Citada em delação por compra de MPs, Hypermarcas volta a buscar sócio

Dona da 2ª maior fabricante de genéricos do País, companhia, segundo fontes, manteve conversas com rivais como Eurofarma, Biolab e EMS, mas acordo esbarra em preço alto e em questões jurídicas

Mônica Scaramuzzo e Fernando Scheller, O Estado de S.Paulo

25 Setembro 2017 | 05h00

Citada na recente delação do doleiro Lúcio Funaro por suposto pagamento de propina de R$ 5 milhões ao ex-deputado Eduardo Cunha para compra de medidas provisórias, a Hypermarcas voltou a procurar um sócio nas últimas semanas, segundo apurou o Estado. Assessores financeiros da companhia, que pertence ao empresário João Alves de Queiroz Filho, o Júnior, tiveram conversas reservadas nas últimas semanas com as principais farmacêuticas brasileiras, incluindo Biolab, Eurofarma e EMS, de acordo com fontes próximas às empresas. A Hypermarcas chegou perto de um acordo com a americana Pfizer.

As negociações, no entanto, têm enfrentado entraves. No caminho da busca de um sócio, está a situação legal da empresa, considerada delicada por eventuais compradores. Além da recente citação de Funaro, Nelson Mello, ex-executivo de relações institucionais da Hypermarcas, havia dito em 2016 que propinas pagas pela empresa a políticos do PMDB somariam cerca de R$ 30 milhões.

Há receio de que as investigações cheguem ao controlador do negócio, embora, à época, a empresa tenha afirmado em nota que Júnior não teve participação ou anuência nos atos praticados por Mello. Segundo fontes próximas às negociações, esse aspecto legal teria posto fim às conversas com a Pfizer, que não sentiu segurança para seguir com a compra.

Pesa ainda o porte da companhia, que exigiria um alto desembolso. O valor de mercado da Hypermarcas na B3 (nova denominação da Bolsa paulista) é de cerca de R$ 21 bilhões. Hoje, a NeoQuímica, principal negócio da empresa, é o segundo maior laboratório de medicamentos genéricos do País. Segundo uma fonte, o comprador natural para a Hypermarcas seria a EMS, do empresário Carlos Sanchez, que já é líder do segmento e poderia, com a NeoQuímica, ampliar essa dianteira.

Outro problema levantado pelos compradores, segundo apurou o Estado, seria o fato de que Júnior teria a intenção de continuar sócio do negócio.

Uma fonte do setor diz que, do ponto de vista jurídico, com a saída do fundador, um contrato poderia proteger um possível comprador. E cita o caso do grupo J&F, dono da JBS, que conseguiu vender participações em negócios relevantes – como Alpargatas (dona da Havaianas), Eldorado (de papel e celulose) e Vigor (laticínios) – em meio ao processo de delação dos irmãos Joesley e Wesley Batista.

Mesmo com os empresários presos, o grupo já anunciou a conclusão da venda da Alpargatas, e a expectativa é que os outros dois negócios sejam finalizados ainda nesta semana.

Ações. Apesar de a delação de Funaro, revelada no último dia 13, citar a Hypermarcas, o desempenho dos papéis na B3 tem sido positivo. A empresa atingiu na última semana sua máxima histórica – na sexta-feira, a ação fechou acima de R$ 33.

No segundo trimestre, o lucro líquido foi de R$ 194,9 milhões, alta de 10,5% em relação ao mesmo período do ano passado. A receita líquida, na mesma comparação, teve crescimento de 5,6% e ficou em R$ 852,3 milhões entre abril e junho deste ano.

O humor do mercado com a companhia melhorou desde que a empresa desistiu de ser uma “Unilever brasileira” – com marcas de higiene, beleza e limpeza – para focar na NeoQuímica, seu negócio mais rentável. Só em 2015 e 2016, a empresa arrecadou mais de R$ 5 bilhões com venda de ativos, reduzindo seu endividamento (ler mais ao lado).

Em relatório relativo aos resultados do segundo trimestre, o analista Guilherme Assis, do banco Brasil Plural, reafirmou a recomendação de compra da ação da Hypermarcas, embora tenha ressalvado que a empresa tem pela frente o desafio de criar novas marcas e produtos para continuar a apresentar ganhos de fatia de mercado. Assis disse ainda que, apesar de alguns dados do balanço terem vindo abaixo do esperado pelo banco, a empresa conseguiu compensar esse efeito com controle de custos. Outro ponto positivo da Hypermarcas para 2017 é a expectativa de pagamento de dividendos aos acionistas.

Outro lado. Em comunicado enviado ao Estado, a Hypermarcas nega veementemente quaisquer negociações em andamento sobre a venda da companhia ou de partes de seu portfólio.

Procuradas, as empresas Biolab, Eurofarma, EMS e Pfizer não quiseram comentar o tema. Mas, em nota, a Pfizer disse que tem como meta “a expansão do alcance de seu portfólio e está sempre avaliando oportunidades para expansão do acesso da população a medicamentos de qualidade”.

Encontros FAPERJ discutem a inovação em Fármacos

…a burocracia ainda é um dos principais gargalos para uma efetiva aproximação entre a inovação produzida na universidade e a indústria

A rica biodiversidade brasileira pode ser considerada uma vantagem competitiva para o desenvolvimento da indústria farmacêutica nacional, que possui um verdadeiro patrimônio genético para produzir novos medicamentos. Estima-se que o País tenha cerca de 20% das espécies conhecidas no planeta, segundo o Ministério do Meio Ambiente. No entanto, a aplicação dessa matéria-prima para o desenvolvimento de fármacos depende de políticas públicas bem delineadas na área de inovação científica e tecnológica. Para discutir essa e outras questões relacionadas ao tema “Inovação em Fármacos”, como a necessidade de promover a aproximação do conhecimento produzido nas universidades com a indústria, a Fundação realizou a 20ª edição do seminário Encontros FAPERJ, na tarde da última sexta-feira, 15 de setembro.

Dessa vez, a palestrante foi Gabriela Barreiro, que é gerente de Desenvolvimento Pré-Clínico da Eurofarma. Graduada em Farmácia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) – quando foi bolsista de Iniciação Científica da FAPERJ, em 1996 e 1997 –, ela traz no currículo títulos de mestrado e doutorado em Química pela mesma instituição, além de pós-doutorados na Universidade de Wesleyan, de Yale e na Universidade da Califórnia, em São Francisco.

Ela contou que a empresa, considerada uma das maiores farmacêuticas do País e detentora de um capital 100% nacional, está em busca de laços mais estreitos com a pesquisa acadêmica. Gabriela é responsável pela área de “inovação radical” – que busca novos fármacos, especialmente na área de anti-infecciosos. “A Eurofarma é uma empresa voltada para a produção de genéricos e similares, que também está sofrendo com a crise que afeta a indústria nacional. Por isso, investir na inovação em fármacos, com o desenvolvimento de moléculas próprias, é fundamental. Ou a indústria farmacêutica de genéricos investe em inovação, ou corre o risco de desaparecer”, disse.

Nesse contexto, ela destacou a necessidade de criar uma cultura de atração de mão de obra qualificada, de jovens com nível de pós-doutorado, para trabalhar na indústria farmacêutica, e não apenas nas tradicionais carreiras acadêmicas. “A ciência não é feita dentro da indústria brasileira. No Brasil, 70% dos pesquisadores estão dentro da academia. Em países como Estados Unidos e Japão, mais da metade trabalha na indústria. É preciso criar parcerias entre a indústria e a universidade, incorporando na indústria pós-doutorandos para o desenvolvimento de fármacos, e mudar a cultura dos investimentos em inovação, que nem sempre geram retorno no curto prazo, mas devem ser sólidos e constantes”, ponderou.

Gabriela destacou que a burocracia ainda é um dos principais gargalos para uma efetiva aproximação entre a inovação produzida na universidade e a indústria. “Na minha experiência, a maior dificuldade são os entraves burocráticos que ainda devem ser simplificados nas agências de inovação das universidades. A formalização dessas colaborações tem que ser mais rápida. A indústria não pode esperar um ano para assinar um termo de colaboração científica com a universidade para testar uma molécula, por exemplo”, apontou. Outros entraves citados pela gestora são os longos processos burocráticos da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do Instituto Nacional de Marcas e Patentes (INPI).

O pesquisador Eliezer Barreiro, coordenador científico do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Fármacos e Medicamentos (INCT-Inofar) e professor titular do Instituto de Ciências Biomédicas da UFRJ, foi o mediador do encontro. Ele ressaltou que é importante identificar parcerias, para que o estado do Rio de Janeiro possa atrair o apoio das empresas que fazem inovação. “Uma das coisas que fazem com que a indústria se torne competitiva no mercado farmacêutico é a inovação e, para que a indústria do estado do Rio de Janeiro possa inovar, é necessário que tenha muito rapidamente acesso aos resultados das pesquisas nas universidades. Precisamos superar esse obstáculo para beneficiar não só a indústria, mas também para valorizar a pesquisa na academia e criar novos conhecimentos para a sociedade.”

Por sua vez, a diretora de Tecnologia da FAPERJ, Eliete Bouskela, que também é médica e professora titular da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), destacou a importância da realização periódica do Encontros FAPERJ, no atual cenário econômico fluminense. “Existem produções nevrálgicas, muito importantes, na pesquisa estadual, mas precisamos realmente fazer uma aproximação entre as universidades e as empresas. No exterior, as agências de fomento, além de investir recursos financeiros, costumam prover um ambiente de networking entre os diversos agentes da inovação. Vamos trabalhar para que essa aproximação ocorra”, disse.

Estiveram presentes diversos representantes de universidades, centros de pesquisa e dos setores acadêmico e empresarial – como o presidente da Academia Brasileira de Ciências, Luiz Davidovich; a coordenadora do Núcleo de Inovação Tecnológica de Farmanguinhos, Wanise Barroso e a pesquisadora da área de Síntese de Drogas, também de Farmanguinhos, Nubia Boechat; o gerente do departamento de Saúde e Química da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Rodrigo Secioso de Sá; a diretora da Agência de Inovação da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), Shirley Coutinho; o vice-presidente da Abifina, Reinaldo Guimarães; o pesquisador de Desenvolvimento de Fármacos do Instituto de Ciências Biomédicas da UFRJ, Roberto Takashi Sudo; o diretor da agência de inovação Agir, da Universidade Federal Fluminense (UFF), Ricardo Leal; e o diretor da Microbiológica, Jaime Rabi, entre outros participantes.

A iniciativa de promover o Encontros FAPERJ passou a ser coordenada, a partir dessa 20ª edição, pela Diretoria de Tecnologia da Fundação e a curadoria do evento continua sob a responsabilidade do professor José Manoel Carvalho de Mello, assessor da Diretoria de Tecnologia da FAPERJ.

Brasil é referência mundial em produção de vacinas


Fonte: Portal Brasil com Ministério da Saúde e Academia Brasileira de Ciências

Publicado em: 21/09/2017 às 16:10

A vacinação é uma das estratégias de política pública mais eficazes para a prevenção de infecções e epidemias. O Brasil tem mais de 36 mil salas de vacinação espalhadas por todo o País, que aplicam, por ano, 300 milhões de imunobiológicos.

A marca coloca o País como um dos que mais oferecem vacinas pela rede pública de saúde. E o processo de produção é referência internacional, de acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

Além de distribuir 25 tipos de vacinas gratuitamente, o País ainda exporta doses para mais de 70 países, sobretudo africanos. No Brasil, as doses são produzidas pela Fundação Oswaldo Cruz e pelo Instituto Butantan. O País já é autossuficiente na produção de insumos imunobiológicos.

A qualidade das instalações e pesquisas respalda a produção nacional. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é o órgão que regulamenta a produção e oferta das vacinas no País.

Suframa e Fiocruz Amazonas discutem parceria em biofármacos

Fiocruz Amazonas (com informações da Suframa)

Em reunião ocorrida na Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) com a presença do diretor do Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazonas), Sérgio Luz, e do vice-diretor de gestão do Instituto, Carlos Carvalho, o superintendente da Suframa, Appio Tolentino, afirmou que o potencial da região para desenvolver produtos com matéria prima local é algo que deve ser explorado e que pode gerar empregos, tanto na Zona Franca de Manaus, quanto em outras regiões.

Suframa e Fiocruz Amazonas discutem possibilidade de parceria para produção de biofármacos na ZFM

Durante o encontro, foram debatidas oportunidades de parcerias entre as duas instituições com vistas a estabelecer um polo fitoterápico e de biofármacos na região, com aproveitamento da matéria prima regional. 

Para Appio Tolentino, a perspectiva de um polo de fitoterápicos “possibilitará a formação de capital humano qualificado tanto para atender as demandas do setor industrial quanto para o setor comercial e de serviços, e isso poderá fomentar o segmento em todo o país”, afirmou.

Outros pontos positivos com o estabelecimento de um polo de biofármacos na Zona Franca será o incremento da produção de ciência e tecnologia na região, além de aperfeiçoar a cadeia produtiva do setor de medicamentos. “Acredito que temos que buscar uma maior aproximação entre a Suframa e a Fiocruz para realizarmos um trabalho em conjunto, que gere resultados imediatos para a sociedade”, destacou Tolentino.

Para o diretor da Fiocruz Amazonas, “há grandes oportunidades na região que podemos identificar e aproveitar, como a produção em escala industrial do anti-inflamatório ‘unha de gato’, tão conhecido localmente e tão efetivo. Parcerias público-privadas podem contribuir neste sentido”, complementou Sérgio Luz.

Como resultado deste encontro, brevemente o superintendente da Suframa irá conhecer as instalações do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz), unidade da Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro, com vistas ao aprofundamento de parcerias.

Na AFN

Jarbas fala sobre Anvisa no cenário internacional

Palestra de Jarbas Barbosa, diretor-presidente da Anvisa, aconteceu neste primeiro dia da Semana do Conhecimento. Por: Ascom/Ascom
Publicado: 20/09/2017 20:10
Última Modificação: 21/09/2017 16:56

Para uma plateia composta de representantes de agências reguladoras de outros países, de organismos internacionais, pesquisadores do campo da regulação e de áreas reguladas pela Anvisa, servidores da Agência e de outras instituições, o diretor-presidente, Jarbas Barbosa, falou sobre o papel do país na perspectiva internacional, nesta quarta-feira à tarde na Semana do Conhecimento, após a abertura do evento.

“A nossa inserção nos fóruns internacionais tem se pautado por uma postura colaborativa, buscando a convergência em temas da regulação e o alinhamento com os demais países, sempre, claro, buscando os nossos interesses”, afirmou Jarbas Barbosa.

Os convidados Internacionais da plateia que ouvia Jarbas Barbosa participaram do Global Summit on Regulatory Science 2017, e seguiram na programação da Semana do Conhecimento, uma vez que os dois eventos aconteceram juntos na edição deste ano, que está sendo realizada em Brasília, no Centro de Convenções do edifício Parque da Cidade.
Fóruns

Como exemplo de fórum internacional, o diretor-presidente da Anvisa citou o ICDRA, a Conferência Internacional de Autoridades Reguladoras de Medicamentos, na qual pela América Latina, entre os 35 países membros, estão o México e o Brasil. “Ali pensamos em projetos estratégicos e global como, por exemplo, no campo da Farmacovigilância”.

Jarbas Barbosa fez referência ao Conselho Internacional para Harmonização de Requisitos Técnicos para Medicamentos de Uso Humano, o ICH (Conference on Harmonisation of Technical Requirements for Registration of Pharmaceuticals for Human Use), no qual Agência, representando o Brasil, participa de 23 grupos de trabalho.
Mercado

Jarbas Barbosa trouxe alguns números que dão a dimensão do mercado brasileiro no contexto da economia mundial. ‘Nós somos o quinto maior mercado de medicamentos, movimentando 4,5 bilhões de unidades de medicamentos e um montante de R$ 62 bilhões de reais ou R$ 20 bilhões de dólares, para melhor compreensão de quem é de outros países”.

Barbosa falou ainda da posição do país para produtos de higiene pessoal e cosméticos, que coloca o Brasil entre o segundo e o quinto lugar como mercado, a depender do conceito de higiene pessoal que se utiliza na mensuração dos mercados.
Filas

Sobre o Fórum Internacional de Reguladores de Produtos para Saúde, IMDRF, do qual a Anvisa é membro fundador, Jarbas Barbosa disse que vê como muito positivo o Programa de Auditoria Única em Produtos para a Saúde, MDSAP, mas disse que a questões a serem resolvidas para que se incorporem plenamente ao caso brasileiro.

O MDSAP visa permitir que fabricantes de produtos para saúde contratem um Organismo Auditor, autorizado no âmbito do programa, para realizar uma auditoria única que irá contemplar os requisitos relevantes das Autoridades Regulatórias participantes.

Jarbas Barbosa deu como exemplo a fila de análise de produtos para a saúde que esperavam por decisão da Anvisa para serem exportadas para o Brasil.

“Era um passivo de 300 pedidos que aguardavam há pelo menos dois anos por esta análise”, contou Jarbas Barbosa.

A questão foi solucionada por meio de decisão tomada pela Diretoria da Anvisa em sua mais recente reunião pública, com transmissão em tempo real, que aconteceu nesta terça-feira (19/9) em relação à análise destes produtos

“Não é razoável que a população espere tanto tempo para ter no mercado produtos inovadores”, afirmou Barbosa. A palestra de Jarbas Barbosa teve com o mediador Marcelo Guaranys, subchefe de Análise de Acompanhamento de Políticas Governamentais da Casa Civil da Presidência da República, e ex-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Anvisa vai rever metodologia para inspeções internacionais

Abre-se a possibilidade de redução das filas de certificação internacional de produtos para a saúde.

Publicado: 21/09/2017 08:16
Última Modificação: 21/09/2017 15:12

Foi aprovada nesta terça-feira (19/9), pela Diretoria Colegiada da Anvisa, Proposta de Resolução para alterar a RDC nº 39/2013, que “dispõe sobre os procedimentos administrativos para concessão da Certificação de Boas Práticas de Fabricação e da Certificação de Boas Práticas de Distribuição e/ou Armazenagem”, e a RDC n° 15/2014, que “dispõe sobre os requisitos relativos à comprovação do cumprimento de Boas Práticas de Fabricação para fins de registro de Produtos para Saúde e dá outras providências”.

Com isso, tal proposta de atuação regulatória possibilitará estabelecer, na Anvisa, uma nova metodologia de trabalho que proporcione maior celeridade e qualidade ao processo de concessão de Certificados de Boas Práticas de Fabricação (CBPF), reduza o tempo de espera das empresas representantes nacionais para obtenção do CBPF e agilize o acesso da população às novas tecnologias.
Nova metodologia de trabalho

A proposta, ora em análise, permitirá à Anvisa desenvolver uma nova metodologia de trabalho relacionada às inspeções internacionais de produtos para a saúde que obrigue uma avaliação de risco prévia à seleção e priorização das inspeções a serem realizadas.

Isso inverte a lógica de realização de inspeções in loco no exterior, que atualmente visa o atendimento à demanda de petições de certificação, para uma lógica que dê flexibilidade à área para a tomada de decisões com base no risco sanitário relacionado ao produto fabricado pela empresa, e que considere aspectos como a etapa de fabricação, a tecnologia envolvida, o quanto a realização da inspeção de BPF agrega valor ao processo de regulação, a existência de fatores adicionais de controle e ainda, a capacidade operacional da Anvisa para realização das inspeções.

Abre-se, assim, a possibilidade de redução das filas de certificação internacional de produtos para a saúde propiciando menor tempo de espera para obtenção do CBPF, e por fim registro dos produtos, dando acesso mais rápido à população as novas tecnologias.
Relações de confiança

A proposta também vem ao encontro do movimento crescente existente entre as autoridades regulatórias internacionais, que têm buscado o estreitamento e o fortalecimento das suas relações de confiança, com vistas ao aprimoramento e otimização dos seus processos de trabalho.

Para isso, as autoridades têm se empenhado no sentido de estabelecer mecanismos que visem a troca de informações sobre inspeção, que permitam a tomada de decisões por uma autoridade baseada em relatórios de inspeção emitidos por outra, e assim contribuir para o uso mais eficiente dos seus recursos focando as inspeções próprias in loco em sítios de fabricação que representam maior risco.
IMDRF

Na área de produtos para a saúde, uma iniciativa importante do Brasil é a sua participação no Fórum Internacional de Reguladores de Produtos para a Saúde (IMDRF), do qual é membro fundador e participam Austrália, Canadá, China, Estados Unidos, Europa, Japão, Rússia e Singapura. O IMDRF é um grupo de reguladores de produtos para a saúde que tem entre os seus objetivos acelerar a harmonização e a convergência regulatórias.

Dentre os temas tratados no Fórum está a discussão sobre a simplificação dos processos de auditoria para fins de verificação do cumprimento das Boas Práticas de Fabricação por meio do MDSAP, evitando sobreposição de inspeções realizadas pelas equipes técnicas dos países participantes em fábricas de produtos para saúde localizadas ao redor do mundo. Este modelo prevê ainda que o relatório gerado pela auditoria única seja reconhecido multilateralmente por todos os países participantes.

Aché é eleito a melhor empresa do setor Farmacêutico, Higiene e Cosméticos no Prêmio “As Melhores da Dinheiro”

Quinta, 21 Setembro 2017 14:53 Escrito por Renata Lopes
Com a conquista do primeiro lugar em quatro prêmios promovidos pela imprensa, Aché é a farmacêutica mais premiada do Brasil

Pela primeira vez, o Aché foi eleito a melhor empresa do setor Farmacêutico, Higiene e Limpeza no Prêmio As Melhores da Dinheiro, promovido pela revista de economia e negócios IstoÉ Dinheiro, da Editora Três. Com esta conquista, a empresa se torna a farmacêutica mais premiada do ano!

A cerimônia de premiação aconteceu na última quinta-feira, 14 de setembro, no Tom Brasil em São Paulo, e contou com a presença do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e do presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, que discursaram sobre o momento da economia brasileira, que aponta para o fim da recessão e retomada do crescimento. Em seguida, foram premiadas empresas em 23 segmentos de atuação.

Criado pela revista IstoÉ Dinheiro, o prêmio está em sua 14ª edição e avalia o desempenho das empresas por setor de atuação, e as que apresentaram maior pontuação nas dimensões melhores práticas de gestão financeira, governança corporativa, responsabilidade social, recursos humanos e inovação e qualidade.

Com esta conquista, o Aché se torna a indústria farmacêutica mais premiada do ano no Brasil, com importantes conquistas como o tricampeonato no prêmio Brasil Inovação, promovido pelo jornal Valor Econômico em julho, e o tricampeonato no Empresas Mais, do jornal O Estado de S.Paulo, ambos na categoria Indústria Farmacêutica; além do primeiro lugar entre as farmacêuticas no prêmio Época Negócios 360º e da terceira posição no ranking da revista Exame Melhores & Maiores entre as empresas do setor.

"O reconhecimento da sociedade é um importante indicador de que nossos esforços estão concentrados na direção correta. Gerar e compartilhar valor com a sociedade por meio da oferta de produtos e serviços de qualidade é parte da nossa missão de levar mais vida às pessoas onde quer que elas estejam", diz Paulo Nigro, presidente do Aché. "Estes prêmios nos deixam bastante satisfeitos e é o resultado do trabalho dos 4.600 colaboradores que formam a Geração Aché", conclui o executivo.

Sobre o Aché Laboratórios

O Aché é uma empresa 100% brasileira com mais de 50 anos de atuação no mercado farmacêutico que tem como propósito levar mais vida às pessoas onde quer que elas estejam. Conta com três complexos industriais: em Guarulhos (SP), São Paulo (SP) e Londrina (PR) e participação na Melcon do Brasil, no Laboratório Tiaraju e na Bionovis, joint-venture brasileira dedicada à pesquisa e desenvolvimento de medicamentos biotecnológicos. Emprega 4.600 colaboradores e possui uma das maiores forças de geração de demanda e de vendas do setor farmacêutico no Brasil. Para atender às necessidades dos profissionais da saúde e consumidores, o Aché oferece um portfólio com 326 marcas em 804 apresentações de medicamentos sob prescrição, genéricos e MIP (isentos de prescrição), além de atuar nos segmentos de dermocosméticos, nutracêuticos, probióticos e biológicos. Ao todo, são 142 classes terapêuticas e 25 especialidades médicas atendidas. Com a internacionalização, a empresa fechou acordo de exportação para 20 países das Américas, África e Ásia.

Em 2017, 2016 e 2015, o Aché ficou em 1º lugar na categoria Farmacêuticas e Ciências da Vida do prêmio Inovação Brasil do jornal Valor Econômico, em parceria com a consultoria Strategy&. Em 2017, pela 1ª vez, ficou entre as 10 empresas mais inovadoras do Brasil. Também em 2017, ficou em 1º lugar na categoria Farmacêutica no prêmio Época Negócios 360º – As Melhores Empresas do Brasil. Conquistou o 1º lugar na categoria Indústria Farmacêutica na 14ª edição do estudo Empresas que Mais Respeitam o Consumidor. Em 2016 e 2015, conquistou a 1ª colocação do setor no Prêmio Empresas Mais, pelo jornal O Estado de S. Paulo e pela Fundação Instituto de Administração (FIA), ligada à Universidade de São Paulo.

www.ache.com.br

Novartis lança programa de estágio em São Paulo

Setembro 21, 2017 Publicado por Marina Shimamoto Publicado em Carreiras e Cursos Novartis lança programa de estágio em São Paulo

A Novartis lançou na quarta-feira (20/9) o programa de estágio para a unidade da companhia na Zona Sul da capital de São Paulo. O programa oferece 19 vagas para estudantes de Administração, Economia, Marketing, Comunicação, Publicidade e Propaganda, Direito, Farmácia e Engenharia de Produção. O tempo do programa de estágio é de dois anos.

As inscrições vão até 16 de outubro e podem ser realizadas no site da Cia de Talentos. Entre os requisitos para a candidatura estão inglês avançado e formação entre dezembro de 2018 e dezembro de 2020.

Segundo Valeria Carmignani Barbosa, diretora de Recursos Humanos da Novartis, o programa de estágio está conectado ao propósito da companhia de vencer pelos pacientes. “Buscamos preparar estagiários e profissionais para fazerem a diferença no mundo, sempre com foco na nossa missão de descobrir maneiras de melhorar e prolongar a vida das pessoas por meio de inovação baseada em ciência”, afirma Valeria.

Data para inscrições: de 20/9 a 16/10
Inscrições: Cia de Talentos
Requisitos: Inglês avançado e formação entre 12/2018 e 12/2020
Localidade: São Paulo (capital)
Salário: R$1.670,00 (1° ano de estágio); R$1.830,00 (2° ano de estágio)

(Redação – Agência IN)

Especialistas explicam desafio de novos registros

Inserção de produtos de outros países teve como debatedores Varley Sousa, da GGMED, e Larry Liberti, do CIRS, centro inglês para inovação em ciência regulatória.

Por: Ascom/Anvisa
Publicado: 21/09/2017 15:09
Última Modificação: 21/09/2017 16:57

O gerente-geral de Medicamentos da Anvisa, Varley Sousa, e Larry Liberti, diretor-executivo do Centre for Innovation in Regulatory Science (CIRS), centro para inovação em ciência da regulação com sede em Londres, explicaram na manhã de hoje (21/9), na Semana do Conhecimento, quais são os recursos por meio dos quais as agências reguladoras aprovam medicamentos inovadores quando estes produtos já têm registro em outros países.

Sousa e Liberti foram os palestrantes da mesa redonda que teve como tema “Facilitando a revisão de novos medicamentos através das de avaliações baseadas em risco: como um processo de estratificação pode ser utilizado para conseguir o uso efetivo de recursos”.

“Vejamos o caso de Singapura (Ásia), que aplica um check list em cima do medicamento já aprovado em outros mercados e consegue colocar o produto no mercado em 60 dias, enquanto que, quando ela começa do zero, o mesmo processo pode consumir 180 dias”, exemplificou Larry Liberti.

O diretor do CIRS falou ainda sobre a agência reguladora da Argentina (ANMAT), que aceita o parâmetro adotado por outra agência com a qual tenha estabelecido uma proximidade regulatória para acatar a análise de registro de medicamento feito por outro país.

Outro modelo de inserção de medicamentos citado por Liberti foi o relatório consolidado, adotado por quatro países da África – Zâmbia, Zimbábue, Botsuana e Namíbia -, nominado, pelas iniciais destes países, de ZaZiBona. Este modelo determina que todo processo de registro de um medicamento já registrado no exterior deve consumir nove meses, dos quais a empresa responsável pelo produto tem um tempo total de três meses para responder aos questionamentos das autoridades regulatórias.

Mas Liberti explicou que a necessidade de celeridade na análise destes medicamentos novos ou inovadores não é característica apenas de países de baixa renda ou em desenvolvimento. “Nos EUA, existe um decreto recente que transfere para o Congresso daquele país a possibilidade de deferir a análise de risco de um medicamento caso o FDA extrapole o prazo para concessão de registro do produto”.

Varley Sousa disse que a Anvisa ainda não aceita, automaticamente, o registro feito entre outros países, embora ressalte que, para a Agência, a análise de risco de autoridades regulatórias que atuam com critérios igualmente rigorosos, como o FDA, norte-americana, ou a EMA, agência da Comunidade Europeia, tenha grande peso.

Sousa falou também sobre o esforço da Anvisa para resolver o passivo da fila de registro de medicamentos, conforme determina a Lei 134112016. Ele disse que os medicamentos da fila foram divididos em quatro grupos, um dos quais engloba genéricos e similares, para agilizar o registro. Varley Sousa citou também as novas normas e providências administrativas da Agência voltadas a reduzir filas.

Eurofarma lança medicamento inovador para o tratamento da asma

Produto reúne duas moléculas em uma única cápsula

São Paulo, setembro de 2017 – A Eurofarma, primeira farmacêutica multinacional de capital 100% nacional, está lançando um medicamento inovador para o tratamento da asma. Trata-se do Lugano, uma opção moderna para o controle da doença que combina dois fármacos altamente eficazes em uma única cápsula.

Em sua formulação, o medicamento reúne duas moléculas já utilizadas separadamente no combate à doença. São elas a fluticasona (corticoide inalatório com alta potência anti-inflamatória) e formoterol (broncodilatador com ação rápida e de longa duração). “Há algum tempo, vínhamos percebendo uma carência por um tratamento que conseguisse associar essas duas moléculas consagradas em uma única cápsula inalatória. Lugano é inovador por ser o único produto do mundo a unir esta combinação nessa forma farmacêutica preferida para tratar a asma ”, afirma Luciane Garcia, Gerente de Produtos da Eurofarma.

A asma é uma das doenças crônicas mais comuns no mundo. Estima-se que existam 300 milhões de pessoas afetadas e pelo menos 20 milhões de asmáticos no Brasil. A doença também é uma das principais causas de absenteísmo no trabalho e na escola.

Um estudo sobre o controle da asma relata que 91% dos pacientes brasileiros estão parcialmente controlados e não controlados de acordo com os critérios da GINA (Aliança Global contra a Asma), sendo que três pessoas morrem por dia em decorrência da gravidade da asma. Os custos com assistência médica para tratamento do problema são muito altos:

•Nos países em desenvolvimento, os custos provavelmente aumentarão devido à prevalência cada vez maior de asma.
•A asma mal controlada é dispendiosa.
•No entanto, investimentos em medicação de prevenção podem reduzir os custos com tratamento de emergência.

Indicado para tratar adultos e crianças acima de 12 anos, Lugano possui efeito broncodilatador rápido e de longa ação, o que melhora os sintomas e garante eficácia até a próxima dose. “Lugano é uma nova associação de uso inalatório para o tratamento da asma, desenvolvido pela Eurofarma, para atender uma necessidade dos médicos brasileiros”, diz Laura Pinheiro, Diretora Médica da Eurofarma. “O estudo original realizado com pacientes de três regiões do Brasil – Nordeste, Sudeste e Sul – demonstrou a eficácia e segurança da combinação e seu início de ação mais rápido, o que pode refletir em um impacto positivo na adesão dos pacientes”, conclui.

A asma não tem cura, mas seu tratamento ajuda a controlar os sintomas, prevenir limitação crônica ao fluxo aéreo, permite a realização de atividades normais (trabalho, escola e lazer), manter a função pulmonar normal ou a melhor possível, evitar crises e hospitalizações, além de prevenir os óbitos decorrentes da doença.

Sobre o Grupo Eurofarma
Primeira multinacional farmacêutica de capital 100% brasileiro, a Eurofarma tem 45 anos de existência, 6.500 colaboradores e está presente com operações próprias em 20 países da América Latina.
Com 12 plantas fabris na região, a empresa conta com mais de 280 produtos em seu portfólio. Em 2016, produziu mais de 290 milhões de unidades e atingiu receita de R$ 3,3 bilhões, valor 15,7% superior ao na anterior. O grupo investe aproximadamente 5,5% de suas vendas líquidas em Pesquisa & Desenvolvimento e mantém em seu pipeline mais de 175 projetos.

Sobre a Eurofarma Brasil
Considerada uma das melhores empresas para se trabalhar segundo o Great Place to Work, é também considerada a farmacêutica mais sustentável do país pelo Guia Exame de Sustentabilidade. Com atuação nos principais segmentos farmacêuticos: Prescrição Médica, Genéricos, Hospitalar, Oncologia, Veterinária, Licitações e Serviços a Terceiros, a Eurofarma detém a maior força de propaganda médica do Brasil. Ao todo, são mais de 2 mil representantes que fazem cerca de 450 mil contatos médicos/mês. Está entre as quatro maiores farmacêuticas do país e é a 2ª mais prescrita pelos médicos.
Para mais informações, acesse www.eurofarma.com.br

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