Covabra lança campanha de aniversário com promoções em dose dupla

Rede de supermercados completa 28 anos em outubro.

A Rede de Supermercados Covabra, que conta com 13 lojas no interior de São Paulo, completará 28 anos no mês de outubro e vai comemorar a data com muitas promoções para seus consumidores. Com o nome “Dupla Perfeita”, a campanha de aniversário do Covabra será estrelada por outra dupla perfeita, Chitãozinho e Xororó (link para vídeo no final do texto).

Durante a campanha, que segue até o final do mês de outubro, serão oferecidos produtos com preços imbatíveis, sugeridos em combinações de sucesso como, por exemplo, carne e cerveja e leite e achocolatado.

Para o diretor da Rede Covabra de Supermercados, Ronaldo dos Santos, a comemoração vai focar o consumidor. “Pensamos em comemorar os 28 anos do Covabra oferecendo ainda mais benefícios aos consumidores, afinal, nos ajudaram a chegar até aqui. Vamos oferecer o que há de mais valioso para o cliente: economia. Negociamos com os fornecedores e vamos oferecer preços realmente competitivos e em combinações duplas”, explicou.

A campanha de aniversário será veiculada em todas as cidades onde Covabra atua. As promoções serão divulgadas em múltiplos veículos: televisão, rádio, jornal outdoor e internet. “Faremos um forte investimento em mídia para que os clientes tenham acesso facilitado às promoções durante a campanha”, completou Ronaldo.| https://youtu.be/3vn3HB1Hy-c

Perfil — A primeira loja da rede de Supermercados Covabra foi inaugurada em 1989, na cidade de Limeira trazendo um novo conceito de supermercados para a região na época. O Covabra foi o primeiro a investir em tecnologia, utilizando leitores óticos em todos os seus caixas. Hoje a rede conta com 13 lojas e está presente em nove cidades do interior paulista (Campinas, Capivari, Itatiba, Jundiaí, Leme, Limeira, Pedreira, Pirassununga e Rio Claro), empregando mais de 2 mil funcionários.

E-commerce alimentar do Pão de Açúcar e do Extra presenteiam clientes com lançamento Kitano

Novo Caldo de Legumes 100% natural será distribuído para compras online

A partir de outubro, os clientes que realizarem suas compras no e-commerce de alimentos do Pão de Açúcar e do Extra receberão gratuitamente o novo produto de Kitano: o Caldo de Legumes com ingredientes 100% naturais.

A ação é válida para todas as entregas no formato tradicional para a cidade de São Paulo e será realizada enquanto durarem os estoques.

O lançamento é o primeiro no mercado a oferecer uma alternativa natural ao caldo em cubo, levando maior pureza de sabor e saudabilidade aos consumidores. O mix de temperos conta com zero adição de sal e leva como ingredientes cenoura, cebola, alho, tomilho, salsa, aipo, pimenta do reino preta e óleo vegetal de girassol, formando o a combinação original do caldo de legumes, o Mirepoix – base de vegetais típica da culinária francesa utilizada para fundos culinários. O Caldo Natural de Legumes Kitano pode ser usado para preparar risotos, sopas, ensopados e carnes.

Sobre a General Mills
Criada em 1866, nos Estados Unidos, a General Mills é uma das maiores empresas de alimentos no mundo presente em mais de 100 países com marcas como Fiber One, Yoplait e Old El Paso. No Brasil desde 1996, a empresa possui portfólio formado por produtos Yoki, Kitano, Häagen-Dazs, Mais Vita e Betty Crocker.

Informações à imprensa:
Máquina Cohn&Wolfe| General Mills Brasil
Bruna Sales – bruna.sales@maquinacohnwolfe.com – (11) 3147-7423
Wanessa Miranda – wanessa.miranda@maquinacohnwolfe.com – (11) 3147-7383
Mariana Barbosa – mariana.barbosa@maquinacohnwolfe.com – (11) 3147-7261

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Rede de supermercados arrecada lenços para ajudar pessoas com câncer

Pelo terceiro ano consecutivo, a Rede Comper de Supermercados dará início à campanha do Lenço Solidário, numa solenidade realizada na loja Spipe Calarge, nesta terça-feira (3), às 14h.

A campanha idealizada por Rosa Mavignier visa arrecadar lenços, chapéus, gorros e bonés para serem doados a mulheres e homens com câncer, num gesto de força e carinho no momento em que tiverem que raspar os cabelos por conta da quimioterapia.

Os lenços, chapéus, gorros e bonés poderão ser doados por clientes até o dia 31 de outubro, em cada uma das 13 lojas Comper da Capital. Após a arrecadação, serão entregues à Abrapec (Associação Brasileira de Assistência às Pessoas com Câncer), com sede na rua General Nepomuceno Costa, na Vila Alba, e à Rede Feminina de Combate ao Câncer, que fica na rua Marechal Rondon, 1.053.

O projeto idealizado por Rosa Mavignier teve início quando ela descobriu um câncer no útero e teve que se submeter à quimioterapia. Ela lutou incessantemente contra a doença, mas acabou falecendo em março do ano passado.

Na época da primeira edição do projeto, Rosa contou que raspar os cabelos foi muito difícil e por isso fez um chá virtual de lenços no Facebook. “Veio tanto lenço que nem dei conta de usar, mas essa ação significou muito pra mim, me deu forças”, comentou na ocasião.

Fonte: Capital News

Supermercados apostam em comida pronta

ANDRESSA PAULINO*

Publicação: 30/09/2017 04:00

Algumas redes de supermercado estão investindo em um novo filão: comida pronta. Com preços menores por porção, a refeição acaba sendo a opção para quem mora ou trabalha perto desses estabelecimentos e quer economizar. O ganho, segundo alguns consumidores, pode chegar a 50%.

Maria Rosângela da Silva, 43 anos, trabalha próximo a um mercado e abandonou os restaurantes das redondezas. “Agora, pago cerca de R$ 8 por uma refeição, que sairia por R$ 12 em qualquer outro lugar”, disse. Como vantagem para esse tipo de compra, a supervisora de um laboratório de análises clínicas enumera: “o tíquete-refeição, que não durava o mês todo, agora dura”, “a definição do tamanho da porção, conforme a fome, a um preço mais em conta”.

Para o educador financeiro Jonatas Bueno, a economia é certa. “Para quem mora com outra pessoa, ou até mesmo sozinho, pode ser uma boa forma de poupar dinheiro, já que evita desperdícios de cozinhar em casa e é mais barato que o prato de um restaurante”, afirmou. Ele alerta, no entanto, para a necessidade de avaliar o que se está comendo e a variedade oferecida. “Provavelmente uma pessoa que está de dieta não vai achar a mesma variedade que ele encontraria em um restaurante, ou preparando em casa.”

Para quem ainda prefere preparar as refeições em casa e ir ao mercado durante a semana, alguns produtos estão mais caros. De acordo com pesquisa realizada pelo Correio, o arroz, o contrafilé e a coxa e sobrecoxa estão mais caros. Já os ovos estão mais baratos em três mercados pesquisados.

* Estagiária sob supervisão de Rozane Oliveira

Vendas em supermercados crescem 0,25% em agosto, diz Abras

Estadão Conteúdo
29.09.17 – 11h13

Os supermercados brasileiros registraram crescimento real de 0,25% nas vendas em agosto na comparação com o mesmo período do ano anterior, segundo a Associação Brasileira de Supermercados (Abras). O indicador, que desconta a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), acumula alta de 0,67% nos primeiros oito meses do ano ante igual período de 2016.

Em termos nominais, sem descontar a inflação, as vendas dos supermercados apresentaram alta de 2,74% em agosto na comparação anual. Em oito meses, o crescimento nominal é de 4,54%, também na comparação com os mesmos meses de 2016.

Em nota, o presidente da Abras, João Sanzovo Neto, considerou que há uma expectativa de retomada gradual no consumo das famílias. “Acreditamos que a aproximação do final do ano, com importantes datas para o setor como Black Friday, Natal e Réveillon, poderá impulsionar as vendas”, afirmou.

A Abras têm uma projeção de crescimento de 1,5% nas vendas reais para este ano ante 2016.

Preços

Os preços dos produtos mais consumidos nos supermercados caíram 1,84% em agosto na comparação com julho deste ano, segundo a Abrasmercado, cesta de 358 produtos pesquisada pela GfK e analisada pelo Departamento de Economia e Pesquisa da Abras.

Na comparação com agosto de 2016, a cesta de produtos – que inclui cerveja e refrigerante, além de itens de higiene, beleza e limpeza doméstica – estão 7,73% mais baixos este ano.

As maiores quedas de preço no mês de agosto foram registradas em produtos como tomate, o qual recuou 19,69%; feijão, com queda de 11,28% e cebola, que caiu 5,03%. Entre as altas estão a farinha de mandioca, com aumento de 5,14%, o papel higiênico com 2,35% de crescimento, e a batata, alta de 2%.

Campanha estimula supermercados a priorizar idosos em todos os caixas

Para conscientizar a população sobre a prioridade, o Ministério Público vai lançar nesta segunda-feira (2) a campanha "Ceda a vez para a Gentileza"

postado em 01/10/2017 16:29

Marília Padovan – Especial para o Correio

O Estatuto do Idoso prevê o atendimento preferencial imediato em todos os estabelecimentos comerciais. Para conscientizar a população sobre a prioridade, o Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT), em parceria com o Sindicato dos Supermercados do DF (Sindsuper) e Associação de Supermercados de Brasília (Asbra) vai lançar nesta segunda-feira (2) a campanha “Ceda a vez para a Gentileza”. O intuito é aumentar a colaboração da sociedade e a conscientização sobre os direitos dos idosos.

Cerca de 80 supermercados do Distrito Federal participarão da iniciativa que estende o direito de atendimento prioritário para qualquer caixa, e não somente para o preferencial. A ação ocorre após a Promotoria de Justiça da Pessoa Idosa (Projid) verificar que a assistência preferencial não estava sendo respeitado nos estabelecimentos.

A ideia é conscientizar a população de que respeitar os direitos da pessoa idosa não é um favor, mas sim um dever de todo cidadão. E a data não é por acaso — em outubro se comemora o Dia Internacional do Idoso.
No transporte coletivo

No início de setembro, o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) sancionou a Lei nº 5.984, de 2017, que torna todos os assentos dos veículos do transporte coletivo e metroviário preferenciais para pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida e mulheres grávidas ou com crianças de colo. A lei já havia sido aprovada pela Câmara Legislativa (CLDF) no fim do mês de junho e entrará em vigor em 30 dias.

De acordo com o projeto, a configuração visual dos assentos dos coletivos será mantida. As empresas de transporte público terão apenas que fixar avisos ao longo dos veículos com a informação de que todos os lugares são preferências. Já a Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF) deverá divulgar a medida em suas estações.
Serviço

Lançamento da campanha "Ceda a vez Para a Gentileza"
Data: 2 de outubro de 2017
Horário: às 10h
Local: Big Box do Lago Norte (ao lado do Deck Norte)

Supermercado não pode apropriar crédito de PIS e COFINS sobre as geladeiras que estocam alimentos

Publicado por Márcio Balduchi

NÃO CUMULATIVIDADE. CRÉDITOS. COMERCIANTE ATACADISTA. BENS DO ATIVO IMOBILIZADO. ENCARGOS DE DEPRECIAÇÃO. MANUTENÇÃO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS. IMPOSSIBILIDADE.

No caso de comerciante atacadista, quanto aos créditos da não cumulatividade da Contribuição para o PIS/Pasep:

a) é vedada a apuração de créditos na modalidade aquisição de insumos (inciso II do caput do art. 3º da Lei nº 10.637, de 2002) em relação a peças de reposição, combustíveis e manutenção utilizados nos bens de seu ativo imobilizado, pois não se tratam de máquinas ou equipamentos utilizados diretamente na produção dos bens destinados à venda nem à prestação de serviços;

b) é vedada a apuração do crédito de que trata o inciso VI do caput do art. 3º da Lei nº 10.637, de 2002, sobre os encargos de depreciação das máquinas e equipamentos, uma vez que estes não produzem bens destinados à venda nem à prestação de serviços.

Dispositivos Legais: Lei nº 10.637, de 2002, art. 3º, II, VI, IX e § 3º, I; Instrução Normativa SRF nº 247, de 2002, art. 66.

Vendas no varejo ainda estão abaixo do pico histórico do setor

Conjuntura / 29 Setembro 2017

Depois de uma fase de três meses em crescimento, o comércio varejista não sofreu variação no mês de julho de 2017, apenas manteve o volume de vendas igual a junho, cujo acumulado de ganho girou em torno de 2% no país. Segundo o IBGE, em três atividades pesquisadas houve crescimento, destacando-se os hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo. Esses setores apresentaram variação de 0,7% nas vendas.

Outro crescimento de desempenho importante ocorreu nas atividades de tecidos, vestuário e calçados, em que a variação foi de 0,3%, além de equipamentos e material para escritório, informática e comunicação que chegaram a 4,4%.

O comércio de combustíveis e lubrificantes, com variação de -0,9% no volume de vendas foi o único setor que pressionou negativamente o resultado na base de comparação.

A razão para o crescimento é que hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo têm peso importante no consumo das famílias e, com a liberação das contas inativas do FGTS e o maior controle da inflação houve estímulo no comércio alimentar.

Embora seja um resultado importante, na comparação com julho de 2016, houve predomínio de taxas positivas entre as atividades pesquisadas pelo IBGE, com destaque para as vendas de tecidos, vestuário e calçados em 15,5%, mas não chega a eliminar sua retração devida a um recuo de 0,3% de junho 2017. “As vendas do comércio ainda encontram-se em um patamar muito abaixo do pico histórico do setor, ou seja, os 8,7% acumulados nos últimos três meses não reflete o melhor da história do comércio global”, afirma Renata Nieto, professora do Labfin-Provar FIA.(centro de pesquisa, consultoria e educação executiva da Fundação Instituto de Administração -FIA).

“Vamos recuperar o tempo perdido e botar o Carrefour em outra posição”, afirma Abilio Diniz

Em entrevista ao Valor, o executivo comenta sobre a saída de Charles Desmartis, a chegada de Noël Prioux, a gestão de Plassat e de Bompard

O grupo francês Carrefour está no centro de um processo de mudança e para o seu terceiro maior acionista, o empresário brasileiro Abilio Diniz, esse movimento deve colocar a varejista num novo rumo, e fazê-la dar um salto no negócio digital. "O Carrefour sempre teve pessoas decididas a permanecer na zona de conforto. Hoje, a determinação do Bompard [Alexandre Bompard, CEO mundial desde julho] é que não se vive na zona de conforto. Nós vamos recuperar o tempo perdido e botar o Carrefour em outra posição", afirmou o empresário em entrevista ao Valor.

"Eu disse no conselho [de administração] que nós temos que saber o tamanho da nossa ambição. Se nossa ambição é um pouco mais do mesmo ou melhor", diz Abilio, que completa 81 anos em dezembro. A Península Participações, empresa da família Diniz, tem 12% das ações do grupo Carrefour no país e 8% no mundo.
Os planos passam por recuperar o ritmo de vendas, especialmente na França, e acelerar a transformação no braço on-line para que a varejista se torne realmente uma operação multicanal.

Essa busca por mudanças exigiu a troca de comando mundial, com a saída, em julho, de Georges Plassat, e a entrada de Alexandre Bompard. Abilio diz que as dificuldades que a empresa passa têm relação direta com o ex-CEO, que resistia a certas transformações. "Para mudar a pessoa precisa querer e Plassat não queria", diz. "Ele virou quase um mito no Carrefour. Ele pegou a empresa com a ação a €13 e levou a €26 e agora voltou a €17. Esse grande salto fez dele uma estrela, precisava ter cuidado para mexer".

Procurado ontem pelo Valor, Georges Plassat, que comandou o Carrefour por cinco anos, não quis comentar as críticas à sua gestão. "Não tenho nada a dizer", afirmou, em tom irritado, quando informado do teor da entrevista. Seu mandato só terminaria em maio de 2018. Sua saída foi decidida em meio a fortes tensões no conselho. A principal razão era a desvalorização das ações desde 2015. Quando ele deixou o grupo, elas estavam cotadas a quase € 22, após terem atingido € 33 há dois anos.

No Brasil, os ajustes que começam a ser implementados pelo CEO mundial – a reorganização de cargos de diretoria – levou à troca do presidente da operação local. Em outubro, sai Charles Desmartis e entra Noël Prioux, ambos franceses. Abilio defende Prioux de críticas do mercado – desde o anúncio da troca, a ação no país caiu 7%. A seguir, trechos da entrevista:

Como o sr vê as mudanças no comando do Carrefour no Brasil e no mundo?
Abilio Diniz: Primeiramente, vou colocar um contexto geral. O que acontece no Brasil não é um fato isolado daquilo que acontece no Carrefour global. O Carrefour está passando por uma transformação, vinha num período ruim, difícil, em que fazia bobagens, até chegar o Plassat em 2012. Até o Lars [Olofsson, CEO de 2009 a 2012] era descendo a ladeira com velocidade. Então, em 2012, entrou Georges e num primeiro momento, recuperou um pouco da empresa, da satisfação e do orgulho de ser Carrefour. Isso foi no começo. Na minha visão, ele usou uma forma errada de buscar a recuperação. Vendeu ativos para investir em preço. Não adianta só investir em preço. Tem que ter muito mais solidez em outras coisas. Na França, fez pouco e enfiou dinheiro no ralo.

O problema de saúde de Plassat [afastado por dois meses em 2015 após uma cirurgia] acelerou a sua saída?
Diniz: Vendo que nada dava certo, em seus últimos anos e, principalmente, depois do problema de saúde dele em 2015, começou a ser preparada a sua saída e a empresa ficou abandonada, sem ordem. Então fomos buscar uma pessoa que realmente pudesse fazer uma transformação. O que a gente acredita agora é que Bompard esteja iniciando uma transformação que a empresa precisa.

Como tem sido esse início de mudança?
Diniz – A primeira coisa que Bompard fez foi montar o time. Ele acredita em algo que eu acredito, gente certa no lugar certo faz as coisas acontecerem. Na França, reestruturou a equipe e aqui no Brasil ele sabia que o Charles Desmartis não é uma pessoa do ramo, é um financeiro.

Por que o Charles Desmartis saiu da empresa?
Diniz – O Charles foi colocado no Brasil porque o Carrefour teve um período de descontrole nas contas, com perda de R$ 1 bilhão, [por fraude contábil nos balanços, descoberta em 2010]. Ele veio consolidar as contas e para dar segurança para a França. Isso ele fez bem feito. E a operação foi sendo tocada pelas pessoas do time. Quando nós, da Península, entramos entre 2014 e 2015, junto com a [consultoria] McKinsey, com uma reestruturação planejada, Charles fez metade do plano, e teve um avanço.

Mas o mercado recebeu mal, na semana passada, a notícia de mudança no comando no Brasil. Por que trocar de maneira tão rápida?
Diniz – Porque esse é o Bompard e é isso que nós esperamos dele. Na nossa visão e do conselho de administração, o que me interessa é o global. Porque aqui é um reflexo do global. Esse não é um movimento isolado, é da França e a transformação está a caminho. Sempre defendi que estejamos alinhados com o global.

Isso não está acontecendo? Não há alinhamento?
Diniz: Estava [alinhado], mas com uma matriz que soltava demais as regiões. A coisa mais importante, é que na primeira reunião que tive no conselho, em 2016, eu olhei aquele orçamento dos próximos três anos e não me agradou. Eu disse: temos que saber o tamanho da nossa ambição. Se nossa ambição é um pouco mais do mesmo ou melhor.

Mas investidores ficaram surpresos com a troca no Brasil.
Diniz: O que quero dizer é que não tem nada de inesperado, porque esse é o Bompard que esperamos. O que temos agora é que organizar o time. O Brasil é o grande mercado hoje da companhia, a expectativa que o conselho de acionistas coloca no Brasil é enorme, o Brasil pode ser o centro. A França é a casa mãe, mas o grande desenvolvimento pode se dar no Brasil.

Como foi o trabalho de ajustes no país, com o apoio da consultoria McKinsey, após 2015?
Diniz – Um dos motivos de a Península ter entrado no Carrefour é porque sabiam que a parte do varejo da empresa estava operando pior que o que sabíamos ser possível. Especialmente com relação ao peso do 'overhead' [despesas gerais]. Por isso, provocamos a contratação da McKinsey junto com o Carrefour. Outro ponto foi o 'approach' diferente com os fornecedores, de parceria, que é muito o nosso DNA, que era diferente de como o braço de varejo operava. No Carrefour Brasil, ainda tem muito ajuste para fazer, na estrutura mesmo. São ajustes para diminuição de níveis, para deixar a empresa mais leve.

O mercado tem questionado se foi boa solução a vinda de Noël Prioux para presidência no Brasil, por ele não conhecer o varejo aqui. Como vê essa questão?
Diniz: Eu acho que foi uma solução excelente, e nós, os sócios, avaliamos juntos os nomes. O Bompard não fez isso isoladamente. Se não der certo a Península é responsável também. Prioux tem abertura para aprender, é ágil e tem vontade. Quando eu busco alguém, eu não quero um técnico, eu quero um gestor, no caso do Noël, não quero um especialista em Brasil, isso a gente tem aqui. Eu quero um cara que entende de distribuição, que seja capaz de implementar o varejo online. Na França, o Carrefour está muito atrasado no online, mas nós vamos dar um salto. Não falo só que vamos recuperar aos poucos terreno. Vamos fazer algo transformador no online.

Isso, sem precisar de uma fusão ou aquisição? Há informações no mercado de busca de um parceiro digital, numa fusão global.
Diniz: Não precisa de nada disso, nós temos condições de fazer. E eu não jogo para o mercado. Uma coisa é você estar atrasado e vir correndo atrás dos outros. Outra coisa é buscar o que há de mais novo no mundo e saltar lá na frente.

Por meio desse chamado plano transformador global?
Diniz: Não sei, isso é o que Bompard está discutindo. Como ele veio da Fnac-Darty, aí falam: "Ah vai ter uma fusão". Isso não tem nada a ver. Esse plano tem que transformar também a cultura. O Carrefour global sempre teve, desde que conheço nos últimos anos, pessoas decididas a permanecer na zona de conforto. Hoje, a determinação do Bompard é que não se vive na zona de conforto, nós vamos fazer o que precisa ser feito. De concreto tem a determinação do Bompard de que nós vamos recuperar o tempo perdido. Vamos botar Carrefour em outra posição.

O 'timing' não foi errado? Mudar o comando logo após o IPO [oferta pública de ações] no país?
Diniz: Para que perder tempo? Esse [timing errado] é uma ideia sua. Para mim, faz todo o sentido o nome do Prioux, uma escolha que eu apoiei. Quando foi anunciada mudança no país, na sexta-feira, o mercado não entendeu nada e gente nossa [da Península] entrou [fez contatos com investidores] e a ação passou a cair menos. Acho que o mercado tem uma grande confiança em nós porque ele sente que, na fase com Bompard, a Península vai estar muito mais perto.

Outra crítica feita é de que Prioux vem para o Brasil após deixar a operação francesa em situação difícil.
Diniz: Vou deixar uma coisa clara aqui, eu conheço Prioux há muito tempo, e negociei todo esse tempo com Georges Plassat. Não se faz nada que Plassat não queira. Eu já vinha percebendo que o Plassat bloqueava o Prioux. Não tinha espaço para fazer as coisas que precisava. Não é justo atribuir a ele [Prioux] as dificuldades da França. Isso tem que ser atribuído a Plassat. As dificuldades da empresa têm que ser atribuídas a ele. As pessoas se esquecem que quem fez a base para o crescimento recente na Espanha foi o Prioux [ele foi diretor no mercado espanhol].

Com as questões de saúde de Plassat, a saída dele foi acelerada?
Diniz: Eu diria até que a clareza veio depois do problema de saúde. O Plassat virou quase um mito dentro do Carrefour. Ele pegou a empresa com a ação a €13 e levou a €26. Chegou a bater pico de €32, mas voltou pra € 16 agora, mas esse grande salto de €13 para €26 fez do Plassat uma estrela, precisava ter cuidado pra mexer. E ele era uma pessoa conhecida e bem relacionada. Desde que converso com eles [sócios], eles sabiam que precisávamos de uma transformação, havia uma ideia inicial de que Plassat poderia liderar essa transformação. Mas num certo momento, se viu que isso era impossível.

Por que impossível?
Diniz: Porque para mudar a pessoa precisa querer e Plassat não queria.

Houve um anúncio, pelo diretor financeiro global semanas atrás, de que a queda na inflação no Brasil ajudou a reduzir previsões de vendas no mundo. O mercado reagiu, as ações caíram aqui e lá fora. A deflação está atrapalhando o grupo?
Diniz: Lançamos a ação no Brasil a R$ 15, em algum momento bateu em R$ 17. É natural uma oscilação após IPO e não seria à toa até mesmo que caísse um pouquinho. Agora está estável. Mas ligar isso com inflação não faz sentido.

Mas o CFO do grupo, Pierre-Jean Sivignon, falou em revisão da meta das vendas globais, afetadas pela queda da inflação no Brasil, principalmente.
Diniz: Coitada da inflação deixa ela quieta lá, porque ela não tem nada com isso. Os resultados foram um desastre, foi tudo ruim, menos que as piores expectativas do mercado e a fala dele [Pierre-Jean Sivignon] ainda foi uma fala complicada. É evidente que o papel tem que cair, não tem nada a ver com inflação, se mencionou é bobagem.

E o efeito da queda da inflação nos números do grupo e no Atacadão?
Diniz: Inflação é zero de problema e o Atacadão está absolutamente redondo. O mercado não sabe o que está falando, porque se não cresce no nominal [queda da inflação cai receita nominal], por outro lado tem no aumento de consumo e as pessoas passam a gastar mais.

O ambiente no Carrefour global então melhorou?
Diniz: É outra empresa. Aqui existia um time mais acomodado, na zona do conforto. Na França era pior, a empresa vivia para seus funcionários, para felicidade e bem-estar deles. Quando você tem uma mudança você tem uma turma que quer continuar na zona de conforto, com as comodidades. Alguns dizem que essa mudança é um horror, cria um clima de insegurança e intranquilidade. Por enquanto, vamos mostrar números [globais] bons, mas nada excepcional. Os grandes números virão em 2018, e aí o mercado vai entender o que está sendo feito.

A operação aqui reflete muito o que ela é na matriz?
Diniz: Exatamente, ela reflete o que é lá e o Bompard vai diminuir níveis e encurtar o caminho entre o topo e a base. Tudo isso deve se refletir no Brasil. O Noël vai seguir as diretrizes da França da mesma forma que Charles seguia tudo que era delineado lá. "

O sr. ganhou espaço no grupo com a saída do Plassat?
Diniz: A Península vem avançando desde o fim de 2015, quando fui indicado pra observador [do conselho de administração] e viemos ganhando [espaço] com conselho, se nós não ganhávamos espaço antes é porque o Plassat não dava espaço, mas nós fomos ganhando mais espaço com o conselho, a ponto de que, com a saída do Colony [sócio que vendeu sua posição neste ano] conseguimos mais uma cadeira no conselho.

Há dois movimentos de mudança de CEOs, na BRF e no Carrefour, e são mudanças importantes, cada uma dentro de um contexto…
Diniz: Esse é o Abilio, as coisas comigo acontecem assim. Na realidade, não fui eu que fiz, mas em torno de mim foram três CEOs, Charles Desmartis, Alexandre Bompard e Pedro Faria [presidente da BRF, na qual Abilio é sócio]. Não fui eu que troquei eles.

Mas o mercado tem penalizado e há uma pressão maior por resultados nas empresas.
Diniz: Já disse que não jogo para a plateia, nunca joguei, nunca vou aceitar pressão do mercado, de jeito nenhum. Isso não quer dizer que não respeito o mercado e não o ouça, quando chega perto da divulgação, vejo nosso resultado e o consenso, respeito e ouço, mas ajo de acordo com minha cabeça com o que considero melhor para a empresa.

O Carrefour pensou em colocar José Roberto Müssnich [presidente do Atacadão] no comando da operação brasileira? Ele acenou com a hipótese de deixar a empresa se não fosse promovido?
Diniz: Eu nem sei se ele gostaria [de ter o cargo]. Müssnich é um cara de Atacadão, é um gênio, foi ele que criou isso, nem sei se gostaria disso [ser CEO]. Ele quer ajudar a França a fazer experiências e levar o modelo para fora.

Ele cogitou sair da operação?
Diniz: Não existe nenhuma possibilidade, ele está fechado conosco.

Podem ocorrer mudanças na equipe com a entrada do novo presidente e após a saída do vice-presidente comercial Antonio Ramatis, que era um nome indicado pelo sr.? Houve uma queda de braço interna e Ramatis saiu?
Diniz: Ramatis saiu e não volta e ele nem quer voltar. O Gutierrez [o espanhol José Luis Gutierrez, diretor de formatos de varejo do Carrefour Brasil] é um grande operador, e deve ficar mais um ano, um ano e meio. Isso já estava acertado com o Charles.

Houve uma disputa por espaço entre Gutierrez e Ramatis?
Diniz: Um conflito numa empresa como essa sempre existe, isso é natural, entre comercial e operações. No Grupo Pão de Açúcar eu convivia com isso e tomava medidas para que trabalhassem juntos. No Carrefour Brasil, ainda tem muito ajuste para fazer, na estrutura mesmo, e com o plano da McKinsey, que ainda tem de ser completado. São ajustes para diminuição de níveis, para deixar a empresa mais leve.

Fonte: Valor Econômico

Amazon pode estar interessada em comprar a rede Carrefour

Redação
Postado em 29 de setembro de 2017

O valor de € 13 bilhões do negócio não parece ser problema para Jeff Bezos, fundador e CEO da Amazon, que acabou de pagar mais pela Whole Foods. (GettyImages)

A ideia de que a Amazon poderia estar interessada em comprar a rede de supermercados Carrefour foi lançada por uma revista de negócios europeia na última quarta-feira (27). A companhia francesa, criada na comuna de Annecy, em 1960, tem atualmente 12 mil supermercados em 30 países, além de quase 40 mil pessoas na folha de pagamento.

O valor de € 13 bilhões do negócio não parece ser problema para Jeff Bezos, fundador e CEO da Amazon, que acabou de pagar mais pela Whole Foods (US$ 13,7 bilhões), que tem apenas 440 lojas.

É difícil dizer, porém, se a rede está, realmente, à venda. A posse da empresa pode ser interessante para a Amazon caso ela esteja determinada a entrar no mercado alimentício europeu, onde mais de 95% das compras de comida são feitas em lojas físicas.