Segundo consultorias, setor deve crescer 7,5% este ano; Gesner vê recuperação da economia

Gesner durante sua palestra de perspectivas para a economia em 2018

As consultorias Close-Up e QuintilesIMS projetam para este ano um crescimento de 7,5% do mercado farmacêutico em reais e cerca de 3% em unidades (canal Farma) e entre 6,9% e 9,3% em reais e aproximadamente 3% em unidades em 2018. As análises e expectativas de desempenho do setor foram apresentadas no Fórum Expectativas 2018, realizado pelo Sindusfarma nesta quarta-feira (9). O evento lotou o auditório da entidade e foi assistido pela internet em 17 cidades.

Falando sobre as perspectivas para a economia brasileira, Gesner de Oliveira afirmou que todos os indicadores apontam para a recuperação da economia, mas advertiu que ela será lenta e baseada principalmente em investimentos em infraestrutura. "É uma recuperação diferente da de 2010, que foi rápida e baseada no consumo; esta vai exigir um esforço maior", disse o economista.

Na abertura do Fórum, o presidente executivo do Sindusfarma, Nelson Mussolini, falou do objetivo do encontro, que é contribuir para que as empresas preparem seus planos e orçamentos para 2018. Ele destacou os desafios do setor. "O ano não está fácil", afirmou.

Prêmio Nobel de Química fará palestra na Anvisa

O ganhador do prêmio Nobel de Química de 2004, Aaron Ciechanover, ministra palestra na Anvisa, dia 10 de agosto. Inscrição pelo e-mail cerimonial@anvisa.gov.br.

Publicado: 08/08/2017 17:09

Última Modificação: 08/08/2017 17:57

O ganhador do prêmio Nobel de Química de 2004, Aaron Ciechanover, estará na Anvisa no dia 10 de agosto, às 9h30. Na palestra, ele fará um paralelo entre a descoberta que fez e a medicina personalizada relacionada ao câncer. Ciechanover descobriu a caracterização do método que as células usam para degradação e reciclagem de proteínas por meio do sistema Ubiquitina.

Para participar do evento, que é resultado de uma parceria entre a Diretoria de Regulação Sanitária (Direg) da Anvisa e a empresa AstraZeneca, basta enviar o pedido de inscrição para o e-mail cerimonial@anvisa.gov.br.
Pesquisa

Durante a pós-graduação na Faculdade de Medicina de Technion, Aaron Ciechanover, Avram Hershko e Irwin A. Rose, do Centro de Câncer Fox Chase, na Filadélfia (EUA), descobriram que a ligação covalente de ubiquitina à proteínas-alvo sinalizam sua degradação. Eles decifraram o mecanismo de conjugação, descreveram funções proteolíticas gerais do sistema e propuseram um modelo de acordo com o qual esta modificação serve como um sinal de reconhecimento de uma protease específica.

“Nós descobrimos um sistema que tem como uma de suas maiores funções o descarte de dejetos de proteínas do corpo. Este sistema, chamado de sistema ubiquitina, identifica proteínas inúteis e modificadas. Essas são proteínas prejudiciais que devem ser, de maneira seletiva, removidas do corpo, mantendo todos os componentes saudáveis que continuam exercendo suas funções vitais. Esta descoberta está diretamente relacionada ao câncer, pois, se algo dá errado com o sistema e proteínas anormais são acumuladas – como proteínas modificadas que causam câncer– infelizmente, podemos ser acometidos pela doença. O mesmo é verdadeiro para muitas doenças neurodegenerativas como o Alzheimer, em que proteínas que deveriam ser descartadas são acumuladas e levam à destruição de células saudáveis do cérebro” afirma o pesquisador.

A Merck e a Baylor College of Medicine promovem desenvolvimento e fabricação de vacinas para doenças negligenciadas

DARMSTADT, Alemanha, 8 de agosto de 2017 /PRNewswire/ — A Merck, importante empresa de ciência e tecnologia, anunciou hoje que formou uma aliança estratégica com a Baylor College of Medicine (Texas, U.S.) e com sua parceira de desenvolvimento de produtos (PDP — product development partnership) de vacinas, o Centro Hospitalar de Crianças para o Desenvolvimento de Vacinas do Texas (Texas Children's Hospital Center for Vaccine Development ou Texas Children's CVD), para promover pesquisa e desenvolvimento de vacinas para infecções negligenciadas e emergentes.

Merck, Baylor College of Medicine | 08/08/2017 09:00

DARMSTADT, Alemanha, 8 de agosto de 2017 /PRNewswire/ — A Merck, importante empresa de ciência e tecnologia, anunciou hoje que formou uma aliança estratégica com a Baylor College of Medicine (Texas, U.S.) e com sua parceira de desenvolvimento de produtos (PDP — product development partnership) de vacinas, o Centro Hospitalar de Crianças para o Desenvolvimento de Vacinas do Texas (Texas Children's Hospital Center for Vaccine Development ou Texas Children's CVD), para promover pesquisa e desenvolvimento de vacinas para infecções negligenciadas e emergentes.

A colaboração se foca em produzir vacinas através do desenvolvimento, a fim de disponibilizá-las a sociedades carentes. Os especialistas da Merck em desenvolvimento e formulação de processos estão trabalhando com os cientistas do Texas Children's CVD na Baylor para otimizar o processo de fabricação de vacinas, a fim de aumentar a estabilidade e o rendimento das vacinas. Inicialmente, essas atividades visam a esquistossomose, uma doença parasitária fatal, que afeta milhões de pessoas por ano em regiões tropicais e subtropicais.

"Nosso propósito é resolver os problemas mais difíceis na ciência da vida, colaborando com a comunidade científica mundial", disse o membro do Conselho Executivo da Merck e CEO da Life Science, Udit Batra. "A aliança com a Baylor College of Medicine, uma das principais instituições de pesquisa do mundo, é a parceria ideal para promover o desenvolvimento e a fabricação de vacinas. Juntas, iremos apoiar a luta contra doenças infecciosas".

A colaboração inclui treinamento e troca de know-how técnico para processar o desenvolvimento e a formulação, preenchendo lacunas de conhecimento que existem desde a pesquisa e desenvolvimento à fabricação, com um foco nas doenças negligenciadas e emergentes. O dr. Peter Hotez, reitor fundador da Escola Nacional de Medicina Tropical (National School of Tropical Medicine) da Baylor College of Medicine e codiretor da PDP, fez uma apresentação sobre o tópico em um evento da Access to Medicine (Acesso à Medicina) no início do ano em Darmstadt, Alemanha.

"Estamos muito satisfeitos por fazer essa parceria com a Merck, com o objetivo de promover essa importante vacina. Hoje, a esquistossomose é considerada uma das mais devastadoras doenças tropicais negligenciadas, afetando centenas de milhões de pessoas pobres no mundo. Nos sentimos estimulados com a nova colaboração com a Merck para desenvolver essa vacina salvadora de vidas", disse o dr. Hotez.

A vice-diretora do Centro Hospitalar de Crianças para o Desenvolvimento de Vacinas do Texas, dra. Maria-Elena Bottazzi, disse "A troca de conhecimentos científicos nessa parceria irá catalisar e acelerar o desenvolvimento de vacinas muito necessárias contra doenças que afetam os pobres. Isso irá servir como estrutura para o desenvolvimento de capacidades e irá estabelecer autoconfiança no desenvolvimento e fabricação de vacinas em todo o mundo".

Essa colaboração, junto com a recentemente anunciada parceira pública-privada da Merck com o Instituto Australiano de Saúde e Medicina Tropical (Universidade James Cook, Queensland), o órgão de promoção de investimentos do governo australiano, e a Baylor College of Medicine, sustenta o compromisso das partes de promover a pesquisa sobre doenças negligenciadas globalmente.

Sobre a Baylor College of Medicine
A Baylor College of Medicine (www.bcm.edu), em Houston, é reconhecida como um importante centro acadêmico de ciências da saúde e é conhecida pela excelência em educação, pesquisa e tratamento de pacientes. É a única escola de medicina privada na região do Grande Sudoeste e foi classificada no 21o lugar entre as escolas de medicina no quesito pesquisa e 8o lugar em tratamento de saúde primário pela U.S. News & World Report. A Baylor foi classificada em 19o lugar entre todas as escolas de medicina dos EUA para receber financiamento dos Institutos Nacionais de Saúde e em primeiro lugar no Texas. Localizada no Centro Médico do Texas, a Baylor é afiliada a sete hospitais-escola, controla e opera conjuntamente o Centro Médico St. Luke, parte da CHI St. Luke's Health. Atualmente, a Baylor treina mais de 3.000 estudantes de medicina, diplomados, enfermeiras anestesistas, médicos assistentes e estudantes de órteses, bem como médicos residentes e acadêmicos de pós-doutorado.

Em 2011, a Baylor lançou a Escola Nacional de Medicina Tropical que, junto com o Centro Hospitalar de Crianças para o Desenvolvimento de Vacinas do Texas, está liderando um modelo inovador de parcerias para o desenvolvimento de produtos na pesquisa e desenvolvimento de novas vacinas para combater as doenças tropicais negligenciadas do mundo.

Todos os comunicados à imprensa da Merck são distribuídos por e-mail ao mesmo tempo em que são disponibilizados no website da Merck. Por favor, visite www.merckgroup.com/subscribe para se registrar online, mudar suas opções ou suspender esse serviço.

Sobre a Merck
A Merck é uma importante empresa de ciência e tecnologia das áreas de saúde, ciência da vida e materiais de alto desempenho. Cerca de 50.000 empregados trabalham para desenvolver tecnologias que melhoram e expandem a vida — de terapias biofarmacêuticas para tratamento do câncer ou esclerose múltipla, sistemas avançados para pesquisa e produção científica, a cristais líquidos para smartphones e televisores LCD. Em 2016, a Merck gerou vendas de € 15 bilhões, em 66 países.

Fundada em 1668, a Merck é a empresa farmacêutica e química mais antiga do mundo. A família fundadora mantém uma participação majoritária no grupo corporativo de capital aberto. A Merck detém os direitos globais do nome e da marca "Merck". As únicas exceções estão nos Estados Unidos e Canadá, onde a empresa opera como EMD Serono, MilliporeSigma e EMD Performance Materials.

FONTE Merck

Farmacêuticas esperam que terapia genética aumente apesar de fracas vendas na Europa

Internacional por Reuters 08/08/2017 – 13h00

LONDRES (Reuters) – A ciência da terapia genética está finalmente alcançando seu potencial e as farmacêuticas agora estão esperando produzir medicamentos comercialmente viáveis após vendas diminutas dos dois primeiros tratamentos deste tipo na Europa.

Graças aos avanços na entrega de genes para células específicas, mais tratamentos baseados no conserto de DNAs defeituosos em pacientes estão chegando em breve, incluindo os primeiros nos Estados Unidos.

No entanto, as fracas vendas dos dois medicamentos já lançados para o tratamento de doenças ultrarraras na Europa destacam os obstáculos a frente das empresas farmacêuticas em fazer o marketing de produtos novos e extremamente caros para doenças genéticas.

Após décadas de frustrações, as empresas acreditam firmemente que há agora grandes oportunidades de terapia genética no tratamento de condições hereditárias como a hemofilia. Elas argumentam que as terapias que oferecem a cura para doenças intratáveis vão gerar grandes economias no logo prazo em relação aos tratamentos convencionais que cada paciente pode precisar por anos.

Nos últimos cinco anos, os reguladores europeus aprovaram duas terapias genéticas – as primeiras do gênero no mundo, fora da China -, mas apenas três pacientes até agora foram tratados comercialmente.

O tratamento Glybera, da UniQure, para uma doença rara do sangue, está agora sendo retirado do mercado devido à falta de demanda.

O futuro do medicamento Strimvelis, da GlaxoSmithKline, para deficiência de adenosina deaminase (ADA-SCID) – ou doença do "menino da bolha de plástico", na qual os pacientes são altamente vulneráveis a infecções – é incerto, após a empresa ter decidido revisar e possivelmente vender sua unidade de doenças raras.

O medicamento Glybera, que custa cerca de 1 milhão de dólares por paciente, foi usado apenas uma vez desde a aprovação em 2012. O Strimvelis, que custa cerca de 700 mil dólares, teve duas vendas desde sua aprovação em maio de 2016, com mais dois pacientes a serem tratados no final deste ano.

"É decepcionante que tão poucos pacientes tenham recebido terapia genética na Europa", disse o chefe de consultoria médica da KPMG, Hilary Thomas. "Isso mostra os desafios do negócio e os problemas enfrentados pelos sistemas de saúde com financiamento público em lidar com um tratamento único muito caro".

Estas duas primeiras terapias são para condições excepcionalmente raras – a GlaxoSmithKline estima que há apenas 15 novos casos de ADA-SCID na Europa – mas ambos os medicamentos devem abrir caminho para produtos maiores.

A ideia de usar vírus geneticamente modificados para fornecer genes saudáveis tem alimentado experimentos desde a década de 1990. O progresso foi atrasado pela morte de um paciente e casos de câncer, mas agora os cientistas aprenderam a tornar a entrega viral mais segura e eficiente.

(Por Ben Hirschler)

REUTERS NS RBS

Prati-Donaduzzi marca presença em evento da indústria farmacêutica

Encontro Farmarcas acontece nesta semana em São Paulo.

Entre os dias 9 e 12 de agosto, acontece na capital paulista, a Farmarcas – encontro de associados da indústria farmacêutica. E pela segunda vez consecutiva, a Prati-Donaduzzi – maior produtora de medicamentos genéricos do Brasil* – participa do evento com a maior cota de estande.

Serão apresentados aos participantes novidades e tendências do segmento, bem como rodadas de negociação entre os expositores na Feira de Negócios, um dos destaques do evento.

Uma equipe comercial da Prati-Donaduzzi conduzirá a rodada de negociação no stand, recepcionando clientes e convidados. Com sua participação na Farmarcas, a empresa cresceu 46% em 2016, comparado ao ano anterior. Para 2017, a Prati segue otimista e espera superar o percentual alcançado no ano passado.

. Farmarcas 2017, de 9 a 12 de agosto (quarta a sábado), das 09 às 21h, no Espaço Pró-Magno – Centro de Eventos Rua Samaritá, 230 – Casa Verde – São Paulo/SP. *IMS Health MAT Junho/2017 PMB + NRC / Doses Terapêuticas.

A Prati-Donaduzzi, indústria farmacêutica especializada no desenvolvimento e produção de medicamentos genéricos e similares, é a primeira no país a comercializar os medicamentos fracionáveis. Com sede em Toledo, oeste do Paraná, tem mais de 4 mil colaboradores e possui um dos maiores portfólios de medicamentos genéricos do Brasil. Produz, em média, 12 bilhões de doses terapêuticas por ano.

ESPM e Sindusfarma: pós em Gestão de Negócios no RJ

Como forma de expandir a parceria criada há 4 anos, a Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e o Sindusfarma lançaram, no Rio de Janeiro, a 1ª turma do curso de pós-graduação em Gestão de Negócios no Mercado Farmacêutico. As vagas são limitadas a 40 alunos e as inscrições estão abertas até o próximo dia 1º/9. Os funcionários de empresas associadas ao Sindusfarma contam com desconto na mensalidade.

O processo de inscrição é feito apenas pelo canal on-line. Após o preenchimento da ficha de pré-inscrição os candidatos receberão um link para completar o processo seletivo composto por duas etapas: informação dos dados cadastrais e um descritivo das experiências e propósitos profissionais. Com aulas as segundas-feiras e um sábado por mês, o curso conta com uma carga de 360 horas divididas em quatro semestres. As aulas terão início no dia 11/9. Os alunos possuem três tipos de parcelamentos diferenciados em 27, 31 e 37 vezes. As matrículas realizadas até 22/8 serão de R$ 900,58.

Disciplinas

Algumas das disciplinas do programa são: Marketing, Gestão de Operações, Gestão Financeira, Técnicas de Negociação, entre outras.

Parceria

Criada há quatro anos a parceria ESPM-Sindusfarma já formou quatro turmas com a quinta e a sexta em andamento.

Mais informações na central de relacionamento da ESPM-RJ pelos telefones (21) 2216-2069 ou (21) 2216-2085 e pelo e-mail: secposrj@espm.br

Aché Laboratório celebra formatura de jovens aprendizes

Terça, 08 Agosto 2017 14:41

Alunos aprenderam sobre universo de farmácias

O Aché Laboratório realizou na segunda-feira última (31 de julho), a cerimônia de formatura dos 60 jovens aprendizes no curso “Atendimento ao Cliente de Farmácia”, em sua sede, em Guarulhos (SP).

O projeto, fruto da parceria do laboratório com as farmácias Raia Drogasil e o Instituto Ser +, promove o desenvolvimento pessoal, social e profissional de jovens em vulnerabilidade social. As aulas foram ministradas por profissionais voluntários da farmacêutica, dentro da própria empresa.

A grande, de 42 horas-aula, foi dividida em dez módulos sobre atendimento ao cliente de farmácia, conduta ética e legislação aplicada ao ponto de venda, passando por cálculo, logística e organização da farmácia até conteúdos mais técnicos, como classificação de medicamentos, farmacocinética e farmacodinâmica.

Fonte: Assessoria de Imprensa Aché (CDI Comunicação)

TCU decide apurar suspensão de contrato envolvendo fábrica de remédio em PE

Para o Ministério Público, suspensão do contrato pode estar relacionada à transferência da produção para Maringá (PR), reduto político do ministro da Saúde, Ricardo Barros, que nega.

Por Fábio Amato, G1, Brasília

09/08/2017 05h00

O Tribunal de Contas da União (TCU) vai investigar uma decisão do Ministério da Saúde que suspendeu o contrato de parceria entre o laboratório irlandês Shire e a estatal Hemobrás. O contrato prevê transferência de tecnologia para a produção, em Pernambuco, de um medicamento para um tipo de hemofilia.

A investigação visa apurar se houve irregularidade na decisão, que pode ter relação com a construção de uma outra fábrica, na cidade de Maringá, no Paraná, base eleitoral do ministro da Saúde, Ricardo Barros.

O ministro negou ao G1 que a suspensão esteja ligada à fábrica de Maringá. Segundo ele, a suspensão foi determinada porque o acordo entre Shire e Hemobrás não está sendo cumprido ().

Em despacho assinado nesta terça-feira (8), o ministro do TCU Vital do Rêgo pede que o Ministério da Saúde esclareça a decisão, tomada no mês passado. Depois de receber a resposta, o tribunal pode suspender os efeitos da decisão do ministério.

Fábrica em Pernambuco

O acordo entre Hemobrás e Shire foi assinado em 2012 e tem validade de dez anos. Prevê a ampliação da fábrica da estatal em Goiana, Pernambuco, para abrigar o estrutura onde o medicamento, chamado de Fator VIII Recombinante, passaria a ser produzido no Brasil.

Além disso, o acordo prevê a transferência para a Hemobrás da biotecnologia necessária para a produção do medicamento. A previsão é que, com isso, o Brasil passaria a ser autossuficiente na fabricação desse remédio, do qual dependem mais de 10 mil pessoas no país, atualmente.

O pedido para abertura da investigação partiu do Ministério Público junto ao TCU. A procuradoria, de acordo com o despacho de Vital do Rêgo, aponta que o Ministério da Saúde "não apresentou elementos suficientes para decidir pela suspensão" do acordo e que ela pode trazer prejuízos financeiros, como a "perda dos recursos já aplicados" além de gastos com multa e indenização que "seriam despendidos com a ruptura unilateral do termo de compromisso firmado."

O MP cita ainda que a decisão estaria ligada a "uma possível tratativa daquele ministério para a construção de outra fábrica de hemoderivados em Maringá/PR, em parceria com outra empresa."

O G1 questionou a Hemobrás sobre o valor do contrato com a Shire, mas a estatal respondeu que a informação é confidencial.

A possibilidade de perder a planta de Recombinante causou protesto da bancada de deputados de Pernambuco.

Ministro nega irregularidade

Em entrevista ao G1, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, negou que a suspensão esteja relacionada à construção da fábrica em Maringá.

De acordo com o ministro, a planta, uma parceria entre o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) e o laboratório suíço Octapharma, vai ser construída independente da transferência da produção do Fator VIII Recombinante de Goiana para Maringá.

Ele informou que Tecpar e Octapharma procuraram o ministério para propor um investimento de US$ 500 milhões no Brasil, que, além da fábrica de Maringá, incluiria repasses para concluir uma parte da fábrica de Goiana – dedicada a fracionamento de sangue, não ao Recombinante.

Ainda de acordo como ministro, apesar de ter sido assinado em 2012, o contrato entre Hemobrás e Shire não está sendo cumprido. Após a suspensão, disse Barros, a Shire propôs investir US$ 300 milhões na fábrica de Goiana.

"Eu fiz uma proposta [apresentada pela Tecpar-Octapharma] para resolver o problema da Hemobrás. Não estou defendendo nada", disse o ministro.

Segundo ele, a palavra final sobre qual proposta será aceita – se a da Tecpar-Octapharma ou a da Shire – será do conselho da Hemobrás.

Barros também afirmou que não se preocupa com a investigação do TCU. "Está tudo absolutamente em ordem e dentro da lei. Somos muito rigorosos em cumprir os contratos", disse.

Sanofi vê chance de alcançar rivais em corrida contra câncer

08/08/2017 – 13h51

James Paton Bloomberg

(Bloomberg) — Sanofi, a companhia farmacêutica que ficou para trás na corrida para desenvolver uma nova geração de remédios contra o câncer, vê uma oportunidade de alcançar concorrentes de peso depois dos obstáculos enfrentados por alguns deles, como a AstraZeneca e a Bristol-Myers Squibb.

O laboratório quer ser o próximo a levar ao mercado um tratamento primário para pacientes com câncer de pulmão em uma classe de imunoterapias conhecidas como inibidores PD-1, disse Elias Zerhouni, presidente de pesquisa e desenvolvimento globais, em entrevista por telefone na sexta-feira. Atualmente, Keytruda, da Merck & Co., é o único tratamento de primeira linha aprovado, após obter autorização em maio para tratar a forma mais comum da doença.

As ambições da Sanofi refletem uma possível mudança em um mercado de remédios cada vez mais cheio que deve gerar US$ 25 bilhões em vendas em poucos anos. O surpreendente fracasso da AstraZeneca no mês passado – um ano depois de um revés parecido da Bristol-Myers – mostra que os primeiros remédios a sair talvez não ganhem a disputa, e os médicos pressionam por mais pesquisas. Merck e Roche Holding estão entre os líderes atuais, mas vários laboratórios, como Pfizer e Novartis, estão criando tratamentos para aproveitar o sistema imunológico.

"Não é uma corrida até uma meta e pronto, você ganhou", disse Zerhouni. "O campo da imuno-oncologia atravessará turbulências e mudanças de posição nos próximos 20 anos."

Riscos

Há muito em jogo para as empresas que desenvolvem os remédios mais avançados. As ações da AstraZeneca sofreram a maior queda da história, que apagou US$ 14 bilhões do valor de mercado em um único dia quando a empresa divulgou o estudo malsucedido. No caso da Bristol-Myers, decepções com seus principais remédios contra o câncer ajudaram a apagar mais de um quinto do valor de mercado ao longo de um ano e alimentaram a especulação sobre uma possível venda da empresa.

Um teste avançado que avalia o tratamento da Sanofi para o câncer de pulmão começou em maio, segundo a empresa com sede em Paris, que está desenvolvendo o tratamento com sua sócia americana, a Regeneron Pharmaceuticals. O teste pode demorar quatro anos para terminar, segundo um documento apresentado. A Sanofi também pretende solicitar no primeiro trimestre de 2018 a aprovação dos órgãos reguladores dos EUA para o tratamento de uma forma de câncer de pele.

"Estamos tentando alcançar o ritmo e obter resultados iguais, ou até melhores", disse Zerhouni. "Além disso, temos tratamentos combinados que, esperamos, nos permitirão dar um salto gigantesco em algumas áreas."

A Sanofi está empenhada em revigorar sua divisão de oncologia, que era impulsionada por grandes sucessos como Taxotere e Eloxatin, mas observou uma queda nas vendas quando as patentes dos remédios venceram. Uma das iniciativas da empresa foi uma tentativa de comprar a Medivation, uma fabricante americana de medicamentos contra o câncer, no ano passado, mas a empresa perdeu para a Pfizer.

Sindusfarma lança em São Paulo manual sobre matérias-primas para fornecedores

O manual “Qualificação de Fornecedores – Matérias-primas Farmacêuticas”, publicado pelo Sindusfarma, será lançado oficialmente em São Paulo no próximo dia 14, no auditório da entidade. A obra foi apresentada no Simpósio Novas Fronteiras Farmacêuticas, realizado em Brasília em junho.

A edição revisada do manual da Gerência de Boas Práticas e Inovação, apresenta os procedimentos e práticas que a indústria deve adotar para assegurar que as instalações, métodos e processos, sistemas e controles sejam usados durante a produção, armazenamento e distribuição dos insumos, que garantam a excelência na fabricação de medicamentos.

Mais informações com Vanessa Vicente pelo telefone (11) 3897-9779 ou pelo e-mail: vanessa@sindusfarma.org.br