Supermercados e padarias se adaptam a novos comportamentos do consumidor
– 17/07/2017
Com a mudança no comportamento dos consumidores nos últimos anos, seja em função do comprometimento da renda das famílias ou dos hábitos e rotinas das pessoas, os empresários têm cada vez mais investido em ações, produtos e estratégias para driblar a perda do dinamismo de seus negócios, principalmente em tempos de crise. Com isso, empresas de diversos segmentos têm conseguido não só manter os níveis de vendas, mas também elevar suas receitas.
Este é o caso, por exemplo, da padaria Vianney, localizada no bairro Funcionários, na região Centro-Sul da Capital. Conhecida pela tradição, vocação gourmet e receitas exclusivas, nos últimos meses a padaria passou a adotar alguns serviços mais populares a fim de diversificar sua clientela e atender a diferentes públicos da região.
De acordo com a proprietária, Isabela Carneiro, algumas medidas foram adotadas a pedido de próprios moradores do bairro. “As pessoas falavam: ‘meu sonho é ir na Vianney e não posso’. Eu perguntava o que elas queriam que a padaria oferecesse ou o que poderiam comprar e implantei”, explicou.
A primeira mudança foi a criação do chamado Almoço Express. Segundo Isabela Carneiro, é a famosa marmita. Agora além do tradicional almoço servido no local, a empresa oferece os mesmos alimentos por um preço mais acessível, num cardápio diário fixo.
Outra medida adotada foi a oferta de salgados no tamanho grande, já que a padaria disponibilizava somente em tamanho coquetel. Além disso, os produtos, que antes eram vendidos somente no quilo, agora são comercializados também por unidade. “O cliente já sabe o preço na hora que vai encomendar. Isso é bom, porque ele pode se planejar”, argumentou.
A proprietária disse que o cuidado com o tamanho dos produtos é outra medida que a Vianney vem adotando nos últimos tempos, em função do poder aquisitivo dos clientes. Segundo ela, alguns produtos como bolos e tortas que antes eram oferecidos em tamanho único, agora aparecem em duas versões.
Com essas e outras medidas, Isabela Carneiro afirmou que o desempenho tem sido satisfatório e os negócios estão indo bem. Segundo ela, nos primeiros seis meses do ano os resultados ficaram acima da inflação e devem encerrar o exercício na mesma proporção. “O negócio é não perder venda e até angariar mais. Para sobreviver nesse cenário de crise, temos que estar atentos a tudo”, resumiu.
Inovação
Da mesma forma, o grupo Super Nosso está sempre acompanhando as tendências e transformações do comportamento do consumidor, tanto que já foi premiado por suas iniciativas no quesito inovação. Segundo a diretora de Marketing da empresa, Rafaela Nejm, o trabalho começou há alguns anos com a plataforma de compras on-line do supermercado, o Super Nosso em Casa. Depois, em 2015, deu prosseguimento com as lojas no formato de proximidade, as chamadas “Momento Super Nosso”.
“O e-commerce foi lançado visando facilitar o dia a dia da dona de casa, que buscava facilidade e comodidade na hora das compras. Já as lojas de proximidade para atender a todos os públicos, uma vez que oferece um mix satisfatório de produtos nas redondezas das residências. É a compra do momento. Uma loja que agrega conveniência. O consumidor que está sem tempo e precisa comprar algo”, explicou.
Atualmente o grupo conta com oito lojas do formato e deve abrir a nona até o fim do ano, no Minas Shopping, na região Nordeste da cidade. Até 2020 deverão ser mais 31 unidades do tipo.
Além do próprio formato das lojas, a rede tem apostado também em promoções. Conforme Rafaela Nejm, há alguns meses eles adotaram o projeto “Ofertas da Semana”, voltado para compras diárias, no qual os consumidores podem adquirir produtos básicos a preços mais em conta de terça-feira a domingo. “Como somos uma empresa grande conseguimos negociar com fornecedores e oferecer boas oportunidades ao consumidor”, revelou.
Assim, a rede consegue manter o cliente na loja e também os níveis de comercialização. A expectativa para 2017 é de um crescimento de 10% em relação a 2016 que fechou com faturamento de R$ 2,2 bilhões.
(Fonte: Diário do Comércio)