Supermercados estimam geração de 500 mil vagas com permissão de trabalho aos domingos

Sindicato, no entanto, alerta para risco de perdas de direitos causada por decreto

por Marcello Corrêa
25/08/2017 8:49 / Atualizado 25/08/2017 9:09

RIO – O decreto que permite que supermercados abram aos domingos e feriados pode gerar 500 mil empregos, segundo uma estimativa da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). O número leva em consideração as 89 mil lojas que operam no país e, hoje, empregam 1,8 milhão de pessoas, segundo dados de 2016 da própria entidade. A permissão para abrir em feriados, no entanto, é criticada por sindicatos, que temem perda de condições negociadas em acordos coletivos que regulavam o trabalho em dias de folga.

Na semana passada, o presidente Michel Temer assinou um decreto que inclui os supermercados na lista de atividades consideradas essenciais, que podem funcionar em dias de repouso. O texto atualiza outro decreto, assinado em 1949, que prevê as atividades que podem atuar aos domingos e feriados. Até então, os estabelecimentos precisavam de leis municipais e acordos com os sindicatos para abrir as portas nesses dias.

Segundo Fábio Queiroz, presidente da Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (Asserj) e conselheiro da Abras, a expectativa é que os lojistas precisem contratar mais funcionários com a mudança. O movimento deve ser mais percebido no interior, já que, na maioria das capitais — como no Rio —, há acordo permitindo o trabalho em domingos e feriados.

— Os empregos serão gerados. Não se consegue suprir essa demanda com o efetivo que se tem hoje. Vão ter que contratar um pouco mais, mas o pouco de cada um, junto… — explica Queiroz.

Na avaliação de sindicatos, no entanto, a medida pode retirar direitos dos trabalhadores. Segundo Márcio Ayer, presidente do Sindicato dos Comerciários do Rio de Janeiro (SECRJ), um dos temores da categoria é que os benefícios hoje negociados para permitir que trabalhadores atuem nos feriados sejam perdidos. No Rio, por exemplo, a categoria negociou condições como folgas, horas extras (sem possibilidade de inclusão em banco de horas) e lanche.

— A gente vê que esse decreto corta direitos e rebaixa qualidade de vida, de quem está empregado e de quem for eventualmente contratado — afirma Ayer, lembrando que já houve demissões no setor neste ano, o que indica que o setor não está disposto a contratar.

A discussão ocorre no mesmo momento em que as categorias discutem os efeitos da reforma trabalhista, que entra em vigor em novembro. Para Ayer, a combinação entre o decreto dos supermercados e a reforma pode significar o que ele considera precarização do mercado de trabalho, com a contratação de trabalhadores em jornada intermitente ou de meio período para suprir a demanda de feriados.

— A gente tem hoje um piso da categoria de R$ 1.090. Quem vai trabalhar intermitente ou tempo parcial vai ganhar proporcionalmente às horas trabalhadas. Se a gente for fazer uma análise só de número, o que esse trabalhador ganharia por mês, seria menos que R$600 por mês. É a precarização da qualidade do trabalho e rebaixamento do salário. Sindicato não discute empregos em números, mas em qualidade — afirma o sindicalista.

Queiroz, da Asserj, argumenta que a previsão é que os acordos em vigor sejam respeitados, até o fim da vigência:

— Por bom senso, tenho certeza que vão prevalecer as convenções. Depois, vão ser renegociadas, já sob a vigência do decreto. Os direitos serão negociados daqui para frente. Eles (sindicatos) mesmo vão entrar em acordo conosco, ou não, a gente abre um dissídio coletivo, em que a Justiça determina o que é o justo.

Cortes de preços da Amazon revolucionam supermercados

25/08/201711h40

Matthew Boyle e Matthew Townsend

(Bloomberg) — Uma guerra de preços eclodiu nos corredores dos supermercados dos EUA há mais de um ano e vem arrasando varejistas grandes e pequenos. Na segunda-feira, a Amazon.com planeja jogar uma bomba inteligente nesse combate.

A decisão da gigante virtual de reduzir os preços dos produtos, da couve orgânica às bananas, no mesmo dia em que completa a aquisição da Whole Foods Market, por US$ 13,7 bilhões, mostrou a "tomada de decisões em alta velocidade" que o fundador da companhia, Jeff Bezos, afirma ser sua marca registrada e derrubou as ações da Kroger, da Costco Wholesale e da Wal-Mart Stores na quinta-feira. Além disso, a Amazon vai começar a vender produtos de marcas da Whole Foods em seu site, instalar pontos de coleta da Amazon em alguns dos supermercados e incorporar seu programa Prime às operações do mercado de luxo.

Enquanto isso não vai levar o salmão responsavelmente cultivado às massas ? afinal, os supermercados Whole Foods permanecerão em bairros caros ?, as reduções de preço podem despertar a curiosidade de novos consumidores e criar um dilema para as varejistas tradicionais. Elas deveriam seguir o exemplo e ver suas margens diminuírem, ou deveriam se manter firmes e correr o risco de sacrificar as vendas em uma das poucas áreas da indústria de alimentos que está crescendo?

"A mudança de preços generalizada não é um processo simples para a maioria das varejistas", disse Greg Portell, sócio da empresa de consultoria A.T. Kearney. "Exige tempo e mão de obra. O que a Amazon fez foi dar um nível de dinamismo aos preços que qualquer um que venda alimentos precisará equiparar. Isso vai revolucionar o funcionamento do setor."

A Amazon está menos limitada pelas expectativas de lucro graças a uma ética da indústria de tecnologia que valoriza o crescimento acima de tudo. Por isso, a empresa pode mexer nos preços dos ovos orgânicos, da manteiga de amêndoa e do frango assado para testar o que consegue provocar uma reação dos clientes e depois dobrar as apostas bem-sucedidas.

Até dois anos atrás, a guerra de preços dos produtos alimentares se dava principalmente em itens convencionais, como refrigerantes, sopas e cereais, enquanto os produtos orgânicos de alto nível competiam em qualidade. Os produtos orgânicos ainda têm margens maiores, o que dá à Amazon mais espaço para fazer experimentos com os preços.

"Quando se pensa na política de preços dinâmicos da Amazon, vemos que a empresa está colocando uma tecnologia do século 21 diante dos consumidores em um novo âmbito", disse Ken Harris, sócio administrativo da Cadent Consulting Group. "Os consumidores passaram a esperar esses preços em vários lugares, mas não no supermercado do bairro. É por isso que esta é uma mudança profunda, e outras varejistas precisam prestar atenção."

(Actualiza partes no quinto parágrafo e acrescenta impacto no mercado europeu no sexto parágrafo.)


Maior rede de supermercados do Piauí, Grupo Carvalho lança novidades em breve

Em 2016, o Grupo Carvalho se destacou no ranking promovido pela principal revista de negócios do país, Exame
Da Redação do Portal AZ 26 de Agosto de 2017, 09:43

Há mais de 30 anos, o Grupo Carvalho atua no ramo alimentício. Fundado na década de 80 por Reginaldo Carvalho e Van Fernandes, o Grupo Carvalho é uma empresa genuinamente piauiense e uma das vinte maiores redes de supermercado do Brasil.

A trajetória do Grupo teve início em 1986, quando os empresários Reginaldo Carvalho e Van Fernandes investiram em um armazém, em um prédio alugado no centro de Teresina, o Comercial Carvalho. Cinco anos depois eles inauguraram o Carvalho da Margarida, na zona leste de Teresina. Era o primeiro prédio próprio e um modelo de vendas com preços diferenciados e facilidades de créditos.

O sucesso que fez a empresa se projetar em todo o estado, é atribuído por Van Fernandes, a muito trabalho e sacrifícios. “Foram muitas trocas e abdicações que tivemos que fazer para empreender. E hoje percebo que tudo que passamos valeu muito a pena”, declara a empresária.

Já em 1996, o Comercial Carvalho passou a ser reconhecido em Teresina. A partir daí, a cada ano eram novas filiais e investimentos. Com o tempo o grupo passou por inúmeras e importantes transformações, que resultam em um avanço no padrão de qualidade do atendimento, na ampliação da oferta de produtos e na geração de milhares de empregos.  “O Grupo Carvalho atua de modo a garantir o melhor índice de satisfação de compra para todos os nossos clientes, em todas as nossas lojas, em todos os segmentos que atuamos”, afirma Van Fernandes, vice-presidente do Grupo.

A cada ano, o Grupo consegue se consolidar na preferência dos seus clientes e reforça a sua credibilidade diante de todo o mercado em que atua. “O Grupo Carvalho possui o foco no público e nas pessoas que compõem o nosso Estado, sempre procurando satisfazê-los e fornecer os melhores produtos com os melhores preços”, destaca a empresária.

Hoje, atuando no Piauí e no Maranhão, o Grupo Carvalho possui 46 lojas, sendo 39 lojas em Teresina, 10 no interior do Piauí e sete nos municípios do Estado do Maranhão, o que gera mais de 5 mil empregos diretos.
Reconhecimento

Em 2016, o Grupo Carvalho se destacou no ranking promovido pela principal revista de negócios do país, Exame. A revista apontou o Grupo na 7ª posição em Rentabilidade, ou seja, o retorno do investimento obtido no ano. Além disso, a empresa piauiense está entre as 100 maiores do Norte­–Nordeste, alcançando o número 36 em ordem de vendas liquidas em relação a supermercados, redes de lojas de eletrodomésticos, vestuário e calçados.

No mesmo ano, o Grupo também foi destaque no ranking das 400 maiores empresas do país. Em entrevista ao Portal AZ, a empresária Van Fernandes conta que o Grupo passa por um momento de reestruturação e acrescenta que em breve irá trazer mais novidades aos clientes. “Em breve, teremos mais novidades, pois pretendemos solidificar ainda mais a nossa marca e melhorar a imagem do supermercado que é preferência dos clientes”, declara a empresária.
Confira o convite da empresária Van Carvalho anunciando as novidades do Grupo Carvalho:


Expoagas encerra com R$ 482 milhões em negócios e alta de público de 9%

Presidente da Agas, Longo divulgou resultados da 36ª Convenção Gaúcha de Supermercados

A 36ª edição da Convenção Gaúcha de Supermercados – Expoagas 2017 encerra, nesta quinta-feira (24), com números positivos: o índice de visitantes na feira de negócios cresceu 9%, chegando aos 48 mil acessos nos três dias.

O balanço do evento, divulgado pela Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), ainda aponta que o total negociado nos três dias chegará aos R$ 482 milhões até o encerramento do evento, segundo estimativas do Instituto Segmento Pesquisas – que ouviu 104 expositores da Expoagas 2017 nos dois primeiros dias do encontro. O dado representa um crescimento de 2,7% nos negócios fechados na feira, na comparação com a edição passada do evento.

"É um dado que acompanha o crescimento das vendas do setor no ano, mostrando que a feira é realmente um espelho das movimentações do mercado", observa o presidente da Agas, Antônio Cesa Longo.

A feira de negócios congregou representantes de 6,9 mil empresas de diferentes segmentos da economia. Majoritariamente varejistas, os visitantes contemplaram setores como supermercados (60,7%), atacados (8,9%), padarias (5,5%), restaurantes (3,6%), lojas de conveniência (1,1%), açougues (0,9%), bares (0,6%), farmácias (0,4%) e hotéis (0,3%), entre outros. Para atrair outros segmentos do comércio, a Agas isentou os ingressos para varejistas de todos os segmentos nas inscrições prévias, encerradas na semana anterior ao evento.

“Queremos oportunizar aos expositores clientes de todos os setores, assim como buscamos garantir a todo o varejo os mesmos fornecedores dos supermercados”, destaca Longo. Durante os três dias da feira, os 347 expositores apresentaram aproximadamente 800 lançamentos de produtos e equipamentos, que chegarão às prateleiras dos supermercados cerca de 15 dias após o encerramento da Expoagas 2017. “A feira mostrou tendências que estão em evidência no mercado, como a preocupação dos consumidores com sua saúde e bem-estar e com uma alimentação mais saudável”, pontua o dirigente da Associação.

O levantamento do Instituto Segmento também abordou questões relacionadas à economia e aos escândalos políticos do País. No estudo, 78% dos entrevistados disseram já terem notado sinais de retomada da economia em seu negócio, e 96,2% apontaram que a crise mudou os hábitos de consumo dos gaúchos. Outro dado importante apresentado pelo levantamento mostra que 82,3% dos empresários entrevistados pretendem investir e/ou contratar novos funcionários ainda em 2017. Para 80,8% dos expositores ouvidos, os escândalos políticos afetaram de alguma forma seu negócio.

Grupo Casino quer repetir sucesso do atacarejo brasileiro na Colômbia

Rede francesa pretende abrir sete lojas de atacarejo no país latino-americano até o fim deste ano, todas inspiradas na bandeira Assaí

Da Redação [24/08/2017]

Depois do sucesso no Brasil com a bandeira Assaí, o grupo francês Casino vai aumentar o número de atacarejos na Colômbia. A empresa anunciou que planeja abrir setes lojas do formato que mistura atacado com varejo no país latino-americano até o fim deste ano. As lojas terão o nome de Surtimayorista e serão inspiradas no formato do Assaí.

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Em nota divulgada à imprensa, o grupo informou que “de olho no sucesso do Assaí no Brasil, (…) decidiu acelerar a expansão do modelo brasileiro de cash and carry [atacarejo] em outros países da América Latina”. Eles completam que querem “repetir o sucesso do formato brasileiro no país vizinho”.

O grupo já possui uma loja de atacarejo na Colômbia. Ela foi aberta em 2016, com o nome de Surtimayorista, e foi totalmente inspirada na brasileira Assaí. A versão colombiana já consegue vender 2,7 vezes mais do que o formato tradicional de supermercado que operava no mesmo local anteriormente.

Agora, o plano da rede francesa é abrir mais sete Surtimayorista até o fim do ano. Todos deverão ser abertos na Colômbia, o segundo país da América Latina a receber o formato de atacarejo do grupo. O primeiro foi o Brasil. Há a expectativa, ainda, que a rede leve o formato para outros países do continente.

O Assaí era uma rede paulista de atacado. Ela foi comprada pelo Grupo Pão de Açúcar (GPA), braço brasileiro do Grupo Casino, por R$ 400 milhões em 2007, o que marcou a entrada da rede no setor de atacado. Em pouco tempo, cresceu e se transformou em um atacarejo. Hoje, possui 112 lojas em 16 estados brasileiros e conta com 20 mil funcionários.

É, atualmente, a maior rede do grupo francês Casino, controlador do GPA, no mundo. A bandeira conquistou essa posição ao faturar no segundo trimestre deste ano R$ 4,27 bilhões. As outras duas duas principais brandeiras do grupo Casino, as francesas Géant e Monoprix, faturaram R$ 3,88 bilhões e R$ R$ 3,83 bilhões no mesmo período.

Se levarmos em conta somente as marcas brasileiras, o Assaí já é a maior bandeira desde 2016. No ano passado, a marca faturou R$ 14,5 bilhões, 35% do total da receita do Grupo Pão de Açúcar, que tem ainda as marcas Extra e Pão de Açúcar na área de supermercado.

Seaf promove 3º Atacadão da Agricultura Familiar

Da Redação

O Governo de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Estado de Agricultura Familiar e Assuntos Fundiários (SEAF-MT), promove todas as sextas-feiras o “Atacadão da Agricultura Familiar", que ocorre das 5h às 15h, na Central de Comercialização da Agricultura Familiar, localizada na Avenida Mário Andreazza (após a fábrica da Coca-Cola), em Várzea Grande.

A iniciativa da ação para promover a comercialização é da SEAF-MT, com apoio da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (EMPAER), Cooperativa Central da Agricultura Familiar da Baixada Cuiabana, CEASA -MT, Arca Multincubadora e União das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária de Mato Grosso (Unicafes-MT).

O “Atacadão da Agricultura Familiar” promoverá a comercialização de frutas, legumes e verduras diretamente do pequeno produtor para o público de mercadistas como: bares, restaurantes, hotéis, mercados, supermercados, sacolões e atacadistas em geral.

Será uma grande oportunidade, tanto para os agricultores familiares comercializarem sua produção, quanto para donos de comércios que poderão adquirir produtos frescos, com qualidade e a um preço justo.

"O objetivo do Estado é dinamizar a comercialização da agricultura familiar, trazendo para perto o mercadista e o pequeno produtor que poderá vender sua produção de forma direta.", comentou o secretário da Seaf, Suelme Fernandes.

A Central de Comercialização da Agricultura Familiar dispõe de espaço amplo, coberto, com estacionamento e banheiros. Tudo para que a comercialização ocorra de forma confortável e tranquila.

Polícia acredita que ladrões de carga abasteciam grandes supermercados

Empresários encomendavam os roubos e pagavam com antecedência para os criminosos

por Gustavo Goulart
24/08/2017 13:09 / Atualizado 24/08/2017 13:20

RIO – A polícia acredita que ladrões de carga eram responsáveis pelo abastecimento de grandes redes de supermercado do Rio. Sem citar nomes, o delegado Fábio Asty, da 44ª DP (Inhaúma), responsável pela investigação que revelou um esquema criminoso de venda de cargas roubadas a empresários, disse que comerciantes chegavam a pagar pelas mercadorias antes mesmo dos crimes acontecerem. A certeza da impunidade era tanta, que os comerciantes escolhiam os produtos que queriam e encomendavam aos bandidos.

Segundo o delegado, haverá uma segunda etapa da operação Ordinem, que prendeu pelo menos 15 pessoas nesta quinta-feira, que vai apurar o envolvimento de grandes empresários do esquema criminoso.

– Existe a possibilidade de grandes grandes marcas (de supermercados) estarem sendo abastecidas por esse tipo de comércio criminoso. Esta será a segunda fase da operação – revelou.

Asty disse ainda que em regiões da Baixada Fluminense como Jardim Anhangá e Nova Campina, em Duque de Caxias, traficantes cobravam pedágio para que ladrões pudessem roubar nessas regiões.

– Para agir na Rodovia Washington Luís e Rio-Magé, por exemplo, os criminosos cobravam até 50% do valor da carga roubada. Quem não pagava sofria retaliações – contou o delegado.

A investigação da operação contra o roubo de cargas no Rio e na Baixada Fluminense, realizada nesta quinta-feira, durou oito meses. Além dos assaltantes, receptadores como donos de pequenos mercados na Zona Norte e na Baixada Fluminense também estão sendo procurados. A investigação contou com várias interceptações telefônicas mostrando a comunicação desses empresários com ladrões de cargas e as encomendas feitas.

Entre os presos estão seis ladrões de cargas identificados como Romário Nunes de Almeida; Dione da Silva Souza; Leandro Fontenelle de Figueiredo Cunha; Ricardo da Silva Neves; Pedro da Conceição Muniz; e Carlos Donizetti da Silva Filho.

Também foram presos na ação Warlen de Aquino Casemiro, Candido Ricardo Carvalho da Silva, Alexandre Monteiro de Souza, Warlen de Aquino Casemor, Elcimar Diniz de Farias, Carlos Henrique da Conceição de Lima, Antonio Rodrigues Carneiro, Wallace Emídio da Rocha, Flavio Renato do Nascimento Maia e Valdir Silva Figueiredo.

A ação foi batizada de Operação Ordinem. Além do roubo de cargas, os policiais combatem, também, roubos a residência e tráfico de drogas. Os agentes estão nos bairros de Marechal Hermes e Osvaldo Cruz, na Zona Norte; e Bangu, na Zona Oeste. Há equipes também nas comunidades da Quitanda, da Pedreira e da Lagartixa, na Zona Norte; Agostinho Porto, em São João de Meriti, na Baixada, e Jardim Anhangá, em Imbariê, também na Baixada.

As investigações que resultaram na operação foram feitas pela 44ª DP. Em apoio à ação estão atuando equipes do Departamento Geral de Polícia da Capital (DGPC), do Departamento Geral de Polícia da Baixada (DGPB), da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core).

Procon autua oito supermercados de Franca

Produtos com a data de validade vencida foi um dos problemas dectados pelo órgão
24/08/2017 – 07h00 78

Uma equipe do Núcleo Regional de Ribeirão Preto, da Fundação Procon-SP, órgão vinculado à Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania, fiscalizou supermercados no município de Franca e autuou oito estabelecimentos. A maior parte das irregularidades encontradas foi inadequação na informação do prazo de validade e validade vencida.

Outras irregularidades foram ausência do exemplar do Código de Defesa do Consumidor; inadequação da informação de glúten/tabela nutricional; e carne previamente moída. As empresas responderão a processo administrativo, podendo ao final ser multadas.

A lista de empresas com irregularidades inclui estabelecimentos em locais como a Vila Santa Cruz, bairro Cidade Nova, Jardim Vera Cruz, Jardim Francano, Vila Aparecida, Jardim Integração e Estação.

A fiscalização, segundo o órgão, faz parte da rotina do trabalho do Núcleo Regional, que atua nos municípios da região, e visa reforçar o cumprimento da legislação em vários setores.

O Procon-SP recomenda que o consumidor fique atento ao fazer compras em supermercados, verificando as embalagens e conferindo o prazo de validade. Isso porque, na hora de fazer compras, o consumidor se depara com uma diversidade de estabelecimentos, marcas, preços, novidades e ofertas.

Entre outras medidas, o Procon sugere ao consumidor fazer uma lista do que realmente precisa, levando em conta o tamanho e os hábitos de sua família, para reduzir o risco de levar produtos desnecessários.

Outra dica é pesquisar os preços nos folhetos publicitários e anúncios dos supermercados e compará-los com os preços praticados nos pontos de venda. Se perceber que o estabelecimento não está cumprindo a oferta, conversar com o gerente e, se for o caso, denunciar a um órgão de defesa do consumidor.

Carrefour se reestrutura com a pegada de Usain Bolt

Ao pôr em prática um projeto de reestruturação que leva o nome do corredor jamaicano, o Carrefour cresce e consolida a liderança do mercado brasileiro
Por Maria Luíza Filgueiras
24 ago 2017, 05h38

São Paulo — Em abril de 2014, poucos meses depois de ter deixado o Grupo Pão de Açúcar, o empresário Abilio Diniz enviou um emissário a um jantar em São Paulo com Georges Plassat, então presidente global da rede de supermercados Carrefour. Abilio e Plassat se conheciam desde 2011, quando o empresário brasileiro fez uma tentativa frustrada de fundir as duas empresas no Brasil, ideia vetada pelo novo controlador do Pão de Açúcar, o varejista francês Casino. No jantar na casa do banqueiro Pércio de Souza, dono da assessoria financeira Estáter, Plassat propôs a Abilio que assumisse o Carrefour Brasil.

O empresário já vinha comprando ações do Carrefour na França — o plano era ter papéis suficientes para exercer alguma influência na gestão global da rede. Depois de quase um ano de negociações, em fevereiro de 2015 Abilio assumiu a presidência do conselho de administração da rede no Brasil e ganhou um assento no conselho da matriz. Sua missão: preparar a operação brasileira para a abertura do capital — que aconteceu em julho deste ano — e usar os recursos para distanciar a empresa da rival Pão de Açúcar em tamanho e rentabilidade.

Parte do plano já saiu do papel. As ações do Carrefour Brasil começaram a ser negociadas em julho. O preço inicial foi baixo: ficou em 15 reais, no piso da estimativa dos bancos contratados para fazer a operação. Mas a empresa vale 29 bilhões de reais, o que corresponde à metade do valor global do Carrefour, ainda que a participação brasileira nas vendas totais não chegue a 20%. O Pão de Açúcar fatura 8% menos e vale quase 30% menos na bolsa (excluindo as receitas da Via Varejo).

Já em 2015 o Carrefour passou o concorrente e se tornou a maior rede de supermercados do país. A rentabilidade também é maior — a margem de geração de caixa é de 7,5%; e a do Pão de Açúcar, de 5,3%. A meta não declarada da nova gestão, segundo pessoas próximas, é fazer o Carrefour Brasil valer tanto quanto o Carrefour global.

EXAME apurou que, para conseguir isso, o Carrefour, presidido no Brasil pelo francês Charles Desmartis, e a Península, empresa de investimentos de Abilio, criaram o Projeto Bolt, numa referência ao atleta jamacaino Usain Bolt, maior velocista da história. Foi traçada uma nova estratégia para a empresa e um plano para colocá-la em prática de forma rápida — daí a referência meio óbvia a Bolt.

A avaliação era que somente o Atacadão, marca de “atacarejo” do Carrefour comprada em 2007, já funcionava a pleno vapor. Era possível, na análise da equipe, melhorar a atuação dos supermercados, dos hipermercados, do banco e da divisão imobiliária. Apenas no primeiro ano o grupo teria de cortar centenas de milhões de reais em gastos e aumentar a produtividade das lojas para retomar a primeira posição no ranking de supermercados.

Ambos os objetivos foram cumpridos. Até março de 2018 a meta é aumentar a margem da geração de caixa em 5 pontos percentuais no segmento de varejo — o plano original da matriz era de alta de 0,5 ponto. Até agora o crescimento foi de 3 pontos percentuais, para 6%.

A Península indicou seis executivos para a operação, sendo dois vice-presidentes, o comercial e o de recursos humanos. Também foram criados comitês de estratégia, recursos humanos e auditoria, além de um grupo de trabalho que tem reuniões semanais para discutir um conjunto de 16 iniciativas de melhorias.

A primeira etapa do Projeto Bolt foi voltada para a redução de gastos administrativos. Segundo executivos brasileiros, a direção francesa tinha uma resistência histórica em fazer demissões. O número total de funcionários não diminuiu, pois a empresa contratou pessoal para abrir lojas, mas, na área administrativa, houve uma redução de 10%. Além disso, a empresa renegociou contratos de fornecimento de energia e limpeza, e conseguiu abater 15% do custo.

O segundo passo foi redefinir as estratégias para os diferentes formatos de lojas na tentativa de aumentar a participação de mercado da companhia e a rentabilidade. O Carrefour tinha lançado em 2014 a bandeira Express, que reúne as lojas de conveniência, de menor porte, mas em ritmo lento. Em dezembro de 2015, inaugurou 17 e apertou o passo no ano passado, abrindo mais 49 lojas. Em 2017, o plano é abrir 70 filiais, um ritmo acelerado para um grupo que passou quase quatro anos sem fazer nenhuma inauguração de loja no varejo.

A companhia estuda usar as filiais da marca Express como base para as compras de produtos alimentícios no site do Carrefour, um projeto previsto para o fim deste ano e o início do próximo. A entrega será feita pela unidade do bairro ou o consumidor poderá comprar e pagar pela internet e retirar os produtos na loja mais próxima de sua casa. Hoje, o site do Carrefour vende apenas produtos não alimentícios, como celulares, bicicletas e perfumes.
Lojas quentes

No caso dos hipermercados, um segmento em declínio em todo o mundo, o Carrefour decidiu reestruturar loja por loja. Algumas vão virar shopping. O primeiro no novo formato foi inaugurado em julho, na região dos Jardins, na zona oeste de São Paulo, e tem como alvo os clientes de alta renda. Além de um supermercado com uma adega com dezenas de rótulos de vinho e uísque e funcionários treinados para explicar sobre queijos e cortes nobres de carnes, o shopping tem restaurantes como Piselli e Outback e lojas como Any Any, de lingerie, e Camicado, de artigos domésticos.

A empresa também mudou a oferta de produtos — não há mais peixes congelados, apenas frescos —, a iluminação e a temperatura das lojas. “Brasileiros gostam de lojas mais quentes do que os europeus. Podem ir embora se sentem frio”, diz José Luis Gutierrez, que assumiu o posto de diretor-geral do Carrefour Brasil depois de dez anos em cargo semelhante na Espanha e em Portugal.

Para crescer no Norte e no Nordeste, a empresa incluiu produtos regionais — quase 80% das lojas ainda estão concentradas no Sudeste. Com a redução de custos e o aumento de vendas, o lucro operacional da companhia cresceu 42% de 2014 para 2016, chegando a 3,4 bilhões de reais.

A área imobiliária do Carrefour, a Property Division, identificou 40 lojas ou terrenos que podem mudar para tentar se tornar mais rentáveis. O shopping na região dos Jardins é um exemplo. Outro é o hipermercado na Marginal Pinheiros, na zona sul de São Paulo, que será transformado num complexo com torre de escritórios e de apartamentos. Planos parecidos estão sendo discutidos para Brasília, Goiânia e Belo Horizonte.

EXAME apurou que a ideia de transformar parte das lojas e terrenos em unidades da marca Supeco, espécie de atacarejo compacto, foi abandonada. “Abrimos duas lojas, que não deram o retorno esperado”, diz um executivo do Carrefour que não quer ser identificado.

Com o objetivo de elevar as vendas do Atacadão, o banco Carrefour passou a emitir cartões de crédito com a bandeira dessa loja no início do ano. Até então as vendas eram apenas em dinheiro ou cheque. O banco tem 6,5 bilhões de reais em ativos e uma rentabilidade de 17%, equivalente à do Itaú e maior do que as de Bradesco e Santander. O plano, agora, é usar a base de dados de clientes com cartões do banco Carrefour para mapear seu perfil de consumo e sugerir promoções.

Especialistas e executivos do setor de varejo atribuem parte do crescimento do Carrefour a problemas enfrentados pelo Pão de Açúcar. O Casino testou modelos que não tiveram sucesso, como a separação das vendas no site e nas lojas — as operações foram integradas em 2016. Além disso, as vendas nas lojas de conveniência e na bandeira Pão de Açúcar caíram. Recentemente, o grupo começou a implementar medidas para melhorar os resultados. Foi feita uma reavaliação das lojas e algumas mudaram de bandeira — por exemplo, de supermercado Extra para Pão de Açúcar. Outra medida em curso é a transformação de lojas Extra Hiper em Assaí, marca de “atacarejo” do Pão de Açúcar. “Estamos recuperando a confiança na capacidade de execução do Pão de Açúcar”, diz Guilherme Assis, analista do banco Brasil Plural.

Os resultados têm melhorado: no primeiro semestre, as vendas aumentaram 4% (o Carrefour cresceu 8% no período). As ações subiram 34% neste ano, depois de uma queda de 50% em 2015 e 2016. Outra vantagem do Pão de Açúcar é ter começado a expandir a rede de lojas de conveniência e a operar na internet há anos. Ou seja, a parte da aprendizagem já aconteceu, enquanto o Carrefour vai começar a fase de testes agora. “O Carrefour passa por um momento de transformação. Não vamos apenas fazer mais do mesmo”, disse Abilio Diniz na cerimônia de abertura do capital na B3 (novo nome da BM&F Bovespa).

Georges Plassat deixou o Carrefour em junho. O novo presidente, Alexandre Bompard, de 44 anos, foi escolhido a dedo pelos acionistas, depois de sua experiência na varejista de livros e eletrônicos Fnac. Abilio participou ativamente do processo: deu palpite na escolha da agência de seleção de executivos contratada e nas entrevistas de cada candidato.

EXAME apurou que o empresário defendia que o novo presidente viesse de fora do Carrefour e cedeu ao pedido da matriz para que fosse um executivo francês (foram avaliados candidatos de Estados Unidos, Alemanha e França). Também neste ano saiu de cena outro personagem: em agosto, Usain Bolt fez sua última competição esportiva. Para o Carrefour Brasil, a corrida está só começando.

Decisão investe R$ 8 milhões na Grande BH

Grupo inaugurou loja em Santa Luzia e vai abrir unidades em Contagem e Lagoa Santa neste ano

Mírian Pinheiro
A rede mineira de supermercado e atacado Decisão, que acaba de inaugurar uma segunda unidade em Santa Luzia, prepara a abertura de outras duas lojas na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Uma delas ainda neste mês, em Lagoa Santa, e outra em Contagem, com previsão de inauguração para outubro. Foram investidos cerca de R$ 8 milhões na abertura das três unidades. De acordo com a diretora de Marketing e Recursos Humanos, Valéria Bax, espera-se com a expansão o crescimento de 60% no faturamento total da rede, “A estimativa é aumentar em R$ 80 milhões o faturamento em 2017, considerando apenas o segundo semestre, que é quando as lojas estarão funcionando”, afirma. Cerca de 200 mil clientes são esperados nas lojas mensalmente.

Valéria conta que as novas unidades têm, em média, 5 mil metros quadrados de área total, sendo 2.500 metros quadrados de área de vendas. Cada loja oferece um mix de 8 mil produtos de 420 fornecedores. Ela esclarece que o diferencial das novas unidades é contar com serviço de padaria, açougue e hortifrutigranjeiros, algo que a rede deve gradativamente começar a implantar em suas outras três unidades já em operação em Santa Luzia, no hipercentro, e no bairro Venda Nova, região Norte da Capital. “Com o crescimento do consumidor final no atacarejo, a rede investe em linhas que não trabalhava como padaria, hortifrúti e açougue. As outras unidades vão oferecer a facilidade até o início do ano que vem”, reforça a diretora. Ao todo, ela diz, estão sendo gerados nessa expansão 300 novos empregos.

Diferencial – A rede de atacarejo Decisão, afirma Valéria, pratica preços que podem chegar a 20% a menos que os apurados em supermercados convencionais. O preço baixo pode explicar o desempenho positivo do negócio em tempos de crise. Mas ela faz questão de frisar que a liderança trabalha para que os funcionários não foquem na crise, não fiquem falando sobre o assunto. “A crise existe, está aí, mas se a equipe ficar pensando na crise, a empresa não cresce. É seguir aquela máxima: tire o “s” da crise e crie. Pensar em inovar, fazer mais com menos”, destaca.

A estratégia, explica, também foi buscar novas formas de vendas, como a loja virtual, Decisão entrega, que ela diz ser o primeiro e único e-commerce de atacado no Brasil. Outro chamariz é o projeto chamado de Escola de Culinária, implantado há 10 anos. Ele oferece mais de 40 cursos de gastronomia a preços populares, que variam de R$ 20 a R$ 80, e ensinam e estimulam os clientes/alunos a produzirem alimentos, como salgados, doces, bolos, tortas, etc, para colaborar com o aumento da renda familiar.

São duas as unidades que oferecem o projeto: a matriz, no Centro, e a loja de Venda Nova. “Preparamos uma programação especial, com novos temas e professores”, detalha a diretora de Marketing e RH, Valéria Bax. Uma das novas aulas, por exemplo, será de marketing, com técnicas de vendas, atendimento, embalagens e como calcular custo e preço final dos produtos doces e salgados.

“As aulas são ideais para quem busca uma renda complementar, ser dono do seu próprio negócio ou se especializar na cozinha. Estamos preparados para receber mais de mil alunos por mês. Temos dezenas de histórias de transformações de vida impulsionadas e incentivadas pelas aulas da nossa escola”, conta Valéria. Além de ensinar as receitas, os professores explicam sobre armazenamento dos alimentos e também dão dicas de precificação para os alunos venderem seus produtos.

O projeto tem um canal especial no Youtube. No canal, são exibidas receitas e dicas de cozinha com chefs referência no mercado da Região Metropolitana de Belo Horizonte e professores reconhecidos da escola. Novos vídeos são lançados quinzenalmente.

A rede de supermercado e atacado Decisão Atacarejo foi fundada em 1988. Iniciou as atividades no ramo de guloseimas, doces, balas, chocolates expandindo a linha de produtos ao longo do tempo. Hoje tem também bebidas, cereais, conservas, perecíveis, matinais, bazar, tabacaria, limpeza e perfumaria.