Roche apresenta novas perspectivas para o tratamento de hemofilia A no HEMO 2017

23/10/2017 Redação do Paranashop

A Roche, líder mundial em biotecnologia, apresentará os resultados de estudos clínicos para a classe médica durante o Congresso Brasileiro de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular – HEMO 2017, em Curitiba, entre os dias 8 e 11 de novembro. Os dados dos dois estudos que serão discutidos na quinta-feira marcam o comprometimento Roche com inovação e o forte investimento da empresa em pesquisa e desenvolvimento.

Os resultados do estudo HAVEN 1, para pacientes com Hemofilia A com inibidores, demonstraram redução em 87% na taxa anual de sangramento nos pacientes tratados com emicizumabe em profilaxia, comparados com o tratamento atual sob demanda, feito com agentes de bypass. O novo medicamento age mimetizando a função do Fator VIII de coagulação, proteína necessária para ativar o processo natural da coagulação sanguínea.

Em continuidade, os dados do estudo HAVEN 2, realizado em crianças, revelaram que, após 12 semanas de acompanhamento, apenas um a cada 19 pacientes relatou episódios de sangramento que precisaram de tratamento, não ocorrendo sangramentos articulares ou musculares. Na comparação intra-paciente foi observada redução de 100% nos sangramentos em 62,9% dos pacientes durante o tratamento com emicizumabe, incluindo os que usaram agentes “by-passing” profilático ou sob demanda previamente.

Esses dois estudos, HAVEN 1 e 2, já foram apresentados no encontro do ISTH, em julho deste ano, em Berlim, e serão abordados em apresentação sobre Novas Terapias para Tratamento da Hemofilia.

“Com base nos resultados apresentados nestes dois estudos, acreditamos que o emicizumabe possa fazer a diferença na vida das pessoas com hemofilia A com inibidores, visto que é administrado por via subcutânea, uma vez por semana, diferentemente dos tratamentos utilizados atualmente. Esses resultados demonstram o nosso compromisso em levar soluções inovadoras aos pacientes e suas famílias”, afirma Cintia Scala, líder médica da área de hemofilia da Roche Farma Brasil.

Sobre emicizumabe (ACE910)

O emicizumabe está sendo avaliado em estudos pivotais de fase III em pessoas de 12 anos de idade ou mais, com e sem inibidores contra o Fator VIII, e em crianças abaixo dos 12 anos de idade com inibidores contra o Fator VIII. Os futuros estudos avaliarão esquemas posológicos de menor frequência. O programa de desenvolvimento do emicizumabe avalia o potencial do medicamento para vencer os atuais desafios clínicos, como a alta frequência das infusões, via de administração e o desenvolvimento de inibidores contra o Fator VIII. O emicizumabe foi criado pela Chugai Pharmaceutical Co., Ltd. e está sendo co-desenvolvido por Chugai, Roche e Genentech. Para mais informações, visite www.roche.com.br.

<tatiane.pellegrino@comuniquese2.com.br>

Mieloma múltiplo afeta consideravelmente a qualidade de vida do paciente

23 de outubro de 2017 Ray Santos
Segundo a International Myeloma Foundation (IMF), a média de idade para o início do mieloma é dos 60 aos 65 anos¹. No Brasil, por ano, estima-se que 7.600 pessoas recebam o diagnóstico da doença2.
O mieloma múltiplo é um câncer de medula raro e sem cura, que acomete 230 mil pessoas no mundo, de acordo com a International Agency for Research on Cancer (IARC)³. Mesmo se devidamente tratado e diagnosticado precocemente, a doença afeta principalmente a qualidade de vida do paciente devido aos sintomas associados. Por isso, cuidados complementares passam a ser fundamentais durante o tratamento.

A enfermidade ocorre quando um grupo de plasmócitos (células plasmáticas), responsáveis pela produção de anticorpos que participam do sistema de defesa do organismo, se multiplica de forma desgovernada, passando a comprometer múltiplas áreas da medula e, consequentemente, a produção normal dos glóbulos brancos e vermelhos e das plaquetas.

Desde o diagnóstico ao tratamento, o paciente geralmente sente dores ósseas, tem anemia, sofre com problemas renais e fraturas patológicas. Infecções frequentes também são comuns porque o sistema imunológico fica comprometido1. Com isso, o tratamento vai depender dos problemas enfrentados por cada paciente, que deve ser avaliado e indicado pelo médico. Para o tratamento, há opções terapêuticas medicamentosas e pode ou não incluir o transplante autólogo de células progenitoras hematopoiéticas4.

O mieloma múltiplo é uma doença com taxa elevada de recidiva. Porém, pode ser tratada e muitos pacientes podem ter uma vida normal e produtiva por longos períodos de tempo. Com o objetivo de minimizar os impactos na rotina provocados pelo mieloma, é importante que, com orientação médica, se adote algumas práticas complementares ao tratamento. Segundo o Dr. Ângelo Maiolino, Professor Associado de Hematologia do Departamento de Medicina Interna da Universidade Federal do Rio de Janeiro, existem várias formas de tornar a situação mais confortável para o paciente e a família. “É fundamental que exista uma humanização no tratamento e diferentes profissionais da área da saúde devem ser envolvidos. Em um plano terapêutico, os campos do emocional, físico e social devem ser conectados para que o paciente se sinta o melhor possível”, explica o Dr. Maiolino.

Conheça alguns dos cuidados multidisciplinares elencados pelo Dr. Maiolino:
Integrar os aspectos psicológicos e espirituais no cuidado ao paciente. Possibilitar que o paciente viva ativamente. “O paciente de mieloma múltiplo pode, na medida do possível, praticar atividades físicas supervisionadas. O médico poderá orientar em cada caso”, salienta o especialista. Ter uma abordagem de diferentes especialistas de saúde com foco nas necessidades dos pacientes e de seus familiares, incluindo acompanhamento psicológico. Controle da ingestão de medicamentos para alívio da dor e de outros sintomas. “Além da terapia específica para o mieloma múltiplo são necessários os tratamentos periféricos que aliviam sintomas adversos. É preciso entender quais medicamentos funcionam melhor para o paciente e a importância do uso com regularidade e adequadamente. Nesse sentindo, cuidadores e familiares desempenham papel significativo”, completa o hematologista.
Dr. Maiolino ainda reforça que as medidas não significam a cura, mas neste processo delicado de lidar com a doença dia após dia, a informação é fundamental: “O paciente, assim como seus familiares, precisa estar atualizado sobre a sua condição. Desse modo, oriento que converse com o médico sobre todas as dúvidas, inclusive sobre os cuidados de suporte, pois assim as chances de ter qualidade de vida são maiores”.

Sobre a Takeda

Sediada em Osaka, Japão, a Takeda é uma companhia farmacêutica global que investe em pesquisa e inovação para comercializar mais de 700 produtos em 70 países, sendo especialmente forte na Ásia, América do Norte, Europa e Mercados Emergentes, incluindo América Latina, Rússia-CIS e China. Fundada há mais de 230 anos, é hoje uma das 15 maiores farmacêuticas do mundo e a número 1 no Japão, graças ao esforço contínuo de seus 31.000 colaboradores em lutar pela melhoria da saúde e um futuro mais brilhante das pessoas em todo o mundo, por meio da liderança na inovação de medicamentos. Com a integração da Millennium Pharmaceuticals e da Nycomed, a Takeda vem se transformando, aumentando sua expertise terapêutica e alcance geográfico.

A Takeda está entre as 10 principais farmacêuticas do Brasil e tem duas fábricas instaladas em território nacional – Jaguariúna (SP) e São Jerônimo (RS) –, contando com quase 2.000 colaboradores. A área de MIPs (medicamentos isentos de prescrição) possuí medicamentos que são líderes no mercado e representam 48% do faturamento da companhia, que tem no portfólio produtos conhecidos como Neosaldina® (analgésico), o remédio para dor de cabeça mais vendido do Brasil5; Eparema/Xantinon® (digestivos), que juntos demandam mais de 90 milhões de reais6; Nebacetin® (antibactericida), a marca preferida pelos brasileiros para ferimentos7, e MultiGrip® (antigripal), o medicamento mais vendido do Brasil para o tratamento dos sintomas da gripe8. Na área de prescrição médica, as principais especialidades atendidas pela Takeda são: gastroenterologia, cardiometabólica e imunologia, além da oncologia, lançada em 2015.

A afiliada no Brasil adquiriu em julho de 2012 o laboratório nacional Multilab – com portfólio focado em MIPs, genéricos e genéricos de marca – com o objetivo de diversificar a carteira de produtos da companhia e aproximar-se ainda mais da nova classe média.

Para mais informações sobre a Takeda, consulte o site: http://www.takedabrasil.com

Impasse em torno da Hemobrás ameaça também oferta de remédio contra mal associado ao zika

Em 18/10/2017 – 21:10

A querela política que tem colocado em dúvida o futuro da Empresa Brasileira de Hemoderivados (Hemobrás) pode prejudicar pacientes com a Síndrome de Guillain-Barré – doença que pode causar paralisia dos músculos e que passou a ser diagnosticada em áreas atingidas fortemente por chikungunya e zika, males transmitidos pelo mosquito Aedes aegypti. Foi isso que alertou o presidente da estatal, Oswaldo Castilho, nesta quarta (18), na Assembleia Legislativa, em reunião da Frente Parlamentar em Defesa da Hemobrás.

O impasse, que já havia chamado atenção por ameaçar o fornecimento de medicamentos a pessoas com hemofilia, tem impedido também a companhia de concluir um processo de transferência de tecnologia para passar a produzir a droga capaz de tratar a Guillain-Barré. A chamada imunoglobulina – usada no tratamento de outras doenças autoimunes, como a Aids – vinha sendo importada da França e distribuída no Sistema Único de Saúde. A aquisição, no entanto, teve de ser suspensa porque as instalações do laboratório estrangeiro deixaram de atender às exigências técnicas para a produção do remédio.

Esse mesmo laboratório tem hoje contrato com a Hemobrás para repassar ao Brasil o conhecimento para a fabricação da imunoglobulina, mas o processo depende da conclusão de parte da planta industrial da estatal, em Goiana, na Mata Norte. Como os recursos para a retomada da obra dependem de decisões do Ministério da Saúde, que tem resistido a acatar alternativas apresentadas pela direção da empresa, o problema segue sem solução.

Segundo Oswaldo Castilho, a situação forçou a estatal a deixar de recolher plasma sanguíneo – matéria-prima para a produção da imunoglobulina – por já não ter mais onde armazenar. O envio do material para ser processado na França, mediado pela Hemobrás, segundo o presidente da companhia, já havia rendido economia de R$ 340 milhões ao Governo Federal. Nenhum laboratório no País hoje domina o método de fabricação do medicamento, e a licitação internacional para contratar um novo fornecedor ainda não teve início. Na última compra, de acordo com Castilho, um único grama da droga custou US$ 43 aos cofres públicos.

O gestor ainda comentou que a área de remédios derivados do sangue não é tão rentável economicamente quando comparada à produção de substâncias criadas a partir do uso de engenharia genética – caso do medicamento usado para tratar a hemofilia que é pivô da crise. “Mas atuar em áreas deficitárias é função social da empresa. A parte de biotecnologia é importante também para que a Hemobrás faça o trabalho para o qual foi criada.”

Coordenadora da frente parlamentar, a deputada Priscila Krause (DEM) disse que a Assembleia deve passar a acompanhar a questão levantada por Castilho, para garantir que as soluções encontradas atendam ao interesse público. “Faremos pressão para que mais esse problema se resolva e os medicamentos possam ser assegurados à população”, comentou a democrata.

Entenda o caso – A disputa que opõe o Ministério da Saúde e a direção da Hemobrás envolve a tentativa do órgão de retirar da companhia a produção do fator VIII recombinante, droga utilizada por pacientes hemofílicos, fabricada a partir do uso de engenharia genética, e tida como principal responsável pela viabilidade econômica da estatal no futuro. A polêmica envolve interesses de laboratórios estrangeiros e já rendeu pronunciamento de órgãos de controle contrários ao posicionamento do Governo.

Nesta semana, o Ministério Público Federal pediu o afastamento do ministro da Saúde, Ricardo Barros, por supostamente atuar para “esvaziar” as atribuições institucionais da estatal. A procuradora Silvia Regina Pontes Lopes, responsável pelo processo contra o gestor, também participou da reunião desta quarta. “Assumimos essa ação porque há, por parte do ministro, descumprimento muito contundente de preceitos constitucionais, de posicionamentos do Tribunal de Contas da União e da Justiça”, esclareceu.

Também estiveram presentes a presidente da Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco (Hemope), Yêda Albuquerque, e os deputados Ricardo Costa (PMDB), relator do colegiado, e Bispo Ossesio Silva (PRB).

Abbott lucra mais de R$ 600 milhões entre julho e setembro

A receita líquida da companhia, por sua vez, aumentou 28,8%, para US$ 6,829 bilhões, na mesma base comparativa

O lucro líquido da farmacêutica Abbott Laboratories encerrou totalizou US$ 603 milhões no terceiro trimestre deste ano, revertendo o prejuízo de US$ 329 milhões registrado pela companhia em igual período de 2016.

Já o lucro por ação (EPS) do grupo americano ficou em US$ 0,32 entre julho e setembro, superando o prejuízo por ação de US$ 0,24 registrado um ano antes.

A receita líquida da companhia, por sua vez, aumentou 28,8%, para US$ 6,829 bilhões, na mesma base comparativa.

Anvisa terá nova rodada de diálogo com o setor regulado

Marcado para o auditório da Agência, o encontro será no próximo dia 8 de novembro, às 10h, e terá como tema a “desburocratização”.

Por: Ascom/Anvisa
Publicado: 18/10/2017 11:11
Última Modificação: 18/10/2017 11:24

A Anvisa prepara mais uma “DR com o setor regulado”, como é conhecido o canal de diálogo com as empresas que se utilizam dos mais diversos serviços da Agência, aberto em 2016. Para isso, já convida para mais um bate-papo todos os usuários de seus serviços e processos, com o mesmo objetivo das reuniões anteriores: conferir mais transparência, agilidade e efetividade na relação com a sociedade. Novamente marcado para o auditório da Agência, o encontro será no próximo dia 8 de novembro, a partir das 10h. Nesta ocasião, o enfoque será “desburocratização”.

Qual a sua sugestão para a Anvisa reduzir a burocracia desnecessária? Tem algum tipo de atestado ou certificado que não faz sentido? Há exigência desnecessária? Tem autenticação que não precisa? Enfim, o que a Agência pode fazer para diminuir a papelada e trabalhos desnecessários? Apresente a sua sugestão.

Com mais uma “DR”, a Anvisa busca manter a consequente melhoria dos processos de trabalho da própria Agência.

Estão convidados a participar da “DR” dirigentes da área regulatória e de associações representativas, além de empresas das áreas de medicamentos, produtos para a saúde, cosméticos, pesquisa, alimentos, produtos de limpeza e operadores de logística, entre outros. Como aconteceu nas outras reuniões, os interessados em participar têm que se inscrever.

Nas reuniões anteriores, apelidadas pelo diretor-presidente da Anvisa, Jarbas Barbosa, de “DR com o setor regulado”, o diálogo girou em torno da percepção daqueles que se utilizam dos serviços da Anvisa, em especial sobre as questões relacionadas ao acesso às informações (de normas, recursos etc), sítio eletrônico, canais de atendimento, acesso a processos e agendamento de reuniões, entre outras.

“Esse diálogo é fundamental”, diz Jarbas Barbosa, ressaltando que é a continuidade do processo de escuta da sociedade. “Neste novo encontro, apresentaremos todas as iniciativas que a Anvisa está implantando para responder a esse anseio por mais transparência e agilidade”.

Johnson & Johnson abre vagas em programa de trainee

Programa de desenvolvimento terá duração de dois anos e será acompanhado por líderes sêniores
Redação iBahia (redacao@portalibahia.com.br) 18/10/2017 às 10h46

A Johnson & Johnson, empresa do segmento de higiene e saúde, está com o programa de trainee aberto. O programa de desenvolvimento terá duração de dois anos e será acompanhado por líderes sêniores da organização, RH e consultores de desenvolvimento. São vagas para os seguintes setores de atuação: comercial, customer logistics services, manufatura, RH, Tecnologia da Informação e Finanças.

Entre os pré-requisitos estão : conclusão da Graduação entre Dez/15 a Dez/17, Inglês Fluente (escrita, oral e leitura) e disponibilidade total para mudanças e viagens. As inscrições podem ser feitas pelo site da empresa.

Fapesp apresenta no Sindusfarma programas de fomento à inovação

A convite do Sindusfarma, a Fapesp &ndash; Fundação de Amparo às Pesquisas no Estado de São Paulo apresentou seus programas de fomento à inovação em encontro com empresas associadas à entidade, na quarta-feira (18).
Américo Craveiro (à dir.) junto de Jair Calixto e Lauro Moretto
O coordenador adjunto de Pesquisa e Inovação da Fapesp, Américo Craveiro, falou do edital para financiar pesquisas para o desenvolvimento de Inovação em Manufatura Avançada e dos principais programas de apoio à inovação tecnológica mantidos pela instituição: PIPE, PITE e CPE.

“Inovação e startups, esse é um caminho inevitável&rdquo;, disse Craveiro. “O país não vai sair do lugar, aliás irá para trás, se não acreditar e praticar [a inovação] em grande escala&rdquo;. Na abertura do encontro, o presidente executivo do Sindusfarma, Nelson Mussolini, destacou a importância da parceria com a Fapesp. “A indústria farmacêutica vive e sobrevive graças à inovação; e a Fapesp tem instrumentos extremamente interessantes&rdquo;, afirmou. “Em recente visita que eu e o prof. Lauro Moretto fizemos à Fundação, ficamos impressionados com as possibilidades que [estes instrumentos] podem trazer para a indústria e para os fornecedores da nossa indústria&rdquo;.
Nelson Mussolini, na abertura do evento, destacou a importância da parceria com a Fapesp
Em 2016, a Fapesp desembolsou R$ 1,137 bilhão em projetos de apoio a empresas.

Participaram do encontro o prof. Lauro Moretto, vice-presidente da Academia Nacional de Farmácia, e o gerente de Boas Práticas e Inovação do Sindusfarma, Jair Calixto.

Roche anuncia avanços em biópsia líquida com novo biomarcador na imunoterapia contra o câncer

•Primeiros resultados sobre novo teste sanguíneo que mede a carga de mutação tumoral (TMB, do inglês Tumor Mutation Burden) foram apresentados no congresso da Sociedade Europeia de Oncologia Clínica (ESMO);
•Dois estudos estão em andamento para avaliar o potencial desse biomarcador prever a resposta a algumas imunoterapias contra o câncer.

Durante o congresso da Sociedade Europeia de Oncologia Clínica (ESMO), que aconteceu em setembro, em Madri, na Espanha, a Roche anunciou os primeiros dados a respeito de uma nova biópsia líquida com biomarcador para imunoterapia, desenvolvido em colaboração com a Foundation Medicine, como parte de um esforço amplo e contínuo para trazer mais progressos na personalização do tratamento contra o câncer.

Atualmente, a Roche está desenvolvendo 20 novos imunoterápicos para tratar nove tipos de câncer e serem usados em mais de 50 combinações com outros medicamentos.1 A companhia está comprometida com o avanço desse tratamento e explora múltiplas abordagens de biomarcadores, incluindo a imuno-histoquímica para PD-L1, a expressão genética tumoral, o sequenciamento de RNA e a carga de mutação tumoral (TMB, do inglês Tumor Mutation Burden).1

Os novos dados apresentados no congresso da ESMO demonstram pela primeira vez que uma biópsia líquida para avaliar a carga de mutação tumoral (bTMB) tem alto grau de precisão e exatidão.2 A TMB é um marcador clínico quantitativo, que mede o número de mutações dentro do genoma de um tumor. Constatou-se que a TMB é um indicador da probabilidade de benefício em termos de sobrevida livre de progressão (SLP) das imunoterapias, quando usadas sozinhas (em monoterapia) em pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP).3,4 Até agora, este biomarcador só podia ser medido por biópsia do tumor. Usando essa abordagem de teste sanguíneo (biópsia líquida), é possível que mais pacientes possam se beneficiar, incluindo aqueles que não podem se submeter a uma biópsia tumoral invasiva ou que não tenham tecido disponível ou em quantidade suficiente para exame.
“O esforço de desenvolvimento de biomarcadores de última geração é um componente crítico da nossa estratégia de imunoterapia do câncer,” disse a Dra. Sandra Horning, diretora médica e de Desenvolvimento Global de Produtos da Roche. “Os biomarcadores não só contribuem para entendermos melhor a imunobiologia tumoral, mas poderão, em última análise, ajudar a adaptar nossas terapias e combinações às pessoas com maior chance de se beneficiarem delas. Essa biópsia líquida que avalia a carga de mutação tumoral (TMB) é um exemplo de como nós e nossos parceiros estamos fazendo progresso científico rumo à personalização da terapia do câncer.”
O estudo do biomarcador bTMB apresentando no congresso da ESMO foi conduzido usando 794 amostras de plasma dos estudos centrais de TECENTRIQ® – o estudo de fase II, POPLAR e o estudo de fase III, OAK. A finalidade da análise foi coletar evidências retrospectivas iniciais de uma associação entre o bTMB e a atividade de TECENTRIQ. Esses dados preliminares servirão de base para pesquisas prospectivas atuais e futuras, ajudando a se entender melhor o papel do TMB tecidual e do bTMB e sua relação com a imunoterapia do câncer.2

Estão em andamento dois estudos prospectivos em pacientes que recebem tratamento de primeira linha para CPCNP, que visam avaliar clinicamente e validar prospectivamente nosso novo teste diagnóstico sanguíneo e testar a eficácia e segurança de TECENTRIQ e/ou Alecensa® (alectinibe) em pacientes com CPCNP.5

•O estudo B-F1RST é um estudo de grupo único que avalia a segurança e a eficácia de TECENTRIQ no tratamento de primeira linha do CPCNP e irá avaliar a associação do teste bTMB com a eficácia em pacientes não selecionados quanto ao biomarcador, através da coleta prospectiva de amostras de sangue que serão testadas de forma retrospectiva.5
•O estudo BFAST é um estudo de fase II/III global, multicêntrico, aberto, em guarda-chuva, desenhado para avaliar a segurança e a eficácia de TECENTRIQ ou Alecensa em pacientes com CPCNP metastático, avançado ou não ressecável. A escolha do tratamento com TECENTRIQ ou Alecensa depende da presença de um escore positivo para bTMB ou mutações somáticas oncogênicas, respectivamente.5

TECENTRIQ está aprovado, atualmente, nos Estados Unidos para certos tipos de câncer de bexiga e de pulmão, independentemente dos níveis de expressão de PD-L1. Além da imunoterapia do câncer, a Roche tem um extenso pipeline em oncologia e estudos em andamento, em colaboração com a Foundation Medicine, de moléculas como o inibidor oral de AKT ipatasertibe, Alecensa e Avastin®.1

Sobre as análises retrospectivas POPLAR e OAK
O teste bTMB foi usado para analisar, no total, 794 amostras de plasma dos estudos clínicos POPLAR, de fase II, e OAK, de fase III, e mostrou que pacientes com CPCNP e alta bTMB apresentavam maior sobrevida livre de progressão quando tratados com TECENTRIQ.
O estudo POPLAR é um estudo de fase II, multicêntrico, internacional, randomizado, aberto, controlado, que avaliou a eficácia e a segurança de TECENTRIQ comparado a docetaxel em pacientes com CPCNP metastático ou localmente avançado, que progrediram durante ou depois do uso de um esquema com platina, independentemente da expressão de PD-L1. O estudo OAK é um estudo de fase III, multicêntrico, global, randomizado, aberto e controlado, que avaliou a eficácia e segurança de TECENTRIQ comparado a docetaxel. Nessas análises retrospectivas, amostras de plasma dos estudos OAK e POPLAR foram analisadas por um teste sanguíneo de TMB para correlacionar o bTMB com a atividade clínica de TECENTRIQ. A população avaliável quanto ao biomarcador (BEP) incluiu 211 pacientes no estudo POPLAR (população ITT = 287) e 583 pacientes no estudo OAK (excluindo pacientes com mutações EGFR/ALK conhecidas; ITT=850), com amostras de sangue disponíveis para sequenciamento genômico direcionado.

Sobre o papel da Roche na imunoterapia do câncer
Há mais de 50 anos, a Roche vem desenvolvendo medicamentos que redefinem a terapêutica na Oncologia. Hoje, investimos mais do que nunca em nosso esforço de oferecer opções médicas inovadoras que ajudem o sistema imune da própria pessoa a combater o câncer. A pesquisa e o programa de desenvolvimento de imunoterapia do câncer da Roche engloba mais de 20 moléculas experimentais, das quais 11 já estão em fase de estudos clínicos.
A meta da imunoterapia personalizada do câncer (IPC) é oferecer aos médicos e pacientes opções terapêuticas adaptadas à biologia imune específica associada ao tumor de cada paciente. O objetivo é fundamentar as estratégias de tratamento que proporcionem o maior número de pacientes com chance de benefício real. A IPC engloba a busca por biomarcadores confiáveis que tenham correlação com benefício clínico, seja da monoterapia ou da terapia combinada e em vários tipos de cânceres.
A IPC é um componente essencial do compromisso da Roche com a medicina personalizada. Para saber mais sobre a abordagem da Roche à imunoterapia do câncer, acesse o link.

Sobre a Roche
A Roche é uma empresa global, pioneira em produtos farmacêuticos e de diagnóstico, dedicada a desenvolver avanços da ciência que melhorem a vida das pessoas. Combinando as forças das divisões Farmacêutica e Diagnóstica, a Roche se tornou líder em medicina personalizada – estratégia que visa encontrar o tratamento certo para cada paciente, da melhor forma possível.
É considerada a maior empresa de biotecnologia do mundo, com medicamentos verdadeiramente diferenciados nas áreas de oncologia, imunologia, infectologia, oftalmologia e doenças do sistema nervoso central. É também líder mundial em diagnóstico in vitro e tecidual do câncer, além de ocupar posição de destaque no gerenciamento do diabetes. Fundada em 1896, a Roche busca constantemente meios mais eficazes para prevenir, diagnosticar e tratar doenças, contribuindo de modo sustentável para a sociedade. A empresa também visa melhorar o acesso dos pacientes às inovações médicas trabalhando em parceria com todos os públicos envolvidos. Vinte e oito medicamentos desenvolvidos pela Roche fazem parte da Lista de Medicamentos Essenciais da Organização Mundial da Saúde, entre eles, antibióticos que podem salvar vidas, antimaláricos e terapias contra o câncer. Pelo oitavo ano consecutivo, a Roche foi reconhecida como a empresa mais sustentável do grupo Indústria Farmacêutica, Biotecnologia e Ciências da Vida pelos Índices Dow Jones de Sustentabilidade (DJSI).
Com sede em Basileia, na Suíça, o Grupo Roche atua em mais de 100 países e, em 2016, empregou mais de 94.000 pessoas em todo o mundo. No mesmo ano, a Roche investiu 9,9 bilhões de francos suíços em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) e suas vendas alcançaram 50,6 bilhões de francos suíços. A Genentech, nos Estados Unidos, é um membro integral do Grupo Roche. A Roche é acionista majoritária da Chugai Pharmaceutical, no Japão. Para mais informações, visite www.roche.com.br.

Contato para a imprensa
In Press Porter Novelli
Elaine Lewis – (11) 4871-1487 – elaine.lewis@inpresspni.com.br

Referências
1.Dados de arquivo da F. Hoffmann-La Roche Ltd.
2.Gandara DR, et al. Blood-Based Biomarkers for Cancer Immunotherapy: Tumor Mutational Burden in Blood (bTMB) is Associated With Improved Atezolizumab (atezo) Efficacy in 2L+ NSCLC (POPLAR and OAK). Apresentado no congresso da ESMO; 8 a 12 de setembro de 2017 em Madri, na Espanha. Abstract #1295O.
3.Rizvi NA, et al. Science. 2015:348(6230): 124-128.
4.Patel PS and Kurzrock R. Mol Cancer Ther. 2015:14(4): 847-856.
5.Mok T, et al. Blood First-Line Ready Screening Trial (B-F1RST) and Blood First Assay Screening Trial (BFAST) enable clinical development of novel blood-based biomarker assays for tumor mutational burden (TMB) and somatic mutations in 1L advanced or metastatic NSCLC. Apresentado no congresso da ESMO; 8 a 12 de setembro de 2017 em Madri, na Espanha. Abstract #1383TiP.

Esquizofrenia e depressão bipolar têm novo tratamento

Medicamento antipsicótico aprovado pela Anvisa deve ser nova alternativa de tratamento para pacientes com esquizofrenia e depressão associadas ao transtorno bipolar.

Por: Ascom/Anvisa
Publicado: 18/10/2017 15:27
Última Modificação: 18/10/2017 15:33

Um medicamento inédito para a esquizofrenia e depressão associadas ao transtorno bipolar recebeu registro da Anvisa. O novo produto é o Latuda (cloridrato de lurasidona), um antipsicótico que deve ser comercializado em comprimidos de 20mg, 40mg e 80mg, em embalagens de 7, 14, 30 ou 60 comprimidos.

O novo produto traz algumas melhorias para o paciente como a baixa alteração do perfil metabólico, o que significa menor ganho de peso e alterações limitadas no perfil de gorduras e glicose do organismo.

Como se trata de um antipsicótico, a lurasidona foi enquadrada na categoria de medicamentos controlados e sua venda será feita somente com receita especial em duas vias.

O medicamento já havia sido aprovado na Europa e nos EUA. O registro foi publicado na última segunda-feira (16/10).

Doença rara que leva à cirrose e morte ganha tratamento

Medicamento para tratar deficiência de lipase ácida lisossômica (LAL) é aprovado pela Anvisa. Doença rara pode levar à morte prematura.

Por: Ascom/Anvisa
Publicado: 18/10/2017 15:11
Última Modificação: 18/10/2017 15:18

Um novo medicamento para tratar a deficiência de lipase ácida lisossômica (LAL) ganhou registro no Brasil. A Anvisa aprovou o medicamento Kanuma (alfassebelipase) com a indicação de tratamento de longo prazo desta deficiência que pode levar à fibrose hepática, cirrose, insuficiência hepática e morte prematura.

A deficiência é hereditária e muito rara. O problema é provocado por uma produção ineficiente de LAL que leva ao acúmulo de gordura em órgãos importantes do organismo.
Indicação da alfassebelipase

O produto Kanuma (alfassebelipase) foi aprovado para a seguinte indicação terapêutica: “terapia de reposição enzimática prolongada em pacientes de todas as idades com deficiência de lipase ácida lisossomal (LAL)”.
Entenda em detalhes

A substância ativa do Kanuma, alfassebelipase, é uma lipase ácida lisossômica (LAL) humana recombinante, produzida na clara de ovo de Gallus gallus transgênico por tecnologia de DNA recombinante (rDNA).

O produto foi desenvolvido como terapia de reposição enzimática (TRE) destinada ao tratamento de longo prazo de indivíduos com deficiência de LAL, um distúrbio monogênico recessivo autossômico muito raro no qual os indivíduos afetados apresentam deficiência de LAL (LAL-D), o que leva ao acúmulo lisossômico de ésteres de colesterol e triglicerídeos em diversos tecidos e tipos de células por todo o corpo em pacientes lactentes, pediátricos e adultos.

A alfassebelipase trata a causa subjacente da LAL-D ao substituir a atividade da enzima lipase ácida lisossomal (LAL) que está ausente ou é deficiente em pacientes com LAL-D.