Priorização de registro de medicamentos vai a CP

Proposta dá ênfase ao acesso das pessoas a um desfecho terapêutico relevante e à melhoria significativa da segurança, da eficácia ou da adesão aos tratamentos.

Por: Ascom/Anvisa
Publicado: 26/07/2017 11:11
Última Modificação: 26/07/2017 19:20

A Diretoria Colegiada da Anvisa aprovou, nesta terça-feira (25/7), consulta pública para regulamentação de priorização de análise de petições de registro e pós-registro de medicamentos. A proposta estabelece critérios objetivos para o enquadramento da priorização de análise por parte da Agência, dando ênfase ao acesso das pessoas a um desfecho terapêutico relevante e à melhoria significativa da segurança, da eficácia ou da adesão aos tratamentos.

De acordo com o diretor-presidente da Anvisa, Jarbas Barbosa, “trata-se de um aperfeiçoamento da antiga regra de priorização (Resolução RDC 37/2014), em que fica mais enfatizada a simplificação dos critérios de priorização e um foco fundamental na garantia do acesso naqueles medicamentos que, por ventura, se destinarem a grupos de doenças que não têm alternativa terapêutica ou que não tenham alternativa terapêutica adequada”. “A proposta promove o que eu creio que seja o objetivo fundamental de um processo de priorização, que é fazer com que, nos casos em que haja evidente melhoria, evidente benefício, evidente ampliação de acesso, esses devam ser os critérios principais para garantir a priorização”, afirmou o diretor-presidente.

Dentre os critérios que serão utilizados para definir um medicamento como prioritário, destacam-se medicamentos para doenças negligenciadas, emergentes ou reemergentes, emergência em saúde pública ou condições sérias debilitantes, medicamentos destinados à população pediátrica e vacinas a serem incorporadas no Programa Nacional de Imunização. Além disso, medicamentos que apresentem inovação incremental ou inovação radical para insumo farmacêutico ativo fabricado no Brasil.
Responsabilização

Outra novidade, apresentada pela proposta, é uma maior responsabilização do setor regulado no pedido de priorização de análise. Quando da etapa de peticionamento do registro pós-registro ou anuência em pesquisa clínica, caberá à empresa verificar se seu pedido atende aos critérios de enquadramento, e no momento de petição, já indicar que a petição é prioritária. Assim, o processo já se inicia com o rito prioritário de análise.

Se no momento da análise técnica o pedido não atender aos requisitos de priorização ou se houver ausência de documentos exigidos na legislação vigente, a petição será indeferida. Nesses casos, um novo pedido de registro, de acordo com o rito ordinário, deverá ser iniciado pela empresa.

Em 2016, das 233 solicitações de priorização, 135 foram indeferidas, ou seja: quase 58%. “Com a edição da nova norma, com requisitos mais específicos de priorização, espera-se que esse número seja reduzido”, disse Jarbas Barbosa.

A proposta de Anvisa atende à entrada em vigor da Lei 13.411/2016, que criou prazos e os enquadramentos “ordinária” e “prioritária” para as petições de registro e pós-registro, exigindo a regulamentação de critérios para a priorização de análise técnica. A consulta pública ficará aberta para participação da sociedade por 60 dias após publicação no Diário Oficial da União, que deve ocorrer nos próximos dias.

Prati-Donaduzzi apoia Centro de Educação Profissional em BioCiências

26 de julho de 2017 Ray Santos

Empreendimento leva cursos técnicos para a região de Toledo

No próximo dia 31 de julho iniciam-se as aulas do primeiro curso técnico em Farmácia, ministrado no Centro de Educação Profissional em BioCiências – CEPBio. A instituição agrega mais um projeto de implantação do Biopark, Parque Científico e Tecnológico de Biociências.

O CEPBio apresenta-se como alternativa educacional pela exigência de soluções na área da saúde, qualificando profissionais que atendam as tendências da indústria, acompanhando os avanços científicos e tecnológicos de Toledo e região. O sistema de ensino técnico utilizado no CEPBio tem origens no modelo alemão, onde há forte relação entre a teoria e prática além de profunda imersão no ambiente de trabalho.

O processo de construção do projeto pedagógico foi acompanhado pelo Núcleo Regional de Educação da cidade de Toledo e apoiado pela Secretaria Estadual de Educação assegurando a certificação dos profissionais formados tendo como características principais:

• Habilitação profissional: Técnico em Farmácia;
• Eixo tecnológico: Ambiente e Saúde;
• Carga horária: 1200 horas + 120 horas de estágio supervisionado;
• Regime de matrícula: Semestral;
• Requisitos de acesso: portadores de certificado de conclusão do ensino médio;
• Modalidade de oferta: subsequente ao ensino médio, presencial;
• Número de vagas: 30 vagas
• Investimento mensal: R$ 100,00

“O CEPBio terá como diferencial o investimento no potencial inovador do aluno, possibilitando a ampliação do conhecimento em diversas áreas da indústria farmacêutica englobando desde os processos principais de fabricação, bem como as áreas que envolvem a cadeia farmacêutica como desenvolvimento de embalagens até os estudos de bioequivalência”, afirma Rubia Porsch, gerente geral do Biopark.

O CEPBio tem como objetivo principal formar profissionais diferenciados e socialmente responsáveis, construir o conhecimento e promover o desenvolvimento tecnológico e científico, contribuindo para o desenvolvimento regional e nacional. “Iniciaremos as atividades com o curso especializado em Farmácia, mas nosso planejamento estratégico contempla mais cursos técnicos e a criação de uma universidade”, completa Rubia.

O profissional técnico em Farmácia estará apto, segundo o Catálogo Nacional de Cursos Técnicos, a realizar operações farmacotécnicas, identificando e classificando os diferentes tipos de produtos e de formas farmacêuticas, sua composição técnica e na preparação da manipulação das diversas formas farmacêuticas alopáticas, fitoterápicas e homeopáticas, assim como de cosméticos, sob a supervisão do farmacêutico. Esse profissional executará as rotinas de compra, armazenamento e dispensação de produtos, além do controle e manutenção do estoque de produtos e matérias-primas farmacêuticas. Atenderá também as prescrições médicas dos medicamentos. Ele apreenderá como utilizar técnicas de atendimento ao cliente, orientando-o sobre o uso correto e a conservação dos medicamentos.

Serviços:
CEPBio – Centro de Educação Profissional em BioCiências
Local: Av. Egydio Geronymo Muranetoo, S/N, KM 3 César Park
Telefone: (45) 2103-5822

Sobre o Biopark

Com uma estrutura total de 4 milhões de metros quadrados, o maior Parque Tecnológico de Biociências do Brasil será instalado em Toledo, e transformará a região Oeste do Paraná em um polo de pesquisa, desenvolvimento empresarial e inovação tecnológica voltados para a biociência. A estrutura, com mais de 3 mil terrenos, já conta com um espaço reservado para universidades, hospitais, incubadoras, indústrias e áreas comerciais e residenciais. Com um investimento inicial de R$ 100 milhões, doados pelos idealizadores do projeto Luiz Donaduzzi e Carmen Donaduzzi, fundadores da indústria farmacêutica Prati-Donaduzzi, o Biopark vai gerar mais de 30 mil empregos em diversas áreas.

Sobre a Prati-Donaduzzi

A Prati-Donaduzzi, indústria farmacêutica especializada no desenvolvimento e produção de medicamentos genéricos e similares, é a primeira no país a comercializar os medicamentos fracionáveis. Com sede em Toledo, oeste do Paraná, tem mais de 4 mil colaboradores e possui um dos maiores portfólios de medicamentos genéricos do Brasil. Produz, em média, 12 bilhões de doses terapêuticas por ano.

Fonte: ADS Counicação Corporativa

Os meios de prevenção da aids se ampliam

Quando se é soronegativo, uma das maneiras de diminuir o risco de contágio pelo HIV é seguir um tratamento antirretroviral, conhecido como Profilaxia Pré-exposição (PrEP) – AFP/Arquivos

AFP
26.07.17 – 16h25

Como mostram vários estudos apresentados na conferência internacional de pesquisa sobre o HIV em Paris, os meios de prevenção da aids já não se limitam ao uso de preservativos.

. Medicamentos para prevenção

Quando se é soronegativo, uma das maneiras de diminuir o risco de contágio pelo HIV é seguir um tratamento antirretroviral, conhecido como Profilaxia Pré-exposição (PrEP).

Vários estudos demonstraram a eficácia deste método para evitar contágios, tanto se o tratamento for contínuo (um comprimido de Truvada ao dia) como se for apenas no momento das relações sexuais.

Esta opção é proposta de forma prioritária às comunidades de alto risco, como os homossexuais que mantém relações sem proteção ou os trabalhadores do sexo.

Até agora, o tratamento era administrado com comprimidos. Mas na terça-feira na conferência de Paris foi apresentado um novo método: uma injeção bimestral. E os pacientes parecem tolerar bem o medicamento injetado, o cabotegravir, segundo os primeiros resultados de um estudo.

Raphael Landovitz, pesquisador da Universidade da Califórnia, indicou que serão realizados outros testes para avaliar a eficácia desta substância.

. Tratamento para não contagiar

Em geral, a difusão maciça dos tratamentos antirretrovirais se apresenta como uma das ferramentas de prevenção para deter a propagação da epidemia.

Quando o tratamento é realizado corretamente e funciona, o portador do HIV fica com uma carga viral imperceptível, o que implica que, mesmo se a pessoa continua portando o vírus, este deixa de ser forte o suficiente para se multiplicar ou infectar outra pessoa.

Desde 2011, uma importante pesquisa estudou casais heterossexuais nos quais só um dos membros era soropositivo e demonstrou que o tratamento precoce do companheiro portador reduz em 96% o risco de contágio do outro.

Outro estudo realizado na Austrália, Tailândia e Brasil, e apresentado em Paris, mostra uma eficácia similar em casais de homens.

Uma campanha de informação resume estes resultados com o slogan “U=U”, “undetectable equals untransmittable” (indetectável = intransmissível).

. A circuncisão beneficia também as mulheres

Há uma década se sabe que a circuncisão reduz em cerca de 50% o risco de infecção entre os homens em relações heterossexuais, dado que a parte interna do prepúcio é particularmente permeável ao vírus.

Um novo estudo divulgado esta semana em Paris vai ainda mais longe. “Ter um companheiro circuncisado pode inclusive proteger as mulheres”, explicou Ayesha Kharsany, do centro de pesquisa sobre a aids da África do Sul (Caprisa).

As taxas de proteção neste caso são, porém, menores: as mulheres têm 22% menos risco de contágio de HIV e 15% de contágio de herpes genital se seu companheiro não tem prepúcio.

O motivo não está completamente claro. Não se sabe se isso se deve a que a diminuição do número de homens infectados reduz estatisticamente os riscos para as mulheres ou se a circuncisão realmente desempenha um papel na transmissão do vírus.

Segundo Kharsany, 12 milhões de homens foram circuncisados até hoje na África subsaariana no âmbito de programas de saúde estatais.

. Anel vaginal, um dispositivo promissor?

Inspirado nos anéis utilizados como anticoncepcionais, o anel apresentado esta semana na conferência de Paris se insere na vagina, onde libera progressivamente um fármaco antirretroviral, a dapirivina. Deve ser trocado uma vez por mês.

Ensaios clínicos anteriores estabeleceram que este anel permitia a redução de aproximadamente 30% em média do risco de infecção com o vírus da aids (HIV).

Trabalhos realizados nos Estados Unidos e divulgados esta semana mostram que este método “sem perigo” é “eficaz” em jovens menores de 18 anos.

Este ano começará uma nova pesquisa sobre os efeitos do anel concentrada em adolescentes e jovens mulheres na África, que fazem parte das populações de maior risco.

Cientistas avaliaram medicamento nº 1 para problemas cardíacos

Teste farmacogenético foi realizado em 900 pacientes para estudar metabolismo do Clopidogrel no organismo; 39% teriam ou de alterar a dosagem do remédio ou trocar o medicamento

Fernanda Bassette, Especial para O Estado

27 Julho 2017 | 03h00

Há dois anos, pesquisadores do Instituto de Fisiologia da Universidade de São Paulo (USP) em parceria com o Instituto de Ciência e Saúde do Estado de São Paulo decidiram avaliar se o uso do teste farmacogenético do Clopidogrel era realmente necessário para pacientes com problemas cardíacos e que tinham indicação de uso dessa medicação.

O Clopidogrel é um dos principais casos de sucesso do mercado de medicamentos genéricos. Desde que o produto referência (Plavix, da Sanofi) perdeu sua patente, em 2006, o consumo do medicamento em volume cresceu 565% em 10 anos, de acordo com os dados IMS Health, instituto que audita as vendas do setor farmacêutico.

Segundo Elia Ascer, professor de cardiofisiologia da USP e líder do estudo, a ideia surgiu porque ele começou a perceber que alguns pacientes que usavam o medicamento apresentavam complicações, como tromboses, mesmo usando a droga na dosagem recomendada. Assim, a equipe recrutou pacientes com doenças coronarianas, especialmente aqueles que tinham feito uma angioplastia com uso do stent (dispositivo que mantém as artérias desentupidas), para análise genética por meio do kit caseiro – em que o paciente coleta amostras de DNA raspando por dentro da bochecha e envia para análise técnica.

Ao todo, 900 pacientes foram selecionados e realizaram o teste farmacogenético para avaliar o metabolismo do Clopidogrel no organismo, por meio da análise da enzima CYP2C19. Os resultados surpreenderam o pesquisador: 39% dos pacientes que usavam essa medicação tinham o metabolismo lento ou intermediário, o que significa que teriam ou de alterar a dosagem do remédio ou trocar o medicamento para que o tratamento fosse realmente eficaz.

"O Clopidogrel é um medicamento amplamente utilizado em cardiologia. É basicamente o remédio de primeira opção. O teste farmacogenético é fundamental para evitar que as pessoas tenham problemas durante seu tratamento. Ainda custa caro, mas quando todo mundo fizer, a tendência é que preço caia", afirmou o professor Ascer.

O empresário Adriano Afonso Soeiro, de 70 anos, sofreu um AVC no início deste ano e após a realização de uma série de exames, descobriu que estava com artérias entupidas e precisou colocar 4 stents. Recebeu a indicação do uso do Clopidogrel e decidiu fazer o teste farmacogenético para saber se a medicação seria eficaz para o seu organismo, pois a medicação que ele usava anteriormente não funcionou corretamente.

O exame foi feito em casa, por meio da raspagem da parte interna das bochechas. O resultado demonstrou que ele precisa tomar o Clopidogrel duas vezes por dia para que o efeito no seu organismo seja adequado ao tratamento. "Foi tudo muito simples e eu estou muito bem. Retomei minhas atividades normalmente, inclusive faço academia. Vida normal", afirmou.

Publicado o Anuário Estatístico do mercado farmacêutico

Essa é a primeira edição do Anuário e refere-se ao ano de 2015. Publicação traz informações sobre o mercado de medicamentos no país.

Por: Ascom/Anvisa
Publicado: 25/07/2017 10:14
Última Modificação: 25/07/2017 11:36

Com o objetivo de dar transparência às ações da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no exercício da Secretaria-Executiva, publica a primeira edição do Anuário Estatístico do Mercado Farmacêutico.

O Anuário refere-se ao ano de 2015 e permite que se conheça um dos maiores mercados de medicamentos do mundo, que movimentou, naquele ano, R$ 53,9 bilhões no setor industrial. É possível saber, por exemplo, quais empresas atuaram no mercado nacional, o grau de competitividade no setor, que tipos de medicamentos foram consumidos pelos brasileiros e o volume de recursos movimentados.

Ainda, as 20 empresas/grupos de medicamentos com maior faturamento em 2015, o número de produtos comercializados por empresas e as 20 empresas/grupos de medicamentos genéricos com maior faturamento em 2015, entre outros dados.

O documento traz uma grande quantidade de informações antes restritas ao âmbito interno da CMED ou divulgadas apenas parcialmente.

Com a disponibilização dos dados, espera-se estimular a pesquisa acadêmica e a participação social, nos processos regulatórios e na formulação de políticas públicas, além de promover um ambiente regulatório transparente e propício ao investimento.

As informações foram extraídas do Sistema de Acompanhamento do Mercado de Medicamentos (Sammed), que é a base de dados oficial do mercado farmacêutico brasileiro, mantido técnica e operacionalmente pela Anvisa sob a gestão da CMED.

A CMED é composta pelo Ministério da Saúde (que preside a Câmara), Ministério da Casa Civil, Ministério da Fazenda, Ministério da Justiça e Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Sua Secretaria Executiva (SCMED) é exercida pela Anvisa.
Boletim informativo

Está disponível também o Boletim informativo da Secretaria Executiva da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (SCMED) com os destaques das atividades desenvolvidas pela Secretaria no 1º trimestre de 2017.

Expansão de empresas transforma Pouso Alegre em polo farmacêutico

Nova empresa deve gerar cerca de 600 empregos diretos no município.

Por Jornal da EPTV 2ª Edição, Pouso Alegre, MG

25/07/2017 19h36

O anúncio de uma nova empresa farmacêutica em Pouso Alegre (MG) tem colocado o município em posição de destaque nesse ramo. A expectativa é de que a instalação da nova empresa possa gerar cerca de 600 empregos diretos. A cidade já tem outros três grupos que atuam nessa área.

"Indústria que tem um interesse muito grande por três motivos básicos. O primeiro é [que é] uma indústria que raramente tem crise. O segundo é uma indústria que gera empregos de alto nível e, nisso, a massa salarial que é injetada na cidade todo mês é vultosa. E o terceiro é um produto de alto valor agregado e você tem um recolhimento de ICMS muito alto”, afirma o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Dino Francescato.

Só a Cimed, um dos maiores grupos do setor no país, está presente na cidade há 19 anos e tem 1,8 mil funcionários. A indústria tem capacidade de produção de 30 milhões de unidades de medicamentos por mês. Número que deve dobrar até 2020, com a ampliação da fábrica e a construção de um centro técnico para o lançamento de produtos. Um investimento de R$ 200 milhões, que segundo o diretor de operações industriais, se justifica pela localização da cidade.

"Geograficamente está muito bem localizado, facilita muito essa distribuição. Hoje além de um centro principal de distribuição que nós temos aqui em Boavista, há 20 km daqui, 100% da nossa distribuição segue para esse centro de distribuição, nós temos mais 25 centros de distribuição, praticamente um em cada estado do país. Então daqui segue para esses 25, que por sua vez, atendem 52 mil postos de venda”, explica Charles Mafra.

As obras da nova fábrica que foram anunciadas começam em breve e as atividades devem ser iniciadas no 2º semestre de 2019. Segundo um dos sócios do Grupo Biolab, serão R$ 450 milhões em investimentos para a construção da fábrica, que, a princípio, deve empregar cerca de 600 pessoas. Quando estiver totalmente instalada, a nova fábrica deverá produzir cerca de 200 milhões de unidades de medicamentos por ano.

"Temos uma região com inúmeras faculdades e universidades na área de farmácia, na área de saúde de uma maneira geral. O que disponibiliza no mercado profissionais novos, bem formados. São boas universidades, o que para a indústria farmacêutica, principalmente para uma indústria com o perfil da nossa, é muito importante”, diz Paulo de Castro Marques.

Segundo economistas, a chegada das novas fábricas trará uma grande vantagem para a região, principalmente por causa dos salários.

"Quanto mais dinheiro tem a pessoa, mais ela gasta, mais ela usa serviços, mais ela usa serviços, mais ela tem os seus filhos aprendendo outras línguas, em escola de línguas, escola de balés, ginásticas e tal, o que traz um perfil multiplicador dentro da economia”, afirma Linneu Pedroso de Faria.

Farmacêutica Lilly disputa espaço em setor de medicamentos para diabetes

Coluna do Broad

25 Julho 2017 | 05h00

A farmacêutica norte-americana Lilly quer maior fatia do mercado brasileiro de tratamento de diabetes, que movimenta mais de R$ 2 bilhões ao ano, segundo a Quintiles IMS. Por ora, possui 17%, market share conquistado após lançar, há nove meses, o medicamento Trulicity, que diminui o nível de glicose no sangue e o único no País com administração semanal. A líder do setor de terapias injetáveis atualmente é a dinamarquesa Novo Nordisk.

Anvisa aprova registro de novo medicamento para controle de diabetes

O endocrinologista Dr. Walmir Coutinho fala ao Revista Brasil sobre os medicamentos disponíveis e as formas de tratamento e controle da doença

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o registro de mais um medicamento para controle do diabetes tipo 2. O Soliqua será fornecido com uma caneta aplicadora e é composto por duas moléculas na formulação: a insulina glargina e a lixisenatida. O medicamento deverá ser usado em adultos para melhorar o controle glicêmico quando outras opções de tratamento não estejam mais funcionando. Para falar sobre o tema o Revista Brasil conversou com o Doutor Walmir Coutinho, endocrinologista e diretor do Departamento de Medicina da PUC-Rio.

Atualmente, são 14 milhões de pessoas com diabetes no Brasil – cerca de 9% da população. De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, metade delas ainda não foi diagnosticada. Diabetes mellitus do tipo 2 é a mais comum e representa 90% dos casos. "O tratamento mais eficaz para controle da glicose é uso da insulina. mas a insulina usada isoladamente pode levar ao ganho de peso", explica o médico. "O que se mostrou com a combinação da insulina com essa nova molécula é que você pode com uma simples injeção diária você pode controlar a glicose sem ganhar peso".

O especialista alerta, por outro lado, que aliado aos medicamentos os portadores de diabetes nunca podem esquecer os benefício advindos de um estilo de vida adequado. "Está provado que o diabético com simples exercícios de leve intensidade pode inclusive diminuir o risco de morrer em decorrência da doença", esclarece.

Vacina da dengue em teste estima 85% de eficácia

Resultados preliminares indicam, ainda, baixos efeitos colaterais à imunização. Testes acontecem há um ano

01:00 · 26.07.2017 por Renato Bezerra – Repórter

Um ano após o início da terceira e última etapa dos testes para a viabilização da vacina contra a dengue, mais de 700 pessoas foram imunizadas no Ceará, de um total de 1.200 que participarão dos ensaios clínicos. Apesar de dados ainda preliminares, os resultados até o momento indicam uma eficácia de 85% na proteção aos quatro sorotipos da doença. No Estado, os testes são realizados pelo Núcleo de Medicina Tropical da Universidade Federal do Ceará (UFC), um dos 14 centros de estudos credenciados pelo Instituto Butantan para o desenvolvimento do projeto da vacina.

Os voluntários imunizados no início dessa etapa, no entanto, serão monitorados por mais quatro anos, somando os cinco necessários para o monitoramento até que a vacina seja liberada para produção e distribuição ao Sistema Único de Saúde (SUS). Para o infectologista Ivo Castelo Branco, pesquisador responsável pelos testes no Estado, as perspectivas de aprovação da vacina são boas, com baixo registro de efeitos colaterais. "São pouquíssimas reações e praticamente efeitos de qualquer tipo de vacina. As vezes a pessoa pode ter uma dor de cabeça, vermelhidão no corpo, febre baixa e sequer precisa de medicação", explica o pesquisador.

Todos os voluntários já imunizados no Ceará fazem parte do grupo de adultos entre 18 e 59 anos de idade. Atualmente, segue em andamento a vacinação do grupo entre 2 e 17 anos. Segundo o infectologista, não está descartado a possibilidade da vacina, que é do tipo subcutânea, ser liberada parcialmente para uma determinada faixa da população, a depender de resultados futuros. "Há princípio, são cinco anos de monitoramento, mas se por exemplo os adultos mostrarem uma eficácia muito grande é possível que em três anos a faixa acima de 18 anos a gente consiga liberar. Essa perspectiva existe, mas isso ainda não está definido", explica.

O médico também destaca como vantagem da vacina em teste, em comparação a já existente, o fato de ser dose única e igualmente eficaz para os quatro tipos da doença. "A outra vacina são três doses e a proteção fica em torno de 30% para a dengue do tipo dois. Juntando os quatro sorotipos a proteção fica em 60%. Você perceber nas vacinas que têm muitas doses, como o HPV, por exemplo, as pessoas tomam, mas um percentual de mais da metade não retorna para a segunda dose, então fica o risco de perder uma vacina caríssima. O fato de ser dose única é uma boa estratégia", comenta.

Encontro

Os representantes dos 14 Centros de estudo da vacina se reunirão no Instituto Butantan, em São Paulo, na próxima segunda-feira (31), para uma avaliação mais detalhada dos resultados. Os testes da fase três, a nível nacional, envolvem 17 mil voluntários em 13 cidades das cinco regiões do País. Com o resultado desse estudo é que a Anvisa pode autorizar o uso da vacina para todo o Brasil.

Em 2017, segundo o mais recente boletim da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), foram confirmados 16.067 casos de dengue no Ceará, atingindo 143 municípios. A maior incidência ocorreu em Acopiara, Alto Santo, Brejo Santo, Farias Brito, Iracema, Quixeramobim, Tabuleiro do Norte, Milagres, Fortaleza e Jaguaribara.

Setor farmoquímico em debate na Fiec

quarta-feira, 26 de julho 2017

Os setores de saúde e químico do Ceará devem ganhar um forte impulso nos próximos anos. Isso porque o ramo industrial estará mais saudável com a chegada da Fiocruz, Biomaguinhos e outras empresas e instituições ao Polo Industrial e Tecnológico da Saúde, situado no município de Eusébio, bem como ao Condomínio Industrial Químico de Guaiúba, ambos na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). Além do fortalecimento da área de inovação e pesquisa com startups de saúde no Instituto de Câncer do Ceará (ICC) e de pesquisa de curas para doenças no Núcleo de Desenvolvimento de Medicamentos da Universidade Federal do Ceará (UFC).

Esse cenário de avanço já foi levado em consideração nas Rotas Estratégicas de Saúde e no roadmapping da mesma ferramenta elaborados pela Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec). Para crescer ainda mais, o setor precisa da integração desses espaços de pesquisa e produção industrial por meio do intercâmbio de informações e ações entre empresários e pesquisadores. Uma oportunidade para isso acontecerá amanhã, a partir das 8h30min, na Fiec, com a realização do Seminário Indústria 4.0 – Saúde e Conectividade. As inscrições estão abertas e as vagas são limitadas aos empresários do setor.

Inovações
O evento abordará inovações tecnológicas e processos de automação nas empresas do setor farmoquímico. As informações apresentadas no evento servirão para a criação de um masterplan para o segmento, como continuidade aos trabalhos da Rota Estratégica de Saúde e o seu roadmapping. Segundo o presidente do Sindquímica, Marcos Soares, o seminário vai mostrar como as empresas de tecnologia, Microsoft e Intel, tratam a indústria de saúde 4.0. Para elas, o futuro do atendimento à saúde dentro dos hospitais, por exemplo, precisa estar conectado e interligado.

Um bom exemplo disso é o prontuário médico digitalizado, que já está em funcionamento em diversas unidades hospitalares pelo Brasil afora. “Essa é nossa intenção de trazer o workshop para mostrar essa revolução tecnológica e pensar em conectar todos os atores do setor de saúde do Estado, como indústria, academia e Governo”, destacou. O evento é uma realização da Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos e Odontológicos (Abimo), com patrocínio da Microsoft, além do apoio da Fiec e do Sindquímica.