em osteoporose a mostrar superioridade na redução de fraturas como desfecho primário. "Pela primeira vez, um estudo randomizado mostra evidências da superioridade de Forteo® , um agente formador de osso, sobre uma medicação antirreabsortiva", destaca Dr. Cristiano Zerbini, coautor brasileiro do estudo e Professor de Reumatologia da Universidade de São Paulo.

Além da redução de fraturas vertebrais, houve também uma diminuição de 54% na incidência de fraturas vertebrais novas e agravadas, e redução em 52% na incidência de fraturas clínicas (combinação das não vertebrais com as sintomáticas). “A Teriparatida recombinante demonstrou eficácia antifratura superior ao risedronato, tanto em pacientes que nunca haviam utilizado medicamentos quanto naqueles que já haviam utilizado bifosfonatos anteriormente”, explicou Dr. Luis Augusto Tavares Russo, outro coautor brasileiro do estudo e Professor auxiliar de Endocrinologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.

Sobre o estudo Vero

O Vero foi o primeiro estudo em osteoporose realizado para comprovar a redução de fraturas com um comparador ativo. Cerca de 1.360 mulheres foram incluídas para receber tanto teriparatida 20mcg/dia subcutâneo mais placebo oral semanal ou risedronato 35mg/semanal com injeção diária de placebo subcutâneo por 24 meses. Foram 14 países participantes em 3 continentes diferentes. Pelo menos 72,1% das pacientes incluídas já haviam sido tratadas com pelo menos uma medicação para osteoporose, mais comumente bifosfonatos.

Sobre Forteo®

Forteo é usado tanto para mulheres na pós-menopausa, como para homens com alto risco de fraturas, e na osteoporose induzida por glicocorticoides, tais como a prednisona, em uso contínuo (mais de 3 meses). Também é indicado para quem já teve uma fratura osteoporótica, com fatores de risco para tais fraturas, ou para quem não pode usar outros medicamentos para osteoporose.

Sobre a osteoporose

No Brasil, a osteoporose é considerada um assunto de saúde pública e afeta cerca de 10 milhões de pessoas, de acordo com o Ministério da Saúde1. De acordo com a IOF (International Osteoporosis Foundation), organização mundial que se dedica à luta contra as doenças musculoesqueléticas, um terço das mulheres e um quinto dos homens com idade acima de 50 anos apresentarão fratura relacionada à osteoporose. Dados da entidade também revelam que a fratura de quadril, considerada a mais séria, causa a morte de cerca de um quinto dos pacientes, no primeiro ano após o incidente.

A fase inicial da doença, geralmente, é assintomática, o que dificulta o diagnóstico precoce. Os sinais costumam aparecer em estágio mais avançado e os mais comuns são: dores nas costas, ombros caídos, abdômen saliente, entre outros. Portanto, a recomendação é de que haja uma avalição rápida com a realização de exames e adequação de mudanças de hábitos para melhorar a qualidade de vida, evitando as temidas fraturas.

Osteoporose e o estilo de vida

Os fatores genéticos e os hábitos de vida saudáveis, incluindo alimentação balanceada e exercícios, desempenham um papel importante para evitar a osteoporose.

Os ossos são tecidos vivos e começam a se desenvolver desde o nascimento atingindo seu pico por volta dos 20 anos. O desgaste ósseo é um processo natural que se intensifica por volta dos 40 anos e sofre um brusco aumento após a menopausa por causa da perda do estímulo do estrogênio neste ciclo da vida, associado à diminuição na ingestão de cálcio.

O desgaste ósseo não pode ser interrompido completamente, porém algumas medidas contribuem para retardar esse processo e prevenir fraturas. São elas:

• Ingestão adequada de cálcio na dieta;

• Tomar sol diariamente, pelo menos 15 minutos. O sol ativa a vitamina D, responsável pela fixação do cálcio nos ossos;

• Realizar atividade física

• Evitar fumar e excesso de bebida alcoólica

Sobre a Eli Lilly and Company

A Lilly é uma organização global líder na área da saúde que une cuidado e descoberta para melhorar a vida das pessoas ao redor do mundo. Foi fundada há mais de um século por um homem compromissado com a criação de medicamentos de alta qualidade que são essenciais e hoje permanece sendo guiada por essa missão em tudo o que faz. Ao redor do mundo, funcionários Lilly trabalham para inovar e entregar medicamentos que mudem a vida daqueles que precisam, melhorando o entendimento e o tratamento de doenças, e servindo a comunidades com voluntariado e filantropia. Para saber mais sobre a Lilly, acesse www.lilly.com.br.

Referência: 1. Ministério da Saúde: http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/cidadao/principal/saude-em-dia/mais-sobre-saude-em-dia

Eurofarma lança Programa de Sustentabilidade na Cadeia de Valores

Companhia avaliará políticas e práticas de seus fornecedores.

São Paulo — A Eurofarma, primeira multinacional farmacêutica brasileira com capital 100% nacional, em parceria com o Instituto Ethos, lançou em outubro de 2017 o Programa de Sustentabilidade na Cadeia de Valores. Com isso, a companhia passa a avaliar novos aspectos da sustentabilidade na gestão, estratégia, políticas e procedimentos de seus fornecedores.

Os problemas éticos, sociais e ambientais são grandes desafios da atualidade, e as empresas têm um papel-chave nesta transição em busca de um modelo mais sustentável de desenvolvimento. “Temos uma organização sólida e ética que é referência no mercado. Sempre prezamos pela transparência e valorizamos a relação com nossos públicos. O Programa de Sustentabilidade na Cadeia de Valores Eurofarma, em parceria com Instituto Ethos, é mais um passo na direção do que acreditamos e praticamos, e tem a missão de nos ajudar a mapear fornecedores de insumos diretos quanto à avaliação das políticas, boas práticas e procedimentos. Estamos trabalhando para que nossa cadeia cresça conosco e, por isso, investimos em ferramentas que possam apoiá-los. Fortalecer nossa cadeia de suprimentos é fundamental para a sustentabilidade do nosso negócio e para atendermos as demandas da sociedade”, afirma Maria Del Pilar Muñoz, vice-presidente de Sustentabilidade e Novos Negócios da Eurofarma. “A iniciativa é inovadora no nosso setor e foi muito bem recebida pelos fornecedores. Neste primeiro momento estamos tratando o projeto como um piloto, focado em fornecedores de insumos no Brasil. Mas a expectativa é de ampliarmos ano a ano, incluindo mais fornecedores e replicando para outros países. A adesão e o interesse neste primeiro encontro que marcou o lançamento do Programa nos surpreendeu positivamente, e nos leva a crer que estamos na direção certa. Com a ferramenta, nossos fornecedores poderão ter um diagnóstico inicial que apontará gaps e oportunidades de melhoria”, finaliza Janaina Procopio, gerente de Responsabilidade Corporativa & Eventos da empresa e responsável pela iniciativa.

A avaliação dos fornecedores de insumos diretos será feita por meio da aplicação dos Indicadores Ethos para Negócios Sustentáveis e Responsáveis, num modelo de auto avaliação. As informações virão das respostas ao questionário do Ethos e serão compartilhadas com fornecedores e Eurofarma, que poderá utilizar os dados na avaliação e na contratação dos fornecedores. “O projeto tem a premissa de garantir a conformidade com normas e regulações, gerenciar riscos sociais e ambientais, gerar eficiência, melhorar as relações comerciais, além de aumentar a cultura de responsabilidade junto à sua esfera de influência”, afirma Ana Lucia de Melo, gerente-executiva de Gestão para o Desenvolvimento Sustentável do Instituto Ethos.

O Grupo Eurofarma — Primeira multinacional farmacêutica de capital 100% brasileiro, a Eurofarma tem 45 anos de existência, 6.500 colaboradores e está presente com operações próprias em 20 países da América Latina.

Com 12 plantas fabris na região, a empresa conta com mais de 280 produtos em seu portfólio. Em 2016, produziu mais de 290 milhões de unidades e atingiu receita de R$ 3,3 bilhões, valor 15,7% superior ao na anterior. O grupo investe aproximadamente 5,5% de suas vendas líquidas em Pesquisa & Desenvolvimento e mantém em seu pipeline mais de 175 projetos.

Eurofarma Brasil — Considerada uma das melhores empresas para se trabalhar segundo o Great Place to Work, é também considerada a farmacêutica mais sustentável do país pelo Guia Exame de Sustentabilidade. Com atuação nos principais segmentos farmacêuticos: Prescrição Médica, Genéricos, Hospitalar, Oncologia, Veterinária, Licitações e Serviços a Terceiros, a Eurofarma detém a maior força de propaganda médica do Brasil. Ao todo, são mais de 2 mil representantes que fazem cerca de 450 mil contatos médicos/mês. Está entre as quatro maiores farmacêuticas do país e é a segunda mais prescrita pelos médicos.| www.eurofarma.com.br

Estudo mostra que Repatha® (Evolocumabe) reduz pela metade o risco relativo de eventos cardiovasculares em pacientes com doença arterial periférica

Fonte: Amgen

A Amgen, biofarmacêutica focada no desenvolvimento de medicamentos para doenças de difícil tratamento, apresentou durante o congresso da American Heart Association (AHA), cinco novas análises de subgrupo do estudo de desfechos cardiovasculares FOURIER, de Repatha® (evolocumabe). Os resultados mostraram que o uso de Repatha® associado à estatina promoveu redução significativa de eventos cardiovasculares, como infarto e AVC, em pacientes de alto risco com doença arterial periférica (DAP), e em pacientes com histórico de infarto do miocárdio.

O principal destaque foi em relação aos benefícios do tratamento com Repatha® em pacientes com doença arterial periférica (DAP), condição em que o acúmulo de gordura estreita os vasos sanguíneos, reduz o fluxo de sangue para os membros inferiores do corpo, causando dores intensas e formigamento, e aumenta ainda mais o risco de eventos cardiovasculares. No estudo que contou com mais de mais de 27 mil pacientes, 3.642 tinham histórico da condição. Dentro desta população, o grupo de pacientes que tinha histórico de DAP, sem história prévia de infarto do miocárdio ou AVC apresentou redução do risco relativo de eventos cardiovasculares de 48%, e o número de pacientes tratados para atingir o desfecho desejado foi de 16 pacientes para 1.

No grupo de pacientes com histórico de DAP houve ainda uma redução de 21% no desfecho primário, que inclui hospitalização para angina instável, revascularização coronária, ataque cardíaco, derrame ou morte e 27% no desfecho secundário, que inclui ataque cardíaco, derrame ou morte. Além disso, com o uso de Repatha® os níveis de LDL-C, colesterol ruim, desses pacientes passou de uma média de 93 para 31mg/dL em 2,5 anos, abaixo do recomendado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia, 50mg/dL.

“Dependendo do estágio, a doença arterial periférica pode ser incapacitante, prejudicando a qualidade de vida e até impedindo que o paciente trabalhe. Esses resultados mudam o modo como vamos tratar os pacientes daqui para frente porque mostram que com a redução do LDL é possível estabilizar ou diminuir a progressão da doença, promovendo uma vida normal ou próxima do normal para esses pacientes, com menos morbidades e mortalidade em decorrência da condição”, diz o cardiologista Dr. Sergio Timerman, cardiologista e membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Cardiologia.

Outro resultado apresentado foram os benefícios do tratamento com Repatha® para pacientes com histórico de infarto do miocárdio (N=22,351). Neste grupo os pacientes com um histórico de infarto foram caracterizados de acordo com o tempo desde seu evento mais recente, número de eventos anteriores e presença de doença arterial coronária (DAC) multiarterial. O tratamento com Repatha® resultou em redução de risco relativo (RRR) de 24% em pacientes que enfartaram há menos de 2 anos comparado com 13% para os que tiveram o evento há mais de 2 anos. Naqueles com múltiplos infartos a RRR foi de 21% comparado com 16% para os pacientes que tiveram apenas um evento anterior. Pacientes com um histórico de DAC multiarterial tiveram uma RRR de 30% comparado a 11% em pacientes sem DAC multiarterial.

A análise (Resumo #183) que avaliou a totalidade de eventos de desfecho primário (primeiro evento ou recorrente) durante o curso do estudo revelou que o tratamento com Repatha® melhorou desfechos clínicos com reduções significativas de eventos do objetivo primário total direcionadas por diminuições em infarto, AVC e revascularização coronária. Repatha® reduziu eventos do desfecho primário composto em 18%.

Participantes do estudo foram estratificados de acordo com sua Pontuação de Risco de Trombólise em Infarto do Miocárdio (TIMI) para Prevenção Secundária para identificar aqueles com maior potencial de benefício clínico após tratamento com Repatha®. Consistente com resultados anteriores, risco mais elevado foi associado com maior redução de risco absoluto.

Esclarecimento

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