Sul-coreano tem a cura para a ressaca

Redação – O Estado de S.Paulo
06/07/2017, 17:20

Empreendedor usou conhecimentos medicinais do seu país para produzir um medicamento que inibe a ressaca

Sisun Lee é um empreendedor sul-coreano que está arrecadando dinheiro para produzir um medicamento que promete ser a 'cura para ressaca'. A fórmula do produto é baseada em remédios tradicionais da cultura do seu país.

A Recuperação Matinal, como foi chamado, é composta de extratos e substâncias orgânicas. O produto deve ser ingerido após a bebedeira, mas antes de dormir. Ele promete te fazer acordar sem os habituais sintomas da ressaca.

A Coreia do Sul tem um dos maiores números de alcoólatras do mundo. Uma sociedade assim exige conhecimentos medicinais capazes de reduzir os efeitos de ressacas consecutivas.

Lee percebeu nos conhecimentos sul-coreanos uma oportunidade de negócios. Como explicou ao portal Mashable: “O mercado de álcool na Coreia fatura U$ 9 bilhões ao passo que os Estados Unidos, sozinho, fatura 25 vezes mais que isso e, mesmo assim, não possui nenhum produto desse tipo”.

O produto não foi lançado ainda mas foi bem recebido pelo público norte-americano. O projeto de financiamento coletivo arrecadou três vezes mais do que a meta inicial, de U$ 25 mil, e ainda falta um mês para o prazo de arrecadação acabar.

Fiocruz reforça atuação no Mato Grosso do Sul

Fiocruz Mato Grosso do Sul

A Fundação Oswaldo Cruz e a Câmara Municipal de Campo Grande promoveram, em 30/6, o simpósio de Inovação em Saúde – A Fiocruz Mato Grosso do Sul. O evento abordou as principais linhas de atuação da Fiocruz Mato Grosso do Sul e a importância da consolidação no estado de umas das maiores instituições de pesquisa e ensino em saúde pública do Brasil.

O processo de implantação da Fiocruz em Mato Grosso do Sul teve início em 2008. Nesses nove anos, desde o início de sua articulação, a Fiocruz Mato Grosso do Sul avançou no processo de implementação de seu Plano Diretor, inaugurou o prédio administrativo em 2011 e, hoje, abriga mais de 30 profissionais distribuídos nas áreas de gestão e pesquisa.  A Fiocruz MS atua na capacitação de recursos humanos com a formação de mais de quatro mil especialistas em Atenção Básica em Saúde da Família, Gestão em Saúde no Sistema Prisional e profissionais de saúde em áreas estratégicas para todos os municípios do estado.

A missão da Fiocruz MS é gerar soluções científicas e tecnológicas que contribuam para a promoção da saúde e da qualidade de vida das populações da região Centro-Oeste e de fronteira e sua presença no município permitirá o desenvolvimento de pesquisas na área da saúde pública da região. Os eixos temáticos são Saúde e Sociedade; Meio Ambiente e Saúde: Biodiversidade e Agronegócio; Saúde das Populações Indígenas e Saúde de Populações Vulneráveis.

O objetivo deste simpósio foi resgatar e dar continuidade ao debate sobre relevância da consolidação da unidade da Fiocruz em Mato Grosso do Sul e conjugar a vocação da fundação nas áreas de pesquisa, ensino, serviços de referência e produção de insumos para a saúde na solução de problemas regionais.

O simpósio de Inovação em Saúde lotou o auditório principal na Câmara e contribuiu para reforçar a importância da unidade no Centro-Oeste em consonância com a proposta da Fiocruz nacional de expansão.

O evento teve a participação da presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, do vice-presidente de Gestão e Desenvolvimento Institucional, Mario Moreira, do diretor da Fiocruz Ceará, Antônio Carlile, do coordenador de Vigilância e Laboratórios de Referência, Rivaldo Venâncio da Cunha, da diretora da Fiocruz Mato Grosso do Sul, Jislaine Guilhermino. Estiveram presentes representantes políticos municipais e estaduais, como o prefeito de Campo Grande, Marcos Trad, o deputado federal Nelson Mandetta, o presidente da Câmara Municipal, vereador Carlão, os secretários estadual e municipal de Saúde, entre outros representantes políticos.  Na ocasião, foi assinado termo de desafetação de terreno doado à Fiocruz pela Prefeitura Municipal, a ser anexado ao terreno já existente.

Após o evento, foi realizada visita aos laboratórios que a Fiocruz Mato Grosso do Sul pretende estruturar, oferecendo melhores condições de pesquisa e produção a seus pesquisadores.

Na AFN

Revista traz pesquisas e inovações em ciências farmacêuticas

27 artigos inéditos tratam da ciência farmacêutica aplicada à nutrição, farmacologia, estética e saúde pública

Por Redação – Editorias: Ciências da Saúde

O periódico Brazilian Journal of Pharmaceutical Sciences da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da USP acaba de publicar sua nova edição (volume 53, número 2, 2017).

Entre os trabalhos estão um estudo que demonstra como o colágeno hidrolisado interfere na eficiência dos protetores solares; uma avaliação do serviço de atenção farmacêutica para portadores de HIV/Aids em Niterói (RJ); análise microbiológica de um sistema de purificação de água; e uma estimativa da ingestão de vitamina K – nutriente importante para saúde óssea e vascular – via alimentação na população de São Paulo.

Voltada à área de ciências farmacêuticas, a revista integra importantes indexadores (conjunto de títulos de periódicos que passaram por um processo de seleção), como Chemical Abstracts, ISI Web of Science e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs).

O volume atual conta com 27 artigos inéditos em inglês, que podem ser acessados neste link.

Mais informações: e-mail: bjps@usp.br

Pfizer lança aplicativo para pacientes

Ferramenta traz informações sobre medicamentos

Para que o paciente siga corretamente a prescrição médica, é necessário que ele conheça melhor o medicamento, consulte a bula e entenda seu mecanismo de ação. Pensando nisso, a Pfizer lançou o aplicativo Pfizer Meds, que oferece informações precisas sobre os produtos e as enfermidades tratadas, além de dicas de saúde e qualidade de vida. A ferramenta está disponível para smartphones e tablets dos sistemas operacionais iOS e Android.

“Hoje, o paciente pode encontrar na internet uma série de informações sobre um medicamento, mas nem sempre é possível checar a veracidade dos dados ou das fontes. O aplicativo pode suprir essa lacuna, fornecendo informações confiáveis, provenientes do próprio fabricante”, diz o diretor médico da Pfizer, Eurico Correia.

O aplicativo também permite que o usuário configure alertas diários ou semanais para lembrar os dias e horários corretos de tomar a medicação. Ao clicar no botão calendário, o paciente poderá visualizar os lembretes previstos e anotar as doses já utilizadas.

Nesta etapa inicial, a ferramenta contemplará oitomedicamentos: Eliquis, Genotropin, Inlyta, Pristiq, Somavert, Sutent, Zeljanz e Viagra. Para ter acesso ao conteúdo, o usuário precisa escanear ou digitar o código de barras da embalagem.

Fonte: Assessoria de Imprensa Pfizer (CDN Comunicação)

Divulgado relatório sobre mercado de medicamentos

Secretaria Executiva da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (SCMED) já disponibilizou o documento com detalhes acerca das atividades executadas em 2016

Por: Ascom/Anvisa
Publicado: 06/07/2017 15:01
Última Modificação: 06/07/2017 16:13

A Secretaria Executiva da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (SCMED/Anvisa) divulgou, no portal da Agência, o Relatório de Atividades referente ao ano de 2016.

Um dos principais resultados foi a realização de todas as análises de aprovação de preços de medicamentos em primeira instância, em prazos máximos de 90 dias.

Destaca-se, no Relatório, a eliminação de todas as demandas relacionadas a ajustes a banco de preços e adequação ao sistema de monitoramento de mercado. A definição de preço da vacina contra a dengue também é outro feito do ano de 2016.

O documento traz ainda a descrição das competências e objetivos da SCMED, além de trazer a estrutura organizacional da Secretaria. A divulgação do documento atende aos requisitos da Lei de Acesso à Informação (nº 12.527/2011) e seu Decreto Regulamentador (nº 7.724/2012), que parte do princípio de que as informações referentes à atividade do Estado são públicas, salvo exceções expressas na legislação.

Confira os outros resultados obtidos pela SCMED em 2016 acessando o Relatório de Atividades no link.

E a troca entre medicamentos biológicos?

Nota esclarece posicionamento da Agência quanto à troca de produtos biológicos “biossimilares”

Por: Ascom/Anvisa
Publicado: 06/07/2017 10:59
Última Modificação: 06/07/2017 11:33

Ultimamente a Anvisa tem recebido uma série de questionamentos sobre a prática médica da troca de um medicamento biológico por outro equivalente, a intercambialidade de produtos “biossimilares”. A nota de esclarecimento nº 003/2017, publicada pela Agência, além de expressar o entendimento do órgão sobre o tema, traz conceitos, posicionamentos internacionais e demais orientações gerais ao público.

De acordo com a nota, a troca de um produto biológico por outro é de responsabilidade do profissional da saúde prescritor. O papel da Anvisa, como órgão regulatório, é assegurar a qualidade, eficácia e segurança do produto registrado, seja ele o produto “biossimilar” ou o comparador.

A Agência entende ser importante a avaliação médica no caso de intercambialidade de produtos “biossimilares” e seus comparadores, tanto para fins de prescrição do produto adequado ao paciente quanto para fins de farmacovigilância e acompanhamento pós-mercado desses produtos.
Entenda a diferença

Produto biológico comparador – Primeiro produto a ser registrado. Estudos estabelecidos comprovam eficácia e segurança da molécula antes da efetivação do registro sanitário no país.

Produto “biossimilar” – Produtos biológicos registrados pela via de desenvolvimento por comparabilidade. Estudos são feitos para demonstrar que não existem diferenças clinicamente significativas entre ambos os produtos.

Merck apresenta sua linha de produtos na IUPAC 2017

O lançamento Milli-Q® IQ 7000 será uma das atrações principais

Empresa exibirá seu portfólio no estande 16/16A da feira

A Merck, empresa alemã líder em ciência e tecnologia, apresentará por meio da sua unidade de negócios de Life Science, na 40ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química da União Internacional de Química Pura e Aplicada (IUPAC, na sigla em inglês), sua moderna linha de produtos que promovem soluções e impulsionam a produção laboratorial em todo o mundo de forma mais rápida, fácil e econômica. O evento acontece de 09 a 14 de Julho, no Centro de Convenções WTC, em São Paulo.

Um dos destaques de seu portfólio será a sétima geração do sistema que, há 50 anos, fornece água ultrapura para as descobertas de cientistas de todo o mundo – tanto nas universidades quanto em indústrias diversas. O novo Milli-Q® IQ 7000 é ainda menor e mais fácil de usar que sua versão anterior, trazendo vantagens como lâmpadas UV sem mercúrio, cartuchos de purificação 33% menores que a versão anterior, visor tátil digital de alta definição, entre outros.

Na área de Solventes Instrumentais, os sistemas de embalagens de aço inox de 10, 30 e 185L, são as opções perfeitas para empresas com alto volume de uso desses solventes. Para além da qualidade do produto, o serviço agregado chama atenção. A logística é toda por conta da Merck, com entregas programadas de acordo com o consumo do laboratório. O solvente é filtrado de fábrica para uso em HPLC, UHPLC e GC e a Merck garante as especificações como nas embalagens convencionais de vidro, no Certificado de Análise. Não há descarte de embalagens, gerando uma economia de 100% do custo de descarte de vidro dos solventes instrumentais.

Já o portfólio de Cromatografia, destaca a coluna Ascentis Express. Baseada na tecnologia Fused-Core®, o produto representa um avanço em termos de performance de colunas HPLC, comparadas às tradicionais versões de sílica totalmente porosas. As colunas Merck fornecem ganho de eficiência sem os problemas intrínsecos ao aumento de bach-pressure, resultando em análises mais rápidas em qualquer sistema.

Serviço:
40ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química
Data: 09 a 14 de Julho
Local: Centro de Convenções WTC – Av. das Nações Unidas, 12551
Estande: 16/16A

Sobre o Grupo Merck
A Merck é uma empresa de ciência e tecnologia líder nos setores de Cuidados com a Saúde, Life Science e Performance Materials. Cerca de 50 mil funcionários trabalham para desenvolver tecnologias que melhorem e aumentem a vida – de terapias com biofarmacêuticos para tratar o câncer ou esclerose múltipla, sistemas de ponta para a pesquisa científica e de produção, a cristais líquidos para smartphones e televisores LCD

Em 2016, a Merck obteve faturamento de € 15 bilhões em 66 países. Fundada em 1688, a Merck é a empresa farmacêutica e química mais antiga do mundo. A família fundadora continua a ser a acionista majoritária do grupo de empresas de capital aberto. A Merck detém os direitos globais do nome e da marca da Merck em todo o mundo, exceto no Canadá e nos Estados Unidos, onde a empresa é conhecida como EMD Serono, EMD Millipore e EMD Performance Materials. Para saber mais, acesse www.merck.com.br.

Giovanna Feltrin
(55 11) 3526 – 4579
giovanna.feltrin@imagemcorporativa.com.br

Data 09/07/2017

Endereço Av. das Nações Unidas, 12551

Cidade SÃO PAULO Estado SÃO PAULO País BRASIL

Inibidores de apetite: efeitos colaterais são maiores do que a perda de peso

06/07/2017 Saúde

Semana passada, a Câmara dos Deputados liberou três inibidores de apetite muito populares no Brasil: anfrepramona, femproporex e mazindol. Essas substâncias tinham sido vetadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, em 2011, sob a alegação de que os riscos à saúde são maiores que os benefícios. Agora o assunto volta à tona e, ao que parece, questões políticas parecem se sobrepor aos interesses dos maiores prejudicados com essa decisão: os pacientes.

A obesidade é um dos problemas mais graves da atualidade. Estima-se que uma em cada três pessoas no mundo esteja acima do peso. São cerca de 2,1 bilhões de pessoas. O número de obesos ou com sobrepeso cresceu 70% em três décadas. O Brasil é o quinto país mais “pesado” do mundo, com 26,2 milhões de pessoas, sendo 11,7% dos homens e 20,6% das mulheres. Um nicho e tanto para as indústrias farmacêuticas fazerem riqueza com substâncias que prometem um emagrecimento rápido e livre de sacrifícios.

Contudo, o que parece milagre logo revela efeitos colaterais devastadores. Quem conhece alguém que já tomou inibidores de apetite sabe que uma das maiores reclamações é o efeito rebote. O paciente, sem fome, reduz drasticamente a ingestão de calorias e perde peso rapidamente. No entanto, quando o tratamento é interrompido, o ganho de peso é quase que imediato e, na maioria das vezes, os ponteiros na balança tendem a subir ainda mais. Em vez de perder peso, a médio prazo, o paciente acaba é ganhando.

Além disso, esse tipo de medicamento pode induzir a doenças cardiovasculares e transtornos psicológicos, já que essas substâncias afetam diretamente o sistema nervoso central. Os prejuízos são tão grandes que o manzidol está suspenso nos Estados Unidos e na Europa desde 1999. O femproporex jamais foi autorizado nos Estados Unidos e está banido da Europa também desde 1999. A anfepramona ainda é permitida nos Estados Unidos, mas está proibida na Europa.

O grande cerne da questão é que a obesidade precisa ser levada mais a sério tanto pelos pacientes quanto pelos médicos e autoridades competentes. Ter um corpo saudável requer cuidados com alimentação e atividade física permanentes. Lógico que há produtos que atuam como importantes coadjuvantes nessa luta, como é o caso dos suplementos alimentares nutracêuticos. Baseados em pesquisas científicas e novas tecnologias, eles são compostos por extratos de plantas, frutas, algas e sementes com princípios ativos capazes acelerar o metabolismo de forma natural e muito mais saudável.

Como não são “milagres” da poderosa indústria farmacêutica, esses suplementos tem resultados um pouco mais lentos que as anfetaminas, porém com a vantagem de ser uma eliminação permanente e não uma perda momentânea. Se com anfetamina um paciente consegue emagrecer cerca de dez quilos por mês, com os nutracêuticos associados à uma pequena reeducação alimentar e uma curta rotina de exercícios físicos, é possível eliminar de forma definitiva em torno de cinco quilos por mês.

O caminho pode ser mais longo, mas a recompensa, sem dúvida, é muito maior. O paciente ganha saúde e não apenas perda de peso. Com simples mudanças de hábito é possível ganhar não apenas um corpo mais bonito como muito mais saudável, livre dos efeitos colaterais das anfetaminas. Quando as pessoas finalmente entenderem que saúde se conquista no dia a dia, esse tipo de medicamento não terá espaço nas casas de quem procura qualidade de vida de verdade.

Daniela Müller é farmacêutica da Idealfarma, empresa que dedica-se à fabricação e distribuição de extratos nutracêuticos, fitoterápicos, cápsulas gelatinosas e suplementos.

Sobre a Idealfarma
www.idealfarma.com.br (11) 5592 6403
Fundada há 16 anos, a Idealfarma é uma fabricante e distribuidora de insumos farmacêuticos que conta com um portfólio diversificado e atualizado de matérias primas, nutracêuticos, dermocosméticos, cápsulas, entre outros. Aliando pesquisas tecnológicas às necessidades mercadológicas, a empresa disponibiliza, em primeira mão, as últimas tendências do mercado para o setor farmacêutico.

Brasileiro é povo que menos se preocupa com remédio falso na América Latina

Maria Júlia Marques

Do UOL, em São Paulo

07/07/2017 04h00

Quando ouvimos a palavra produto falsificado, logo pensamos em cópias de roupas de luxo e eletrônicos. Mas você já parou para pensar sobre medicamentos falsificados? Uma pesquisa divulgada pela farmacêutica Sanofi mostrou que os brasileiros são os latino-americanos que menos associam a palavra falsificação a remédios. O estudo foi feito em dezembro de 2016 e contou com a participação de mais de sete mil moradores da Argentina, Brasil, Guatemala, Equador, Peru, México e Colômbia.

“Nosso país realmente possui um setor farmacêutico sério, bem regulado pelas autoridades e com atuação responsável dos laboratórios. Porém, a questão da falsificação é muito abrangente e falta a percepção de que o problema não se restringe aos acessórios”, explica Luciana Giangrande, diretora médica da Sanofi.

A falsificação de medicamentos aumentou significativamente na América Latina e o tráfico de remédios mostrou ser de 10 a 25 vezes mais rentável do o que de narcóticos, segundo dados do Instituto Internacional para Pesquisa Contra Falsificação de Medicamentos.

Relatórios da OMS (Organização Mundial da Saúde) confirmam que os países mais afetados estão na Ásia, África e na América Latina, onde os medicamentos falsificados podem representar até 30% do mercado.

“A ameaça [dos remédios falsos] ainda é reconhecida de maneira insuficiente. É essencial mobilizar pacientes para que eles fiquem mais bem informados a respeito dos riscos”, diz Geoffroy Bessaud, diretor coordenador da Sanofi do combate contra medicamentos falsificados. Os medicamentos falsificados não têm eficácia e segurança comprovadas e representam um grande risco de piora do quadro do paciente.

Você saberia reconhecer um medicamento falso?

Além de não pensar em remédios quando o assunto é falsificação, o estudo apontou que os brasileiros também se mostraram os menos conscientizados a respeito de medicamentos falsos. Ou seja, eles não costumam falar sobre remédios nem acreditam que são informados o suficiente a respeito do assunto.

Mas algumas pequenas dicas podem ajudar a identificar estes vilões. O Ministério da Saúde aconselha o consumidor a ficar atento à faixa de tinta reativa, que ainda não conseguiu ser falsificada. A tarja é aquela que fica na caixa do medicamento e ao entrar em contato com metal, como a chave do carro ou uma moeda, revela a palavra “qualidade”.

Você também pode ver se há um número de SAC na embalagem (Serviço de Atendimento ao Consumidor) e conferir se funciona, além de comparar o número do lote na cartela interna e na caixinha.

Preços muito abaixo do mercado também podem ser um sinal, e o MS informa que a categoria que mais encabeça casos de falsificação é a de medicamentos para disfunção erétil, como o Viagra, seguida por remédios de alto valor agregado, como os para câncer.

Fique atento! A composição de remédios falsificados pode variar muito desde ordens alteradas a ausência do princípio ativo e inclusão de outras substâncias, de acordo com Giangrande. Assim, os medicamentos falsos não têm eficácia para tratar o paciente, podem piorar o quadro clínico e até gerar outras respostas como novas infecções.

Onde encontramos estes remédios?

Giangrande completa contando que também aparecem em bancas de rua e sites não habilitados para venda de remédios. “Por isso, é essencial que o paciente faça compras em farmácias ou serviços de delivery idôneos e devidamente autorizados.”

Caso você se depare com uma dessas cápsulas, é recomendado entrar em contato com as autoridades para eles investigarem o medicamento. Contate a Anvisa (08006429782), as vigilâncias sanitárias locais, o Ministério Público ou a polícia de seu Estado.

A falsificação é crime com penalidades que vão de multas –entre R$ 2 mil e R$ 1,5 milhão– até o cancelamento da licença e da autorização de funcionamento de estabelecimentos (em caso de comércios que comercializem os falsificados).

Vacinas contra câncer são testadas com êxito em laboratórios

Tratamento 'sob medida' foi usado em pacientes com melanoma

Agência ANSA

Vacinas feitas "sob medida" para combater tipos mais fortes e perigosos de câncer estão dando resultados positivos, apontaram duas pesquisas realizadas sobre o assunto nos Estados Unidos e na Alemanha e publicadas pela revista "Nature" nesta quarta-feira, dia 5.

De acordo com os estudos, que representam uma descoberta positiva em mais de 30 anos de pesquisa, as vacinas personalizadas começaram a obter bons resultados no seu trabalho de combater o tipo mais agressivo de tumor de pele: o melanoma.

A luta contra o câncer acontece com armas diversas, ou seja, de maneira personalizada, atingindo as mutações particulares de cada paciente e destruindo as células cancerígenas sem danificar as sadias. Nas duas pesquisas a vacina ainda está na primeira fase de testes e a amostra de portadores de câncer ainda é pequena em ambas. No entanto, como informa a revista, as "duas estratégias de vacinação personalizada […] mostram ser seguras e oferecem benefícios clínicos aos pacientes de alto risco de melanoma".

O primeiro dos estudos foi conduzido pela pesquisadora Catherine Wu, do Instituto Dana-Farber para a Pesquisa sobre Câncer de Boston, nos EUA, em seis pessoas tratadas com substâncias administradas sob medida para combater de maneira mais eficiente o tumor de cada um. Já a segunda pesquisa foi conduzida pelo estudioso Ugur Sahin, da empresa alemã BioNTech, que utilizou uma vacina terapêutica destinada a atingir as mutações de cada paciente em nível individual em 13 pessoas com melanoma.

Comentando os resultados das pesquisas na própria "Nature", o professor Cornelius Melief, da Universidade de Leida, na Holanda, observou que para que as vacinas tenham resultados ainda mais positivos e totalmente corretos é preciso ao menos de uma segunda rodada de testes com uma amostra maior de indivíduos. E para o diretor do Centro de Imuno-Oncologia da Azienda Ospidalera Universitaria de Siena, Michele Maio, os resultados dos dois trabalhos "demonstram que a imunoterapia dos tumores está dando grandes passos".

"Esses dois estudos usam uma nova abordagem, sobre a qual a comunidade científica está trabalhando há poucos anos. Ela consiste em focalizar a atenção nas mutações que se acumulam nas células tumorais com o passar do tempo e que geram proteínas anômalas completamente desconhecidas ao sistema imunológico, distintas em cada paciente", concluiu Maio.