Fundo de investimento americano compra 35% do OK Superatacado

Com a transação, a rede de supermercados capixaba pretende abrir mais lojas na Grande Vitória, com expectativa de gerar até 800 postos de trabalho

O fundo de investimento Arlon Group, com sede em Nova York (EUA), anunciou na última sexta-feira (27) a aquisição de 35% da rede de supermercados capixaba Serrano Distribuidora, mais conhecida pelo seu nome fantasia, OK Superatacado. O valor da transação não foi divulgado, mas o diretor-presidente da empresa, Cezar Roncetti, e o diretor de expansão, Samuel Roncetti, permanecem com 65% das ações da rede e seguem na liderança do empreendimento.

O aporte permitirá a abertura de três novas lojas na Grande Vitória – uma em Aribiri, Vila Velha; outra em Jardim Camburi, Vitória; e uma terceira sem local definido – além da abertura de novas vagas de emprego – entre 700 e 800 postos. Com isso, a empresa passará a contar com nove lojas e um hipermercado. Os novos locais devem começar a ser construídos a partir de 2018.

Roncetti explica que o fundo americano tem a possibilidade de ampliar para 45% a fatia que possuem na empresa, com o investimento sendo mantido até 2024, quando a parte que pertence ao Arlon será vendida para um novo comprador.

"O fundo tem um tempo de vida de sete anos e, após este período, será vendido para quem tiver interesse, com preferência de compra para a Serrano Distribuidora. Esse aporte vai nos permitir ampliar nossa rede no Estado, abrindo novas lojas no interior. Avaliamos que qualquer cidade com mais de 100 mil habitantes tem potencial para receber um OK Superatacado. Estão no nosso radar cidades como Colatina, São Mateus, Cachoeiro de Itapemirim e até municípios de fora do Estado", explica Cezar Roncetti.

A transação entre a rede capixaba e o fundo americano foi aprovada na última semana pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O Arlon Group tem participação em outras três empresas brasileiras: CBL Alimentos, Grano Alimentos e Sotran Logística.

Com a compra de uma parte do OK Superatacado, o fundo passa a contar com três membros no Conselho Administrativo da rede capixaba, que possui sete conselheiros. Assumem uma cadeira no colegiado Bruno Martins Silva, Gustavo Furuta e Claudio Galeazzi, este último com passagens pela presidência da Sadia (BRF), do Pão de Açúcar e das Lojas Americanas.

"É uma empresa líder no setor de 'atacarejo' no Espírito Santo e existe um grande potencial para abrirmos mais lojas e consolidarmos a presença regional. Estamos muito animados com o modelo de negócio diferenciado que o Cezar e Samuel desenvolveram, focando em produtos com bom custo-benefício e um excelente nível de serviço aos consumidores da região", afirmou Bruno Silva.

ARLON GROUP

O Arlon é um fundo de investimentos voltado para a cadeia de valor de alimentos e agronegócio com uma rede global focada em empresas de médio porte no continente americano. O foco de investimento do Arlon vem de seu investidor fundador, Continental Grain Company, um líder no espaço de alimentos e agronegócio com 200 anos de história. O Rabobank, um banco líder nos setores de alimentos e agronegócio globalmente, é também um dos principais investidores do Arlon. Na América Latina, o Arlon também trabalha em parceria com a VR Investimentos. O fundo tem aproximadamente US$ 1,5 bilhão em ativos sob gestão e está sediada em Nova York com um escritório em São Paulo, Brasil.

Abertura dos supermercados aos domingos ainda é negociada

A expectativa é que os termos do acordo sejam definidos na próxima quarta-feira (1º)

Como a convenção coletiva dos trabalhadores do comércio vence nesta terça-feira (31), uma expectativa surge: a partir de agora os supermercados podem abrir aos domingos? Com o vencimento do acordo, sim, os estabelecimentos poderiam voltar a funcionar neste dia da semana. Mas o fato é que querem acelerar o processo de definição e uma reunião já está marcada para definir os termos da nova convenção: deve ocorrer neste 1º de novembro, véspera de feriado de Finados.

O primeiro encontro entre comerciários e patronais aconteceu nesta segunda-feira (30), um dia antes do acordo anterior expirar. As propostas do Sindicomerciários de manter supermercados fechados nos domingos e feriados, obrigatoriedade do pagamento de tíquete-alimentação e aumento do salário em 15% ainda estão em conversas, mas nada definido.

A assessoria de imprensa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio) disse que a entidade não iria se pronunciar sobre a convenção. 

Um dos principais pontos da convenção coletiva gira em torno dos supermercados. Segundo o advogado de direito do trabalho e professor de direito Carlos Eduardo Amaral de Souza, se não houver norma coletiva vedando o trabalho aos domingos os supermercados podem, a princípio, abrir.

"Se ela não for renovada, em tese, os empresários poderiam optar por abrir aos domingos obedecendo os requisitos da Lei. Ou seja, não seria proibido abrir aos domingos. A convenção coletiva cria novos direitos se não existe tem que se aplicar a lei trabalhista", explicou.

De acordo com o superintendente da Associação Capixaba de Supermercados (Acaps), Hélio Schneider, a orientação passada pelo departamento jurídico da Fecomércio com base na Lei nº 10.607/02 é que as lojas não deveriam funcionar no feriado do dia 2. Mas ele esclarece que há a possibilidade da abertura dos estabelecimentos se cumpridos os requisitos legais.

"Segundo a legislação trabalhista os supermercados não devem abrir neste feriado, mas se a empresa fizer um acordo direto com o sindicato será possível que funcione. Já no próximo domingo, sem a convenção, fica facultativo a abertura do supermercado", comentou.

Algumas redes de supermercados já anunciaram que funcionarão na quinta-feira (02) como Extrabom e Extraplus, OK Supermercado e Hiperatacado, Carone, EPA, Carrefour, Schowambach e Perim.

Para o presidente do Sindicomércio, Rodrigo Oliveira, essa reunião para acertar os termos da nova convenção já deveria ter ocorrido. "Mas a expectativa é de que na quarta-feira (1º) a gente possa encaminhar para um acordo. Não havendo acordo vamos continuar conversando e no feriado as empresas não vão poder exigir que seus funcionários trabalhem", declarou. 

Supermercados esperam alta nominal de 8,34% nas vendas de final de ano

nimo dos supermercadistas para vendas de fim de ano está um pouco menor do que em 2016

Os supermercados brasileiros esperam um crescimento nominal de 8,34% nas vendas de final de ano em 2017 na comparação com o ano anterior, segundo dados da Pesquisa de Natal da Abras. Em termos reais, descontando-se a inflação, a expectativa é de crescimento de 0,27%. As informações foram divulgada nesta segunda-feira (30) pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras).

O ânimo dos supermercadistas este ano está um pouco menor do que em 2016. No ano passado, a expectativa era de alta de 0,67% em termos reais. Considerando-se as vendas sazonais e não sazonais, o mês de dezembro do ano passado terminou registrando aumento real de 2,23% nas vendas.

A avaliação da Abras é que a maioria dos empresários do setor está cauteloso com as vendas de final de ano, embora tenha havido um aumento no número de empresários otimistas.

Em 2017, 54% dos supermercadistas entrevistados na pesquisa projetam estabilidade nas compras junto às indústrias e fornecedores, e 24% estão mais otimistas, e acreditam em vendas superiores em relação a 2016. No ano passado, esse porcentual que acreditava no crescimento de vendas era de 16%.

Assim como no ano passado, as projeções dos supermercados indicam um Natal mais econômico para as famílias brasileiras. A expectativa é de que as vendas sejam maiores em categorias de produtos mais baratos, como frango e cerveja, ao mesmo tempo em que a expectativa é de queda em termos reais nas vendas de itens mais caros, como aves natalinas.

"O momento político e econômico ainda gera incertezas na população, que segue cautelosa em relação ao consumo, priorizando produtos mais baratos e de menor valor agregado. A retomada do crescimento não veio como gostaríamos em 2017", disse em nota o presidente da Abras, João Sanzovo Neto.

Apesar de alguns segmentos de consumo já apresentarem crescimento de vendas mais acelerado no Brasil – caso de bens discricionários como eletroeletrônicos – os supermercados ainda não enxergaram uma recuperação no volume de produtos vendidos. Dados da Nielsen apresentados pela Abras apontam que o setor acumula queda de 5,2% nas vendas em volume no ano até junho.

A avaliação de empresários tem sido que o recuo nos preços de alimentos ainda não foi percebido por consumidores, os quais seguem racionalizando os gastos com alimentação dentro do lar.

Em setembro, os supermercados registraram crescimento real de vendas de 4,58% na comparação com o mesmo mês do ano anterior, conforme o Índice Nacional de Vendas da Abras. O resultado desconta a inflação do período, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

No acumulado do ano até setembro, as vendas reais registram alta de 1,11% ante igual período do ano anterior. Em termos nominais, sem descontar a inflação, a alta na vendas foi de 7,25% em setembro ante igual mês de 2016. No acumulado do ano, as vendas nominais apresentam alta de 4,84%. A Abras manteve em 1,5% a expectativa de crescimento de vendas reais para o ano 2017.

Hirota expande serviço de “shopper” para vendas online

Novo serviço que oferece profissional para selecionar os produtos de acordo com as solicitações do cliente, escolhendo frutas mais maduras ou verdes, espessuras do corte da carne, entre outras especificações, já está disponível para todas 15 unidades da rede com entrega de itens frescos em até 2 horas ou horário agendado

Praticidade, agilidade na entrega e compra personalizada têm levado cada vez mais consumidores a utilizar o serviço online do Hirota Food Supermercados. Em parceria com a plataforma Supermercado Now, o atendimento virtual começou em agosto em duas lojas e, agora, já está em toda a rede, com entrega nas regiões norte, sul, oeste, leste e central de São Paulo, além do ABC.
Além de receber os itens frescos em até 2 horas ou em horário agendado, o cliente pode escolher como quer os produtos. Ou seja, o consumidor faz a compra pelo aplicativo no celular ou pela internet no computador sem sair de casa e coloca uma observação, por exemplo, se quer a banana mais madura, o abacate mais verde ou o corte de carne mais fino. O serviço aciona um shopper, profissional que faz as compras no supermercado, escolhe os itens do jeito que o consumidor quer e depois realiza a entrega.
“Pesquisas internas mostraram a necessidade de atender o consumidor que busca praticidade, não quer perder tempo indo ao supermercado ou que mora mais distante. A venda online é um avanço que terá um crescimento expressivo”, afirma o responsável pela área de Pesquisas Estratégias da rede Hirota, Leandro Nassa. Segundo ele, há uma mudança cultural entre os consumidores, que antigamente viam a compra online com desconfiança. Atualmente, a comodidade e a falta de tempo são apontadas como as principais motivações para o serviço.

“Em poucos meses, houve uma grande aceitação e as vendas estão aumentando progressivamente. O Hirota busca inovações para atender melhor os clientes. Com o novo sistema, além do atendimento, preço e qualidade, o consumidor tem a opção de receber os produtos da forma que preferir. Estamos levando o Hirota para dentro das casas dos consumidores”, afirma o diretor de marketing da rede, Hélio Freddi. Confira mais dados no site www.hirota.com.br.

Sobre o Hirota
Fundado por uma família de origem japonesa que dá nome à rede, o Hirota Food Supermercado temi 15 lojas em São Paulo (Ipiranga, Aclimação, Campo Belo, Mooca, Paraíso, Santa Cecília, Saúde, Vila Madalena, Vila Gumercindo, Tatuapé, São Caetano do Sul e São Bernardo do Campo). Seu novo modelo de negócio, as lojas Hirota Food Express, inspiradas nas konbinis japonesas, já conta com nove endereços: Av. Paulista, Shopping Eldorado, Edifício Itália, Teodoro Sampaio, Vila Olímpia, Centro Empresarial, Shopping Plaza Sul, Vila Mariana e Itaim Bibi.
Com mais de quatro décadas de trajetória, é um supermercado completo que conta com serviços especiais e exclusivos, como o setor hortifrúti, com produtos sempre frescos e opções de orgânicos e as gôndolas com mais de mil itens de origem oriental – o maior mix de produtos orientais disponíveis em supermercados de São Paulo. Além disso, oferece rostisseria e bufê com comida por quilo e pratos prontos com o selo Hirota – conceito de alimentação de qualidade e saudável, elaborado por uma equipe de nutricionistas e chefs. Ainda vende uma linha exclusiva de produtos japoneses de utilidade doméstica (Daiso by Hirota).

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Sete projetos são produzidos nas 54 horas da Startup Weekend

Projeto vencedor prevê compra inteligente nos supermercados de Prudente, sem enfrentar a fila do caixa

Nas 54 horas da Startup Weekend sediada na Unoeste foram produzidos sete projetos por 70 participantes, da noite de sexta-feira (27) até a noite de domingo (30). O projeto vencedor foi “No Stop Market”, voltado para a compra inteligente. O carrinho com sensores e tablete faz a leitura do código de barra de cada produto, processa o pagamento e, com isso, se livra de enfrentar a fila do caixa, considerada pelo consumidor como aborrecimento.

Conforme André Luís Guiotto Loiola, um dos 11 integrantes da equipe vencedora e aluno do curso da Agronomia da Unoeste, a insatisfação do cliente em relação à fila foi detectada através de pesquisa, alcançando índice de 80%. Ao mesmo tempo em que reduz o tempo do cliente no supermercado, o sistema, classificado pelos autores como robusto e barato, também é a prova de fraude; proporcionando segurança ao dono do estabelecimento.

Na sondagem inicial, feita junto a supermercados em Presidente Prudente, três se manifestaram propensos à adoção do projeto para o qual o faturamento inicial é estimado em R$ 200 mil. A previsão é de que em cinco anos sejam atendidos 25 supermercados no Estado e isso represente R$ 1,7 milhão por ano. O projeto nasce de uma equipe multidisciplinar a interinstitucional, com 63,6% dos participantes vinculados à Unoeste.

Além de Costa, tem João Paulo Lopes, do curso de Química; Matheus da Rocha, Matheus Viana e Carlos Matheus Santos Cordeiro, de Ciência da Computação; Marcos Húngaro, egresso da Engenharia Civil; e Wilson José Diniz, egresso da Gestão de Negócios. Os demais são: Celso de Lima e Gabriel Reversi (administração), Samuel Toledo (marketing) e Adael Oliveira (técnico em automação e robótica).

O 2º lugar coube ao projeto “Desesperados”, que oferece aplicativo para oferta de aulas de reforço em diferentes matérias, com professores qualificados. O terceiro coube ao aplicativo “Ipub” para soluções de atendimento em bares e restaurantes, pelo qual o cliente acessa o cardápio, faz o pedido e processa o pagamento online. A menção honrosa coube ao projeto “Falta 1”, destinado à articulação entre interessados em praticar esporte, mas que não pertencem a uma equipe específica.

Os autores do projeto não premiado “e-Vacina”, com aplicativo que permite ao usuário de planos de saúde saber se sua vacinação está em dia, receberam convite do secretário de tecnologia da informação Rogério Alessi para possível aproveitamento da ideia na rede municipal de saúde de Prudente. Outros dois projetos foram: “Procura-se”, para localizar animais domésticos desaparecidos; e “Hot Beef”, visando possibilitar consultas sobre a compra de produtos para churrasco pela qualidade e menor preço.

Vários parceiros locais e até em âmbito nacional e internacional estiveram envolvidos na realização da segunda versão da Startup Weekend em Prudente, sendo que a primeira foi em abril e uma terceira está prevista para 2018, especialmente voltada para mulheres que deverão representar pelo menos 70% dos envolvidos, conforme anunciou Adiane Mitidiero ao fazer parte do corpo de jurados do evento realizado no salão do Limoeiro, no campus II da Unoeste, juntamente com Marcos Silva e José Carlos Cavalcante.

Também estiveram envolvidos mentores da cidade e de outras regiões do país; e organizadores, dentre os quais Jair Rodrigues Garcia Júnior e Luís Horácio Ramos Isique que agradeceram à Reitoria da Unoeste pela estrutura e alimentação proporcionada pelo curso de Gastronomia. Pela universidade esteve na abertura o pró-reitor Acadêmico Dr. José Eduardo Creste e pela Faculdade de Informática de Presidente Prudente (Fipp), o diretor Moacir Del Trejo; quando da palestra de Gabriel Martins, diretor da Luz Própria 360.

O facilitador nacional João Paulo Marinelli veio de Bauru (SP) pela Techstars, a rede mundial que ajuda empresários a ter sucesso e que oferece programa de inicialização como é o caso da Startup Weekend. Dentre os parceiros locais, estiveram a Incubadora Tecnológica de Presidente Prudente (Intepp) e a prefeitura, através da Secretaria de Tecnologia da Informação (Setec) e da Fundação Inova Prudente; e os patrocinadores Unoeste, Sicoob Paulista e Refrigerantes Funada. Aos primeiros colocados foram ofertados vários prêmios.

Bandeira do Super Queiroz

Atacado Stockfrios Chega a São Gonçalo do Amarante (RN)

30/10/2017

A rede de Supermercado Queiroz inaugura nesta quarta-feira (01), às 9h00, mais uma loja com a bandeira atacado Stockfrios, na grande Natal. Localizada em São Gonçalo do Amarante, na BR 406, próximo a rotatória para Extremoz, a operação será a maior loja da Rede Queiroz, com 4.400 metros de área de venda, estacionamento para 260 veículos e geração de 730 empregos, entre diretos e indiretos. Atualmente a rede Queiroz conta com 27 lojas entre atacado, hipermercados e supermercados espalhadas pelo Rio Grande do Norte, Ceará e Paraíba. "Nosso sucesso é devido a uma política de preços baixos e eficiência nos serviços. Temos certeza que a população de São Gonçalo, Extremoz, Macaíba e a Zona Norte de Natal vai gostar do que temos a oferecer", afirma o diretor da rede, Jair Queiroz.

Otimismo nos supermercados

Publicação: 31/10/2017 04:00
Os supermercados brasileiros registraram crescimento real de vendas de 4,58% em setembro na comparação com o mesmo mês do ano anterior, conforme o Índice Nacional de Vendas da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). O resultado desconta a inflação do período, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

No acumulado do ano até setembro, as vendas reais registram alta de 1,11% ante igual período do ano anterior. Em termos nominais, sem descontar a inflação, a alta na vendas foi de 7,25% em setembro ante igual mês de 2016. No acumulado do ano, as vendas nominais apresentam alta de 4,84%. A Abras manteve em 1,5% a expectativa de crescimento de vendas reais para o ano 2017.

Realistas, os donos de supermercados esperam um crescimento nominal de 8,34% nas vendas de fim de ano em 2017, na comparação com o ano anterior, segundo dados da Pesquisa de Natal da Abras. Em termos reais, descontando-se a inflação, a expectativa é de crescimento de 0,27%.

GPA deve manter investimento em 2018, mantém decisão sobre venda de Via Varejo

SÃO PAULO – O GPA avalia que o investimento de 2018 ficará em patamar próximo do 1,2 bilhão de reais previsto para este ano, em meio à continuidade da estratégia da companhia em focar em atacarejo e reforçar presença no comércio eletrônico, afirmaram executivos da empresa nesta sexta-feira.

O presidente-executivo do GPA, Ronaldo Iabrudi, afirmou durante teleconferência com analistas sobre o resultado do terceiro trimestre, que a decisão sobre venda da rede de móveis e eletrodomésticos Via Varejo segue mantida, apesar da melhoria de resultados apresentados pela empresa nos últimos trimestres.

"Estamos muito satisfeitos com a Via Varejo…(Mas) continuamos focados em alimentar. Há uma perspectiva enorme de crescimento da bandeira Pão de Açúcar e muito grande de Assaí. A decisão tomada de alienação da Via Varejo está mantida", disse Iabrudi.

Questionado sobre possibilidade de aceleração no crescimento do GPA por meio de aquisições, Iabrudi comentou que os potenciais ativos à venda continuam cobrando preços anteriores à crise passada pela economia brasileira e que a via de expansão orgânica segue trazendo melhores perspectivas de geração de valor.

O executivo afirmou ainda que o GPA avalia que a deflação de alimentos, que tem pressionado os resultados dos varejistas do país nos últimos meses, deverá continuar no quarto trimestre, passando a voltar a "patamares mais normalizados" no início de 2018.

(Por Alberto Alerigi Jr.)

Reuters

Alimento mais barato inibe retomada do GPA

Enquanto o setor varejista como um todo sente os efeitos dos juros menores e maior confiança do cliente, o Grupo Pão de Açúcar prevê que a queda no preço siga até 2018

São Paulo – Os sinais de melhora no varejo, evidenciados pela queda no juro e melhora dos indicadores de confiança, não são o bastante para sustentar a retomada do Grupo Pão de Açúcar. Segundo o presidente do GPA, Ronaldo Iabrudi, o efeito do menor preço dos alimentos manteve pressão no caixa do grupo no terceiro trimestre.

"Do ponto de vista macro econômico, além da queda dos juros, a gente tem visto uma pequena retomada do emprego e melhora do poder de compra (..), mas a gente não está vendo essa mudança refletir no caixa ou nas lojas. Dentro do cenário macro, o que vemos é uma forte deflação, sobretudo de alimento, que no curto prazo tem um peso", comentou o Iabrudi, durante teleconferência na última sexta-feira (27).

O posicionamento do GPA vem em linha com as estimativas da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), que considera que a melhora das vendas no faturamento das redes no acumulado deste ano seja ofuscado pela queda dos preços nas gôndolas. "Se não fosse a queda nos preços poderíamos estimar um crescimento a cima de 1,5% este ano, mas com a deflação não sabemos se vamos chegar aos 1,5%", disse recentemente o presidente Abras, João Sanzovo Neto, recentemente.

De acordo com o presidente da bandeira de atacarejo Assaí, Belmiro Gomes, de um ano para outro a variação no preço de alguns produtos chegou a 20%, o que teve efeito grande na operação da bandeira. "Ainda assim vimos um aumento grande no fluxo de pessoas, mas principalmente no volume de vendas", disse.

Ronaldo Iabrudi, presidente do GPA, avaliou ainda que a deflação de alimentos deverá continuar no quarto trimestre, passando a voltar a "patamares mais normalizados" no início de 2018.

Investimento e venda

Independente dos efeitos inicias da deflação dos alimentos, o GPA pretende continuar investindo. Ano que vem os aportes da companhia deve envolver R$ 1,2 bilhão, em linha com o aplicado neste ano, dando continuidade a estratégia da companhia em focar em atacarejo e reforçar presença no comércio eletrônico.

Com relação a decisão de vender a rede de móveis e eletrodomésticos Via Varejo, Iabrudi garante que está mantido o plano. "Estamos muito satisfeitos com a Via Varejo, [mas] continuamos focados em alimentar. Há uma perspectiva enorme de crescimento da bandeira Pão de Açúcar e muito grande de Assaí. A decisão tomada de alienação da Via Varejo está mantida", diz.

Na última semana o GPA reportou lucro líquido de R$ 72 milhões no terceiro trimestre, revertendo prejuízo de R$ 308 milhões de um ano antes.

Paula Cristina

Grupo Pão de Açúcar faz reformas intensas nas lojas

Quando a crise bateu, o cliente mudou os hábitos de consumo. Desde então, a bandeira Assaí começou a ter mais destaque e as outras precisaram se reformular
Por Karin Salomão
27 out 2017, 18h57 – Publicado em 27 out 2017, 15h56

São Paulo – As lojas do Grupo Pão de Açúcar são hoje muito diferentes do que eram há um ano. “Estamos no ano de maior revisão de portfólio que o Grupo já passou”, afirma Ronaldo Iabrudi, diretor presidente do GPA, e complementa que as mudanças deverão continuar no ano que vem.

Quando a crise bateu, o cliente mudou os hábitos de consumo. Desde então, a bandeira Assaí começou a ter mais destaque e as outras precisaram se reformular. Outras estão mudando para se manter fortes, como a bandeira Pão de Açúcar.

O grupo fechou 45 lojas no trimestre, converteu algumas unidades para outras marcas e tem um grande plano de reforma de pontos de venda.

Apenas nos últimos 12 meses o Assaí ganhou 17 novas lojas, totalizando 115. Segundo o presidente, essas unidades representaram quase 1 bilhão de reais a mais em vendas para a bandeira.

Os planos são de abrir mais 6 unidades nas próximas semanas e inaugurar outras cinco unidades em 2018, que já estão em obras.

Desde o início do ano, 15 lojas Extra Hiper foram reformadas e viraram Assaí. A mudança teve um impacto negativo nas receitas do canal Multivarejo, que caíram 2%. Apenas no Extra, a queda foi de 4,6%.

A conversão, no entanto, tem um impacto bastante positivo para o grupo. Mesmo considerando os custos de reforma e construção, as novas lojas têm desempenho 30% superior em relação ao formato anterior.

A bandeira Assaí não foi a única a receber reformas consideráveis. Todo o parque de lojas irá passar por uma mudança para economizar energia elétrica. Cerca de 80% das lojas já foram adaptadas e o novo modelo gasta 10% menos energia.

Além disso, cerca de 50 lojas da marca Pão de Açúcar serão reformadas. 11 serão completamente remodeladas, com investimentos que podem chegar a 3 milhões de reais por loja, e 39 receberão mudanças menores. O objetivo é dar mais destaque para as categorias alimentares e os diferenciais das lojas.

O grupo fechou 19 drogarias e 5 postos de combustíveis no último trimestre.
Mudanças para os funcionários

A empresa também está repensando sua força de trabalho.

Mais de 2.000 funcionários já passaram por treinamento para serem polivalentes e poder exercer a função de caixa, além do posto normal de trabalho, para melhorar as filas nas horas de pico.

Apenas no terceiro trimestre do ano, 3.000 vagas de trabalho foram cortadas. No ano, já são 6.000 empregos a menos.

A abertura de lojas Assaí compensa esses cortes: são 4.000 postos de trabalho apenas na construção civil.

“Teremos um custo laboral mais baixo no próximo ano. O dissídio fechado com o sindicato está abaixo de 2%, o que nos dá espaço para melhorar o nível de despesas no próximo ano”, afirmou o presidente.

Como consequência dessas ações, as despesas gerais e administrativas caíram 4,4% no terceiro trimestre, em relação ao ano passado.
Resultados

O grupo apresentou lucro líquido consolidado de 32 milhões de reais no terceiro trimestre de 2017, revertendo prejuízo de 119 milhões de reais obtido em igual período do ano anterior.

Para o presidente da companhia, esse resultado está mais relacionado às transformações internas da empresa do que à melhora do ambiente macroeconômico. Uma deflação nos preços dos alimentos inclusive pressionou as receitas.

“Vimos uma queda de juros e uma pequena retomada do emprego, com melhora do poder de compra. No entanto, não vimos essa mudança se refletir nos caixas das lojas”, disse.

Os resultados englobam apenas a divisão alimentar do grupo, com todos os formatos das marcas Assaí, Pão de Açúcar e Extra. Apesar de fazer parte do grupo, os números da Via Varejo não são mais consolidados com o balanço do grupo. A dona das marcas Casas Bahia e Ponto Frio está em processo de alienação.