Merck e Federação Internacional de Diabetes fazem parceria para ajudar a enfrentar a epidemia global de diabetes tipo 2

Ciência & Saúde / A Merck, empresa alemã líder em ciência e tecnologia e com 60 anos de experiência clínica em diabetes, oficializou sua parceria com a Federação Internacional de Diabetes (IDF) para implementar atividades de educação e comunicação enfatizando a importância de prevenir o diabetes tipo 2.

A IDF reconhece o diabetes como uma das maiores emergências mundiais de saúde do século 211 e o diabete tipo 2, especificamente, como a forma mais comum de diabetes, representando até 90% dos casos globais1. No entanto, muitos casos de diabetes tipo 2 podem ser adiados ou evitados1.

"A Merck compartilha a visão da Federação Internacional de Diabetes de promover o cuidado e prevenção do diabetes em todo o mundo e estamos empenhados em ajudar a melhorar a vida das pessoas que vivem com ou estão em risco de diabetes tipo 2", disse Belén Garijo, MD, membro do Conselho Executivo e CEO Healthcare da Merck. "As consolidadas plataformas da IDF, como a Escola de Diabetes on-line e o Dia Mundial do Diabetes, representam um aliado poderoso para nossas iniciativas conjuntas de educação e conscientização para alcançar e capacitar as pessoas com o conhecimento que precisam na luta contra a diabetes".

A primeira atividade da parceria, disponível agora no site do School of Diabetes da IDF, é um curso para profissionais de saúde credenciado pela CME, para prevenção de diabetes tipo 2, desenvolvido com uma bolsa educacional da Merck, que permite acesso ilimitado a profissionais em todo o mundo. A escola on-line da IDF, www.idfdiabeteschool.org, é um portal único que dá acesso a informações atualizadas e baseadas em evidências sobre todos os aspectos do cuidado, gerenciamento e prevenção do diabetes e é desenvolvido e revisado pelos principais especialistas das organizações mundiais2.

Dr. Shaukat Sadikot, presidente da IDF, comenta: "O mundo está enfrentando uma crescente prevalência e incidência de diabetes tipo 2, devido a conhecimentos limitados sobre prevenção e gestão da doença. Os profissionais de saúde têm um papel importante a desempenhar para enfrentar esse problema. Nosso curso on-line se adequa ao ritmo do profissional e visa aprimorar seus conhecimentos e fornecer estratégias baseadas em evidências para a prevenção de diabetes tipo 2".

A parceria da Merck com a IDF se estende ao Dia Mundial ao Diabetes 2017 (14 de novembro), cujo tema é "Mulheres e diabetes". E tem como objetivo incentivar estilos de vida mais saudáveis para as mulheres que correm risco ou vivem com diabetes em todo o mundo. O IDF estima que existem, atualmente, mais de 199 milhões de mulheres que vivem com diabetes em todo o mundo e este número deverá aumentar para 313 milhões até 20401.

A Merck está empenhada e envolvida na conscientização sobre a saúde das mulheres com o programa Mulheres Saudáveis, Economias Saudáveis. A colaboração da Merck com a IDF é outro compromisso para melhorar a vida das pessoas que vivem com diabetes. Para saber mais sobre o compromisso da Merck com a diabetes, visite www.merckgroup.com.

No Brasil, a Merck apoia as iniciativas da Sociedade Brasileira de Diabetes e como uma das iniciativas para aumentar a conscientização da população, a Merck realizará na tarde de hoje (14 de novembro às 18h) uma transmissão ao vivo em sua página no Facebook com o Dr. Marcio Krakauer, médico Endocrinologista, coordenador do Dia Mundial do Diabetes da SBD desde 2010, integrante do Departamento de Novas Terapias da SBD e Presidente da ADIABC (Associação de Diabetes do ABC).

Referências

1. IDF Diabetes Atlas. 7th edition. 2015. Available at: http://www.diabetesatlas.org/ Last accessed September 2017

2. IDF School of Diabetes website. Available at: https://www.idfdiabeteschool.org/CertificateCourse
Last accessed September 2017

3. Mathers CD, Loncar D. PLoS Med, P

O potencial farmacológico dos produtos naturais

17 de novembro de 2017

José Tadeu Arantes  |  Agência FAPESP – Quase meio a meio: assim se dividem os medicamentos em relação às fontes de seus princípios ativos. Do total disponível no mercado, 49,6% são compostos sintéticos, geralmente fabricados a partir do petróleo, enquanto 50,4% originam-se de produtos naturais ou derivados. A expressão “produtos naturais ou derivados”, utilizada aqui em sentido lato, denomina moléculas produzidas por plantas, fungos, bactérias e outros organismos; ou moléculas artificialmente modificadas a partir dessas precursoras.

A informação foi dada por Alessandra Estáquio, professora da University of Illinois at Chicago (UIC), durante o 2º Workshop Recent Advances in the Chemistry of Natural Products, evento do programa BIOTA-FAPESP realizado no auditório da Fundação no dia 9 de novembro de 2017.

“É importante, para o desenvolvimento de medicamentos, recorrer às duas opções, ao sintético e ao natural. Os dois caminhos apresentam vantagens e desvantagens. A vantagem dos produtos naturais é que a atividade biológica que eles manifestam resulta de uma evolução de milhões de anos. Outra vantagem é que sua produção constitui um processo mais sustentável”, disse Eustáquio à Agência FAPESP. 

Como lembrou em sua apresentação outra participante do workshop, a professora Sarah O’Connor, do John Innes Centre, de Norwich, Reino Unido, o uso medicinal de plantas remonta ao Período Paleolítico. A possibilidade de modificar a estrutura química das moléculas, de modo a potencializar suas propriedades farmacodinâmicas, faz com que a pesquisa de produtos naturais ou derivados seja agora um campo altamente promissor.

Morfina (analgésica), eritromicina (antibiótica), ciclosporina (imunossupressora), artemisinina (antimalárica) são algumas substâncias com uso consolidado em medicina.

“Em alguns casos, a estrutura encontrada na natureza é utilizada diretamente como medicamento. Exemplo disso é o paclitaxel, um fármaco extraído da casca do teixo (Taxus brevifolia), empregado no tratamento do câncer. Mas a maioria dos compostos naturais necessita de alguma modificação para poder funcionar como medicamento. Alguns precisam ser estabilizados, porque se degradam muito rapidamente. Outros precisam de alterações que favoreçam sua absorção e distribuição no organismo humano. Outros ainda precisam que seu efeito seja potencializado. E assim por diante”, disse Eustáquio.

Mesmo no caso do paclitaxel, para se obter 1 quilo do produto são necessárias, em média, três mil árvores. Daí a necessidade de se recorrer à semissíntese ou à cultura de células vegetais para que o medicamento possa ser disponibilizado em escala comercial.

“Há várias formas de intervenção possíveis. Uma delas é a semissíntese, que consiste em isolar a molécula de interesse e modificá-la parcialmente por meio de processos químicos. Outra forma é reproduzir a estrutura completa por meio de síntese. Uma terceira maneira, mais recente, consiste em modificar os produtores dos compostos por meio de engenharia genética. Em alguns casos, a engenharia genética envolve transferir os genes responsáveis pelo composto de um organismo para outro – por exemplo, de uma planta para uma bactéria ou levedura. A vantagem, no caso, é que as bactérias ou leveduras são mais fáceis de cultivar e crescem mais rapidamente do que as plantas. Por exemplo, um grupo nos Estados Unidos, liderado por Jay Keasling, da University of California, Berkeley, conseguiu transferir os genes precursores da artemisinina para leveduras”, disse Eustáquio.

O grupo liderado pela pesquisadora na UIC trabalha com bactérias, tendo por horizonte o desenvolvimento de compostos antibióticos ou anticancerígenos.

“Nosso objetivo principal é entender como as bactérias sintetizam moléculas que podem ser usadas como antibióticos, quais são os genes envolvidos no processo. Com esse conhecimento, é possível fazer com que as bactérias produzam os compostos em maior quantidade, ou modificar as moléculas para que se tornem fármacos mais eficazes. É uma pesquisa básica, porém com a aplicação em mente”, disse a pesquisadora.

“Com o boom de sequenciamentos de genomas microbianos, ficou claro que o potencial biossintético dos microrganismos é muito maior do que se supunha. Uma bactéria típica, à qual são atribuídos alguns poucos compostos, pode produzir mais de 30, a partir de sua estrutura genômica. Ocorre que a maioria dos genes responsáveis pela biossíntese é silenciada ou não é bem expressa em condições laboratoriais de crescimento. Sabendo que genes são esses e qual é o seu potencial, torna-se possível ativar esses genes e obter os compostos correspondentes”, disse Eustáquio.

Segundo a pesquisadora, a capacidade de prever o potencial biossintético de microrganismos a partir dos sequenciamentos de seus genomas (“de genes a moléculas”) e de quais genes devem codificar para a biossíntese de um produto natural específico (“de moléculas a genes”) tem o potencial de promover grande inovação na fabricação de fármacos.

Falando sobre o workshop à Agência FAPESP, Roberto Berlinck, professor titular do Instituto de Química de São Carlos da Universidade de São Paulo (IQSC-USP), destacou que o evento trouxe pesquisadores dos Estados Unidos e do Reino Unido.

“São pesquisadores envolvidos em estudos na fronteira do conhecimento sobre o metabolismo de plantas e microrganismos, com o objetivo de entender como as moléculas de interesse são formadas e como se pode fazer uso delas para melhorar a qualidade de vida, já que esses compostos são utilizados para desenvolver medicamentos, tanto para humanos quanto para animais, e também em controle biológico na agricultura, substituindo herbicidas, pesticidas e outros”, disse.

Evento marca semana pelo uso racional de antibióticos

Semana Mundial de Conscientização do Uso Racional de Antibióticos 2017 chama atenção para o crescimento da resistência microbiana e sua prevenção.

Por: Ascom/Anvisa
Publicado: 10/11/2017 00:16
Última Modificação: 10/11/2017 18:09

O uso inadequado de antimicrobianos e as estratégias para reduzir a resistência aos antibióticos serão discutidos na próxima segunda-feira (13/11).

O evento vai contar com a participação de diferentes áreas do governo envolvidas com o tema como a Vigilância Sanitária (Anvisa), Educação, Saúde, Agricultura, Meio Ambiente e Ciência e Tecnologia.

Semana Mundial de Conscientização do Uso Racional de Antibióticos 2017

Quando: 13 de novembro das 14h às 17h

Onde: auditório do primeiro subsolo do edifício PO 700, SRTN, Quadra 702, via W5 Norte

Para mais informações, entre em contato com o Núcleo de Comunicação – NUCOM da SVS/Ministério da Saúde

E-mail: nucom.svs@saude.gov.br

(61) 3315 3906

Eurofarma lança Synapsis, programa de aceleração de startups em parceria com a Endeavor

Sexta, 10 Novembro 2017 16:12 Escrito por Clareane Moraes

A Eurofarma, farmacêutica multinacional de capital 100% brasileiro, anuncia hoje o lançamento da plataforma Eurofarma Synapsis, que em conjunto com a Endeavor, irá selecionar 12 startups voltadas à inovação na área de saúde para receber apoio e acelerar o crescimento. As inscrições podem ser realizadas até 9 de fevereiro de 2018 na página Eurofarma Synapsis e as empresas selecionadas para apresentar seus projetos serão anunciadas em 23 do mesmo mês. Em 8 de março, uma banca formada por executivos da Eurofarma e da Endeavor selecionará as 12 empresas que farão parte do programa.

A nova plataforma de inovação busca scale-ups, startups que já estejam operacionais e em crescimento. As inovações deverão focar as seguintes áreas:

• Relacionamento com grupos de interesse (médicos/pacientes/farmacêuticos/distribuidores/hospitais)

• Gerar valor agregado em serviços e inovar na forma como nos relacionamos com nossos públicos de interesse

• Ganho de eficiências em processos-chave

• Pesquisa & Desenvolvimento (processos relacionados ao desenvolvimento de novos produtos)

• Operações Industriais e Administrativo (melhora na eficiência e produtividade de todos os processos)

• Sustentabilidade

• Buscar alternativas mais sustentáveis na cadeia de saúde (foco: resíduos, eficiência energética, água e emissões)

• Inteligência de Mercado

• Otimização de ferramentas já existentes, bigdata e uso de outras tecnologias para oferta de novos serviços e agregar valor aos produtos

• Gestão de Pessoas

• Novos modelos de gestão para engajamento, atração e retenção de talentos.

As empresas selecionadas terão acesso a mentorias com a rede Endeavor e acesso a empreendedores em estágio de crescimento semelhante. Além disso, as startups poderão alavancar seus negócios ao tomar contato com informações e tendências no setor de saúde – amplamente auditado, coaching em áreas de suporte, como Marketing, Vendas e Logística, e acesso à rede de relacionamento da Eurofarma que contempla mais de 4 mil fornecedores, mais de 1.500 clientes ativos (B2B) e mantem mais 600 mil contatos médicos por mês, abrangendo todas as especialidades.

A decisão de investir em scale-ups está alinhada aos objetivos da Eurofarma e com a estratégia de crescimento apoiada fortemente em inovação. Para Maria Del Pilar Muñoz, vice-presidente de Sustentabilidade e Novos Negócios, a Synapsis representa um avanço importante na estratégia de inovação. “A Eurofarma nasceu de um sonho e há 45 anos também era uma startup. Hoje, inauguramos uma nova etapa na parceria com empresas que, assim como nós, também querem crescer e a nossa proposta é acelerar esse processo”, afirma.

A Endeavor, parceira nesta empreitada, irá cuidar da captação das startups e auxiliar na triagem. As empresas serão avaliadas por um time multidisciplinar, que além de olhar o produto ou solução, irá analisar o perfil do empreendedor e o fit com a Eurofarma. "Continuar crescendo e levar uma empresa para um novo patamar é um desafio gigante. Demanda talentos, capital e um empreendedor com um sonho realmente grande, resiliente e capaz de executar. É nesse momento de virada que o Synapsis irá ajudar – fazendo boas conexões para que os empreendedores tomem decisões melhores e aprendam com quem já fez.", comenta Igor Piquet, diretor de Apoio a Empreendedores da Endeavor.

“A Eurofarma investe 6% de sua receita em P&D e deve chegar a 10% nos próximos anos. O lançamento de novos produtos e a expansão internacional, seguirão impulsionando o nosso crescimento. Ao mesmo tempo, a inovação deve permear todas as áreas e processos da empresa para nos tornarmos ainda mais vanguardistas e competitivos. É neste contexto que nasce o Eurofarma Synapsis. No médio prazo, a plataforma de inovação aberta poderá receber 5% do lucro líquido da companhia”, finaliza Pilar.

Serviço:
Data de inscrições: de 08 de novembro de 2017 a 09 de fevereiro de 2018
Local: endeavor.org.br/scaleup/eurofarma-synapsis
Para quem: empreendedores nas áreas de saúde que já possuem empresa operacional e com potencial de crescimento
Selecionadas: 23 de fevereiro de 2018
Banca interna de seleção com apresentação dos pitchs: 08 de março de 2018. Seleção das 12 empresas que farão parte do programa por uma banca formada por executivos Eurofarma e rede Endeavor

Sobre a Endeavor

A Endeavor é uma organização global e sem fins lucrativos de fomento ao empreendedorismo.

No Brasil desde 2000, existe para multiplicar o poder de transformação do empreendedor brasileiro. Para isso, seleciona e apoia os empreendedores com maior potencial de crescimento e impacto, compartilha suas histórias e aprendizados, e promove estudos para direcionar as políticas públicas com vistas a aperfeiçoar o ambiente de negócios no Brasil. Só em 2016, apoiou diretamente empreendedores que juntos geraram quase R$ 4 bilhões em receita, e inspirou 7 milhões de pessoas por meio do seu Portal.

Sobre o Grupo Eurofarma

Primeira multinacional farmacêutica de capital 100% brasileiro, a Eurofarma tem 45 anos de existência, 6.500 colaboradores e está presente com operações próprias em 20 países da América Latina.

Com 12 plantas fabris na região, a empresa conta com mais de 280 produtos em seu portfólio. Em 2016, produziu mais de 290 milhões de unidades e atingiu receita de R$3,3 bilhões, valor 15,7% superior ao na anterior. O grupo investe aproximadamente 5,5% de suas vendas líquidas em Pesquisa & Desenvolvimento e mantém em seu pipeline mais de 175 projetos.

Sobre a Eurofarma Brasil

Considerada uma das melhores empresas para se trabalhar segundo o Great Place to Work, é também considerada a farmacêutica mais sustentável do país pelo Guia Exame de Sustentabilidade. Com atuação nos principais segmentos farmacêuticos: Prescrição Médica, Genéricos, Hospitalar, Oncologia, Veterinária, Licitações e Serviços a Terceiros, a Eurofarma detém a maior força de propaganda médica do Brasil. Ao todo, são mais de 2 mil representantes que fazem cerca de 450 mil contatos médicos/mês. Está entre as quatro maiores farmacêuticas do país e é a 2ª mais prescrita pelos médicos.

Para mais informações, acesse www.eurofarma.com.br

Prati-Donaduzzi contrata executivo de Sistema da Qualidade

10 de novembro de 2017 Ray Santos

Luciano Rosado assumiu a diretoria de Sistema da Qualidade da Prati-Donaduzzi, maior produtora de medicamentos genéricos do Brasil*, situada em Toledo (PR). O executivo, formado em Farmácia Bioquímica pela Universidade de São Paulo (USP), possui pós-graduação em Engenharia de Produção pela Fundação Carlos Alberto Vanzolini e MBA em Gestão Empresarial com ênfase em Indústria Farmacêutica pela Business School São Paulo. Com vasta experiência no setor farmacêutico, Luciano Rosado já atuou nas farmacêuticas Libbs, Novartis e Conselho Regional Farmacêutico de São Paulo, Fundação para o Remédio e Universidade de São Paulo.

Fonte: IMS Health MAT Junho/2017 PMB+NRC Doses Terapêuticas.

Prati-Donaduzzi anuncia novo diretor de finanças

Marcelo Safadi Alvares assume o posto de diretor de Finanças e Controle da indústria paranaense Prati-Donaduzzi, maior produtora de medicamentos genéricos do Brasil. Engenheiro Civil formado pela Escola de Engenharia de Lins, o executivo é pós-graduado em Transporte Aéreo e Aeroportos pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e Estratégia, Economia e Negócios pela Fundação Getúlio Vargas. O novo diretor da farmacêutica ainda possui formação em Innovation Management pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT). Com vasta experiência no setor de finanças, Marcelo Safadi Alvares passou pela EMBRAER e Parque Tecnológico São José dos Campos.

Fn | ADS Brasil

II Workshop on Immunotherapy

17 de novembro de 2017

Agência FAPESP – O Centro de Terapia Celular (CTC) da USP promoverá o II Workshop on Immunotherapy no dia 17 de novembro de 2017, das 8h30 às 13h15, no Anfiteatro Vermelho do Hemocentro de Ribeirão Preto.

O encontro discutirá principalmente sobre terapia com células CAR-T, que associa a imunoterapia celular à engenharia genética e biotecnologia. As células T são coletadas do próprio paciente e modificadas geneticamente em laboratório. Uma vez alteradas, elas são reintroduzidas na corrente sanguínea, onde se multiplicam e começam a combater as células cancerígenas.

O encontro terá a participação de pesquisadores da USP, do Hemocentro de Ribeirão Preto, do Instituto Nacional do Câncer, Anvisa, Finep, GE Healthcare Life Sciences e do professor Bruce Levine, do Center for Advanced Cell Therapies, nos Estados Unidos.

Dentre os temas que serão abordados, estão tratamentos de leucemia e linfoma, a transferência de tecnologia da academia para a indústria, protocolos de aplicação clínica e propostas de regulamentação de produtos.

A participação é gratuita, com inscrição por formulário. O endereço do Hemocentro de Ribeirão Preto é rua Tenente Catão Roxo, 2501, Vila Monte Alegre, Ribeirão Preto, SP (entrada pela rua Prof. Hélio Lourenço).

Mais informações: http://ctcusp.org/pdf/reports/Outubro-2017/1.pdf , e-mail ctcusp@gmail.com ou pelo telefone (16) 2101-9350.

Vacina que “cura” HIV tem resultado positivo em teste humano

Um novo relatório divulgado por cientistas indica que cinco pacientes com HIV não tem mais o vírus há sete meses graças a uma vacina. O tratamento foi desenvolvido por pesquisadores na Espanha e faz com que os pacientes não precisem tomar os comprimidos retrovirais para suprimir os efeitos do HIV. O teste ainda não foi feito em larga escala, mas há, de fato, a chance de a vacina ser uma cura.

Esse é o primeiro passo em direção ao sucesso de uma vacina contra o HIV em 30 anos. A busca por uma vacina contra AIDS já gerou grandes investimentos e estudo intensivo, mas, até o momento, não havia nenhuma no mercado.

“Isso é prova do conceito de que, através da vacinação terapêutica, é possível reeducar nossas células para controlar o vírus”, disse a doutora Beatriz Mothe, do Instituto IrsiCaixa Aids de Pesquisa de Barcelona ao jornal britânico Daily Mail. A ideia é ajudar pessoas infectadas a pararem de usar drogas no controle do vírus por meses ou até anos.

De acordo com o jornal britânico The Independent, o fato do vírus ter sido suprimido e sem gerar a necessidade de uso de drogas diárias vem por meio da técnica inovadora que combina duas vacinas contra o HIV a uma droga usada no tratamento do câncer. Por três anos, a técnica foi desenvolvida. Ao todo, 24 pessoas participaram do estudo, e em cinco deles o vírus ficou não foi mais detectado.

A vacina ainda impediu a propagação do vírus no sistema imunológico. Existem pacientes livres do uso de medicamentos há sete meses. “Sistemas de longo prazo que não exigem o uso de remédios realmente podem ajudar 37 milhões de pessoas com HIV. Podemos ter a chance de frear a epidemia”, afirmou Mitchell Warren, diretor executivo da Aids Vaccine Advocacy Coalition, grupo que defende a propagação da vacina.

Para ele, apesar de em pequena escala, o estudo foi bastante “interessante e importante”. A vacina terapêutica funciona de forma distinta às vacinas de prevenção e imunização. “A ideia da vacina é controlar o vírus sem que tenha que tomar remédio todos os dias. Isso já é um grande avanço”, acrescentou Warren. Os participantes do estudo seguirão sendo monitorados e testados por três anos.

A produção de insulina no Brasil sofre ameaça. A Anvisa suspendeu o certificado de laboratório

Pedro Marques 12 de novembro de 201713 de novembro de 2017

Uma empresa ucraniana, que já recebeu R$ 196 milhões de dinheiro público pela importação de insulina distribuída pelo SUS a portadores de diabetes e para compartilhar a tecnologia de fabricação da substância no Brasil, foi reprovada em inspeção da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Após visitar as instalações da Indar em Kiev, a agência rejeitou o pedido de renovação do chamado certificado de boas práticas de fabricação de medicamentos. Por conta da decisão da Anvisa, a compra do produto da Indar acabou suspensa pelo governo. A suspensão ocorre em meio a concretização de um acordo entre o laboratório europeu e o governo da Bahia. A gestão do petista Rui Costa planeja instalar uma unidade de produção de insulina no estado, com orçamento estimado entre R$ 250 milhões e R$ 300 milhões.

As primeiras tratativas entre o laboratório e o governo brasileiro para atuar no país ocorreram em 2003, primeiro ano das gestões do PT. Em julho de 2006, Indar e Fiocruz assinaram um acordo técnico-científico para transferência de tecnologia destinada à produção de insulina humana recombinante. Porém, este acordo ainda não resultou na produção de um único frasco de insulina no Brasil.

Agora, uma nova parceria foi assinada, entre a indústria farmacêutica ucraniana e a Bahiafarma, o laboratório público do governo da Bahia. O governador e seu secretário de Desenvolvimento Econômico, o ex-ministro Jaques Wagner, foram a Kiev no fim de agosto assinar acordo para instalação de fábrica de insulina na região metropolitana de Salvador.

Disputa de mercado

A compra da substância envolve uma disputa milionária de interesse do mercado farmacêutico. Os grandes laboratórios pressionam contra o avanço de parcerias que permitam a produção própria de insulina no Brasil. A produção é dominada mundialmente por três grandes indústrias farmacêuticas: a dinamarquesa Novo Nordisk, a norte-americana Eli Lilly e a francesa Sanofi. Somente a Novo Nordisk recebeu do Ministério da Saúde R$ 183,5 milhões, em 2016, e R$ 59,6 milhões, neste ano, para fornecer a insulina disponibilizada no SUS. A Eli Lilly recebeu R$ 4,4 milhões do ministério no ano passado, boa parte pelo fornecimento de insulina.

O pedido de inspeção na Indar na Ucrânia partiu da Fiocruz e da própria Bahiafarma. Os técnicos da Anvisa estiveram na indústria uma semana antes da chegada da comitiva do governador. O indeferimento da renovação da certificação ao laboratório ucraniano — a primeira desde 2010, quando a Indar obteve o primeiro certificado — foi publicado no Diário Oficial da União no dia 16 do mês passado. A Anvisa detectou o que os fiscais chamam de “não conformidade” considerada crítica e outras oito consideradas “maiores” — o indeferimento ocorre quando existem pelo menos seis infrações tidas como “maiores”.

Uma das “não conformidades maiores” apontadas pela Anvisa foi a inexistência de conferência em 100% da rotulagem dos frascos, no que diz respeito a lote e validade. Os técnicos da Anvisa também detectaram uma ausência de determinação de vida útil de resinas que fazem a retirada de impurezas da insulina. Sobre higiene, faltaram procedimentos para troca de vestuário e detergentes com atividade germicida comprovada, conforme a Anvisa.

Essa certificação não é obrigatória para a fabricação de medicamentos. Mas técnicos da Anvisa e do mercado farmacêutico entendem ser temerário uma produção de insulina ou qualquer outro medicamento sem o certificado. Este é o entendimento dentro da Bahiafarma, que decidiu suspender qualquer iniciativa de importação até que o problema seja resolvido.

Anvisa apresenta ao CNS propostas para a 1ª CNVS

Conferência Nacional de Vigilância em Saúde será realizada entre os dias 28 de novembro 1º de dezembro de 2017, em Brasília. Publicado:

10/11/2017 15:55
Última Modificação: 10/11/2017 16:19

O adjunto de diretor de Gestão Institucional da Anvisa, Pedro Ivo Sebba Ramalho, apresentou, na manhã desta sexta-feira (10/11), na 299ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Saúde – CNS, as propostas da Agência para a Política Nacional de Vigilância em Saúde, a ser elaborada na 1ª Conferência Nacional de Vigilância em Saúde – 1ª CNVS, que será realizada entre os dias 28 de novembro 1º de dezembro de 2017, em Brasília/DF.

Antes de apresentar as propostas, Pedro Ivo destacou as principais ações da Anvisa na promoção ao debate e à participação do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária – SNVS na 1ª CNVS, como a realização de três Conferências Livres preparatórias com representantes das cinco regiões do país, nas quais foram debatidos todos os subeixos temáticos da 1ª CNVS e a produção de vídeos sobre a conferência temática.

Mais informações sobre as Conferências Livres da Anvisa podem ser encontradas: http://portal.anvisa.gov.br/cnvs/conferenciaslivres.

As propostas foram elaboradas a partir da realização das Conferências Livres da Anvisa, em articulação com os demais componentes do SNVS, tendo ainda como referência os resultados dos Ciclos de Debate do SNVS realizados em 2015 e o Planejamento Estratégico da Anvisa 2016-2019.

A definição das responsabilidades gestoras das três esferas de governo responsáveis pelas ações de vigilância sanitária, a articulação entre as vigilâncias em saúde e a organização de práticas e processos de trabalho para articulação das ações de vigilância e da assistência no reconhecimento dos territórios de saúde são algumas das propostas da Anvisa para a 1º CNVS.

Conheça as propostas da Anvisa aqui: http://portal.anvisa.gov.br/cnvs/propostas.

O presidente do CNS, Ronald Ferreira dos Santos, avaliou que as propostas da Anvisa são um complemento fundamental no reforço ao conjunto de diretrizes defendidas pela direção do Conselho e se agregam ao esforço do Conselho, destacando ainda que as propostas da Agência estão absolutamente sintonizadas com o espírito que a direção do CNS almeja para as respostas a serem dadas ao povo brasileiro por uma Política Nacional de Vigilância em Saúde.

A participação da Anvisa na 1ª CNVS objetiva o fortalecimento do papel do SNVS nas políticas de vigilância em saúde e no controle social, visando a consolidação das ações de promoção e proteção à saúde da população.

Mais informações sobre a reunião do CNS estão disponíveis em: http://cnvs.org.br/index.php/2015-08-25-09-08-54/todas-as-noticias/item/89-anvisa-apresenta-propostas-para-a-conferencia-de-vigilancia-em-saude.

Anvisa libera medicamento para tratamento de doença de Crohn

Flávia Junqueira*

Aos 30 anos, X. se aposentou por invalidez. Ainda cheio de planos, viu sua vida parar por conta de uma doença que lhe tirou a liberdade e a qualidade de vida. Foram cerca de oito meses de sangramentos e dores fortes até que chegaram ao diagnóstico: ele tinha doença de Crohn, uma doença inflamatória séria do trato gastrointestinal. Mas se a falta de informação leva boa parte dos pacientes a um longo calvário até a descoberta da causa dos episódios de diarreia, cólica, febre e sangramento retal, as poucas opções terapêuticas tornam o tratamento um desafio. Uma boa noticia é a chegada ao Brasil de um novo medicamento biológico, com um diferente mecanismo de ação, ampliando as armas hoje disponíveis para controlar a doença.

Aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o ustequinumabe é indicado para pacientes que apresentam a doença de forma moderada a grave e que falharam ou foram intolerantes ao uso de corticoides, imunossupressores (reduzem a atividade do sistema de defesa do corpo) ou de outros medicamentos biológicos anti-TNFs (anti fator de necrose tumoral), que bloqueiam um dos estágios do processo que provoca a inflamação.

O medicamento, que já e usado no Brasil para o tratamento de psoríase em placa e artrite psoriásica e, agora, está liberado para Crohn, interrompe a inflamação em um ponto diferente da resposta imunológica. Estudos clínicos do remédio, que envolveram mais de 1.300 pacientes em diversos países, incluindo o Brasil, mostraram que a maioria dos pacientes tratados com ustequinumabe manteve a resposta ao tratamento e obtiveram a remissão da doença (sem sintomas) por até dois anos. Outra ponto positivo verificado nos estudos foi a resposta rápida. A droga tem o nome comercial Stelara e, segundo o laboratório Janssen, fabricante do remédio, a previsão é de que esteja disponível no mercado em dezembro.

De acordo com a gastroenterologista Cristina Flores, do Hospital das Clínicas de Porto Alegre – um dos sete centros brasileiros que participou do ensaio clínico do medicamento com pacientes com doença de Crohn – a resposta ao tratamento já pôde ser observada na terceira semana após a primeira aplicação. E, para quem sofre com dores, diarreias e sangramentos, esse resultado é animador.

– Com essa doença, vivo a base de remédios e dieta. Eu fico trancado em casa, porque tenho medo de sair e precisar ir ao banheiro – conta X, de 36 anos, morador de São Gonçalo.

A doença de Crohn é uma doença inflamatória crônica que pode atingir qualquer parte do trato gastrointestinal. Os sintomas podem variar, mas geralmente incluem dor e sensibilidade abdominal, sangramento retal, perda de peso, febre e diarreia frequente – em alguns casos, por mais de 20 vezes ao dia.

A doença não tem cura. O tratamento busca controlar a inflamação e proporcionar a cicatrizacão da mucosa do intestino. Não se sabe a causa dessa doença autoimune.

A ação do ustequinumabe para pacientes com Crohn foi apresentada a um grupo de cerca de 50 médicos brasileiros, nesta quinta-feira, durante um seminário em Orlando, na Florida. O evento aconteceu durante o congresso AIBD 2017 – Advances in Inflamatory Borel Diseses, que abordou tratamentos multidisciplinares para pacientes com doenças inflamatórias intestinais.

* A jornalista Flávia Junqueira viajou para Orlando a convite do laboratório Janssen